Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

domingo, 29 de abril de 2007

FECHADO PARA FÉRIAS
ATÉ...
um dia destes

Só falta o cartão da casa

Noite fantástica. Jantar do melhor no Lizarran: tapas, sangria e conversa de gajas! Que me desculpem os gajos, mas três gajas juntas divertem-se que é uma coisa louca.
Eu, a outra e a Xunana começámos a comer já passava das 10 da noite. Os assuntos variaram de cadelas epilépticas a amores, passando por pragas e tentações. Enfim, o costume. Muita gargalhada, outro tanto de parvoíce, mas acima de tudo, boa disposição.
Mais tarde as três maravilhas (nós, é obvio) juntaram-se ao Xunano e ao Roger. Não consegui definir ainda o Roger... tirando os olhos giros, digamos que era um tipo porreiro. E fiquemo-nos por aí.
Por ainda ser cedo para armar a tenda no Plateau, ficámos pelo Porão de Santos, onde alegremente constatei não ser o único alien da noite. O amigo Roger também nunca tinha ido ao Plateau. Mais um ET, portanto.
Não posso deixar de fazer referência a um facto deveras... acutilante (no mínimo). Se a t-shirt da Xunana era um mimo de “I STILL LOVE HIM”, a do Xunano não ficava atrás, com o fantástico dizer:

(as letrinhas pequeninas... "A Public Service Announcement brought to you by Porn Star")

Eles disseram que não combinaram. Hum, desconfio!!!

Lá descemos as míticas escadinhas e fomos ao Plateau. Entrámos directamente na pista. Boa música, do nosso tempo. Muitos Xutos e GNR, mais os Táxi e até as Doce (!!!) com direito a coreografia a três do “Amanhã de Manhã” (estávamos um portento, meninas!). E os rocks e os pops e o ambiente super revivalista.

Para finalizar, à saída, Roger queixava-se da trabalheira que as meninas deram...

Ah pois é... foi só enxotar gulosos! É que as meninas além de serem giras, simpáticas e bem dispostas... estavam altamente produzidas: calça de ganga, botas e t-shirt.

Maquilhagem? Népia. Decotes? Nicles. Brilhantina e adereços? Batatóides.

Não admira que os tipos babassem à nossa volta. O resto da “mercadoria” era só mini-saias, decotes generosos, muito betume e massa no trombil e olhares dengosos para dar e vender. E não haja dúvida nenhuma de que a nossa descontracção e atitude “de bem com a vida” é quase uma áurea. Podemos não ser 100% felizes (a cabra da Xunana é!!!!) mas somos umas tipas muita do bem dispostas.

E depois como quem ama por gosto não cansa”... está prometida a repeteca.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Terceiro dia

Passei a manhã na cozinha. Temperei carne, fiz croquetes.
Bem, croquetes não. É que sempre que tento fazer croquetes, faço bolinhas de carne.
Há qualquer coisa em mim que não me permite fazer croquetes. E fiz puré (aos mais curiosos que possam vir a perguntar "instantâneo ou caseiro?" respondo já: instantâneo. Mas sei fazer do caseiro, e bem - a minha modéstia é qualquer coisa de imensurável!).

Estavam boas, as bolinhas de carne. E o puré também. Passei a tarde na tagarelice a agora e hora de ir para a hidro-ginástica.

E logo... logo vou deixar de ser um ET. Não perceberam? Estivessem mais atentos ao que eu escrevo. Ou não!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Segundo dia

Isto de ter gajos em casa não dá tempo para muita coisa.
Almoço porreiro na zona saloia... Esplanada do Loureshopping com duas amigalhaças.

E depois trouxe o gajo para casa. É um favor que estou a fazer a alguém que merece. E sempre tenho quem me aqueça os pés durante duas noites!

Para semana deixo-vos uma foto do jeitoso... para salivarem de inveja. É tão lindo que até chateia.

Ai, ai... fazer favores é do melhor.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Primeiro dia

Hoje não é um grande dia de férias. O tempo está murcho e estou com uma enxaqueca daquelas.
Falta de descanso... A amigdalite da pequena já deixou de resistir, a febre foi-se e a boa disposição voltou. Nada como a boa disposição dela para por esta casa a mexer outra vez.
Tenho carradas de coisas para fazer e não sei por onde começar:

:: Pôr gasolina e limpar o carro – não me apetece;
:: Fazer as malas - ainda é cedo, só viajamos no domingo;
:: Começar a separar coisas para as mudanças – apetecer até apetece... mas não sei para onde me virar;
:: Voltar às minha bugigangas, para responder às encomendas – tenho de estar inspirada;
:: Procurar os CDS do estupor que chega no domingo – já vai, tenho tempo;
:: Ir às compras ao Jumbo – esta então, não me apetece... MESMO nada! (posso não encontrar o trevo e depois parto a tromba ao elefante).
Mas também... ESTOU DE FÉRIAS. Não olho para o relógio, não tenho de usar saltos nem blazer, vivam as minhas gangas, as t-shirts e os meus ténis azul-bebé!
Vou tomar um banho. Pode ser que esta indecisão parva de primeiro dia de férias me passe.
Deixo uma foto do local para onde vamos...
O ano passado em Setembro estava assim. Vamos ver se agora está mais ou menos.

E nada de invejas. Olhem que a inveja mata!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Sobre nabos e tomates - remake

Muito se tem falado sobre o tema. Estava inspirada naquele dia (é, às vezes acontece-me).

Mas hoje vou dedicá-lo. A todos aqueles que não os têm, seja para o que fôr.
Nem que seja para dizer, simplesmente "Vai à merda, Flora!". Cara a cara, olho no olho!
E porque é que hoje volto a falar no assunto? Porque estou saturada de nabos.

Eu sei aquilo que valho! O resto são nabos.

Mesmo a calhar

Mais do mesmo. O raio da música passa em todas as rádios. E é especial, disso não há dúvida.
Depois de duas noites sem dormir, perdi a conta aos pijamas, às mudas de roupa (dela e minha) e aos cantos da casa que foram vomitados. O pior já passou.

Hoje vou de férias.

Uma semana e meia. FÉRIAS!
Até Domingo ainda vou andar por aí, a resolver umas coisitas. Depois pego nas minhas miúdas (a grande e a pequena) e vamos mesmo de férias.
O estaminé também vai de férias, lá mais para o fim da semana.

Vou dar férias ao corpo e à alma. Espero que esteja bom tempo. Mas se não estiver, paciência. Eu estou com bom tempo. Ora não, vou estar de férias!!!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sei

Há dias assim. Está calor demais para procurar explicações.
Não as dou nem as peço. Hoje é, apenas e só, isto.

Sei que sabes que sim....E que para mim....És o mundo lá fora....Não há nada a fazer....Nem nada a dizer....Aqui e agora....Deixa a volta ao mundo....Vai ser erro que o tempo entendeu....Nem tu tens de dizê-lo....Só tens de o sentir....Se Sabes que sim....e que para mim....És o mundo lá fora....Olha para mim....Se estiveres a fim....Falamos depois....A qualquer hora....Olha para mim....Tudo tem um fim....Vemo-nos depois....Sei que és parte de mim....Estarás sempre aqui....Sei que não demora....Não há nada a fazer....Nem nada a dizer....Aqui e agora....Deixa a volta ao mundo....Vai ser erro que o tempo entendeu....Nem tu tens de dizê-lo....Só tens de o sentir....Se Sabes que sim....e que para mim....És o mundo lá fora....Olha para mim....Se estiveres a fim....Falamos depois....A qualquer hora....Olha para mim....Tudo tem um fim....Vemo-nos depois....Olha para mim....Se estiveres a fim....Falamos depois....A qualquer hora....Olha para mim....Tudo tem um fim....Vemo-nos depois....Vemo-nos depois

"Sei que sabes que sim" EZ SPECIAL

domingo, 22 de abril de 2007

Hocus Pocus

Estou com um problema grave de retórica.
É que depois de ganhar um 2º lugar num Concurso de Arte Cristã, não parece muito bem, estar para aqui com descrições pormenorizadas do jantar de ontem. Ou melhor, das conversas tidas no decorrer do jantar. Éramos seis já passados dos 30 e três pirralhos pequenos, em casa da Supêtia, em Vila Nogueira de Azeitão.

Só para parecer bem e não dar a ideia de que sou uma completa destrambelhada, e para não destoar (muito) do texto ali em baixo... Vou citar apenas alguns dos disparates mais softs e esquecer a parafrenália de barbaridades que foram ditas na noite de ontem. De notar que o tema central do jantar foi... como dizer isto de uma maneira “levezinha”? Aquilo que os passarinhos e as abelhinhas gostam tanto... A Primeira, está visto.

Nem vou explanar agora que travei conhecimento com o verdadeiro significado da expressão “queca mágica” (lá se foi o discernimento) ou a maneira como “abracadabra” ou “hocus pocus” atingiram uma relevância totalmente diferente para mim. E as fitas métricas, as colheres de sobremesa e as de café... ganharam um novo significado.

Adiante! Presentes: eu e a outra, Supêtia e Chef, Xunana e Xunano e os pirralhos (a minha e os dois da Supêtia).

Jantar fantabulástico. Parabéns ao Chef. Para terem uma ideia: entradas de queijo de ovelha com espinafres e mel, no forno e salada de queijo fresco com tomate; rolo de carne com azeitonas e bacon, batatas assadas e arroz de forno; e o super bolo de chocolate da Supêtia. Ah... não esquecendo as caipiras... inhas ou oskas, conforme os gostos.

Ainda antes do jantar (e este é sempre um dos inconvenientes de estar com gente que me conhece há muitos anos) começaram a arrear-me forte e feio... Ou porque não bebo, ou porque nunca fui ao Plateau. A este último facto a Xunana saiu-se com um incrédulo “Tu és um ET!”. Parece que vamos lá na próxima 6ª feira. Parece.

Mais tarde alguém se lembra de referir um documentário sobre a descoberta de que os porcos (penso que porcas incluídas) têm orgasmos de 30 minutos de duração. E a outra a dizer que na próxima vida quer ser porca.
Acho que foi quase em uníssono que se fez ouvir o protesto “PORCOS!!!”.
Em relação a isso, o Chef (entretido no fogão, mas interessado na conversa) rematou com o célebre ditado popular “Enquanto houver língua e dedos, não há que ter medos”.

