Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Last one of the year

Não vou escrever mais este ano. Tenho a cabeça cheia, o coração a deitar por fora e um mão cheia de pendentes para resolver.

Do tipo, o que fazer com um stand-up do Cristiano Ronaldo, que ganhei (???) num passatempo de uma rádio e uma marca de shampô para a caspa (coisa que eu nem tenho)... A "coisa" tem 1,85 m de altura por um cm de espessura e meio metro de largura. Está lambuzada ao nível das coxas (de tanto beijo que a minha princesa lhe espeta) e empata com'ó camano. E nem o posso colocar no ecoponto, pois o gajo é uma mistura de plástico com cartão. E queimá-lo deve soltar gases tóxicos. Logo a mim que não acho piadinha nenhuma ao rapaz! Enfim...
E depois... depois, ainda há presentes para embrulhar com um toque especial, compras para fazer (óleo, farinha, ovos e açúcar em quantidades colestróicas) telefonemas para fazer, jantares para marcar, o resto dos postais para enviar pelo correio (sim, eu envio postais de Natal)... e mais meia dúzia de coisas que agora não me lembro.
Pelo meio, o mano mudou de casa e ainda não lhe ligaram o gás. O que faz com que ainda não saibamos onde vai ser a Consoada. Eu e mais 13. Pelo menos sempre tem o efeito surpresa.
Seja onde for, há que carregar sacos e sacos de presentes, comida em exagero, 4 crianças, 2 jovens enjeitados (eu e mais um) 3 viúvos, 1 tia solteirona (não, eu já estou nos enjeitados), 2 casais felizes, 1 cão e 1 cadela.
Contas feita... vai ser como todos os anos, lindo!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Xmas time... again

A semana que passou foi indescritível, em tudo e mais alguma coisa...

Como é da praxe, começaram os almoços e jantares de Natal.
O primeiro foi surreal, ou não tivesse encontrado alguém que me reconheceu. Um reencontro sui generis, com um tipo que andou no mesmo liceu que eu, no mesmo ano mas em turmas diferentes, que se lembra per-fei-ta-men-te de mim e que eu não faço puto de ideia quem seja. É tão estranho... nem uma recordação. Enquanto ele se lembra do nome das minhas melhores amigas e dos meus colegas com quem ele se dava, eu não tenho a mínima recordação dele. Isto quererá, certamente, dizer alguma coisa...
O segundo foi bom, com prendinhas, boa comida e convívio saudável e divertido.
O terceiro idem-idem, com a particularidade de eu ter ficado fechada na casa-de-banho. Havendo uma abertura por onde dava para sair, esteve em discussão se me passavam um escadote... ou o almoço.
Eu de um lado e 7 ou 8 do outro lado a dar palpites. Lindo.
E lá se decidiram a arrombar a porta. Depois da ombreira da porta partida e a fechadura arrancada, toca de encher a barriga e aquecer as mãos na lareira. Sorry Mad, mas tu já sabes o que a casa gasta!
Ainda falta um, que já tentámos marcar 3 vezes e não deu. Se for como o ano passado, lá para Março de 2010 trocamos prendas e fazemos um jantar de 6 horas (no mínimo).
Por mim, este ano passava o Natal e seguia já para o reveillon. Assim com'assim, o Natal é quando um homem quiser e a passagem de ano não.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os amigos. Ai, os amigos!

Às vezes (felizmente, só às vezes) apetece-me, tal como se faz aos filhos, metê-los debaixo da asa, mantê-los por perto, sob apertada vigilância, protegê-los do mal e fazer-lhes festinhas.
Mas não posso! Os meus amigos já são todos crescidinhos e sabem (dizem que sabem) cuidar de si próprios. E quem diz amigos diz, obviamente, amigas.
O pior, o que custa mesmo, é quando sabemos (porque já batemos com os cornos no mesmo sítio) que se vão esborrachar e desfazer-se em merda na próxima curva. É uma dor. Mas fazer o quê? A mim também me disseram para não ir por ali. E eu que fiz? Fui, ora pois!
Há uns anos atrás, quando a minha vida estava na merda e depois ficou um pouco pior, uma amiga dizia-me, enquanto eu chorava baba em ranho "O que eu queria mesmo era pôr-te numa redoma durante uns tempos, para não sofreres tanto!".

E é exactamente isso que agora me apetecia fazer! Pegar num marmanjo que já tem idade para ter juízo, a quem a vida tem pregado algumas rasteiras, mas que é um doce de pessoa e pô-lo na redoma. Mas o tipo é teimoso e eu não lhe posso levar a mal. E vai daí a única coisa que ainda posso fazer, é desejar-lhe sorte e torcer com todas as minhas forças que tudo lhe corra bem.

Boa viagem Magalhães:) E dá notícias, porra!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Está provado!

Os meus amigos só fazem filhos lindos!
A Sophia Helena nasceu no dia 4 de Dezembro, às 17:03, com 51 cm e 4 kgs
e é linda, linda que só visto.

À mãe, a nossa querida Dê e ao Pat, um gentleman,
os nossos parabéns pela coisa mais linda que já fizeram até hoje.

Eu estou toda babada, que já tenho mais uma sobrinha linda :)
Próxima viagem: Luxemburgo, para ir conhecer a sobrinha!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Progressos

A Raquel ficou delirante quando finalmente conseguiu dizer "protagonista".
Nos entretantos, foram saíndo coisas como putagonista, protiganista e prigonatista.

É realmente delicioso ver os progressos dela na leitura. Difícil mesmo é convencê-la que é tangerina e não canjerina.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Surpresas!

Já a meio das minhas compras de Natal, apetece-me abardinar o esquema todo. Porquê dar só o que me pedem? Apetece-me ver caras surpreendidas, olhos brilhantes de espanto com presentes completamente inesperados.
E porque não? Sou eu que ofereço. Até posso, vá, aceder num só pedido. Mas no resto quero surpresa. Coisas que encham de cor a nossa noite de Natal, e fiquem por muito tempo na lembrança. Tenho umas ideias em mente e não tarda nada estou em pulgas.
Só não posso contar nada à miúda. Saiu-me cá uma delatora, que conta tudo sem dó nem piedade. Não é capaz de conter um segredo, por muito que tente. Até tapa a boca com a mão e treme a perna de esforço... mas não se aguenta!

Acabaram-se as festinhas

Depois de 3 meses, muitas sessões de sim e não, tomba cabeça e espreitadelas (exercícios na piscina) mais ultra-sons, massagens e calores húmidos... eis que chegou ao fim a fisioterapia.
Dois ciclos de 12 tratamentos cada, muitos ais e uis, tantas eram as contracturas, muito boa disposição, gargalhadas, mais uns ais (que me queimaram os ombros sem eu dar por isso, tal é a minha resistência à dor...) e menos 600 euros na conta.
E no fim dizem-me "cuida-te e tem juízo" e toma lá um beijo na testa e um sorriso rasgado.
Hoje vou a um osteopata pedir uma segunda opinião. Pode ser que me safe a 3 sessões de fisioterapia por ano. Nunca se sabe.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Já tardava

O bólide novo, já devidamente estreado, começa a dar problemas. Uma luz simpática, com um carro e uma ferramenta no meio, não tem jeito de sair do painel.
Como condutora conscenciosa que sou, toca de consultar o livro de instruções do menino. E entretanto, ligo à Mummy, a pedir consolo.
:: "Oh que chatice!" - diz ela no seu tom maternal.
E analiso eu: Ora, diz aqui que é uma avaria no sistema elecromecânico. Pode ser água não sei onde e mais uma carrada de coisas... página 147... vou ver. Espera aí.
Olha, diz que se a luz estiver a piscar, o carro não pega. Ok, está fixa, menos mal.
:: "Estás a ver? Já não é tudo mau." É o que ela diz sempre. "Mas tens de ir à oficina à mesma!"
Sim, já marquei. Espera, também pode ser o óleo... página 183...
Depois de uns bons 10 minutos de conversa, sai-se a minha Mummy do outro lado.
:: "Oh filha... "
Sim?
:: Num tom grave:"Tu estás a conduzir?!?"
Conclusão: sim, a minha Mummy tem-me em alta conta.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Quantos anos tenho eu?

