Há muita gente por aí (diria “boa” gente but believe it’s
not the case!) com tão, mas tão pouco que fazer e se acha a último/a defensor/a
da moral e dos bons customes que sinceramente, não há cú que aguente.
Sim, eu escrevi “cú” e depois? Lê quem quer, certo? E quem
não gosta, come menos, ok?
Mas porque será que há gentinha que acha que tem o direito
de entrar na “casa” dos outros (e por “casa” aqui entenda-se facebook, blog,
twitter, whatever) e desatar a pregar a moral e educação como se aquilo fosse
alguma coisa que LHES dissesse respeito?
Vamos a uma analogia parva, que se há coisas que eu sou boa
na vida é em analogias parvas.
Sicrana vai a minha casa tomar café e repara no monte de
roupa que eu tenho para lavar. Mais outro monte para passar. E mais a pilha de
loiça para lavar. E sai-se com um “Já davas um jeito nesta casa!”
- Sicrana já não bebe café, porque sai porta fora, agastada com a resposta que leva – qualquer coisa como “Oh filha, já te metias na puta da tua vida!”
- Sicrana não existe porque amigos meus, esteja a minha casa messy ou não, têm a educação de não o comentar. Os outros que possivelmente comentariam alguma coisa, não são convidados para tomar café na minha casa. Óbvio, não?
- Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Ou não!
E isto e uma analogia para quê? Para o facto de certas
pessoas acharem que eu partilho muito no facebook e nem sempre o mais correcto, a seu ver. É uma opinião como outra qualquer. Mas tal
como para Sicrana, porta da rua será sempre serventia da casa.
Se eu digo palavrões no facebook? Eh pá… eu digo palavrões na
vida real, portanto porque não dizê-los no facebook? A malta ofende-se? Temos
pena! Ou melhor, não temos peninha absolutamente nenhuma.
Se a minha avó fosse
viva e tivesse facebook, aí sim, talvez, eu tivesse outro cuidado. Não é e nunca
teve facebook, pelo que não tenho de me preocupar. A minha filha tem? Tem sim
senhora, mas só lá vai comigo sentada ao lado, portanto, assunto arrumado.
Se eu falo do dia do orgasmo, das marionetas das pilas que
fui ver no passado sábado e partilho fotos de coisas que acho piada, seja isso
o Papa a dizer “merda”, um bando de bombeiros descascados ou a rainha a fazer o
pino, porque raio é que alguém vem dizer que acha mal e pior, acha que eu dou
alguma importância a essa opinião?
Mudar isso seria mudar a essência do que eu sou. Seria o
mesmo que deixar Sicrana reclamar da desarrumação na minha casa e ainda lhe
servir café. Flora que é Flora serve o café á Sicrana… nas trombas.
E como eu sempre disse, se eu não mudei até agora, porquê
esperar pelo milagre, senhores? Ide á vidinha ou tentai arranjar uma, sim?