No decorrer do jantar a coisa acalmou. O bom do Xunano deu um ar da sua graça ao referir-se à sua recente esposa como uma fada do lar. Mas explicou... é que ela “onde põe aos mãos, fada tudo!

Já as crianças dormiam quando passamos ao café e à abordagem sentimental do nosso passado. A outra confidenciou-nos que está convicta que o Homem da sua vida é do signo Capricórnio. Como amiga das horas difíceis, a Xunana concordou com um “Ya, já vem com cornos e tudo!”.

Muita coisa mais haveria para dizer, mas é mesmo melhor não. Até porque quando saímos de lá estava fresquinho (ou frescodasse, como disse o Chef). Sei que apanhei como gente grande. Mas a comida estava boa, que se f.... lixe.

Prepara-te Supêtia, vais ver evoluções... não me apanhas mais com essas quequices de dar só um beijo.
Concluíndo, em Vila Nogueira de Azeitão come-se bem, a malta diverte-se, fuma como o caraças e ri a bom rir... o resto não sei.


Incentivo

O texto que era para vir para aqui hoje, não tinha nada a ver com isto. Era o relato de um jantar fantástico, em Vila Nogueira de Azeitão... mas outros valores se impõem. Depois resolvo se o faço ou não.
Estou um bocadinho... com uma pontinha de.... pronto, confesso, estou vaidosa!
Foi o primeiro texto que enviei para um concurso. Acho que vai servir de incentivo para outras andanças.
Já não é a primeira vez que faço links para o blog deles. Este é feito com um “Parabéns ao Vencedor” e um “Vocês são grandes Ser Ajuda!”.
Não por terem escolhido o meu texto. Mas pelo Concurso, pelo empenho e por tudo o que põem de vocês naquilo que fazem. Vê-se que é com alma.
Fica o texto.
Não acreditar
Já foi moda ser cristão, católico praticante. Agora é moda o quê? Não sei. Acho que só me vou actualizar nessas coisas quando a minha filha chegar a adolescente e se referir a mim como “cota”.
Engraçado, a minha filha é cristã desde que começou a falar. Pelo menos, só nessa altura é que eu me apercebi disso. Quando tinha menos de dois anos, perguntou-me o que eu tinha pendurado ao pescoço e eu respondi-lhe que era o Jesus da mamã. E ela, intrigada, questionou-me “E onde está o Jesus da Raquel?”. É óbvio que passou a ter um. Ainda mal andava, pediu-me para entrar numa Igreja para ir ver o Jesus.
Nas nossas andanças por terras de Vera Cruz, sempre que via uma Igreja, não se calava enquanto não a levávamos lá. Muitas vezes me interroguei… “Como é que ela sabe que é uma Igreja?” Há pais que desde cedo falam aos filhos sobre religião, Jesus Cristo e os ensinam a Oração da Noite. Não foi o caso. Apenas respondia às perguntas dela…
Um dia a olhar um céu fenomenalmente estrelado, numa praia deserta, ela abriu os braços e disse “O céu do meu avôzinho…” Fala dele como se o tivesse conhecido, embora ele tenha morrido 3 meses antes dela nascer. Pediu-nos insistentemente uma foto dele para pôr na mesa-de-cabeceira. Mas houve um período em que virava a foto e quando lhe perguntava porquê, respondia-me que não aguentava olhar para ele. Há uns meses, abraçou a fotografia e chorou desconsoladamente, enquanto entre soluços dizia “Tenho tantas saudades do meu avó!”. Por diversas vezes ela diz que quando for grande, a avó será pequenina, como se compreendesse alguma coisa sobre vidas passadas ou reencarnações.
Não consigo entender como é que ela tem tanta curiosidade sobre Jesus. Mas há coisas que não são para entender. Como o facto de eu acreditar em Deus. Ou como ela dizer-me que sabe que tudo vai correr bem. “Raquel, como sabes isso?”, “Foi o Jesus, mamã. Falou comigo ontem à noite e disse-me.” Dirá quem lê, é bem mais fácil para uma inocente de quatro anos do que para um adulto presunçoso e egocêntrico, acreditar em Deus. Crianças acreditam em tudo, até no Pai Natal, no Coelhinho da Páscoa e na Fada dos Dentes. Pois, concordo. Mas a crença da Raquel é genuína, nada tem de marketing ou publicidade barata. Não foi uma verdade transmitida ou imposta, apenas a constatação de que existe.
Ao invés disto, e porque para haver verdade tem de haver mentira, para haver sim tem de haver não, há quem não acredite. Em nada! Não só em Deus ou Jesus Cristo, mas simplesmente, não acreditar em nada. Os ditos agnósticos, ateus… abstémios de religião. Como é possível viver assim? Não é um julgamento, mas uma sincera incompreensão. Se ao acreditar em Deus me vejo tantas vezes impotente para justificar tanta coisa, como o faria se não acreditasse? Será mais fácil apenas dizer que Ele não existe, e é por isso que o Mundo está assim? O ódio, a repressão e a violência sobrepõem-se ao amor, à liberdade e à paz porque Deus não existe… será essa a justificação dos ateus?
Na minha vida de três décadas e pouco tenho-me cruzado com diversos tipos de ateus. Os que já acreditaram e se deixaram disso, porque a vida lhes foi cruel e concluíram que isso justificaria a inexistência de Deus. Os que nunca acreditaram. Os que, nem sabem porquê, não acreditam, porque não conhecem, porque nunca ouviram falar, porque não entendem. Dá trabalho ser cristão! Praticante então, nem se fala…Mas será mais fácil, pura e simplesmente, não acreditar em nada?
Quando morre alguém, qual é o maior consolo de um cristão? Que quem morreu estará melhor, mais perto de Deus, em paz. E um agnóstico, que pensa? Olha, morreu, morreu! Acabou. Enterra-se e pronto. Convenhamos, ser cristão tem o seu quê de romantismo, acreditar na vida após a morte, em coisas eternas, em almas e anjos da guarda. E qual o sentido que um agnóstico define para a sua vida? Nasce-se, vive-se e morre-se. E mais nada. Além de ser pouco, é infinitamente triste. Quase como não sonhar. E o que fazemos sem sonhos? Vivemos ocos, não será?
Eu concordo que um Céu límpido e povoado por seres alvos e carregados de luz, em contraposição a um inferno escaldante de sofrimento e dor são visões difíceis de defender, de justificar. E à porta de entrada o São Pedro, a definir quem vai para onde, é um cenário tanto ao quanto cinéfilo, mas temos de concordar que o argumento está bem escrito e chama-se Bíblia.
Quando era miúda e me vinham com a teoria da descendência dos macacos, eu contrapunha com um arrogante “Eu descendo de Adão e Eva!” E lá voltamos ao romantismo! Pode não ser muito fácil de sustentar, mas é muito mais bonito do que descender de um… símio.
Há uns dias, enquanto me lamentava de uma atitude de alguém de quem gosto muito, um agnóstico dizia-me “É lixada essa coisa de ter de dar a outra face, não é?”. Não deixa de ser uma metáfora. Há várias formas de dar a outra face, e em vez de lhe dar a outra face, apenas lhe deixei a porta aberta para outra oportunidade. Embora saiba, de antemão, que a atitude que esse alguém possa vir a ter, me venha a magoar mais que a segunda bofetada.
Não é fácil, mas no fim acaba por ser mais reconfortante do que fechar a porta definitivamente. Muitos não crentes já me perguntaram como é possível acreditar sem ver, acreditar e justificar o que vai mal no Mundo. Talvez tivesse os meus motivos para deixar de acreditar… perdi um irmão, um pai, bons amigos, entes muito queridos.
Há cinco anos atrás, passei uma temporada de escuridão, em que não fui eu, não fui ninguém… apenas passei. Tenho penas como toda a gente, carrego pesos na alma como o ateu que não acredita.
Mas penso: tenho 31 anos de vida, se a minha filha com quatro anos não precisa de provas que Deus existe, porque hei-de eu precisar?

sábado, 21 de abril de 2007

Só para mim

Esta semana ofereceram-me um texto. Alguém escreveu para mim? Parece-me que sim. Era para publicar aqui, mas depois voltei a ler e chamou-me a atenção o final "Fica só para ti! Para que nunca percas a esperança!"
E então ficou mesmo só para mim. E a esperança é coisa que nunca vou perder. Obrigada na mesma.

Toda a gente

Nos últimos tempos, muitas das conversas têm andando à volta deste blog.
E porque é que escreves? E como é que tens tempo, o que quer dizer “Devagar, mas com confiança”, é uma terapia, não é... e mais um chorrilho de perguntas do género.

Já recebi telefonemas a perguntar o endereço, sei de malta que vem aqui todos os dias, várias vezes ao dia. Há quem comente por sms. Há até a quem eu imprima alguns textos, porque não tem acesso diário à net.

Mas há uma coisa que acho que ainda ninguém entendeu e portanto passo a explicar. Não ando à procura de respostas (pode parecer incoerente, mas é verdade) nem de explicações filosóficas sobre o sentido da vida.

E sim, este blog é uma terapia. Leiam, mas não tentem entender. Leiam, mas não analisem tudo. Leiam, mas acima de tudo não pensem que me conhecem!

E se quiserem algum esclarecimento adicional, trocar ideias, saber mais, ou pura e simplesmente dizer “olá”, façam-no através de outra_confianca@hotmail.com. É um canal muito mais apropriado do que os comentários aí em baixo.

Já agora dispenso os engates baratos, as conversas de mer... treta, e os que acham que já me tomaram de letra. Estou quieta no meu canto. Não me chateiem com banalidades, ok?

O fim-de-semana está a correr-me mal? Estou com a chamada TPM? Nada disso. Estou super bem disposta, contente com a vida que tenho e calminha porque vou de férias para a semana.

Lá está... Não analisem tudo!

Prontos!

Vamos lá satisfazer a curiosidade de um ou dois que andam por aí. É verdade, estou uma porreira hoje. Não quero que tenham insónias a pensar que eu tenho um olho no meio da testa, peso mais de duzentos quilos e por isso é escrevo tantas barbaridades.
Esta é a dona do blog.

E façam-me um favor. Se se cruzarem comigo na rua, não me venham com conversas do tipo "Ah e tal e coiso, és a gaja do blog...".

