Este blog está a fazer 6 anos em menos de nada! Assustador!
Digo eu, que o escrevo. O que dirá quem me le?
Lembro-me de escrever á bruta, posts atrás de posts, sobre
tudo e sobre nada.
Lembro-me dos tempos dos comentários á pázada, de eu não ter
tempo de responder e de haver comentários cruzados. Lembro-me de este blog ser
falado em tudo o que eram jantares de amigos, festas de familia e conversas de café.
Lembro-me de andar com um notebook da moleskine para tomar notas, livrinho esse
que me foi “roubado” várias vezes.
Lembro-me dos amigos que fiz e das invejas, ressabiamentos,
cabras e cabrões que aqui vieram parar. Lembro-me das vezes todas que parei de
escrever porque não me apetecia levar com as frustrações de toda a gente pequena
e mesquinha que aqui apareceu.
Lembro-me da malta que chegou aqui como quem vai tirar o cutão do
umbigo e a achar que a sua opinião, juízo de valor, análise da minha pessoa ou tentativa
de piada tinha algum valor. Lembro-me de tirar o maior gozo de todos os
anónimos que aqui tiveram o desplante de vir comentar. Desde o/a que me chamou
p-u-t-a com as letras todas, á que (ela dizia que era uma "ela") me apelidou de
Zezé Camarinha com downgrade. Havia de
chorar, querem ver? Optimista e positiva como sou, só podia mesmo era virar o
bico ao prego e rir até me doer a barriga.
Lembro-me dos gajos que se apaixoram pelo que eu escrevi. Dos
que acharam que o mau feitio era fachada. Dos que tiveram tomates para testar
se era fachada ou não. Dos que fugiram as 7 pés com o rabinho entre as pernas quando
lhes provei por A mais B que fachada era a senhora mãe deles.
Lembro-me do chorilho de comentários anónimos que não
publiquei e que andaram a circular por email. Das teorias da conspiração, será fuluno,
será sicrano… Dos trocadilhos e analogiais que fiz nas respostas que fui dando.
Nas “tareias” monumentais que dei no ego de muito menino. Das gargalhas que dei a ler alguns
comentários de quem me quer bem a “bater” em quem me queria mal.
Das horas passadas a ler e a comentar outros blogs, como o
El Dourado, O juro , o Ervilhas, o 1000 Conversas, a Bad e tantos outros que entretanto fecharam. E das “conversas” saudáveis
que tinha com esta gente toda. Apesar de só conhecer uma pessoalmente. Hoje
conheço 4 e uma virou família! E não fosse o primo e o blog e não tinha conhecido O
gajo.
Lembro-me do tempo em que o blog era um vício saudável. Uma
dependêcia consciente, que tinha de ver satisfeita várias vezes ao dia.
Hoje olho para este blog como alguém que em tempos fumou 4
maços de tabaco por dia, mas de vez em quando ainda dá umas passas. E apesar da
euforia não ser a mesma de outros tempos, posso garantir que ainda me dá um
gozo do caraças escrever aqui.