Aproximo-me a passos largos de mais um aniversário. Vai ser o 34º. Ontem, numa curta troca de palavras, o D. dizia-me que achava que eu tinha a idade dele, 37. E depois, no meio de LOL's, chamou-me pita. Miúda ainda me sinto às vezes, mas "pita" já não...
E isso pôs-me a pensar que a idade me assusta. Não a idade em si. Mas o que vem com ela. E eu já tenho as hérnias, a sinusite, a lágrima de má qualidade, as pernas cansadas e o mau feitio (que só piora com os anos). Por isso, assustam-me não os anos, mas a falência da estrutura.
Além disso, às vezes, enquanto conto histórias mirabolantes de coisas que, inacreditavelmente, já vivi, dou por mim a pensar que já vivi muitas vidas. Tantas coisas se passaram, com pessoas diferentes, em lugares distintos, umas boas, outras más, outras nem por isso. Lugares onde vivi, pessoas que me surpreenderam, outras (bem mais) que me desiludiram...
Quantos anos é que eu tenho mesmo? Só?!
Não deveriam ser mais? Pela conversa e postura, dão-me mais do que tenho. Pela cara de miúda, dão sempre menos.

E tenho medo. Não de envelhecer. Mas de envelhecer mal.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O perigo dos avôzinhos

É a segunda vez que bato com o carro da empresa, no espaço de um ano. E desta vez foi com o bijúzinho que só tem 3 mesitos.
Deve de haver uma explicação lógica para o facto de bater sempre em senhores de uma certa idade. O de ontem tinha a bonita idade de 78 anos! E nem parecia nada.
Até ficou irritado quando lhe disse que da última vez também tinha batido com um senhor de idade e ele de tão nervoso que ficou, nem conseguiu preencher a papelada.
"Isso é alguma indirecta?" atirou-me! Ah... não, claro que não. O senhor tinha uma tal genica que preencheu o lado dele, e de uma rajada, se fosse preciso, ainda tinha preenchido o meu, enquanto saltava à corda ao pé coxinho. Fónix. Era daquelas pessoas que irritam. Principalmente quando aos 33 eu já tenho 3 hérnias discais, lágrimas de má qualidade, areias nos rins, sinusite crónica e os médicos me dizem "Tem de aprender a vivar com isso!".

Quanto ao acidente em si, foi estranho. O tipo saltou-me da direita, voando não sei de onde, em claro excesso de velocidade e a apertar a buzina como se não houvesse amanhã. De tal maneira eu não dei por ele que nem entendi bem o barulho da pancada. A porta dele ficou metida dentro. O meu bijú ficou com um furinho e uns risquinhos.
Nada de especial, portanto. O carro novo está oficialmente estreado.
Um aviso à classe sénior: se tem mais de 65 anos e anda a conduzir por Lisboa, ponha-se a pau comigo. Eu ando de Opel Corsa comercial cinzento, ok? Fujam da minha frente!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Cuca e o Duda

Eu trabalho num daqueles sítios em que, chegada esta altura do ano, entra-me festão verde pelas órbitas, cheiro a bolo-rei pelas narinas e música de Natal pelos tímpanos,....
Oh pá... 'perai! Este ano esqueceram-se da música de Natal. Ora, ora... eles este ano têm muito melhor (salvo seja).
Vai daí, levo com esta 'coisa' de 10 em 10 minutos. Eu sei que há coisas piores, mas os meus neurónios já estão à chapada uns aos outros, tal é o desespero. Há uma simpática aqui no Apoio ao Cliente que sempre que entra esta 'coisa', baixa o volume (tão querida). Mas quando a tipa não está de serviço, é levar com isto como se não houvesse amanhã.
Como li em qualquer lado, é qualquer coisa do tipo: ou vocês vêm ao Pingo Doce e fazem compras, ou a gente dá-vos com o anúncio de 5 em 5 minutos até haver uma revolução (que já esteve mais longe, garanto-vos!).
No Facebook há um grupo que até já tem t-shirts. E eu, eu estou a considerar seriamente vir trabalhar com os meus tampões de silicone nos ouvidos. É que não há tímpano que se mantenha saúdavel com isto.
Para quem, como eu, em situações de quase loucura já canta isto no banho... aqui fica a letra. Divirtam-se!
O mundo roda e tudo muda sem parar
Mas uma coisa permanece igual
A qualidade e o preço baixo do Pingo Doce
E o nosso amor por Portugal
Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo
a loja toda, o ano inteiro
Tudo aqui é bem melhor
Tem de tudo e mais fresquinho
Tudo aqui tem mais sabor
Tudo é feito com carinho
Aqui o preço é baixo o ano todo, a loja inteira
Além da qualidade a poupança é verdadeira
Receita Pingo Doce toda a diferença faz
Aqui no Pingo Doce o seu dinheiro vale mais, vale mais, vale mais
Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo a loja toda o ano inteiro
Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo a loja toda o ano inteiro
Pingo Doce, venha cá

domingo, 1 de novembro de 2009

Até o raio da lágrima é fraca

E diz a oftalmologista com ar de enjoada "A sua lágrima é de má qualidade!".
Eu dei uma gargalhada tão grande que a pobre deve ter pensado que era louca. Não estaria muito longe da verdade...
Mas eu expliquei. Com 3 hérnias discais, areias nos rins, sinusite crónica e mais umas mazelas que não vêm ao caso, só me faltava o raio da lágrima também ser fraca.
E solução? "Tem de usar lágrimas falsas".
Vai daí, ando desde 6ª feira a lágrimas falsas. Mas são só as lágrimas!!! O resto é tudo meu.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mais um exemplar para dignificar a classe

Quando a coisa está tão preta, que pior é difícil, eis que a coisa fica preta às bolinhas amarelas. Alguém duvida que a minha vida é uma festa?! Ás vezes uma festa de carnaval fora de prazo, mas ainda assim, uma festa!
Senão, vejamos... Contratamos um advogado há uns meses. Somos 11, fizémos mais do que seria suposto, mas chegámos a uma altura em que considerámos que ter um advogado ía ajudar a resolver o problema (tansoooooos!!!).
Depois de pagarmos 1.500€ ainda não vimos nada. O senhor doutor arrasta-se, não faz a ponta de um corno, tem receio de incomodar os intocáveis da Câmara e lamenta-se que nós (NÓS!!) demorámos muito tempo a contratá-lo. "Nós" que lhe entregámos a papinha toda feita, os contactos todos, os resumos, os documentos... tudo, tudo e tudo!
O dito licenciado em advocacia, com escritório montado ali para os lados de Palhavã, tem-se saído com pérolas brilhantes. Do melhor que há. "A Câmara não tem culpa! Coitadinhos!!! Vocês não os acusem, pá!" ou "Com sorte, têm casa daqui a uns anos..." e, para mim, a melhor de todas "Se entrar mais algum promitente comprador para o grupo, terei de rever os honorários em alta."
A esta última respondi com um email para o grupo "Revês, revês oh rodinhas baixas!!! Vais rever é p*** da tua mãe! E em baixa, que está uma crise que não se aguenta!".
O desgraçado que nos indicou esta sumidade da advocacia já se arrependeu mil vezes (ele também está no nosso grupo) e, inclusive, já nos pediu desculpas a todos. Pobre! Até se encolhe cada vez que vem contar a última.
Mas hoje, hoje... o senhor excedeu-se a ele próprio. Eu, há muito que deixei de acreditar na espécie. Eu sei que há excepções (escondidas debaixo de uma pedra, na qual ainda alguém há-de dar um chuto). Mas as excepções fazem a regra, certo?
E o que fez o senhor... Em conversa com o interlocutor do grupo (um tipo muuuuuito paciente) enquanto preparavam uma reunião para amanhã, vem à baila o local da reunião. E o ilustre saí-se com "Ah... a reunião é aí? Tem piada... ainda há pouco tempo lá fui comer uma miúda!!"
Um tipíco macho gabarolas! Além da falta de decoro, falta de oportunidade e de essa tirada só nos provar a tua falta de... de... TUDO, que tal te concentrares naquilo que nós te pagámos para fazer???!!! Boa???
Eu, por mim, mandava-lhe já a cartinha a revogar a procuração... Depois da reunião de amanhã, no resumo da qual o tipo ainda nos vem dizer que comeu a secretária do presidente da Cooperativa (dali, já nada me surpreende) o melhor será reunir o grupo e mandar o senhor advogado às urtigas. Ai que vontade!

Oh Freud... explica lá esta!