Não vale a pena. Além de não ser dada, não sou fácil.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Uma questão de mentalização


Confesso: voltei a snifar pó!

É só maus hábitos!

Este é um daqueles textos que não tem objectivo nenhum. Independentemente do facto de terminar com uma pergunta.

Eu acho que consigo reconhecer uma gaja boa, pelos padrões masculinos. Tal como tenho um padrão definido do que é um homem atraente (podre de bom, entenda-se).
A primeira coisa que a maioria dos homens olham? Ouvi dizer que são as mamas. Mas não tenho confirmação científica.
Eu sei para onde olho primeiro, num homem. Qual rabo, qual carapuça (cala-te, subconsciente!). As mãos. Porquê? Não sei. Gosto de mãos.
E gosto de rugas de expressão. Principalmente daquelas que aparecem no canto dos olhos quando um homem sorri. Gosto de sorrisos. Sinceros.

Mas estou a divagar, e a afastar-me e até a reduzir o tema. Afinal o que é que os homens querem?

E tudo isto porquê? Voltei a subir ao banquinho e a ir ver as prateleiras altas, cheias de pó.
O texto nem se adequa aos dias de hoje. Estou sozinha e estou bem.

Isto foi escrito há mais de 6 meses. Mas fica a ideia essencial. Que é qual? Sei lá. É o que vocês quiserem.

Carta aberta a um Homem… seja ele quem for!
(Ou então a quem entenda efectivamente do assunto…)

Não procuro ninguém e a quem se aproxima de mim… dou tudo! Será isto normal? Será condição bastante, darem-me um pouco de atenção, para que eu me apaixone?

E depois se desaparecem, se evaporam no ar… o que faço eu? Agarro-me ao próximo com a força com que me agarrei ao primeiro e o filme parece um remake. Mais uma voltinha no carrossel, tipo pescadinha de rabo na boca e volta tudo ao mesmo: NADA!

O que será que eu tenho que os atrai com a mesma força com que os afasta? E isto em pouco mais de uma semana e sem sequer ter chegado a vias de facto! É traumatizante.

Eu sei que o meu feitio é dose, consigo ser venenosa, maldosa, seca, azeda, cruel… tudo numa só frase, ou pior ainda, num só olhar! E também consigo sufocar o mais calmo e plácido dos mortais, com telefonemas, toques, emails, pps, sms, e afins…

Mas o que mais me custa é se não sentem o que dizem, para que é que o dizem? Ou mesmo que o sintam e o digam, porque é que depois não conseguem ser coerentes com isso?

E para que dizem que ligam se depois não ligam… que fazem, se depois não fazem? Para que me dizem “adorei a tua companhia”, “ainda vamos ser muito felizes juntos”, “és uma mulher para a vida toda”… se depois o que fazem é sair de fininho, como se nada fosse?

Coitadinhos, são uns traumatizados… e ainda me dizem (quase em coro) que conseguem ter perspectivas construtivas sobre o nosso pseudo platónico “enrolanço” !!!
Preferia que me dissessem na cara, o que eu quero é “uma hoje e outra amanhã”, como só um teve a coragem de fazer.

E já agora, se eu sei o que quero e o digo descaradamente, porque não fazem vocês o mesmo? Se é para uma noite, meia dúzia, ou até ao fim dos meus dias…

O que eu quero? Se calhar quero muito, sou demasiado sonhadora e o meu desejo é uma utopia: ser feliz! Não ganhar no Euro Milhões, ter uma vida como as de revista e uma família tipo a família real espanhola… Felicidade baseada em pequenas coisas, pequenos gestos, como o acordar com o Homem da minha vida a meu lado, saber que nos seus braços me sinto segura, sentir que sou prioridade na vida de alguém e que esse alguém precisa de mim para ser feliz… Ter quem me oiça, mesmo quando o que eu digo não faz sentido, ter quem me ampare quando caio, ter quem me desculpe quando erro, ter quem não saiba viver sem mim, ter quem me ame como eu sou, sendo capaz de amar até os meus defeitos…

Pois é, se calhar é mesmo demais… o meu sonho é mesmo isso: SONHO!

Medos, quem não os tem? Traumas? Pois… é o meu nome do meio. E nem por isso estou menos disponível para me entregar. Claro que tenho medo de me magoar, desiludir, mas se ficar quieta, se não arriscar, como posso dizer que estou viva? Como posso saber o que Deus me reservou se não percorro o caminho que Ele tem traçado para mim? Além disso, como me posso levantar se não cair? Como posso amar, se nunca tiver perdido um grande amor? Como posso estar viva, sem viver?

E de que adianta, saber cozinhar, estar disponível, ser carinhosa, atenciosa, escutar o que vocês têm para dizer, tratar-vos quando estão doentes como só as vossas mãezinhas faziam, deixar-vos fazer zapping e dizer que só mais uma cerveja não faz mal, se o que vocês gostam mesmo é de ser mal tratados?

Por falta de experiência, demasiada carência afectiva ou, quem sabe, inaptidão aguda para lidar com o assunto, eu assumo: NÃO SEI LIDAR COM HOMENS (no sentido afectivo do termo)!!!!!

Alguém me dá umas luzes?

Confesso: voltei a roubar!

A euforia levou ao rubro a minha faceta cleptomaníaca. Era isso ou a outra mania que tem mais a ver com outra coisa completamente diferente, mas isso agora não interessa nada (ou até seria deveras interessante, mas vou seguir um conselho de uma amiga e ficar quieta, até porque a minha mãe lê este blog).
Quanto ao poema... Bem escrito, inspirado e divertido. Não faço links, não informo de quem é. Não sou obrigada a revelar as minhas fontes.
Onde é que as mulheres podem chegar?
Longe!
Onde é que os homens devem ficar?
Perto!
Quando é que as mulheres têm razão?
Sempre!
Quando é que os homens devem dizer não?
Nunca!
As nossas mulheres estão sempre lindas?
Sim!
As outras mulheres são lindas?
Não!
A tua mulher é charmosa apesar de cansada?
Nem sei como é que o faz!
Tu trabalhas 16 horas mas não fazes nada?
Nem sei como sou capaz!
E a mãe dela é divina?
Evidentemente!
E a tua é uma sovina?
Logicamente!
A tua mulher cozinha sempre bem?
É uma realidade!
E tu comes como ninguém?
Uma alarvidade!
A tua mulher é uma deusa a fazer amor?
É um facto!
E tu, dormes logo meu estupor?
Falta de tacto!
Ela nunca tem roupa demais?
Não duvido!
Tu é que devias ouvi-la mais?
Problemas de ouvido

YES!!

Então e este tempo?

Um sol radioso, um céu tremendamente azul? Daí não se nota? Ah pois é!!! Aqui está um dia fantástico.
Nunca a frase "confirmamos o nosso interesse" me pareceu tão fantástica! Maravilha!!!!
E pensar que o tipo me dizia ao telefone há dias "não preciso de me pôr em bicos de pés, para você perceber que nós somos grandes, pois não?"
Não, meu caro! Eu sei que vocês são grandes, mas eu sou MAIOR!!! E agarrei-vos!

Dizia eu ontem que estou cansada da área comercial... pois. Se calhar não!
Eu hoje tenho mais de 1,80m! Estou como o dia! Fria? Não. Cinzenta? Muito menos!
Encharcada!!! Em brio profissional e sentimento de dever cumprido.
Isto é bom. Isto é muito bom.
"E como te sentes?" pergunta-me o Adjunto. Caramelo, hoje até era capaz de te dar um beijo (na testa, entenda-se). Sinto-me bem, muito bem.
Parece-me que vai ter de haver comemoração!
Aceitam-se propostas (decentes e de gente conhecida, sff... ou indecentes, desde que sejam conhecidos... ou não. Oh porra, é a euforia a tomar conta de mim).

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Mãe, quantos dias faltam para eu fazer anos?

Mais do uma resposta vaga e simples como "21 dias" a Raquel queria perceber. Se até para nós é, por vezes, complicado, quanto mais para a minha pequena. E ela sempre lidou mal com o "saber esperar" (sai à mãe).


Vai daí, "fizémos" dois calendários. Um de Abril e outro de Maio. Estão orgulhosamente expostos na porta do frigorífico, agarrados por imans que vão desde uma castanha a uma pretensão manhosa de Carmen Miranda, perdidas entre estrelas do mar, galinhas e coisas do género. O mais importante: o anjinho amarelo feito pela Raquel.


Todos os dias, antes de ir para a escola, a Raquel vai riscar um dia. Com um sinal de "+", que não deixa de ser uma cruz. Tentei... mas ela tem mais queda para o "+". Fazer o quê?

Assim é mais fácil lidar com o tempo que falta. E é sempre bom aprender a noção de tempo e a saber esperar.

Até fazia um para mim.

Mas não sei qual é o dia "D".

Não estás cansada?

A amiga não é bruxa, nem nada que se pareça. E nem me conhece por aí além. Mas às vezes parece que me tira de letra.

Agora pergunta-me, meio a brincar meio a sério “Não estás cansada?? É que essa coisa de passares a vida a usar e abusar do teu racional pode provocar fortes "enxaQUECAS" miúda!
É como eu dizia em baixo, eu ergo muros altos, penso demais e depois, mais do que uma verdade, a frase “não estou preparado para isto” parece ser o slogan da minha vida.

Se me preocupa? Claro. Mas já me preocupou mais.
Digamos que ando a ter contacto com uma outra visão das coisas, num registo que eu nunca supus que existisse. Profundo como o cinzento e diferente como os sabores que é preciso distinguir.
Apenas isso. E não me apetece pensar muito.
Apetece-me antes que alguém se desloque até mim. Por vontade e opção. Não por necessidade.

Se depende dos astros ou da conjugação de imensos factores que se atravessam no meu caminho, não sei. Nem vou perder tempo a pensar nisso.
Sabes? Estou quieta amiga. Mas de olhos abertos!

Olha o mau feitio

"Tudo o que vem de si é torto!” diz-me, com ar de gozo, uma tipa importante que trabalha comigo.

Ainda bem que foi em relação a trabalho. Não que em termos pessoais seja diferente. Perguntavam-me ontem porque é que ergo muros tão altos… Eu não os ergo. Eles fazem parte da minha maneira de ser. Daquele meu mau feitio que, por incrível que pareça, alguns ainda acham que é pura pose. Não é.

