Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A nossa 3ª feira foi de culto

Aconselho vivamente a quem gostar de rambóia, não tenha muito que fazer, procure sítios com grande possibilidade de contágio de gripe A, e tenha uns míseros 5 euros, a ir! Enquanto houver bilhetes, é de aproveitar.

Foi muito bom.

O espectáculo começou mesmo antes de começar. Um casal de meia-idade e 3 adolescentes, chegaram às 21h55. Quando avisaram, exaustivamente, o pessoal para chegar às 21h30... E eis que quando o empregado lhes indica a mesa, a última mesa reservada por ocupar, a senhora, muito agastada, lhe pergunta: "Isto é uma mesa?!" Rebentámos a rir e tivémos uma vontade enorme de lhe responder "Não! Isto é a senhora sua mãe com 4 pernas e uma toalha vermelha na cabeça!!".

É preciso ter lata! Chegam tarde e a más horas, incomodam toda a gente para chegarem à porra da mesa e ainda questionam a realidade da mesma. A tromba da senhora era impagável. O ar do senhor, convicto, a perguntar se não havia nenhuma "mais perto do palco", igualmente!


Quanto ao espectáculo em si, muito bom, MESMO. A começar com um Eduardo Madeira eléctrico, depois um Nilton MUITO caústico, um Francisco Menezes hilariante, um Bruno Nogueira como só ele (e o meu ginecologista, que lhe é homónimo!) um Aldo Lima acima da média e um Óscar Branco em falta (mas que, a mim, não me fez falta nenhuma).

Desde o Eduardo Madeira que pos a malta toda aos pulinhos, a cantar "Angola é que está a dar! Hummmm" seguido de um "wegue, wegue", até às degraçadas da Maya e da Elsa Raposo, sempre alvo de porrada dura, mais a pobre da N. Sra. de Fátima e a Irmã Lúcia, o Jorge Palma, o Reininho e o Abrunhosa, tudo serviu para fazer o humor. Sem esquecer o S. Presidente de todos os portugueses e portuguesas, mais os ceguinhos, Jesus Cristo e o Sócrates.

Tirando o facto de ter estado todo o espectáculo em pé (na semana passada ficámos à porta sem bilhetes, para esta semana já não havia reserva de mesas) e de ter um parvalhão de gargalhada possante atrás de mim (tive receio de apanhar com as amígdalas deles na nuca!!) foi muito bom.

E o Bruno Nogueira é mesmo grande. Xiça!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Desanquei em mais um...

"Posso bater num cliente?" (um que foi fazer queixa de mim, depois de eu andar a tentar a safá-lo de uma encrenca DA-QUE-LAS!)
Não!
"Mas... Não??! Mesmo!?"
Não!!
"Bolas... Posso, ao menos, desancá-lo verbalmente com palavras tão caras, que ele fica na dúvida se são ofensas ou elogios... ? Posso????"
Podes!
Ah bom... assim está melhor. Vai daí... Já está! E a vontade de o insultar como se não houvesse amanhã era muita. Como já dizia o outro, não a paciência para aturar gente que nem pão sabe dizer. E ainda para mais caloteiros...
E agora, como não entendeu puto do que eu lhe escrevi, respondeu-me a dizer que EU lhe devo um pedido de desculpas e que amanhã vai acertar contas com uma colega minha(!!). Lindo! Ainda para mais, a colega em questão tem pior feitio que eu (sim, é possível) pelo que não vai ser bonito.
Mais não seria de esperar. Num email disse-me que estava ofendido. Eu respondi que não compreendia onde estava a ofensa e ele respondeu-me que ficou zangado por eu estar ofendida... Como?!?!?
Viva a gente burra, ingrata e dada a maldicências! Fazem os nossos dias mais alegres enquanto usamos eufemismos e analogias baratas e simples para lhes chamar aquilo que eles são: uns tristes. E a parte melhor é que nem um sarcasmozito entendem... tssss, tssss.

Coisas soltas

No café, a Propina (sim, o nome da empregada é Propina...) diz a uma senhora grávida que não lhe pode dar o copo de água que ela pediu porque... não tem copos lavados.
Em alegre discussão com a manager das sister clean, sobre teias de aranha (sim, a minha vida é efectivamente uma festa...) ela responde-me "Ó dona..." E até se me ouriçam os pêlos da nuca! "Dona" não, 'tá?!
Uma criança de 2 anos (talvez nem tanto) chora compulsivamente à porta do meu gabinete. Está de tal modo em choque que nem consegue dizer o nome. Pegamos-lhe ao colo, arranjamos uma cena para o distrair e vamos tentando acalmá-lo. Do nada surge um casal de ciganos a correr. "Ele ficou para trás!!!" justificam-se. E eu afasto-me a tentar compreender como é que uma criança tão pequena "fica para trás".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os pratos da balança

Foi no Bairro Alto. Ela já nem se lembra, mas parece que tinham ido ao Pavilhão Chinês. No parque de estacionamento, com o carro em andamento, ele fala-lhe mais alto e manda-a parar o carro.

"Manda-a"? Sim, falou-lhe naquele tom que os homens gostam de usar, quando acham que mandam. Depois, com aquele seu olhar meio de lado, meio de frente, disse-lhe bem claro "Eu amo-te, entendes?!" Como se quisesse que aquilo lhe entrasse mesmo. Como se aquilo que ele lhe que estava a dizer, ela tivesse mesmo de entender, em todo o seu significado.

Ela, com o pé na embraiagem e a mão no travão, estremeceu, arrepiou-se-lhe o coração e gritou "Ai!". O ar sério dele contrapunha com a doçura do que acabara de lhe dizer. O ar de pânico dela contrapunha com seu estado de felicidade.
"Sim, entendo!" disse ela com o seu melhor sorriso. "Ah, bom!" pareceu dizer o sorriso dos olhos dele. E, sem deixar o carro ir abaixo, ela destravou e seguiu, com o entendimento profundo do seu amor.

Agora que sabem ambos o que andam a fazer, tudo parece muito mais claro. Ele é daqueles que gosta de tudo muito bem explicadinho. Ela é daquelas que gosta de explicar. Várias vezes, para que não restem dúvidas. E agora que ele já as dissipou claramente a todas, quando lhe perguntou se ela entendia, ela, que entendeu, acalmou e ficou bem mais feliz.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A profunda razão do calote

Tenho clientes que não me pagam. Pelas mais estúpidas ou razoáveis razões. Uma porque lhe morreu uma empregada. Outra porque não lhe apetece. Outra porque estoura tudo no bingo. Outra porque as férias à grande no Algarve não permitem que sobre algum.
Agora... a última que me apareceu é realmente extraordinária. Daquelas que só comigo. Então eu tenho uma senhora, vamos chamar-lhe Tuxa, que não me paga porque foi ao Brasil.
Até aqui, nada de novo. Comerciante que é comerciante, chora-se que está mau, mas depois faz vida de rei. A isto já estou eu habituada há muito.
Acontece que a D. Tuxa não me paga há muito porque foi ao Brasil ser recauchutada. Li-te-ral-men-te! Por fora e... (pasmem-se) por dentro. Parece que a senhora, de quase 60 anos, foi colocar os maminhas novas, empinar o rabiosque, fazer lábios à Jolie e... ser virgem novamente!

Será que alguém vai ter isto em linha de conta quando eu disser que não atingi os meus objectivos de dívida???... Era bom era... Vou dizer que a senhora não me pagou porque foi fazer "investimentos profundos na sua pessoa"!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Tenho a costela onde?!?!"

De cada vez que, na fisioterapia, me deitam as mãos à espinha, dá sempre asneira. É ouvi-las "ai que miséria", "xiiiii, como isto está!", "ai, ai, ai esta cervical" e afins. Mas ontem foi diferente.
"Isto aqui não lhe dói?" enquanto me aperta um alto no ombro direito. "Já que fala nisso, dói e bastante!".
"Isto não devia estar aqui. Respire lá fundo, para ver se eu ponho isto no sítio!" E eu a medo "O que é que significa o "isto"?"
"É a sua costela!" No ombro???? Porra, como é que não havia de me doer!
"Os músculos contraíem-se e puxam tudo para cima. Da maneira como está a sua cervical, o normal seria ter as costelas nas orelhas..."
Ah bom... então no ombro, já não é mau. E toca de respirar fundo, fechar os olhos e esperar que a Joana soubesse o que estava a fazer. Sabia. Doeu. Mas a cabra da costela foi ao lugar.
Já hoje de manhã, para evitar o atropelamento de uma filha da mãe de uma gaja que me pulou literalmente para a frente do bólide, atirei-me para cima de um passeio e atropelei um pino de cimento.
O pino não se queixou (acho que não gostava da cor amarela que tinha antes de eu lhe passar por cima). Já o carro, fez aquele ruído de raspar metal contra cimento, que não é bonito. A malta que passava, cerrava os dentes e deitava mãos à cabeça. E eles, os gajos, abanavam-se, como quem diz "só podia ser gaja!".
Lá me safei sem grandes danos, e com o desejo íntimo que deveria ter atropelado a senhora, nem que fosse só de raspão. Depois passou-se, que eu sou cristã.
E vamos lá ver se chego ao fim da semana sem mais costelas deslocadas e pinos violentados. É que o carro é novo, porra.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que tenho feito

Dei comida a cágados, pombos e peixes laranjas.

Esqueci-me dos sapatos no balneário da clínica onde faço a fisioterapia.

Bebi um chá do Tibete e fiquei zen.
Jogámos às penas (apanhar penas de pássaros no parque) e a miúda ganhou porque lhe dei as minhas.
Tirei mais fotos a sombras e o resultado foi o que se vê...

Escrevi mais de 70 vezes o nome da criança no material escolar, com outros tantos corações, estrelinhas, borboletas e florzinhas... ela gosta e diz que ninguém tem etiquetas tão lindas como as dela.
Ri a bom rir com o esmiuçar dos sufrágios, vistos no Youtube às tantas da manhã, com algum atraso, em boa companhia e com muito gosto.


Comprei livros, dos bons. Florbela Espanca e Miguel Torga. Para ler devagar.

Fiz arrumações nos armários. Dei sacos e sacos de roupa. Guardei t-shirts e calções, pendurei sobretudos e os fatos de Inverno.

Agora... agora é preparar o fim-de-ano em beleza. Já falta pouco e em 2010 começa tudo de novo outra vez. E mais uma vez, será um início de ano um degrau mais acima.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

They will understand...

Sendo hoje o Dia Mundial da Compreensão, calha muito bem.
Vão ter de compreender que eu tenho mais que fazer porque fui p... Bom, se calhar,é melhor não saberem.
Eu até contava, mas não tenho tempo... Tenho mesmo de ir. Alguma coisa, já sabem... comprem! Eu vou andar fora durante uns tempos, porque como já disse, fui p... Exacto! Aquilo que é melhor vocês não saberem. Vão por mim que eu sei que sim.
Vocês não saberiam lidar com isso. Eu própria ainda estou meio incrédula. Mas a verdade é que fui mesmo p... Sim, é só para o ano... mas é melhor não saberem!
Aconselho vivamente a leitura dos escritos anteriores. Atirem-se de cabeça ao meu passado. E se baterem com os cornos no chão... temos pena. Ou não!
Vá... entretenham-se sozinhos (e sozinhas, que eu também tenho meninas a lerem-me!) que já são suficientemente crescidos.
Vale-me a esperança de que vocês compreenderão. É que eu fui p...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não me consumam!

Tenho dias em que sou intragável. Um traste de maldicência, um protento de sarcasmo e fel. Mas, na grande maioria dos casos - para não ser tendenciosa e dizer "nunca" - isso não me vira contra os de quem gosto.

Ou seja, a vidinha até me pode correr mal, posso estar atolada em merda até às orelhas, ter levado uma tampa que não esperava (seja ela em que campo for) e não ter um ombro decente onde chorar as minhas mágoas (à parte do da mummy, que não se gasta mas recente-se...). Tudo junto, é quase como meia dúzia de barras de dinamite prontas a explodir no mais inocente que se cruzar no meu caminho.


Mas quando escrevo "inocente", isso quer dizer precisamente o contrário. Se há coisa que sei que não sou é ingrata. Não cuspo no prato que comi. Mas também não sirvo a quem serviu. E sei que a inveja é uma coisa... (mummy, tapa os ouvidos!) fodida! Pois é!

Mas mesmo assim, não sei conviver com parvoíces, mesquinhices sem propósito e maldades gratuitas. Sei que os amigos, aqueles que conhecem os nossos lados mais negros, têm tendência de nos apontar as falhas no momento em que mais dói. Mas dar-lhes-á isso o direito de troçarem das nossas desgraças? Das nossas quedas?

Dará isso o direito a alguém de me apontar o dedo ao nariz, lembrar sadicamente um erro meu e ainda se rir de forma vil, bem alto para que todos ouçam? A informação é uma coisa tramada. Quanto mais sabemos de alguém, mais poder teremos sobre ele... Mas... mas... também é assim com os amigos?

Será que as confidências, feitas entre lágrimas e alma feita em cacos, em horas negras e tristes, podem um dia ser usadas como piada por aqueles que nos confortaram na hora da desgraça? Podem?!

Bom, se podem, não deviam. Pelo menos, é o que eu acho! E como eu sou torta como o caraças e a mostarda só me chega ao nariz uma vez (à segunda vez, já parti o caralho do frasco da mostarda no focinho de alguém)... pendurei alguns. Assim como se pendura um vestido num cabide, e se deixa lá ficar a arejar...

E agora aceitam-se apostas para saber quem é o primeiro a apostar! Ah... eu? Eu nunca aposto. Já me dizia há anos, muitos anos, uma sábia senhora de fino trato, olhos azul-mar e nariz empinado... "teimar sempre, apostar nunca!"

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Agora numa versão melhorzinha

A quem interessar, já está disponível aqui a 2ª edição do meu livro.
Sem tamanho XL, sem capa dura tipo Pantagruel e sem 3 kilos de peso. Uma edição à maneira, revista, mais maneirinha, mais barata e com uma capa linda de morrer! Sim, eu sou suspeita, mas está mesmo linda!!!

Vá... não se inibam. Os dois primeiros autógrafos tiveram direito a lágrimas! Comprem que eu autografo à borla, sim? Prometido!

É o vento que me penteia

A massagem de hoje foi feita pelo João. Nada de particular, à excepção de que o João é cego. Mexe-se pelos cantos da casa como se visse. E faz massagens como se tivesse nascido a fazê-las.
Desfez-me os nós dos ombros com cuidado, enquanto assoabiava. Disse-me "andou a fazer maldades" com um tom maroto e cuidou-me das dores. A massagem arrepiou-me a espinha, tirou-me o ar enrolado e dorido...
Agora começo as manhãs assim. Muito cedo, antes das 8h30. A Ana estica-me como se disso dependesse a minha vida. Dá-me conselhos de como devo andar, sentar e levantar-me. Diz-me que a culpa não é minha, que não aprendemos higiene postural quando erámos mais novos e isso refelcte-se na coluna. Foram as mochilas pesadas num só ombro, o sentar todo torto, pegar coisas pesadas acima da cabeça, etc. etc.... E agora... agora dói! Mas cura-se. E é uma cura que me sabe muito bem.
Saío de lá já depois das 10h, com o banho tomado e a alma muito aconchegada. Todos me tratam com muita simpatia. Tratam-me das dores com cuidado e eu vou deixando-as por lá.
Ainda de cabelo molhado, guio com as janelas abertas. Assim, quando chego ao escritório, já está seco. E penteado. Sim, porque a mim, quem me penteia é o vento. Todos os dias.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Programa de alimentação de hérnias