A noite passada sonhei que o meu Pai andava a distribuir camarão de Espinho com o... Cavaco Silva.
É suposto isto encerrar em si mesmo uma explicação? É que eu gostava de entender...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Misturas

Quem, no seu estado normal, consegue juntar os seguintes:
Angelina Jolie, Brad Pit, Ghandi, um golpe de estado, tatuagens, uma heroína que não era a Jolie e um herói que não era o Brad????
Cenário: India
Ora... eu! Num dos meus wildest dreams. Foi lindo!
Eu invento cada enredo que parecem dois.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

De Janeiro a Janeiro

Eu não disse nada. Mas olhem que até já há um grupo no Face. E o Bruno Nogueira disse isto.

E é de chorar a rir...

Quentes! (mas só mostro para a semana)

A primeira fornada sai entre hoje e amanhã.
São pregadeiras em tecido com imagens estampadas (as que estão abaixo e muitas outras)
com missangas, lantejoulas, berloques, botões, fitinhas e rendinhas, cheias de glamour, girl-power, para gente muito fashion, irrerente e cheia de sentido de humor.
Sim, eu sei. Vão ser um sucesso!!!






Nota: a da "Crabby Bitch" já tem dona. Eu, óbvio!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Hoje é 5ª feira

É 5ª feira. Nem carne, nem peixe. Nem meio, nem fim.
Os miúdos, aqui, choram de maneira diferente. Guincham como se os tivessem a matar e é sempre à porta do meu gabinete. Às vezes fogem a correr e entram-me de rompante pelo gabinete adentro.
Ou vêm a abrir até mim e ficam a olhar para o computador. Ou param e gritam um "Olá!" com um sorriso 5 estrelas. Os pais. Ai, os pais. Os pais gritam-lhes! "Deixa a senhora!!! Olha que aqui é a administração!" Como se a criança tivesse cometido um crime! Às vezes pedem desculpa, às vezes não. E arrastam-nos, puxam-nos, enquanto eles voltam à gritaria estridente que me fere os ouvidos.
Na minha festa está tudo, ou quase tudo, em águas de bacalhau. A casa, cujo problema está tecnicamente resolvido, mas escritura, que é bom, nada; o emprego em que mais uma vez fui promovida, mas é só para Janeiro; o curso na Católica, onde já fiz inscrição, mas é só para Março.
São postas que vou demolhando, algumas já sem sal algum, mas às quais tenho de ir trocando as águas, para que não apodreçam. A posta que está mais perto é a da promoção. O dobro do trabalho, o dobro da responsabilidade e 5% de aumento. Eu gostei! A sério que sim. Em 4 anos, é 2ª promoção, por isso, gostei. E muito.
Valem-me as férias na Serra, no fim do mês que vem. Está quase. E já lá nevou. É só comprar mais umas calças de neve para a princesa (todos os anos, umas novas) e aí vamos nós.
Ontem tratei do ferimento do portátil com cola de contacto. E tanta volta dei que ía acabando com uma bochecha colada ao teclado... Depois pus-lhe um penso com bonecos. Da Dory, aquele peixe azul do filme do Nemo que tem falhas graves na memória recente. Já me acharam parecida com ela... por isso, combina.
De resto, é 5ª feira. Ainda estou a sofrer com a tensão da reunião de ontem ... e a pensar no que fazer para não perder o meu cliente mais importante. Por muito que ele goste de mim e por muito bem que faça o meu trabalho, se o resto do pessoal se está marimbando para o caso, não há-de ser pelos meus lindos olhos verdes que ele não dá corda aos sapatos... Enfim.
Calma, descontração e estupidez natural. É uma daquelas coisas que a minha Mamãe diz que eu adoro repetir (apesar de ainda não ter captado a essência da coisa).
E é só isso. Hoje é 5ª feira. Vou andando para dentro, que aqui está tudo na mesmo, já vi.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Always look on the bright side

A reunião de 3 horas foi um stress...
5 minutos antes, a Directora Financeira chama-me para prepararmos a reunião. O que é sempre bom... 5 minutos dá para imensa coisa, tenho em conta que é um cliente difícil e exigente!
A dita senhora parecia que me queria comer os fígados (nunca foi à bola comigo, temos pena). "Está tudo fora de controlo." . Com muita calma, lá lhe fiz ver que quem tinha feito merda tinha sido a team dela.
Em instantes, a cena muda para os subordinados dela, que tinham enviado um relatório trimestral completamente diferente dos dados que eu tinha fornecido... tudo isto a 5 minutos da reunião começar.

A seguir... o surreal. Do género “O orçamento está descontrolado!” diz o cliente passado dos cornos. Não, não está (asseguro eu). “Mas como não? Se na merda do relatório que vcs mandaram está todo descontrolado?????"

Pois... e quem é que lá estava para dar a cara? Eu. E a tipa ainda teve a lata de me dizer, “entrega-lhe o relatório na mesma, mas diz que os números estão a ser corrigidos”. Eu estive para dizer "Entrega-lhe tu!". Mas calei-me. A hierarquia é uma filha da put@ pesada.

E com ar de estúpida, dei-lhe aquilo como quem sabe que está a dizer “Olha, já sabias que nós trabalhavamos mal, mas toma lá a prova...

A entrar para a sala, deixo cair o portátil das mãos e parto um canto do bicho. Ao menos, ainda funciona... (always look on the bright side).

Há quem tenha manhãs mais felizes. Mas duvido que sejam tão animadas como as minhas!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

WTF?!

Na semana passada recebi um email tão estúpido, mas tão estúpido que só me apeteceu perguntar:
"O que é que dás de comer ao teu ego?! Deve ser ração para porcos que ele anda a engordar que é uma coisa inconcebível."
Como (de vez em quando) a menina tem rasgos de lucidez, não respondi.
Sim. É um facto. Andam por aí muitos egos com obesidade mórbida. E vai-se a ver, até nem têm motivos para isso. Não passa de banha e colesterol alto...

Maria do Parque

Ali para os lados da Estufa Fria, no parque infantil, há uma funcionária camarária que zela pela manutenção da moral e bons costumes e pela não conspurcação da relva.

Estava fresco, apesar do sol. Enquanto a pirralha brincava no slide e no baloiço, deitámo-nos na manta de pic-nic e tapámo-nos com uma toalha (estava fresco, já disse). Atenção que nada houve de mãos pecaminosas, beijos de língua libidinosos ou gemidos descarados. Estavamos em alegre cavaqueira, galhofa e risota saudável.

Falávamos já nem sei do quê, quando eu soltei uma gargalhada sonante. Nisto, fomos interrompidos por um balir incessante e dedo em riste "Isto é um parque infantil!"

Incrédula e a perguntar-me mentalmente "Why me?!" atirei um pacífico "E?!", ao que a Maria me respondeu "Estão aqui crianças!!" com um ar de que, fosse lá o que estívessemos a fazer, era para maiores de 18 e tinha bolinha vermelha no canto superior direito...


Sentei-me na manta, olhei à volta e vi um monte de cabeças a olhar para nós. Repeti, desta vez mais alto e com um tom mais incrédulo ainda "E???!!!".


"Vocês não podem estar assim, isto é um parque infantil" repetiu agastada a senhora, de ar incomodado com a nossa alegria e boa disposição.
Enquanto eu reflectia profundamente se partia para a ignorância, o que não fiz devido a ser um mau exemplo para a catraia, o Xuxu dizia que talvez fosse boa ideia eu pôr-me de gatas por trás dela, enquanto ele a empurrava...
Confesso que a ideia nos tentou. Mas, again, a ideia de um mau exemplo gritou-nos que era melhor não e fomos dar de comer aos patos, gansos e cisnes.


Já sabem, se forem para aqueles lados, não namorem, não riam alto, muito menos deixem transparecer a mais leve ideia de felicidade. Tal como crianças de 7 anos a usar brinquedos para 3 anos, a Maria do Parque proibe qualquer tendência a ser feliz. E não gosta de gente alegremente deitada em mantas de pic-nic ao Domingo à tarde. É que aquilo, é um parque infantil.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

We survived!

Mamãe está em casa desde 5ª feira e correu tudo bem.

Nós, as desamparadas, safamo-nos bem, tirando uns pequenos reveses, normalíssimos para quem não está habituado a fazer a ponta de um corno.
A princesa esteve muito maior do que seria suposto. Ajudou à grande, não fez uma única fita e apenas chorou uma vez, com saudades da sua avózinha.
Agora que ela está em casa, diz que a "outra avó" (a de antes da operação) era melhor, pois esta não pode ser apertada nem abraçada à bruta (no qual ela é especialista).
Verdade seja dita, o balanço é positivo! Os animais sobreviveram, as plantas continuam viçosas (porque não lhes toquei) não queimei um único jantar, a miúda não passou fome, continua gira e cheirosa e eu, apesar de mais torta(das costas, entenda-se) consegui ir trabalhar todos os dias, sem me esquecer de a deixar na escola antes.
Deu para ver que, com um pouco de organização, espírito e boa vontade, sou capaz de dar conta do recado. E isso deixou-me super orgulhosa.
Quanto aos reveses...
:: Enganei-me no caminho duas vezes. Uma para o trabalho (acho que o meu subconsciente queria ir para o Colombo) e outra para a escola da criança (não faço ideia o que o subconsciente queria);
:: Parti uma peça fundamental da máquina de lavar roupa e até 4ª feira, a máquina não funciona (o que nos valeu foi a vizinha do 5º, um amor de pessoa, que se ofereceu para nos ir lavando a roupita). O senhor da loja de peças aliviou a minha consciência quando disse que é normal aquela peça partir-se. É muito azar... a 1ª vez que mexo na máquina, tunga!;
:: Bati com o carro (duas vezes). Nada de especial, mas chateia, num carro com menos de dois meses...;
:: Levei raspanete à grande da fisioterapeuta, por ter faltado ao tratamento e estou a relaxantes musculares (como me dizem amíude "tu queres é drogas!");
:: Ontem, numa atitude altruísta (o que em mim dá sempre mau resultado) ao querer ajudar a minha mummy a tirar os pensos, com medo que ela se sentisse mal, quem ía desmaiando era eu. Não foi bonito;
:: A xuxu pequena sangrou do nariz, sem razão aparente;
:: Tive um grande e um pequeno a fazerem queixa de mim no emprego (por "grande", entenda-se que importa, por "pequeno", caga nisso). Parece que está na moda e qualquer dia ainda fundam um clube! Ai, custa tanto ser gira...
:: O meu íman para atrair coisas estranhas, desta vez trouxe-me uma brasileira. Que me enviou uma mensagem a pedir para responder a um questionário para a sua tese sobre... biquinis brasileiros.
Agora vou ali avaliar a minha subalterna, que nem sabe que hoje é dia de avaliação anual e está feito galo emproado a responder-me torto. Acho que vai ser divertido.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Siga a banda!

Enquanto completo listas de "to do" e "não esquecer" e me passam mil e uma coisas pela cabeça (algumas aproveitáveis, outras, nem tanto)...
Enquanto memorizo - peixe: comida todos os dias; gato: água fresca todos os dias; plantas: regar uma vez por semana... Se rego o gato, dou água ao peixe e comida às plantas, está tudo fod...!!!
Bom, ao menos sei as coisas importantes! A prioridade é a miúda e nisso eu sou boa. Banho: todos os dias; Natação: 3as e 5as; Ginástica: 2as, 4as e 5as; Catequese: 2as; Comida: várias vezes ao dia; Mimo & atenção: o máximo; Estragação: a mínima.

Em stand-by fica a fisioterapia e tenho mais dois dias para curar a minha fariginte e desinflamar os brônquios.

A Mummy esperou quase 4 anos pelo raio da banda, pelo que agora é bom que ela toque e bem! A operação é 3ª feira. Coisa para 2 ou 3 dias no "hotel" de meia estrela.

A gente já vem para contar como foi.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oi?

Das duas, uma: essa dislexia nunca vai ser fácil de entender!
Quanto ao algoritmo, ou se entende, ou não se entende.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A nossa 3ª feira foi de culto

Aconselho vivamente a quem gostar de rambóia, não tenha muito que fazer, procure sítios com grande possibilidade de contágio de gripe A, e tenha uns míseros 5 euros, a ir! Enquanto houver bilhetes, é de aproveitar.

Foi muito bom.

O espectáculo começou mesmo antes de começar. Um casal de meia-idade e 3 adolescentes, chegaram às 21h55. Quando avisaram, exaustivamente, o pessoal para chegar às 21h30... E eis que quando o empregado lhes indica a mesa, a última mesa reservada por ocupar, a senhora, muito agastada, lhe pergunta: "Isto é uma mesa?!" Rebentámos a rir e tivémos uma vontade enorme de lhe responder "Não! Isto é a senhora sua mãe com 4 pernas e uma toalha vermelha na cabeça!!".

É preciso ter lata! Chegam tarde e a más horas, incomodam toda a gente para chegarem à porra da mesa e ainda questionam a realidade da mesma. A tromba da senhora era impagável. O ar do senhor, convicto, a perguntar se não havia nenhuma "mais perto do palco", igualmente!


Quanto ao espectáculo em si, muito bom, MESMO. A começar com um Eduardo Madeira eléctrico, depois um Nilton MUITO caústico, um Francisco Menezes hilariante, um Bruno Nogueira como só ele (e o meu ginecologista, que lhe é homónimo!) um Aldo Lima acima da média e um Óscar Branco em falta (mas que, a mim, não me fez falta nenhuma).

Desde o Eduardo Madeira que pos a malta toda aos pulinhos, a cantar "Angola é que está a dar! Hummmm" seguido de um "wegue, wegue", até às degraçadas da Maya e da Elsa Raposo, sempre alvo de porrada dura, mais a pobre da N. Sra. de Fátima e a Irmã Lúcia, o Jorge Palma, o Reininho e o Abrunhosa, tudo serviu para fazer o humor. Sem esquecer o S. Presidente de todos os portugueses e portuguesas, mais os ceguinhos, Jesus Cristo e o Sócrates.

Tirando o facto de ter estado todo o espectáculo em pé (na semana passada ficámos à porta sem bilhetes, para esta semana já não havia reserva de mesas) e de ter um parvalhão de gargalhada possante atrás de mim (tive receio de apanhar com as amígdalas deles na nuca!!) foi muito bom.

E o Bruno Nogueira é mesmo grande. Xiça!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Desanquei em mais um...

"Posso bater num cliente?" (um que foi fazer queixa de mim, depois de eu andar a tentar a safá-lo de uma encrenca DA-QUE-LAS!)
Não!
"Mas... Não??! Mesmo!?"
Não!!
"Bolas... Posso, ao menos, desancá-lo verbalmente com palavras tão caras, que ele fica na dúvida se são ofensas ou elogios... ? Posso????"
Podes!
Ah bom... assim está melhor. Vai daí... Já está! E a vontade de o insultar como se não houvesse amanhã era muita. Como já dizia o outro, não a paciência para aturar gente que nem pão sabe dizer. E ainda para mais caloteiros...
E agora, como não entendeu puto do que eu lhe escrevi, respondeu-me a dizer que EU lhe devo um pedido de desculpas e que amanhã vai acertar contas com uma colega minha(!!). Lindo! Ainda para mais, a colega em questão tem pior feitio que eu (sim, é possível) pelo que não vai ser bonito.
Mais não seria de esperar. Num email disse-me que estava ofendido. Eu respondi que não compreendia onde estava a ofensa e ele respondeu-me que ficou zangado por eu estar ofendida... Como?!?!?
Viva a gente burra, ingrata e dada a maldicências! Fazem os nossos dias mais alegres enquanto usamos eufemismos e analogias baratas e simples para lhes chamar aquilo que eles são: uns tristes. E a parte melhor é que nem um sarcasmozito entendem... tssss, tssss.

Coisas soltas

No café, a Propina (sim, o nome da empregada é Propina...) diz a uma senhora grávida que não lhe pode dar o copo de água que ela pediu porque... não tem copos lavados.
Em alegre discussão com a manager das sister clean, sobre teias de aranha (sim, a minha vida é efectivamente uma festa...) ela responde-me "Ó dona..." E até se me ouriçam os pêlos da nuca! "Dona" não, 'tá?!
Uma criança de 2 anos (talvez nem tanto) chora compulsivamente à porta do meu gabinete. Está de tal modo em choque que nem consegue dizer o nome. Pegamos-lhe ao colo, arranjamos uma cena para o distrair e vamos tentando acalmá-lo. Do nada surge um casal de ciganos a correr. "Ele ficou para trás!!!" justificam-se. E eu afasto-me a tentar compreender como é que uma criança tão pequena "fica para trás".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os pratos da balança

Foi no Bairro Alto. Ela já nem se lembra, mas parece que tinham ido ao Pavilhão Chinês. No parque de estacionamento, com o carro em andamento, ele fala-lhe mais alto e manda-a parar o carro.

"Manda-a"? Sim, falou-lhe naquele tom que os homens gostam de usar, quando acham que mandam. Depois, com aquele seu olhar meio de lado, meio de frente, disse-lhe bem claro "Eu amo-te, entendes?!" Como se quisesse que aquilo lhe entrasse mesmo. Como se aquilo que ele lhe que estava a dizer, ela tivesse mesmo de entender, em todo o seu significado.

Ela, com o pé na embraiagem e a mão no travão, estremeceu, arrepiou-se-lhe o coração e gritou "Ai!". O ar sério dele contrapunha com a doçura do que acabara de lhe dizer. O ar de pânico dela contrapunha com seu estado de felicidade.
"Sim, entendo!" disse ela com o seu melhor sorriso. "Ah, bom!" pareceu dizer o sorriso dos olhos dele. E, sem deixar o carro ir abaixo, ela destravou e seguiu, com o entendimento profundo do seu amor.

Agora que sabem ambos o que andam a fazer, tudo parece muito mais claro. Ele é daqueles que gosta de tudo muito bem explicadinho. Ela é daquelas que gosta de explicar. Várias vezes, para que não restem dúvidas. E agora que ele já as dissipou claramente a todas, quando lhe perguntou se ela entendia, ela, que entendeu, acalmou e ficou bem mais feliz.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A profunda razão do calote

Tenho clientes que não me pagam. Pelas mais estúpidas ou razoáveis razões. Uma porque lhe morreu uma empregada. Outra porque não lhe apetece. Outra porque estoura tudo no bingo. Outra porque as férias à grande no Algarve não permitem que sobre algum.
Agora... a última que me apareceu é realmente extraordinária. Daquelas que só comigo. Então eu tenho uma senhora, vamos chamar-lhe Tuxa, que não me paga porque foi ao Brasil.
Até aqui, nada de novo. Comerciante que é comerciante, chora-se que está mau, mas depois faz vida de rei. A isto já estou eu habituada há muito.
Acontece que a D. Tuxa não me paga há muito porque foi ao Brasil ser recauchutada. Li-te-ral-men-te! Por fora e... (pasmem-se) por dentro. Parece que a senhora, de quase 60 anos, foi colocar os maminhas novas, empinar o rabiosque, fazer lábios à Jolie e... ser virgem novamente!

Será que alguém vai ter isto em linha de conta quando eu disser que não atingi os meus objectivos de dívida???... Era bom era... Vou dizer que a senhora não me pagou porque foi fazer "investimentos profundos na sua pessoa"!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Tenho a costela onde?!?!"

De cada vez que, na fisioterapia, me deitam as mãos à espinha, dá sempre asneira. É ouvi-las "ai que miséria", "xiiiii, como isto está!", "ai, ai, ai esta cervical" e afins. Mas ontem foi diferente.
"Isto aqui não lhe dói?" enquanto me aperta um alto no ombro direito. "Já que fala nisso, dói e bastante!".
"Isto não devia estar aqui. Respire lá fundo, para ver se eu ponho isto no sítio!" E eu a medo "O que é que significa o "isto"?"
"É a sua costela!" No ombro???? Porra, como é que não havia de me doer!
"Os músculos contraíem-se e puxam tudo para cima. Da maneira como está a sua cervical, o normal seria ter as costelas nas orelhas..."
Ah bom... então no ombro, já não é mau. E toca de respirar fundo, fechar os olhos e esperar que a Joana soubesse o que estava a fazer. Sabia. Doeu. Mas a cabra da costela foi ao lugar.
Já hoje de manhã, para evitar o atropelamento de uma filha da mãe de uma gaja que me pulou literalmente para a frente do bólide, atirei-me para cima de um passeio e atropelei um pino de cimento.
O pino não se queixou (acho que não gostava da cor amarela que tinha antes de eu lhe passar por cima). Já o carro, fez aquele ruído de raspar metal contra cimento, que não é bonito. A malta que passava, cerrava os dentes e deitava mãos à cabeça. E eles, os gajos, abanavam-se, como quem diz "só podia ser gaja!".
Lá me safei sem grandes danos, e com o desejo íntimo que deveria ter atropelado a senhora, nem que fosse só de raspão. Depois passou-se, que eu sou cristã.
E vamos lá ver se chego ao fim da semana sem mais costelas deslocadas e pinos violentados. É que o carro é novo, porra.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que tenho feito

Dei comida a cágados, pombos e peixes laranjas.

Esqueci-me dos sapatos no balneário da clínica onde faço a fisioterapia.

Bebi um chá do Tibete e fiquei zen.
Jogámos às penas (apanhar penas de pássaros no parque) e a miúda ganhou porque lhe dei as minhas.
Tirei mais fotos a sombras e o resultado foi o que se vê...

Escrevi mais de 70 vezes o nome da criança no material escolar, com outros tantos corações, estrelinhas, borboletas e florzinhas... ela gosta e diz que ninguém tem etiquetas tão lindas como as dela.
Ri a bom rir com o esmiuçar dos sufrágios, vistos no Youtube às tantas da manhã, com algum atraso, em boa companhia e com muito gosto.


Comprei livros, dos bons. Florbela Espanca e Miguel Torga. Para ler devagar.

Fiz arrumações nos armários. Dei sacos e sacos de roupa. Guardei t-shirts e calções, pendurei sobretudos e os fatos de Inverno.

Agora... agora é preparar o fim-de-ano em beleza. Já falta pouco e em 2010 começa tudo de novo outra vez. E mais uma vez, será um início de ano um degrau mais acima.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

They will understand...

Sendo hoje o Dia Mundial da Compreensão, calha muito bem.
Vão ter de compreender que eu tenho mais que fazer porque fui p... Bom, se calhar,é melhor não saberem.
Eu até contava, mas não tenho tempo... Tenho mesmo de ir. Alguma coisa, já sabem... comprem! Eu vou andar fora durante uns tempos, porque como já disse, fui p... Exacto! Aquilo que é melhor vocês não saberem. Vão por mim que eu sei que sim.
Vocês não saberiam lidar com isso. Eu própria ainda estou meio incrédula. Mas a verdade é que fui mesmo p... Sim, é só para o ano... mas é melhor não saberem!
Aconselho vivamente a leitura dos escritos anteriores. Atirem-se de cabeça ao meu passado. E se baterem com os cornos no chão... temos pena. Ou não!
Vá... entretenham-se sozinhos (e sozinhas, que eu também tenho meninas a lerem-me!) que já são suficientemente crescidos.
Vale-me a esperança de que vocês compreenderão. É que eu fui p...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não me consumam!

Tenho dias em que sou intragável. Um traste de maldicência, um protento de sarcasmo e fel. Mas, na grande maioria dos casos - para não ser tendenciosa e dizer "nunca" - isso não me vira contra os de quem gosto.

Ou seja, a vidinha até me pode correr mal, posso estar atolada em merda até às orelhas, ter levado uma tampa que não esperava (seja ela em que campo for) e não ter um ombro decente onde chorar as minhas mágoas (à parte do da mummy, que não se gasta mas recente-se...). Tudo junto, é quase como meia dúzia de barras de dinamite prontas a explodir no mais inocente que se cruzar no meu caminho.


Mas quando escrevo "inocente", isso quer dizer precisamente o contrário. Se há coisa que sei que não sou é ingrata. Não cuspo no prato que comi. Mas também não sirvo a quem serviu. E sei que a inveja é uma coisa... (mummy, tapa os ouvidos!) fodida! Pois é!

Mas mesmo assim, não sei conviver com parvoíces, mesquinhices sem propósito e maldades gratuitas. Sei que os amigos, aqueles que conhecem os nossos lados mais negros, têm tendência de nos apontar as falhas no momento em que mais dói. Mas dar-lhes-á isso o direito de troçarem das nossas desgraças? Das nossas quedas?

Dará isso o direito a alguém de me apontar o dedo ao nariz, lembrar sadicamente um erro meu e ainda se rir de forma vil, bem alto para que todos ouçam? A informação é uma coisa tramada. Quanto mais sabemos de alguém, mais poder teremos sobre ele... Mas... mas... também é assim com os amigos?

Será que as confidências, feitas entre lágrimas e alma feita em cacos, em horas negras e tristes, podem um dia ser usadas como piada por aqueles que nos confortaram na hora da desgraça? Podem?!

Bom, se podem, não deviam. Pelo menos, é o que eu acho! E como eu sou torta como o caraças e a mostarda só me chega ao nariz uma vez (à segunda vez, já parti o caralho do frasco da mostarda no focinho de alguém)... pendurei alguns. Assim como se pendura um vestido num cabide, e se deixa lá ficar a arejar...

E agora aceitam-se apostas para saber quem é o primeiro a apostar! Ah... eu? Eu nunca aposto. Já me dizia há anos, muitos anos, uma sábia senhora de fino trato, olhos azul-mar e nariz empinado... "teimar sempre, apostar nunca!"

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Agora numa versão melhorzinha

A quem interessar, já está disponível aqui a 2ª edição do meu livro.
Sem tamanho XL, sem capa dura tipo Pantagruel e sem 3 kilos de peso. Uma edição à maneira, revista, mais maneirinha, mais barata e com uma capa linda de morrer! Sim, eu sou suspeita, mas está mesmo linda!!!

Vá... não se inibam. Os dois primeiros autógrafos tiveram direito a lágrimas! Comprem que eu autografo à borla, sim? Prometido!

É o vento que me penteia

A massagem de hoje foi feita pelo João. Nada de particular, à excepção de que o João é cego. Mexe-se pelos cantos da casa como se visse. E faz massagens como se tivesse nascido a fazê-las.
Desfez-me os nós dos ombros com cuidado, enquanto assoabiava. Disse-me "andou a fazer maldades" com um tom maroto e cuidou-me das dores. A massagem arrepiou-me a espinha, tirou-me o ar enrolado e dorido...
Agora começo as manhãs assim. Muito cedo, antes das 8h30. A Ana estica-me como se disso dependesse a minha vida. Dá-me conselhos de como devo andar, sentar e levantar-me. Diz-me que a culpa não é minha, que não aprendemos higiene postural quando erámos mais novos e isso refelcte-se na coluna. Foram as mochilas pesadas num só ombro, o sentar todo torto, pegar coisas pesadas acima da cabeça, etc. etc.... E agora... agora dói! Mas cura-se. E é uma cura que me sabe muito bem.
Saío de lá já depois das 10h, com o banho tomado e a alma muito aconchegada. Todos me tratam com muita simpatia. Tratam-me das dores com cuidado e eu vou deixando-as por lá.
Ainda de cabelo molhado, guio com as janelas abertas. Assim, quando chego ao escritório, já está seco. E penteado. Sim, porque a mim, quem me penteia é o vento. Todos os dias.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Programa de alimentação de hérnias

Comecei num dia catita. No Dia Mundial da Fisioterapia comecei a minha... fisioterapia.
Às 8h30 da manhã, já estava de molho na piscina, numa água quente, muito quente. Deram-me 4 exercícios para fazer, 5 vezes cada. E só posso nadar de costas. Bruços não é bom para a cervical.
Depois deram-me dicas de hígiene postural. Mais uma massagem, calores localizados e ultra-sons. A seguir uma sessão de "esticanço" que aposto me vai valer mais 5 cm de altura... Ah, e aprendi a levantar-me da cama sem magoar as costas.
Eu a pensar que estaria rodeada da brigada do reumático e dei com carradas de jovens coxos e de braços ao peito.
A massagem foi tão boa, mas tão boa que disse à Sílvia que estava contratada. E durante os calores, adormeci aconchegada, durante uns fantásticos 15 minutos.
Do melhor. Além do lado mau de ter 3 hérnias com esta idade, a terapeuta diz que há muito mais hipóteses de melhorar com a fisioterapia.
E agora vai ser todos os dias assim. Acordar às 7h30 e só ir trabalhar depois das 11h30. Ao menos relaxo. Relaxo mesmo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Já está!

Parabéns!
Acaba de se inscrever no Prémio Literário FNAC/Teorema 2009.
O seu número de inscrição é o 1252341100671.
É aconselhável que preserve este email.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A dança dos paradoxismos

O filme era de 1929. A curta que passou antes... sublime. A Rita (a dos sapatos vermelhos, mas que ontem tinha-os pretos e brancos) tocou ao vivo uma banda sonora feita de propósito para o filme. Ela e um tipo do qual eu nunca tinha ouvido falar, mas que tratava a guitarra com muita intimidade.
A ela, via-se estampada na cara um gosto enorme no que estava a fazer. Como quem faz porque quer. Porque sabe e sabe-lo bem. A ele, não se via nada porque os óculos eram escuros. Mas tocava, como dizia o meu pai "perdiante" (que é uma palavra que não existe).

O realizador era também o actor principal. Um tipo de Pierrot infeliz que morre no fim. Os planos, para 1929, eram muito arrojados, como filmar o mar de pernas para o ar e as pessoas a partir do chão. As legendas... ai, as legendas... um mimo.
Eu, que segundo dizem, sou open minded, vi-me rodeada de malta chamada de "alternativa". Tão alternativa que o mais normal tinha um t-shirt preta, onde em letras vermelhas se podia ler "I fucked your girlfriend last night"... Pois!

Tirando o cheiro perturbante do meu vizinho do lado (que a dada altura deu em enrolar as mangas da t-shirt nos ombros... quem sabe, para arejar) a tipa que a meio do filme bateu palmas e gritou "Obrigado, obrigado!" e teve de ser tirada da sala, as cadeiras desconfortáveis e o calor imenso... foi fantástico.
Já posso dizer que fui a um motel? Não?! Pois, bem me parecia que não...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lets paint the town

Exausta. Com dores nas costas e atolada em trabalho. É difícil sair do lodo com estas dores...
Entretanto, continuam a acontecer-me as coisas mais fantásticas. A minha pequena diz-me que teve saudades das minhas belas pernocas. Enquanto eu corro pela casa para me despachar, a minha mãe comenta"Cheira bem, a pequena loira!". Ela chama-me assim desde que me conheço. E de todos os petit noms que tenho (e são alguns) é capaz de ser esse o que mais gosto.
Por estes dias, fui a Fátima. E, como sempre, saí de lá mais leve. Depois a princesa também lá foi com o pai. E quando regressou, trouxe uma prenda para mim, duas para a avó, e muitas para ela. A caminho da piscina disse-me "Desculpa Mamã, só consegui trazer uma para ti." Estou farta de lhe dizer que não quero que faça isso, mas ela já entendeu que ele não sabe dizer não. Á conta disso, tem um iPod e um telemóvel novo. E a sorte dele é ela não ser pedinchona.
Quando lhe pergunto o que comeu, responde-me "Comida!" e esta noite quis dormir comigo. Diz que teve muitas saudades. Eu... eu roí-me por dentro enquanto ela não estava. Pus o coração ao alto e tentei não dramatizar. Mas os jantares à meia-noite e o dormirem até tarde, enquanto ela deambulava por uma casa desconhecida... tiraram-me o sono.
Depois, depois juntam-se filmes de terror, gosto por bricolage, leituras de Miguel Torga em voz alta e o Mundo parece mais perfeito. Pelo menos o meu!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os Bissa

Vivem no 1º andar há tanto tempo, que eu ainda não era gente quando para ali foram. O Sr. Bissa era bancário, a sua esposa toda a vida foi doméstica. Conta-se, que aos fins-de-semana íam para o Estoril, onde tinham uma casa, feita numa garagem recuperada.
Não me lembro se tiveram filhos. Nunca os vi com crianças, mas acho que sim, que têm um. Em tempos idos o Sr. Bissa andava muito direito, cumprimentava toda a gente e dava-se ao respeito. Já ela, a D. Guida, sempre foi uma querida, muito boa vizinha e a dizer-me "oh filha".
Agora, que estão velhos, a idade parece que os puxa para baixo e andam curvados. Sempre foram um pouco moucos. Lembro-me de sempre ouvir as notícias em stéreo, pois a sala deles é debaixo do meu quarto. Mas isso ainda era o de menos.
Agora, que estão velhos, os Bissa têm outros problemas. Ele faz fisoterapia e ela acompanha-o. Mas há uma coisa nos velhos que eu não compreendo: porque é que se levantam tão cedo?!
Ontem, às 7h em ponto acordei com um melancólico Fernando Tordo a perguntar o aconteceria "depooooooois do amor" e tremi! Puxei outra almofada para cima da cabeça e desejei que houvesse um corte de luz no bairro inteiro. O pior veio depois. Uma locutora de rádio monocórdica, de voz melada, como quem faz workshops de tricot em galerias comerciais de 5ª categoria...
O que mais me intrigou foi que, às 7h35 em ponto, tal como começou, a rambóia parou! Talvez o Sr. Bissa tenha de tomar o comprimido da próstata aquela hora... Talvez sinta fome e vá comer a torrada e o leite com cevada que a D. Guida lhe preparou... Não faço ideia. Só espero que não lhe dê muitas vezes.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Quando Deus conspira