Haverá muito boa gente disponível para atestar, até mesmo certificar (com carimbo e tudo) que eu tenho muito mau feitio.

Quanto à inspiração, cuja falta me queixava esta manhã, parece que voltou.
O almoço foi um poço de informações e temas passíveis de se escrever sobre. Vamos ver se o disco não empaca (too much information?!)

Não, não foi informação a mais. Digamos que foi um bom almoço! Em que sentido?
Desculpem lá, mas o que têm vocês a ver com isso? Nada, não é?!?

Lá está, mau feitio. Se dúvidas ainda houvesse.

Ficar quieta

Ontem disseram-me para ficar quieta. Esperar 4 dias. Parece que os astros estão em arrumações.
Como sou muito bem mandada (quando quero) vou seguir o conselho.
No meu canto. Com um livro como o de ontem.
Adormeci tarde, muito tarde.
A meio de uma noite mal dormida, entraste no meu sonho.
Mas não entraste à bruta. Pediste licença.
Falaste imenso. Não estou habituada a isso. O costume é eu falar, falar, falar e atropelar-me a mim mesma. Sabes, tenho uma amiga que para me irritar, quando quer falar põe o braço no ar.
Mas a ti deixei-te falar. Gostei da tua voz.
Ris-te com as minhas piadas parvas e deixas-me falar, também sem parar.
Não te vejo, mas imagino-te. Olhos cinzentos? Acho que nunca conheci ninguém com olhos cinzentos.
Antes de te ires embora, dizes-me “Tens um registo engraçado, pena que hajam pessoas que não estejam preparadas para isso!”.
E lá foste à tua vidinha. Não sei bem onde, nem como é. Mas sei que existe. Tal como tu.
Porque os fantasmas não existem. E a existirem, não serás com certeza um deles.

Espero, arduamente, que a minha inspiração volte depressa. Faz-me falta.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Subsídio de risco II

Terminei o post anterior com "vamos ver se a tarde corre melhor".

Pois... está a correr muito bem. E agora quem tremeu, fui eu!
Então não me aparece um a dizer que é Tenente Coronel do Exército e exige a presença do meu superior hierárquico?!!

Ainda bem que o meu superior hierárquico é maior que o Sr. Tenente Coronel...

Além do subsídio de risco acho que vou pedir escolta para sair daqui hoje. O ramo imobiário, quando misturado com a tropa, torna-se deveras perigoso.

Nota: "hierárquico" estava mal escrito, duas vezes... pudera, a tremer é difícil!

Subsídio de risco

E eu a pensar que tinha um emprego calmo e pacato. Fui apelidada de terrorista. O insulto foi feito com "aquele" ar… como que a olhar-me de cima a baixo, a rogar-me uma praga para o resto dos meus dias.

Perguntam vocês: “O que fizeste tu, pequenina?” Simples, cumpri ordens superiores. Parece que passou a ser um acto de terrorismo.

Acho que vou pedir subsídio de risco. Os senhores em questão tinham um ar ameaçador. Daqueles que partem montras e atiram cadeiras.

E tudo isto antes do meio-dia. Vamos ver se a tarde corre melhor.

A ponte e eu, eu e a ponte

E o Cristo Rei de costas... Do tipo “nem quero ver!!!
Nada como um jantar na praia em pleno dia de semana. Esplanada, boa comida, companhia do melhor (recuso-me a ter más companhias!).
O ar parvo do empregado num “são só mesmo vocês as duas, né?!” quase lhe valia uma resposta a atirar para o desagradável... mas convenhamos, não ia ser o empregado a estragar-nos a noite.
Assunto? Relações! What else?
A nossa vida é feita de relações, encontros e desencontros... ou gestão de silêncios, como me disseram hoje.
Não fomos pelo caminho sério da coisa. Tem muito mais piada abardinar... ainda para mais quando na mesa ao lado, um tipo com ar estranho se sai com um “eu arrebento-te a boca toda!” (estranho é favor, mas também não vou perder muito tempo a explicar... do estilo tão parvo que tem ar de quem diz coisas como “já tirava a mão do bolso para te dar uma chapada!”)
Continuando o disparate... fiz o pedido em modo velocidade máxima e como é obvio o empregado baralhou-se todo. Com ar enfastiado, pergunto “Estou a ir depressa demais? É o costume...

Entre uma batata frita e um gole de sumo natural de maracujá (muito bom) tento defender, de uma forma séria, que uma relação a dois não se baseia em sexo e pagar contas a meias... mas a minha teoria cai por terra com um “já servia!”. Não podes vencê-los, junta-te a eles (o melhor é abardinar mesmo, falar a sério para quê?).
Afinal, passam pouco das 9h da noite, de uma terça-feira fantástica, estamos à beira mar. Falar a sério? Não vale a pena.

Depois do café andamos um bocadinho a pé. Constatamos, algo espantadas, que não há lua. Quer dizer, há com certeza, mas não está visível. A conversa continua, agora um pouco mais séria.
Conclusões? Que me lembre, nunca chegámos a nenhuma. A ideia base também nunca foi essa, acho eu. O fio condutor é mais partilhar vivências, aprender com os erros. Para convictamente admitirmos que não queremos nada incompleto. Seja o que for.

Para acabar a noite em beleza, mais um café no sítio do costume. Porque ela já está habituada e eu, sei lá, apetece-me.

Estou com um sorriso daqueles. Porquê? Nenhuma razão especial. Apenas estou. E sabe-me bem.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Nuno Gonçalo virou Beatriz

Nada de interpretações dúbias. Eu passo a esclarecer.
Quando era miúda, como todas as miúdas, tinha um bebé chorão. De seu nome Nuno Gonçalo. O nome do meu irmão mais novo era Nuno, fui eu que escolhi. E quando ele morreu, tinha eu 7 anos, todos os bonecos passaram a ser Nunos.
Voltando ao chorão. Sempre tive paixão por todas as minhas bonecas e bonecos, mas há uns anos atrás fiz-lhes uma escolha e dei alguns. O chorão foi no rol. Nem sabia a quem a minha mãe os tinha dado.

Este domingo tive um reencontro surreal com o Nuno Gonçalo. A minha filha apareceu com ele ao colo e disse-me entusiasmada “Olha mãe, não era teu?

Após uma observação cuidada, constatei que era realmente o meu chorão. Pela metade da pestana que lhe falta no olho direito, mas principalmente pelo cheiro.
Como é que o boneco reapareceu lá em casa? Simples. A minha mãe deu os bonecos todos à nossa vizinha e ela guardou alguns, a pensar que um dia poderia vir a ter uma neta. Teve um neto. E lembrou-se da minha filha, quando pegou no Nuno Gonçalo para lhe dar outro destino.
Não há coincidências? Claro que não. Se o filho da vizinha tivesse tido uma menina, o boneco não voltaria às nossas mãos.

A parte mais engraçada da história é que depois do Nuno Gonçalo ter recebido um enchimento novo, estar lavadinho e composto com roupinhas novas (obrigada mãe!) a Raquel decidiu que era uma menina: “Gostas de Beatriz, mãe? É giro, não é? Mas era teu, não te importas?

Não filhota, Nuno Gonçalo, Beatriz… é o que tu quiseres. Estou toda lamechas por ter o meu chorão outra vez lá em casa.

Em casa do mano

Jantar de aniversário do melhor. Ui, ui.
Realmente aqueles dois recebem que é uma coisa…
Mal esteve a tarte. É o que dá querer fazer as coisas a quatro mãos. Bom, ficou a lição: mãe nunca mais faz a tarte a meias comigo.

Bom, mas mesmo muito bom mesmo, foi o que eles tinham para sobremesa. Com vontade de mostrar trabalho eu a a madrinha fomos para a cozinha derreter chocolate. Entre um “não me espiches” e “deixa lá… andas nas obras, já não estranhas” lá fomos sabendo da vidinha uma da outra (e lambendo os dedos, claro).

O fondue de chocolate estava divinal. Morangos e bananas… e como a malta estava bem disposta, quando alguém deixou cair a banana no chocolate eu saio-me com esta “isso é que é, afogar a banana!
Deu gargalhada geral, mas eu, que nem é costume, corei! Afinal, estavam à mesa três sexagenários e uma jovem de 95 anos (que como é lógico, foram os que mais riram!).

E é sempre bom constatar que aos 34 anos ainda se pode ter um bolo de aniversário do Noddy, com a desculpa que os putos gostam. Eu, este ano, quero da Cinderela, ok mano? A miúda gosta!!
Já que o jantar foi assim como que a puxar para o “alambazado”, nada melhor para acamar que uma aguardente de medronho com mel. Daquelas que é proibido fabricar, proibido vender e, logo, proibido comprar. O proibido é sempre uma coisa fantástica.

Gosto imenso destes jantar de família. E quando chegam ao fim há sempre coisas deste tipo:
“Raquel, vamos embora.
- Oh mãe vai andando sozinha que eu quero ficar mais um bocadinho!!”

O próximo a fazer anos é o avô do meu sobrinho, o sogro do meu irmão, ou melhor, o pai da minha cunhada. Esta coisa dos graus de parentesco é muita gira. O senhor a mim não me é nada, mas convida-me sempre. É um castiço.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A mulher do meu irmão

É o que diz o dicionário, a mulher do meu irmão é minha cunhada.

É a minha cunhada preferida. Não que o facto de ser a única tenha alguma contabilidade para o caso.
Não sei se sou eu que faço parte da família dela ou se ela que faz parte da minha... Isso não vem explicado no dicionário.
Mas a minha querida cunhada faz hoje 33, ups... 34 aninhos! Muito bem feitinhos. E logo estaremos lá em casa para soprar as velinhas (mano, faz a maldade de lhe pôr 34 velas... vá lá, sou eu que estou a pedir).

Como eu sei que és curiosa e gostas de prendinhas, deixo-te aqui uma delas. Saiu das mãos habilidosas da tua cunhada preferida (eu sei, porque não tens outra... é mesmo falta de opção). É simples. Porque eu sei que gostas de coisas simples. Como também sei que gostas de verde. E de dormir. E de dormir mais um bocadinho.
Logo levamos o resto das prendas. Sim, nós estamos umas mãos largas.
E levamos a tarte também. Pois é, também sei que és uma gulosa, lambona... e só não te alarvas mais porque o meu irmão é mais guloso que tu.
Cunhada, parabéns... já sabes que vindo de mim é sempre mais do mesmo. És uma porreira, a mãe do meu sobrinho lindo (e esse há-de sempre o preferido, venham os que vierem) e a tipa que atura o meu irmão (e por opção... isso é que é bonito!)
Tens uma estrela muito boa e eu gramo-te à brava.

Ofensiva e desagradável

Não falo só nos elogios que me fazem. As nódoas e as imperfeições (pasmem-se: também as tenho!) têm um lugar, não destacado obviamente, mas estão cá.

Há uns dias, um amigo disse-me que acha que eu, por vezes, sou ofensiva. Aqui. Nas coisas que escrevo.
Outro, que eu ainda considero amigo, disse-me ontem que eu, quando quero, consigo ser muito desagradável.

Os porquês e as motivações, dos dois amigos em causa, são tão díspares como a minha preocupação com eles.
O primeiro é um senhor. O segundo, ainda não consegui catalogá-lo.

E isso preocupa-me. Quem me conhece, sabe que eu catalogo toda a gente. E este está difícil. Não o conheço há muito tempo. Houve um dia em que achei que o conhecia, minimamente. Hoje olho para ele e vejo uma sobra do que eu achava que ele era.

Cada vez mais me convenço que algo não está bem contigo. Sim, agora estou a escrever para ti. Sei que me lês todos os dias. Ao contrário do que possas pensar, isso não me incomoda. Muito antes pelo contrário. Não precisas de me dizer que gostas do que escrevo. Eu sei-o. Será por isso que voltas?

Ou será que esse mau feitio não te deixa reconhecer que sentes falta? Correndo o risco de estar, novamente, a fazer interpretações erradas... eu sei que sentes. Porque outro motivo voltarias?

Sei, igualmente, que este meu lado cristão, de me preocupar contigo, te irrita solenemente. Mas não posso fazer nada. Preocupas-me.

E correndo mais uma vez um risco (grande maluca, hein?) digo-te que estás à vontade para voltares quando quiseres, comentares o que te apetecer e depois ainda dizeres que eu, quando quero, consigo ser desagradável... Embora eu ache que desagradável mesmo era dizer-te qualquer coisa como “rip it of – like a band aid”. Mas isso sou só eu e o meu mau feito, que por ser diferente do teu, me leva até (fecha a boca) a escrever-te!

Ai, o que se faz pelos amigos.

Ofensivo: Que ofende
Ofender: Trazer ofensa a; injuriar; desconsiderar; pecar contra

Desagradável: Que desagrada; feio; aborrecido
Desagradar: Não agradar; descontentar; aborrecer; desgostar

domingo, 15 de abril de 2007

Dia de Domingo

Para começar o dia, fui a pé ao Pingo Doce, depois de tomar o meu café no outro sítio do costume. Gosto de rotinas (apesar do que está no post abaixo).

Logo ao fundo da rua, encontro um amigo muito querido, que não via há tempos. Daqueles que me fazem um sorriso sincero, me dão um abraço apertado e continuam a chamar-me “Florinha”. Menos mal... podia-me continuar a chamar a minha alcunha de infância (ainda bem que não há muita gente a sabê-la).
Também o trato por “Paulinho” embora o cabelo dele já esteja mais para grisalho, do que para o loiro que em tempos foi. Achei piada ver que ele continua a usar o brinco na orelha esquerda, como que em recordação dos muitos anos de rebeldia.
Fez-se um bocadinho de conversa de circunstância... Recordam-se os nossos: a mãe dele morreu, o meu pai também. Ao olhar para ele, lembro-me invariavelmente da mãe dele. Ele está parecido com ela. Nos gestos, no andar, nas expressões. Que falta me fazem todos os que já se foram.
E depois, olhámos um para um outro e rimos, como quando éramos putos. Fiquei contente por vê-lo.
E lá fui fazer compras ao sítio do costume.
O resto do dia correu muito bem, com mais compras pelo meio e um gelado que, apesar de me ter custado 2,50€ e me ter feito estar mais de 10 minutos na fila... me soube pela vida. Comi o gelado a olhar para o rio, com o vento a bater na cara e a sorrir.

Há coisas tão boas e tão simples que nos fazem sentir muito, muito bem. Como a cara de felicidade da minha princesa, quando lhe mostrei os envelopes para os convites da festa de anos dela.
Gosto de domingos. Aliás, não há dia nenhum que eu não goste especialmente. Nem mesmo a 2ª Feira.
Se acordo de manhã, já é um bom dia. Basta-me isso.

O meu número

Acabei de receber isto por e-mail. É o que dão as saídas à noite e o excesso de hambúrgueres e cubas no Bairrada.

Parece que o 5 é o meu número. Seja lá isso o que for. Engraçado, é um número de que nunca gostei muito. Acho que vou ter de mudar de ideias...

"Fiquei de te dizer o que seria o 5. Estás pronta?

A Liberdade é absolutamente essencial para estas pessoas. Não podem viver vidas rotineiras e precisam de espaços abertos e de novas experiências. São versáteis, inteligentes e criativos, por isso podem fazer qualquer coisa que desejem. Detestam monotonia e monocromia. São capazes de grande concentração, mas apenas quando o assunto lhe interessa. Precisam de variedade (gostei muito desta) e anseiam por obter conhecimentos, mas não aprofundam nenhum verdadeiramente.
A sua sabedoria vem da sua capacidade de integração de conhecimentos. Impulsivos, vivem de energia nervosa e precisam de controlar as suas explosões, pois tendem a ser impacientes com as pessoas que reagem lentamente
(eu cá compreendo-te).
Não gostam de trabalho manual árduo, são mais indicados para trabalhos que requeiram agilidade. Precisam de aprender a fazer mudanças de modo progressivo e não brusco. De outro modo podem tornar-se instáveis e dedicarem-se a varias coisas ao mesmo tempo, numa busca ansiosa de algo indefinível. Precisam controlar a sua tendência para se ligarem a um plano demasiado físico da existência, saturando os sentindo com álcool, sexo, drogas, jogo ou emoções fortes. Por serem muito comunicativos e bons conversadores, poderão cair na arte da sedução e numa vida sensual, desperdiçando e desconsiderando os seus múltiplos talentos. Positivando a sua energia poderá ser...um Sábio.

Então, afinal, o 5 é com AFINCO!!!
Beijinho e parabéns. O Blog está fantástico. Continua, devagar, mas com confiança!!!”


E pronto... não há muito mais a dizer.
Excepto, obrigada amiga!

sábado, 14 de abril de 2007

As mulheres com mais de 30

Obrigada João. Já agora aprende uma regra da casa: mesmo quem não quer ou não sabe, contribui.
Este texto, que desconhecia, está acima de tudo, verdadeiro. E dedico-o a todos os meus amores com mais de 30. Gajas, claro.

Apenas mais uma palavra FE-NO-ME-NAL!

"Para todas as mulheres com mais de 30 anos... e para aquelas que têm medo de entrar nos 30... e para os homens que têm medo das mulheres com mais de 30! À medida que vou envelhecendo, valorizo cada vez mais as mulheres com mais de 30 anos.

Estas são apenas algumas das razões porque o faço:

  • Uma mulher com mais de 30 nunca te vai acordar a meio da noite para perguntar "Em que é que estas a pensar?". Ela não se importa com o que tu pensas.
  • Se uma mulher com mais de 30 não quer ver o jogo de futebol, não se senta a teu lado a lamentar-se. Ela faz alguma coisa que queira fazer e, geralmente, é algo mais interessante.
  • Uma mulher com mais de 30 conhece-se suficientemente bem a si própria para estar certa de quem e, o que quer e de quem o quer. Poucas mulheres com mais de 30 anos ligam alguma coisa ao que tu possas estar a pensar sobre ela ou sobre o que ela esta a fazer.
  • As mulheres acima dos 30 têm dignidade. Raramente terão uma discussão aos gritos contigo na ópera ou no meio de um restaurante chique. No entanto, claro, se tu mereceres, não hesitarão em dar-te um tiro.
  • As mulheres mais velhas são generosas nos elogios, muitas vezes não merecidos. Elas sabem o que é não ser apreciado.
  • Uma mulher acima dos 30 tem segurança suficiente para te apresentar as amigas. Uma mulher mais nova acompanhada de um homem ignora frequentemente até a melhor amiga porque não confia no homem perto de outra mulher. Uma mulher com mais de 30 não se podia estar mais nas tintas se tu te vais sentir atraído pelas amigas dela, não porque confie em ti, mas porque sabe que elas não a trairão.
  • As mulheres tornam-se psíquicas à medida que envelhecem. Nunca terás que confessar os teus pecados a uma mulher com mais de 30. Elas sabem sempre.
  • Uma mulher com mais de 30 fica bem a usar um batom vermelho brilhante. O mesmo não se aplica as mulheres mais novas.
  • Depois de ultrapassares uma ou outra ruga, vais ver que uma mulher com mais de 30 é de longe mais sexy do que qualquer colega mais nova.
  • As mulheres mais velhas são correctas e honestas. Dizem-te imediatamente que és um idiota se te estiveres a comportar como tal. Nunca tens que tentar adivinhar em que pé estão as coisas entre vocês.