Comecei num dia catita. No Dia Mundial da Fisioterapia comecei a minha... fisioterapia.
Às 8h30 da manhã, já estava de molho na piscina, numa água quente, muito quente. Deram-me 4 exercícios para fazer, 5 vezes cada. E só posso nadar de costas. Bruços não é bom para a cervical.
Depois deram-me dicas de hígiene postural. Mais uma massagem, calores localizados e ultra-sons. A seguir uma sessão de "esticanço" que aposto me vai valer mais 5 cm de altura... Ah, e aprendi a levantar-me da cama sem magoar as costas.
Eu a pensar que estaria rodeada da brigada do reumático e dei com carradas de jovens coxos e de braços ao peito.
A massagem foi tão boa, mas tão boa que disse à Sílvia que estava contratada. E durante os calores, adormeci aconchegada, durante uns fantásticos 15 minutos.
Do melhor. Além do lado mau de ter 3 hérnias com esta idade, a terapeuta diz que há muito mais hipóteses de melhorar com a fisioterapia.
E agora vai ser todos os dias assim. Acordar às 7h30 e só ir trabalhar depois das 11h30. Ao menos relaxo. Relaxo mesmo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Já está!

Parabéns!
Acaba de se inscrever no Prémio Literário FNAC/Teorema 2009.
O seu número de inscrição é o 1252341100671.
É aconselhável que preserve este email.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A dança dos paradoxismos

O filme era de 1929. A curta que passou antes... sublime. A Rita (a dos sapatos vermelhos, mas que ontem tinha-os pretos e brancos) tocou ao vivo uma banda sonora feita de propósito para o filme. Ela e um tipo do qual eu nunca tinha ouvido falar, mas que tratava a guitarra com muita intimidade.
A ela, via-se estampada na cara um gosto enorme no que estava a fazer. Como quem faz porque quer. Porque sabe e sabe-lo bem. A ele, não se via nada porque os óculos eram escuros. Mas tocava, como dizia o meu pai "perdiante" (que é uma palavra que não existe).

O realizador era também o actor principal. Um tipo de Pierrot infeliz que morre no fim. Os planos, para 1929, eram muito arrojados, como filmar o mar de pernas para o ar e as pessoas a partir do chão. As legendas... ai, as legendas... um mimo.
Eu, que segundo dizem, sou open minded, vi-me rodeada de malta chamada de "alternativa". Tão alternativa que o mais normal tinha um t-shirt preta, onde em letras vermelhas se podia ler "I fucked your girlfriend last night"... Pois!

Tirando o cheiro perturbante do meu vizinho do lado (que a dada altura deu em enrolar as mangas da t-shirt nos ombros... quem sabe, para arejar) a tipa que a meio do filme bateu palmas e gritou "Obrigado, obrigado!" e teve de ser tirada da sala, as cadeiras desconfortáveis e o calor imenso... foi fantástico.
Já posso dizer que fui a um motel? Não?! Pois, bem me parecia que não...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lets paint the town

Exausta. Com dores nas costas e atolada em trabalho. É difícil sair do lodo com estas dores...
Entretanto, continuam a acontecer-me as coisas mais fantásticas. A minha pequena diz-me que teve saudades das minhas belas pernocas. Enquanto eu corro pela casa para me despachar, a minha mãe comenta"Cheira bem, a pequena loira!". Ela chama-me assim desde que me conheço. E de todos os petit noms que tenho (e são alguns) é capaz de ser esse o que mais gosto.
Por estes dias, fui a Fátima. E, como sempre, saí de lá mais leve. Depois a princesa também lá foi com o pai. E quando regressou, trouxe uma prenda para mim, duas para a avó, e muitas para ela. A caminho da piscina disse-me "Desculpa Mamã, só consegui trazer uma para ti." Estou farta de lhe dizer que não quero que faça isso, mas ela já entendeu que ele não sabe dizer não. Á conta disso, tem um iPod e um telemóvel novo. E a sorte dele é ela não ser pedinchona.
Quando lhe pergunto o que comeu, responde-me "Comida!" e esta noite quis dormir comigo. Diz que teve muitas saudades. Eu... eu roí-me por dentro enquanto ela não estava. Pus o coração ao alto e tentei não dramatizar. Mas os jantares à meia-noite e o dormirem até tarde, enquanto ela deambulava por uma casa desconhecida... tiraram-me o sono.
Depois, depois juntam-se filmes de terror, gosto por bricolage, leituras de Miguel Torga em voz alta e o Mundo parece mais perfeito. Pelo menos o meu!