Ele, devia estar em Barcelona. Ela, devia estar em casa a dormir.
Em vez disso, ele estava no mesmo sítio que ela, onde não era suposto nenhum deles estar. Devagar, com pouca confiança e muito medo, ele disse-lhe que gostava de cinema e ela disse-lhe que gostava de conversar.
Então, falaram sobre cinema. E depois sobre tudo. E depois sobre nada.
Quando finalmente se exigiu que parassem, já era dia. No olhar dele, ela viu o que nunca tinha visto. E um arrepio percorreu-lhe a espinha. Na expressão dela, ele viu o lamento de não haver um beijo. Separaram-se com um "cuida-te" e dois "até amanhã".
No dia seguinte (que, efectivamente, ainda era o mesmo) ele convidou-a para um passeio a pé. E correram ruas onde ela nunca tinha pisado a calçada. Prenderam a respiração nos miradouros e foram turistas na própria casa. Fizeram piadas tontas, sorriram ao pôr-do-sol e mataram a fome que tinham um do outro. Acabaram o dia com bifanas e alma cheia, regados a Coca-cola e olhares cúmplices.
O resto... o resto é deles. Só deles. Não se conta, não se diz, não se explica.
Ela quer escrever esta história todos os dias. Ele também. Sem número definido de páginas, porque ainda agora vão no preâmbulo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O poder de uma noite de 6ª feira...

Saí para jantar em casa dos Cruz-Ramos. Não fui convidada, mas fiz-me. As maravilhas da net... Bastou um gabar-se que ía lá jantar no facebook, e eu aproveitei a deixa.
O Miguel cozinhou um manjar digno dos deuses: polvo no forno com batata doce e um molho extraordinário... Delicioso. E a conversa, a diversão... Aquela casa é um antro de boa disposição e amizade. E eu estava com muitas saudades!
Depois... depois uma saída totalmente inesperada. Um hamburguer no Cais do Sodré, já depois das 4h da manhã, a saber lindamente (há anos que não comia nas roullotes!). E uma conversa cheia de empatia que durou até de manhã.
Cheguei a casa já o sol brilhava, com a força das 7h. Acabada de deitar dei um pulo da cama. O barulho de travões, pneus a chiar e um estondo enorme de choque fez-me correr à janela.
Um Volkswagen Beatle, novo em folha acabava de se despistar ao entrar na minha rua. Rasou o quiosque de jornais da esquina, bateu em dois carros estacionados do lado esquerdo e mais um do lado direito. E ficou-se, com o eixo da roda do lado esquerdo partido e o pneu debaixo do carro.
A mulher lá dentro, a Dó, com o seu carrocha preto enfiado num pequeno carro azul céu, com porta toda metida dentro e cravado num pilatere do passeio, queria continuar viagem... Um homem apontava-lhe para a roda da frente e dizia-lhe que era melhor ela desligar o carro e vir ver.
Seguiu-se um espectáculo deprimente. A dita estava podre de bêbada, não dava dois passos no mesmo sentido e só queria era ir-se embora. De braços levantados, alto e bom som, gritava com a voz enrolada "Eu pago tudo, pá! Mas deixem-me ir para casa!". Ainda tentou fugir, mas ninguém a deixou. Rapidamente alguém a reconheceu e foram chamar-lhe uma amiga. Pobre amiga, que saltada da cama ainda levou com a ingratidão de bêbado...
A cadela era tanta e tão grande que deu para tudo. Desde gritar pelo Belenenses, a dizer à pobre amiga "Óh Aidinha, eu amo-te!", enquanto a abraçava e pulava no meio da rua.
Quando a polícia chegou, o teste acusou 2,95 mg no sangue. Como a história correu a rua toda, à tarde no café já ouvi a versão de que eram 4,5 mg. Foi presa. E a amiga foi com ela, ampará-la. Contam as más línguas, que o marido da bêbada ainda lhe agradeceu com um telefonema em que a insultou por não a ter deixado fugir, e que o que devia ter feito, era ocupar o lugar de condutora (logo ela, que nem carta tem).
Não levei com a Dó em cima por uns míseros, mas abençoados 10 minutos. E logo eu, que é tão raro chegar a casa de manhã. E lá na rua, agora conta-se que uma amizade de mais de 30 anos, se destruíu com os copos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Anúncio Evian

Que vídeo delicioooooooooso!

Nunca pior

Eu e a mania de fazer as coisas sempre em grande... Vai daí, não é uma, não são duas, mas sim três hérnias discais. Pequenas, mas hérnias. Quase imperceptíveis no exame, mas não aos olhos verdes do meu ortopedista.
Outras coisas não lhe escaparam, por certo. As nossas consultas fogem um pouco ao habitual. Deu-me o número de telefone, que frisou bem ser o pessoal. "Ligue-me quando tiver o exame. Diga que é a Flora, que eu já sem quem é!". Disse-me que mora sozinho e não é fácil. Que é ele que cozinha e faz tudo. Que é uma quinta e até forno a lenha tem, onde aprendeu a fazer cabrito e leitão...
Enfim. Mandou-me para mais uma tortura de uma ressonância magnética. Que tem de ser, disse ele, com ar complacente. E vai ser já amanhã de manhã.
Entretanto, tudo bem. Tirando as hérnias, a pilantra da assistente e o outro quase a chegar, a minha vida é uma verdadeira festa. Óh lá se é!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Terror, muito terror

O abaixo não é da minha responsabilidade. Foi tirado de uma página dessas de "encontros", de um menino de seu nick "fuck you" - sugestivo, no mínimo...

História
sou tatuado, pessoa simples, adoro o mar, o silencio, enfim sou muito zen

Par perfeito
de uma mulher simplesmente zem

Ideal Date
1- tentaria ouvir a outra pessoa 2-tentaria ser eu proprio 3-prestava atensao aos pequenos permenores

4-e por fim logo se veria talves algo acontesece

Música
blues country and rock

Filmes
suspence e terror


Sim, terror. Muito!

Aos sábados

A Ana e o António estão na casa dos 30 e são casados há muito tempo. Tanto que, normalmente, se esquecem quanto.
A Ana e o António até gostam um do outro, mas há muito que deixaram de se "entusiasmar" um com o outro. Há muito mesmo. A Ana é bonita, mas está sisuda e recalcada. O António está gordo e a precisar de uma lavagem de estrada. Mas toda a gente acha que estão perfeitos, num casamento perfeito, numa vida mais que perfeita.
A Ana não fala de sexo com as amigas. O António exibe-se aos amigos. Diz que a Ana é uma bomba na cama, que o deixa louco e saciado. Gaba-se de comer tudo o que mexe, mas tomara ele mexer-se mais.
Aos sábados, lá em casa, é dia de lavar a roupa escura. Dia de lavar a casa-de-banho. De arejar o quarto e a sala. E o corpo. Aos sábados é dia de sexo. O António bem gostava que assim não fosse. Gostava que a Ana fosse mais dada. Que a máquina de lavar a roupa participasse na rambóia, durante a centrifugação. Mas a Ana nunca muda o figurino. Nunca. E é sempre e só aos sábados.
O António lembra-se de ser miúdo e sonhar com a Tieta. Com a areia, o calor e a loucura de uma mulher mais velha. A Ana sonha com o Roque Santeiro. Gostava de ser uma viúva Porcina, louca e insaciável. No fundo, lá bem no fundo, ela até é assim... mas recalca-se, aguenta-se, esconde-se. Aos sábados, até gostava-se de se soltar. Mas o António já não lhe dá pica nenhuma.
Por isso, aos sábados, a festa lá em casa é morna. Sempre igual, sempre no mesmo figurino, sempre na mesma onda.
E a Ana e o António sonham com novelas, na flor dos 30, num casamento que dura, mas não aquece.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

On a night like this

Apetece-me vestir aquele vestido azul que comprei nos saldos. Aquele que combina lindamente com o meu bronze.


Apetece-me vesti-lo com as sandálias pretas. As de cunha. Fico alta.


O raio do vestido tem um decote lindo. Que me fica a matar. Mais a pulseira de brilhantes e o relógio branco.



Depois do banho, besunto-me em creme Nivea e ponho o perfume da Elizabeth Arden, o de chá verde que é tão fresquinho.

Quero cheirar a Verão. E quero sair. Apetece-me estar numa esplanada. Com uma cuba libre e a lua. Numa noite como esta. Quente.



Vamos?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Electromio quê?