Sim, nós elogiamos a mulher com mais de 30 por varias razões. Infelizmente, não é recíproco. Por cada bela, inteligente, segura e sexy mulher com mais de 30 anos, existe um careca, barrigudo, em calças amarelas a fazer figura de parvo com uma empregada de mesa de 22 anos... "

(escrito por Andy Rooney, apresentador do programa da CBS "60 Minutes")

Boa onda

Seja bem-vindo, Exmo. Sr. Dr.!
Não digo o seu nome porque iria parecer mal.
Mas esteja à vontade.
Já que diz que eu sou “boa onda” e já que tenho a honra e o privilégio da sua visita, deixe-me aconselhá-lo.
Estão neste espaço, mais de 150 coisitas escritas por mim (e não só). Há alguns bonecos e disparates, resultados de dias menos felizes, ou então de dias deveras felizes (tenho dias!). Tudo fruto de muita vontade de escrever e de um certo orgulho neste espaço que é só meu, mas que gosto de partilhar.
No fundo, o que lhe queria dizer é que tudo o que aqui está servirá de “prova” para a minha boa ou má onda. Em vez de fazer aquilo que habitualmente faz, aqui será V. Exa. o juiz. E depois se quiser, diga de sua justiça.
Pois é, aparece-me cada coisa. E eu não saio muito de casa. Ai se saísse. Este textinho é dedicado a um simpático bem disposto que teve a coragem de me enviar uma mensagem para o hi5. Não foi o primeiro.
O que estava na mensagem? O que respondi? Isso agora são outros quinhentos. E eu ando com falta de dinheiro para trocos.
Exmo. Sr. Dr. um bem haja para si.
Um à parte... a frase "a olhar para um quadro pintado a óleo" tem um significado muito especial para mim. Bastará ler isto e mais isto com atenção, para entender.
Só mais uma coisa, "Maria do Mar" não é um nome aceitável!

Sol da Caparica

A Nonô não conhecia a Costa. E vai daí a mãe, a tia e esta amiga, combinaram de ir à Caparica satisfazer a curiosidade da pequena. É o que dá por miúdas de 4 anos a ouvir músicas estranhas.

E como isto de passar a ponte já é mais um vício que uma vontade, lá fomos almoçar para a outra banda.
Deveria ter digno de registo fotográfico (e já agora vídeo também, porque não). Três trintonas giras e bem dispostas com duas pirralhas eufóricas, a entrar na Costa da Caparica e a cantar a plenos pulmões:

Aqui vou eu para a Costa
Aqui vou eu cheio de pica
De Lisboa vou fugir
Vou p'ró sol da Caparica

Almoço fantástico, companhia garganeira e sempre pronta para a maledicência e língua mais que viperina. Miúdas lindas, sem birras e a portarem-se como crianças que são. Do melhor.
O dia esteve fantástico. O mar estava qualquer coisa de muito, muito lindo. As princesas comeram Calipos, nós bebemos café.

No regresso, as meninas queriam mais música. À falta de melhor, lá se colocou o CD do Mika (a opção era isto ou a Floribella... valeu o bom senso e a maioridade das duas mães e da tia).
E foi vê-las novamente em grande disposição. Enquantos as mães e a tia cantavam "I could be brown I could be blue..." as miúdas dançavam e riam, enquanto me abanavam a carrinha.
E a Nonô dizia bem alto “Ca granda festa!”

Mais? Para quê? Está tão bom assim!

Os "senões" desta vida

Então vamos lá voltar ao diário de uma vidinha bem preenchida.
Sexta-feira à noite... a companhia do costume (ai, amiga... ) o sítio do costume. Os hambúrgueres continuam fabulosos, as cubas libres iguais a si mesmas.

Depois de um desafio para voltar para Lisboa (sim... continuo a passar a ponte muitas vezes) imediatamente aceite, fomos só a casa da outra para ela mudar a farpela.
E já nem sei porquê... ah, por causa dos sapatos e de um tipo que não tinha caixas para os pôr, ela sai-se com a pérola da noite “Pois... afinal eram muitos senões”! Com ar complacente disse apenas “senãos”. E ela responde-me... “Senãos, claro... senões deve ser uma multidão de anões... de cu para o ar"!!! Só tu para me pores a rir assim. Equiparada a essa, só mesmo a outra em que se comentava a lata de um tipo que continua a mandar sms e se desculpa com “estou com problemas na net”. Prontamente contrapus “se fosse só na net!!!
Piadas à parte, juntámo-nos ao Zê Bê e à Nézita e foi dançar a noite toda. Eu então parecia que não dançava há anos. Como há sempre gente que não se topa, o bom do ZêBê quase que tinha de se estrear.
Já não se pode ser gira e boa e gostar de dançar (olha a presunção...) sem que venha um atrofiado qualquer (é o que eu mais atraio) encostar-se. O Zê Bê mostrou-lhe que não gostou muito da cena. Mas o tipo tocou-lhe no braço, do tipo “desculpa lá meu, não sabia que ela estava acompanhada” e aí é que o rapaz afinou. Vai pôr a mão noutro sítio, ó caramelo... Bom, lá acalmámos o nosso herói, e eu resolvi sentar-me um bocadinho. A ver se o atrofiadito arrefecia.
E de ressalvar que o Zê Bê estava desfardado. Aquilo com farda é que tinha sido uma noite em grande, hum, Nézita?
A noite acabou pouco antes do dia começar... Às 7h da manhã já a princesa me chamava para a tapar. E às 9h o meu telemóvel dava sinal de mensagem: “Vou andar. Belém/Docas 6 vezes” Oh meu amigo... amanhã ainda sou capaz de me juntar a ti. Hoje, esquece lá isso.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Potencial

Fui ao baú das coisas escritas e guardadas. Esta é uma delas. Escrita há uns meses atrás, andava a ganhar pó numa parteleira alta. Não por falta de oportunidade ou pudor. Apenas por esquecimento.

Mas ontem "tropecei" na versão masculina da coisa e lembrei-me da minha versão. Qualquer tipo de comparação vai dar, no mínimo, asneira.

...

Vou ligar-te todos os dias, muitas vezes antes das 10h da manhã. Mensagens? O meu recorde foram 140 num mês (média de 4,5 sms por dia… fim-de-semana incluído.) E nem sequer tinha nada com o pobre do moço! (um aparte: ainda hoje aquele herói tem dificuldades de respiração quando precisa de falar comigo, tal o sufoco que lhe provoquei!)

Vou mandar-te e-mail parvos, às dezenas e fazer-te apresentações lamechas em Power Point, com carradas de megas. Vou mandar-te fotos minhas que, muito sinceramente, vou esperar que imprimas e coloques na carteira.

Vou perguntar tudo… não porque queira controlar-te, mas apenas porque quero saber. Não para fazer cenas de ciúmes se estiveste com uma ex… mas apenas porque quero saber. Não que me diga respeito o que fizeste, mas apenas porque quero saber. Vou relatar-te todos os meus passos, não porque queira que relates os teus, mas porque vou achar que te interessa.

Vou aparecer sem avisar, à porta da tua casa, à saída do teu emprego, no supermercado onde fazes compras, não para te vigiar, mas apenas porque me apetece ver-te. Vou fazer pesquisas no Google com o teu nome e contar-te o que descobri.

Vou decorar o teu aniversário e o de toda a gente da tua família. Não porque seja importante, mas apenas porque tenho boa memória. E vou saber os nomes de toda a gente, o sítio onde nasceste e as escolas em que andaste. Vou lembrar-me sempre do que já fizeste, das empresas em que trabalhaste e de tudo o que passaste.

Vou saber na ponta da língua o nome dos teus melhores amigos, o que fazem e de onde vieram. E vou ter o número de telefone deles, para lhes poder ligar quando tu não me atenderes, caso a tua mãe não me atenda também.

Vou amuar quando não me ligares ou atenderes. Vou fazer beicinho quando não prestares atenção quando eu falo, seja o assunto interessante ou não. Vou encostar-me a ti, dar-te a mão, ajeitar-te a gravata, contar-te as nódoas do pullover e pentear-te com a mão… de preferência em locais públicos.

Vou arranjar-te um nome que só eu te chamarei, do género “Becas”, e vou usá-lo à frente de toda a gente, em qualquer situação.

Vou dar-te conselhos que não pediste, opiniões que não te interessam, só porque vou achar que queres saber. Vou contar-te a minha vida, de trás para a frente e da frente para trás, sem versões curtas e não deixando escapar os pormenores mais sórdidos e infelizes. Apenas porque vou achar que queres saber.

Vou esclarecer-te que, tal como 100% das mulheres, tenho um complicómetro ligado desde os 6 anos, o qual não é possível desligar.

Vou esperar que assumas um compromisso, porque não sou menina de aventuras, nem de enrolanços fugazes. Mas não vou esperar muito e vai ter de partir de ti.
Por isso vou pressionar, insistir, questionar, exigir, chantagear, amuar e persistir. Até que, rendido, cedas, ou em desespero te eclipses e nunca mais apareças.

Engraçadinhos

À saída de um estádio de futebol, em Lisboa, um adepto do Benfica armou-se em engraçado com uma mulher-polícia a cavalo:

"-Sabe que o seu cavalo está a espumar da boca?"

Rápida como uma seta, a mulher-polícia responde-lhe:

"-Também você estava se estivesse seis horas entre as minhas pernas".

Ui. Deve ter doído...

Lá voltei eu aos roubos nos vizinhos. Se quiserem, há mais neste blog.

Gosto muito de engraçadinhos. Mas daqueles mesmo engraçadinhos, aos quais dá um gozo tremendo responder. Principalmente, quando estão acompanhados de amigos que também se acham engraçados.

E já agora, lanço uma pergunta: para que é que vocês assobiam quando vêem uma gaja boa?
Será que alguma vez, uma só vez, houve uma jeitosa que voltasse atrás para perguntar "Sim amor, chamaste?"

Não entendo. A sério que não atinjo.

Calma e serena

Sexta-feira. Soa bem, não soa?

Não vou contar o sonho da noite passada porque, por incrível que pareça, foi ainda mais estranho que o da noite anterior. Só sei que metia água que era uma coisa louca… até ao joelho, no mínimo.

Enfim, continuando. Gosto de coisas simples e estes meus sonhos andam muito complicados. E não sei onde deixei o meu livro de interpretação de sonhos. E tu acreditas nessas merdas? Oh pá… aquela cena foi escrita pelo pai da psicanálise. Tem algum crédito, certo?

Bom, enquanto não encontro o livro, vou-me cingindo às coisas boas e simples da vida e fazendo como um caríssimo me disse há uns meses “não analises tudo!”. És capaz de ter razão.

