Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cabras



Isto é como tudo na vida. Ou se tem ou não se tem. E nem vamos pelas cabras, que dessas toda a gente tem a sua quota parte, uns mais outros menos e eu, que não sou mais nem menos que ninguém, também tenho as minhas que me dão água pela barba. Mas só quando eu deixo.

O título do post é enganador. Ou não. Já deviam saber o que a casa gasta!

Diz o senhor dono da minha felicidade que há dois assuntos dos quais eu falo amiúde que o aborrecem de morte, tipo fainting goats, que para quem não sabe são aquelas cabras que têm uma condição genética que, sempre que entram em pânico, os músculos paralizam  por 10 segundos e, tungas... caem para o lado!

Atenção que quem estabeleceu o paralelismo aqui foi ele, não eu. E quais são os assuntos? Está visto, trabalho e bujigangas.

Começo eu a descrever em pormenor as 32 missangas e sementes de patxiubá que enfiei no último colar, a trabalheira que me deu o fecho e outras pendurezas e é ver o gajo a roncar em menos de nada, feito cabra paralisada de medo.

Isso e falar-lhe no gajo riuvo que ele conheceu na festa de Natal de há dois anos (sim, para um gajo que nem decora a idade que tem!) ou da chinesa que passa a vida a azucrinar-me o juízo. Nem tempo tem para refutar o que eu digo com um “eu nem me lembro se almocei…”. Ainda nem eu acabei a frase e, das duas uma, ou ronca ou balbuceia qualquer coisa a ver com aviões. Tudo a ver! 

E eu até podia armar um pé de vento, amuar, fazer trombas, por achar que o tipo não me liga puto, uma vez que capota cada vez que eu menciono estes dois assuntos. Mas perante a analogia com as cabras não consigo parar de rir. Há coisas que nem de encomenda e eu sei, tenho a plena consciência que para me aturar não podia ser um gajo qualquer. Tinha de ser este e ter o síndrome das cabras que desmaiam.

Ain’t life just perfect?

Sem comentários: