Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Na mesma linha do anterior



Há muita gente por aí (diria “boa” gente but believe it’s not the case!) com tão, mas tão pouco que fazer e se acha a último/a defensor/a da moral e dos bons customes que sinceramente, não há cú que aguente.


Sim, eu escrevi “cú” e depois? Lê quem quer, certo? E quem não gosta, come menos, ok?

Mas porque será que há gentinha que acha que tem o direito de entrar na “casa” dos outros (e por “casa” aqui entenda-se facebook, blog, twitter, whatever) e desatar a pregar a moral e educação como se aquilo fosse alguma coisa que LHES dissesse respeito?

Vamos a uma analogia parva, que se há coisas que eu sou boa na vida é em analogias parvas.

Sicrana vai a minha casa tomar café e repara no monte de roupa que eu tenho para lavar. Mais outro monte para passar. E mais a pilha de loiça para lavar. E sai-se com um “Já davas um jeito nesta casa!


  1. Sicrana já não bebe café, porque sai porta fora, agastada com a resposta que leva – qualquer coisa como “Oh filha, já te metias na puta da tua vida!
  2. Sicrana não existe porque amigos meus, esteja a minha casa messy ou não, têm a educação de não o comentar. Os outros que possivelmente comentariam alguma coisa, não são convidados para tomar café na minha casa. Óbvio, não?
  3. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Ou não!

E isto e uma analogia para quê? Para o facto de certas pessoas acharem que eu partilho muito no facebook e nem sempre o mais correcto, a seu ver.  É uma opinião como outra qualquer. Mas tal como para Sicrana, porta da rua será sempre serventia da casa.

Se eu digo palavrões no facebook? Eh pá… eu digo palavrões na vida real, portanto porque não dizê-los no facebook? A malta ofende-se? Temos pena! Ou melhor, não temos peninha absolutamente nenhuma. 

Se a minha avó fosse viva e tivesse facebook, aí sim, talvez, eu tivesse outro cuidado. Não é e nunca teve facebook, pelo que não tenho de me preocupar. A minha filha tem? Tem sim senhora, mas só lá vai comigo sentada ao lado, portanto, assunto arrumado. 

Se eu falo do dia do orgasmo, das marionetas das pilas que fui ver no passado sábado e partilho fotos de coisas que acho piada, seja isso o Papa a dizer “merda”, um bando de bombeiros descascados ou a rainha a fazer o pino, porque raio é que alguém vem dizer que acha mal e pior, acha que eu dou alguma importância a essa opinião?

Mudar isso seria mudar a essência do que eu sou. Seria o mesmo que deixar Sicrana reclamar da desarrumação na minha casa e ainda lhe servir café. Flora que é Flora serve o café á Sicrana… nas trombas.

E como eu sempre disse, se eu não mudei até agora, porquê esperar pelo milagre, senhores? Ide á vidinha ou tentai arranjar uma, sim?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Das privacidades de cada um



A propósito daquela cena que anda a circular no FB em que todos proclamam estar na posse das suas faculdades mentais (!?)  apanhei esta pérola.

(…)  estes senhores do facebook pensam que são donos das nossas vidas, já mais do que uma vez verifiquei que andam na minha página a ditar ordens e a vasculhar a minha vida privada, por isso ultimamente não tenho escrito nem postado nada. Deviam ser punidos pois a Página é nossa, o perfil é privado e só a mim e a quem eu autorizar a pode visualizar. (…)

Eu conheço a pessoa em questao, mas nem vamos por aí (sim, que eu conheço cada aventesma que dá vontade de fugir!). A personagem deu pelos senhores do FB a vasculhar a sua privada… muito material para psicanálise. Gosta de saber como é que deu por isso... será que eles deixam rasto?! Qualquer dia estamos a dizer que o FB é do povo e que o povo é que deve ditar as regras.

Mas será assim tão difícil perceber que NADA é privado a partir do momento em que se publica na internet?! Venham-me cá com teorias de que o meu perfil é privado e ninguém o pode ver e fia-te na Virgem e coiso e tal.

Não  que o FB seja tipo PIDE e esteja em cima de tudo o que é publicado, de fio a pavio mas, tendo de haver um controlo - que temos de reconhecer como necessário, seja para tudo o que infrinja a lei e não só - as coisas são vasculhadas, vistas e revistas, sim! Quem não tem consciência de que é assim, é, no mínimo, ingénuo.

Acharem que o FB é como o diário que guardam fechado na gaveta da mesa de cabeceira ou o álbum de fotografias escabrosas com a prima Cidália que está debaixo da cama e ninguém, mas ninguém mesmo vê, é absolutamente ridículo. 

E se assim fosse, qual era o objectivo de publicar estas coisas?

Quem não quer ser visto não se mostra. Ponto. Conheço várias pessoas sem FB todas elas com as suas validíssimas razões para não terem e que pura e simplesmente vivem bem assim. Quem quer tem, quem não quer não tem e nem deve doer assim tanto a quem não o tem, senão… tinham, certo?!

E será que é porque pespegam com um “eu estou muito bem do miolo e sei o que digo a 1 de Fevereiro de 2013” que o Mark e a equipa dele (e outras almas que também lá calham para "cuscuvilhar") nunca mais lhe entram no perfil, não vasculham as fotos do Verão na Lagoa de Albufeira e os picnics na mata do Monsato mais os valiosos pensamentos roubados em outros tantos perfis?! Oh alminhas sem juízo…

Isto parece-me tão óbvio que chateia. Ah e os falsos moralismos de “deviam ser punidos” (sem sequer perceberem o que estão a dizer) irritam-me até á medula.

O mundo seria um lugar tão melhor sem gente estúpida. Mas muito menos divertido, confesso.