Coisas boas:

:: Acordar todos os dias de manhã às 7h25 e pôr o despertador a tocar outra vez daí a 25 minutos (acordar às 10 para as 8h dá-me tempo mais que suficiente para chegar ao emprego às 8h45. Eu sou uma tipa despachadinha);

:: Preparar a festa de anos da minha princesa… este ano subordinada ao tema “A Bela e o Mostro” (foi ela quem escolheu);

:: Está a chegar o bom tempo… e enquanto chega e não chega, estão aqueles dias que não são carne nem peixe em que dá para ver de tudo. Desde miúdas com tops a mostrar o umbigo a senhoras de sobretudo e cachecol. É engraçado observar essa diversidade;

:: Muita gente a fazer aniversário este mês… (boa gente e que eu conheço, claro);

:: As minhas bugigangas que no mês passado me renderam um bom complemento de ordenado;

:: Escrever, escrever, escrever e escrever mais um bocadinho. Tanto para dizer e tão pouco tempo para dizê-lo. E logo eu que não gosto de deixar o dito pelo não dito.

:: Bons amigos. Que insistem em acompanhar-me. E que não se engasgam quando dizem “gosto de ti” ou mesmo “amo-te”. Cereja em cima do bolo: quando acrescentam que isso abrange a minha forma de ser!

:: As possibilidades. E são tantas. De tanta coisa acontecer. Estou de espírito aberto. Calma e serena.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Puro sonho

O anjo voltou.

Eu sei que voltas todos os dias, mas há alturas em que não te vejo ou, pura e simplesmente, não te reconheço.
Porque é que tenho esta sensação frustrante de que me queres dizer algo? E se assim é, porque é que não dizes?
Discutimos.
À noite, no escuro, com uma mão procuras os meus olhos… queres ter a certeza de que não choro, mas não perguntas. Nunca me viste chorar. E não sabes como irias lidar com isso. Mas eu não estava a chorar. Disseste que só querias ter a certeza.

Perguntas-me se estou bem. Não te respondo. Abraças-me e, assim no escuro, dizes-me algo que não tens coragem de me dizer nos olhos “Preciso tanto de ti”. Não precisas de mo dizer na cara. Nem sequer agora no escuro, precisavas de o dizer.
A forma como me procuras, todos os dias, sem ninguém ver, diz tudo. E eu sei que tu apareces.
Todos os dias.
Lês-me de uma ponta a outra. Queres saber tudo, mas não perguntas nada.
E não perguntas porque não queres que eu saiba. Mas eu sei.
Só apareces quando sabes que ninguém está a ver. Eu sei que o facto de saberes que eu sei, te incomoda.
Hoje ficaste chateado. Passei por ti e não te olhei nos olhos. Não posso. Compreendes? Que mais queres? Só o simples facto de saber que estás aí já me custa.
Foste-te embora sem olhar para mim. Sem aquele último sorriso que eu tanto gosto.
Quando acordo, sei que já não estás comigo.
Porque voltas? Porque é que insistes em voltar?
Ao menos diz alguma coisa. Se é que realmente tens algo a dizer.
...

Confuso? Claro… como todos os meus sonhos o são.

Bom dia

O rapazito do bar enche-me o café até cima. Como eu reclamo, diz-me "A culpa é sua... charmosa, a distrair-me com a conversa!"

Eu?!? Eu só disse "bom dia"... juro!

E agora outro ao telefone, a quem peço para me enviar uma série de informação por e-mail, diz-me"Eu meto-lhe tudo..."

...

Fez-se um silêncio absolutamente constrangedor. E depois diz: "No e-mail, no e-mail!!!"

Será que o mal está no tom em que eu digo "bom dia"?

Pa'parte incerta

Tenho mais 300 km em cima. E um negócio fechado, e cinema e não jantei (convenientemente) e mais umas coisitas que ninguém tem nada a ver com elas!

Realmente, há coisas na província que não há aqui na capital. Uma delas é a possibilidade de ter acesso às rádios locais e ouvir coisas que em outras ocasiões seria, no mínimo, desagradável, para não dizer muito mau.

Foi o caso. Quando falhou a Comercial, a RFM e a Mega e até, pasmem-se, a Antena 3... a busca automática parou numa estação, de seu nome, Rádio Pernes. E o que passava? (perguntam vocês)... Passava uma coisa apelidada de música pimba (não, não era Sardet!) de um puto engraçado (para as miúdas dele) que é filho de um outro senhor engraçado (para senhoras mais velhinhas, viúvas, ressabiadas, mal amadas e coisas do género) ambos apelidados de Carreira. E que bela carreira se auspicia a este menino.

Como não tenho muitas oportunidades de ouvir este tipo de "música"... deixei-me ficar. E confesso que fiquei um bocadinho (mas só um bocadinho) desiludida. Então não é que a meio do refrão, o miúdo se sai com "vou pa'parte incerta"?!? Quer-se dizer... o puto precisa mas é de terapia da fala, em vez das aulas das canto que o papá Carreira andou a pagar... ou então é daquelas letras com mensagens sublimares... Mas que não me soou bem, não soou.

Enfim...

Que caraças de dia grande. Mas correu bem. O negócio ficou bem fechado, o filme era bom, o cafezinho, pagaram-mo...

O que é que eu posso querer mais? Sarna para me coçar? Também se arranja... eu, como sempre, tenho de tudo. Mais do bom que do mau, Graças a Deus Nosso Senhor que me acompanha e ilumina.

Já é quase uma da manhã. Vou para a caminha. Sonhar com o que me reservaram. Amanhã conto o resto. Ou não.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Amorizade

Em conversa com uma grande amiga, daquelas mesmo grandes (Balau, tu para mim tens mais de um 1,90m) levantou-se esse tema maior que é a amizade.
E ela enviou-me este poema, simples e pequenino, mas que diz muita coisa.


De mais ninguém, senão de ti, preciso:
Do teu sereno olhar, do teu sorriso,
Da tua mão pousada no meu ombro.
Ouvir-te murmurar: “Espera e confia!”
E sentir converter-se em harmonia,
O que era, dantes, confusão e assombro.


A moça lançou-me um assunto pertinente. Amizade entre mulheres.

Dizia ela que os homens acham que nós nunca somos verdadeiramente amigas, pois estamos sempre em competição umas com as outras.

Não concordo nem discordo. Hesito. O meu melhor amigo é um gajo…
Mas tenho grandes amigas. Daquelas em que já chorei no ombro e já tiveram a oportunidade de chorar no meu também. Daquelas que sabem da minha vidinha toda, de trás para a frente e com uma perna às costas.

Sinceramente, agora que penso nisso, a maior traição que tive de um amigo… foi de uma gaja. Punhalzinho ("zinho", o caraças… facalhão mesmo!) espetado nas costas e ainda para mais comigo internada no hospital. Foi das maiores desilusões da minha vida. Porquê? Lá está, eu era amiga dela e a tipa foi uma grandessíssima cabra.
Houve mais, feliz ou infelizmente. Que me fizeram constatar que, tal como a minha querida cunhada muitas vezes me disse, as mulheres conseguem ser muito dissimuladas.

Se calhar os homens têm razão, Balau… será que somos verdadeiramente amigas?

Bom, falando por mim e pelas minhas amigas. Eu e as minhas, somos. Nunca competi com nenhuma delas, nem mesmo com aquelas com quem tirei o curso, ou com aquelas com quem trabalhei.
Invejas? Há uma espécie de inveja boa (se é que isso existe) que não passa por lhes tirar o que têm, mas sim por também querer um bocadinho daquilo (seja o emprego satisfatório ou o casamento feliz). Ambição? Eu pelo menos, não ambiciono nada por aí além… não quero uma casa maior ou um carro mais potente, só porque A, B ou C o têm. Quero mais é ser feliz e que toda a gente à minha volta esteja bem. Não me regozijo com o mal de ninguém. Mas é que de ninguém mesmo.

Depois de ontem ter duas a chorar no meu ombro (uma ao telefone e outra no Messenger) de estar quase uma hora a ouvir, a acalmar e a dar conselhos (sei lá se bons ou maus) acabo por concluir que sim.

Sim, Balau, as mulheres podem ser verdadeiramente amigas umas das outras.

E sabes porquê? Porque temos o dom de saber ouvir com o coração, coisa que poucos homens conseguem fazer (sem ofensa, ok amigos?)
Porque é que achas que nós é que somos as mães? Não tem só a ver com o nosso corpo. Há uma capacidade de amar e entender que nos é intrínseca e muito maior. Desculpem lá qualquer coisa meninos, mas no fundo, vocês sabem que é verdade.

Talvez por isso sejamos capaz de nos apaixonar com tanta facilidade, e depois de tudo desabar, voltar a insistir, esquecendo tudo o que já sofremos.

Grandes amigas. Tenho as melhores. E são das melhores coisas que tenho na vida. Sei que posso contar convosco. Que se precisar de alguém, no meio da minha fragilidade… tenho pelo menos quatro números para ligar. E isto só gajas!
O facto de conseguirmos ser muito mais cabras que os homens (eles conseguem ser cabrões, mas isso também somos nós que fazemos!) não abona muito a favor da amizade. Mas entre verdadeiras amigas, essa hipótese nem se coloca.

Obrigada pelo tema, amiga.

Amorizade= amor + amizade (termo de Laudino Vieira)

Cena básica, man...

Eu:

Olá anónimo.

Anónimo:

Anónimo, não! Anónimozinho!! Anónimo é o meu pai.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Há dias assim…

Que começam com um botão do casaco a cair (que tem de se coser à pressa, pois fica num sitio, digamos... “estratégico”) e com a meia a rasgar mesmo na hora de sair de casa...

Já para não falar dos montros das 5h. Por que é que será que os monstros aparecem sempre às 5h da madrugada?!?

E porra, que me esqueci de encher o depósito. Uffff, chegou à bomba, nada mal!

Mas depois alguém olha para nós... de cima a baixo e, com um ar sincero, daqueles que não esperam nada em troca, diz “Estás muito bonita hoje!”

Ah bom. Assim já gosto mais. Isto vai correr bem, hoje. Digo eu.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Possibilidade

Cansada de braços que não me merecem, vou guardar para ti todo o amor que ainda me resta.
E olha que não é pouco.
Vou conseguir dizê-lo só com um olhar, para não te cansares de me ouvir falar.
Sim, porque eu falo demais. Muito e depressa.
Mas para não te cansares, a ti vou-te dizer só com um olhar.
E vou saber que és tu, porque só com um olhar, vais entender.
Não vais fazer perguntas, nem análises idiotas, porque, por seres tu, vais entender.
E depois, só com um olhar, mas desta vez o teu, vais-me fazer entender que sou eu.

És o anjo do meu clube, com que sonhei esta noite. E o melhor de uma fantasia, de um sonho, é a possibilidade de se tornar realidade.

E não fui eu (ou foste tu?) que disse que tudo é possível?

Sabedoria infantil

A sua santa inocência nem lhe permite ver a veracidade das coisas que diz. Nem precisa. Para isso estamos cá nós. Os ditos “crescidos”.

Ontem à noite, mais uma pérola… “Sonha com os anjinhos do teu clube”

Pois, porque os do clube adversário fazem-me mal, atormentam-me. E até parece que ela sabe.

Quem me leva os meus fantasmas?

Porra, só este fim de semana... apareceram-me três!
Cada um com um sentido de humor mais duvidoso que o outro.
Vindos das profundezas do além para atormentar a minha, já de si atormentada, existência...

E um deles ainda me diz "adoro mulheres orgulhosas"!
Alguém me faz o favor de lhes dizer que pereceram?
Muito agradecida.

domingo, 8 de abril de 2007

Comentário

Este link não vale só pela história que conta.
Vale sobretudo pelo comentário que alguém lá deixou.
Estes meninos vão longe. E vou andar por lá para ver.

Sou eu?

A minha filha faz 5 anos daqui a um mês. Enquanto começava a reunir imagens para fazer o convite para a festa de aniversário dela, dei por mim a passear pela pasta “aniversários”. E parei nas festas de anos da Raquel... de há 2 e 3 anos atrás.

Há 3 anos, estávamos em Fortaleza, Brasil.
Uma festa linda, que se tivesse feito cá, teria de trabalhar o ano inteiro para a pagar. A sala tinha mais de mil balões.
Amigos? Dois ou três... o resto eram conhecidos.
Já passava da meia-noite e a pirralha com dois anitos acabados de fazer ainda pulava, tal era a animação.
Andou tudo à procura do Nemo e a princesa estava feliz.
Estavam mais de 35ºC e a única coisa que não derreteu foi a boa disposição.



Há 2 anos, estávamos em Viana do Castelo.
Um jantar entre família e amigos... Sem crianças, que a festa para os pequenitos tinha sido à tarde.
Estava frio.

Se há 3 anos eu ainda tinha a ilusão de que era feliz, há 2 os alicerces já tinham começado a desabar. Olho para mim nestas fotos e não me reconheço.

Nas fotos do ano passado, já pareço mais eu.
Talvez este ano consiga olhar para as fotos e reconhecer-me.

sábado, 7 de abril de 2007

Dose dupla

Já tenho dito para mim mesma que com esta cara e este corpinho eu devia ser muito mais burra. Sim, presunção é uma qualidade que me persegue.

Mas há dias em que eu realmente sou mesmo muito burra. Deve ser o Divino a responder às minhas preces... Tipo “não penses tanto”, “não analises tudo”.
Ontem à noite tive um momento desses... E deu em dose dupla de disparate.

Por essas e por outras, vou escrever que é para ver se não me esqueço:

  • Não responder a e-mails de gente que não interessa a ninguém, o que lhes dá sempre hipótese de responder outra vez e chatear-me mais um bocadinho;
  • Certificar-me de que quando apago um contacto da minha lista, não me esqueço de o bloquear também;
  • Parar de escrever frases idiotas no Messenger.

E agora, vou ali chicotear-me um bocadinho e já volto.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Aguentas-te à pastilha?

É suposto estarmos numa fase de reflexão. De renovação.

Pelo menos para os cristãos, como eu.
Gosto especialmente da minha Igreja. Pelas pessoas que lá encontro, pela paz interior que me transmite, mas especialmente porque me conhece. Além de saberem o meu nome, são muitos os que conhecem a minha essência.

Muitos anos, muitas vivências, muito companheirismo... Pessoas que quando perguntam “como estás?” não o fazem por uma questão de educação, mas porque querem mesmo saber como estou. Como o que sentou hoje ao meu lado.

Cheguei há pouco da Via Sacra e fiz uma coisa que não fazia há muitos, muitos anos: confessei-me.

Será conveniente explicar que a confissão com o Padre da minha paróquia, não é uma confissão dentro dos moldes normais. Primeiro porque ele me conhece há muitos anos. Depois porque ele não é um padre como os normais. No bom sentido, é claro.

Ás vezes, esquece-se do meu nome. E para se lembrar, faz piadas - de gosto duvidável - com ele, do tipo “lembrei-me porque andava com problemas intestinais” (flora intestinal....). Mas hoje lembrava-se.

Além de me segurar nas mãos e olhar-me nos olhos, enquanto lhe falo, o Padre da minha paróquia pergunta-me coisas como "aguentas-te à pastilha?" como quem diz "não te vais abaixo com isso, pois não?".

Acaba por ser mais uma conversa informal sobre o estado geral da minha vida, do que propriamente uma confissão. É por isso que gosto.

E depois de me ouvir, de me dizer que realmente não é fácil, diz-me que nunca é tarde para encontrarmos o nosso caminho.

Acabo por concluir que tenho muita a coisa a meu favor. Posso não saber para onde vou, mas sei que nunca irei sozinha. Por isso, tenho mais é que me aguentar à pastilha.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

O repolho humano

Chama-se Marta, tem 28 anos (mais coisa, menos coisa) trabalha num lar de idosos e vai-se casar - está explicada a motivação para esta figura!
Tão boa rapariga que ela é... Depois tem é estes momentos. Deixa as drogas moça, a sério! Ou pelo menos, reduz a dose.

Eu gosto dela, atenção. Isto não é uma maldade! Isto é partilhar a demência alheia. Se partilharmos muito e com muita força, pode ser que ela desapareça... ou não.

Martinha, eu vou entender se não me cumprimentares da próxima vez que a gente se cruzar à porta da Igreja. Sou cristã. Espero é que o Xôr Enfermeiro não me dê uma coça... que isso já é mais difícil de perdoar.

Mais do que provado: eu não tenho amigos normais! Querem mais provas? O pior é que se arranjam...

Obrigada Gonçalo.

Afinal...


Parece que não está na moda, afinal é parvoíce.

Três meses

A 5 de Janeiro tive uma dor de cabeça brutal que resultou no nascimento deste espaço.

E já lá vão 3 meses de actividade bloguística (eu sei que esta palavra não existe, não vale a pena corrigirem).
Resumindo e baralhando, três meses de muita escrita, muita coisa boa, alguma coisa má. Mas o balanço, se é que me pertence a mim fazê-lo, é altamente positivo.

Correndo o risco de desiludir algum leitor mais sensível, admito que este espaço me é inteiramente dedicado. No topo do meu disfarçado egocentrismo, este meu blog é a minha terapia, o meu desabafo, o meu grito por socorro (o facto de escrever tantas vezes meu/minha… nada tem de egocêntrico, não acham?!).
Não que as vossas opiniões não contem. Não sou narcisista ao ponto de dizer que as opiniões de quem me lê, não me aquecem nem me arrefecem. Nada disso. Mas a minha maior leitora sou eu mesma. E antes de tudo, escrevo para mim. Claro que gosto de ver que a critica é positiva. Se não gostarem, tenho pena, mas não perco o sono com isso. Já lá vai o tempo em que os anónimos me preocupavam. Ah, pois é... até este dinossauro de contra-senso que vos escreve é capaz de evoluir.

Hoje, escrevo para quem me lê.
Aqueles que, vá-se lá saber porquê, vieram aqui tantas vezes que o contador já passou das 1.600 visitas - espero que não haja uma condição qualquer que faça esta treta explodir toda quando chegar às 2.000.
Aqueles que, desconhecendo eu (e ainda bem) as motivações, fazem pesquisas por "merda do Porto Brandão" e "hoje foi a ultima vez que me viste" (oh gente perturbada!!!!) e através dessas fantásticas incursões no Google, chegam a este blog de culto, como alguém já lhe chamou.

Parece que estou uma mãos-largas, uma lamechas… não posso ver um blog a fazer 3 meses de existência (ainda para mais, o meu) que fico assim: um poço de generosidade.
E hoje (mas olhem que é só hoje, atenção) a vossa opinião é importante. Escrevam para aí, minha gente. Alambazem-se. O espaço é meu, mas estejam à vontade, como se a casa fosse vossa.

Para a rambóia ser completa, deixo-vos os locais de onde sou lida com maior frequência. Por ordem alfabética para vos provar que não há aqui favoritismos de qualquer espécie.
Primeiro os nacionais, depois os estrangeiros. Porque parece que o nacionalismo está na moda...
Atenção que isto não são page views... é mesmo malta que me lê. Ou pelo menos que abre a página e passa lá algum tempo, mais do que uns míseros segundos. Se não estão a ler, estão a ver os bonecos (!). E eu não conto. Sim, porque não perdi 3 meses a olhar para o site meter, como um boi para um palácio, tal como fiz com o compose mode. As minhas visitas são ignoradas. Não há aqui batota, ok?
Também os há classificados como "unknown". Os misteriosos, que não deixam rasto. Quais mirones gulosos ou voyeurs envergonhados por espreitar o que não lhes diz respeito. A esses, que mantêm a chama da curisidade acesa, bem hajam, venham de onde vierem... É preciso é que venham. Mas não se empurrem, que não é preciso.

Albergaria-a-Velha * Almada * Amadora * Barreiro * Belas * Carnaxide * Estoril * Faro * Lisboa * Moita * Moscavide * Odivelas * Rio de Mouro * Pontinha * Sta. Iria da Azia (Azóia) * Viseu * Vila Nova de Gaia

Buenos Aires, Argentina # Estocolmo, Suécia # Fortaleza, Brasil # Ilhas Baleares, Espanha # Londres, UK # Luxemburgo, Luxemburgo # Manchester, UK # Riga, Letónia # Salt Lake City, EUA # São Paulo, Brasil

Suprimi propositadamente os chinocas que assiduamente me visitam, até porque acho que é sempre engano. O que é que um chinês poderia querer no meu blog? Pechinchas, não há e o arroz só dou a quem quero.

Pela critica positiva e também pela construtiva. Negativa ainda não vi, mas se a houver, por ela também.

Pelos anónimos e pelos que assinam, pelos conhecidos e pelos desconhecidos, pelos que gostam e pelos que nem tanto.

Por todos os que lêem, ficam estas linhas. Quem tem opinião cá na casa, põe a mão no ar…