Se eu já estava aborrecida...
Então vejamos. Além da put@ da ressonância, do raio-x e da ecografia que não mostra nada, ainda tenho que fazer um TAC (ok, coisa simples) e o diabo de uma electromiografia aos membros superiores.
Não fosse a net e eu continuava a não saber o que é uma electromiografia. Se calhar, tinha sido melhor. Não achei muita piada a enfiarem-me agulhas nos músculos, darem-me choques e medirem o raio que os parta. Bom, ao menos tenho 1 mês e meio para me preparar psicologicamente. O tipo que espeta as agulhas foi de férias.
Entretanto, o Dr. Ortopedista diz que é capaz de ser uma hérnia discal. Tendite, não é. E bursite também não. Seja o que for, dê-lhe um nome, se faz favor. E as drogas adequadas. Que eu não sou de ferro.
Ah... e vou ter de fazer fisioterapia. Que seja com alguém meiguinho, ok? Que farta de bestinhas na minha vida estou eu, sim? Massagens, panos quentes e miminhos. A menina agradece. Porradinha tenho levado bastante, dispenso.

Boring

Estou irritada! Aborrecida, estupidamente enfadada. Enervada, stressada, chateada, agastada, entediada e tudo o mais acabado em "ada" e com conotação mais que negativa.
Porquê? Ora... "Porquê"?!!!! Os motivos são tantos. Nada de grave, nada que não se cure, nada que não tenha solução. Mas aquelas cenas que chateiam, enfadam até à medula e me tiram do sério. Pequenas, sim pequenas. Mas que todas juntas, fazem um peso do caraças.
Exemplo. Daqui a nada vou ao médico. E já vou no terceiro, desde o mês passado. Já fiz três exames, sendo que o último - ressonância magnética - é para mim das coisas mais abomináveis ao cimo da Terra. Custou-me horrores a fazer e espero que ninguém tenha ideias tristes de me mandar fazer mais uma. E entretanto, enquanto me deitam as mãos à espinha e a tudo o que é osso acima da cintura, vão atirando palpites, sempre com pontos de interrogação no final. Até a porra dos relatórios têm pontos de interrogação.
É sempre assim. Tirando as amigdalites, nunca ninguém me acerta com o diagonóstico à primeira. Já estou acostumada. Mas chateia, ter malta a meter a mão, apalpando e apalpando mais um pouco, fazendo cara de caso e opinando maleitas a torto e a direito, como se eu fosse uma pergunta com resposta de múltipla escolha.
Vamos ver se este acerta. Mesmo que não acerte, ao menos que me passe umas drogas, que esta cena de sofrer calada não é a minha praia. Que apalpem, mas já agora tirem-me as dores, sim?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Males que vêm por bem

Carro na oficina again! E sem prazo de devolução pois, segundo o tipo da oficina, tem o perne do colector cravado na cabeça do motor. Coisa que tem de ser tirada com muito jeitinho, para não dar cabo da cabeça... do motor.
Mas, como há males que vêm por bem, os meninos da rent-a-car, como forma de me compensarem das secas que me dão, atribuiram-me um carrito de substituição, um tanto ou quanto (muuuuuiiiito) acima da gama que está prevista. Vai daí a menina anda com um Mégane todo xpto, novinho em folha, tão amaricado que nem chave tem! Um mimo.

E quando o rapaz da oficina me disse constrenado "Não sei se vou ter o seu carro pronto hoje... estamos a fazer os possíveis!" eu respondi "Deixe lá! Não se preocupe. 2ª feira também é dia!"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quem quer casar com a carochinha?

Ele diz que não conhece ninguém a querer o mesmo que eu. Ou pelo menos, a assumi-lo. Diz também que as mulheres já não são meigas, não fazem agrados, não cuidam como ele gostava que cuidassem dele.
Enquanto nos deliciamos com uma sapateira mais que fresca (fresquíssima!) continuamos na nossa senda por descobrir o que se passa com esta nossa geração de egoístas ilhados.
Eu digo o mesmo. Que não há homem como ele. Que queira juntar os trapinhos à séria, ter mais um ou dois rebentos e orgulhar-se disso. Se o querem, não o assumem. Por medo, por vergonha, sei lá eu...
Entre mais uma imperial e o segundo fino bem traçado (mais gasosa que cerveja) vamos dando exemplos do que queremos, do que não vemos em lado nenhum, do que gostaríamos de encontrar no/a nosso/a príncipe/princesa... O cuidado, a prioriodade, o mimo, a atenção... Onde é que isso está?! Tornámo-nos (salvo seja) numa cambada de egocêntricos que só olham para o seu umbigo. Gritamos bem alto que temos mau feitio e somos independentes, para que não haja logo a ideia de que alguém pode deixar a escova de dentes na nossa casa.
Mas, resumindo e concluído, não temos o que queremos, nem sabemos onde andará o tudo que nos fará felizes.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fácil de entender

Esta noite sonhei com leite derramado. Não sei onde estava, mas sei que alguém me disse que se pussesse fatias de pão por cima, depois seria mais fácil de varrer... E assim fiz. Espalhei pão por cima do leite entornado no chão.
Depois, acho que fui às compras, mas a coisa continuou a não correr bem. Em tudo o que pegava, o prazo de validade estava expirado. Fosse o creme hidratante ou os cereais tudo tinha, há muito, passado do prazo.
Já nem preciso de recorrer ao livro de interpretação de sonhos. Cada vez mais, os meus sonhos são óbvios. E fáceis de entender.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Agora que há silêncio

Ando a convencer-me que isto até calhou bem. Que assim não me distraio tanto e até trabalho melhor. Já passei por ambientes de trabalho muito mais pesados.

Há uns anos atrás, numa empresa com mais de 100 funcionários, onde todos me prestavam vassalagem, com um trabalhado "bom dia Sra. Dra.", de um dia para outro, todos me viravam a cara para o lado, à excepção de 5 gatas pingadas que insistiram em continuar a cumprimentar-me e a lidar comigo. E assim resisiti durante 5 meses, até a normalidade ser reposta.

Assim sendo, esta falta de respeito a que fui submetida é, de longe, uma coisa menor. Com a qual, depois do espanto, lido com uma perna às costas (embora esteja é com o braço ao peito).

Não há mais sorrisos, confianças, preocupações com o estado de saúde de familiares, abébias para sair mais cedo, almoços em conjunto, cafés pagos e afins. Acabou-se. A mim nunca mais me vê os dentes. A não ser que seja para rosnar e morder.

E agora que há silêncio (que eu entro muda e saio calada) trabalha-se melhor.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Avisem primeiro, porra!

Da próxima vez que tiverem o facalhão de mato prontinho para me enterrar nos costados, deêm umas dicas primeiro, ok?
É que assim, a seco, sem uma tipa estar à espera, é uma merda do caraças! Não que seja a primeira vez, e com a idade a gente habitua-se. Mas porra, custa!
E agora, vou ali para um canto fustigar-me um pouco e tentar, finalmente e de uma vez por todas, interiorizar que não se dá confiança a subalternos. Principalmente aos de género feminino.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Piroparam-me

Eu sei que contado ninguém acredita. Mas quero lá bem saber.Têm andado a dar de comer ao meu ego. Sim, que o meu ego é grande, mas também precisa de se alimentar. E sim, foi tudo para mim:

:: Ó linda, por ti vendia o ourinho todo!

:: Acreditas no amor à 1ª vista ou queres que passe aí de novo ?

:: Ó gata, largas pêlo?

:: Foste à tropa? É que já marchavas...

:: Não estás cansada? É que andaste às voltas no meu pensamento todo o dia.

:: Tens uma boca que faz qualquer xupa-xupa feliz.

:: Se te visse com a tua mãe, dizia lhe assim:
"Ó minha senhora, troco a sua filha por um piano. Assim tocamos os dois!"

:: Ó boa, foste feita no calor ? És uma brasa que até estalas!

:: A tua roupa é da TMN? Tens cá um corpinho que é um mimo.

:: Ó febra, chega-te à brasa.

:: Os teus pais são terrosristas? É que és cá uma bomba!


Sim, alguns já são muito batidos, outros um bocado "brutos"! Mas nada como um piropo para alegrar o dia de uma gaja. Mesmo quando fazem cara feia e dizem que não gostam... no fundo, no fundo, amam! Eu, à falta de um, tive esta resma toda.

Dispensam-se comentários do tipo "deve estar preso" ou "precisa de óculos". Não está preso e óculos já usa. Outros comentários menos aprazíveis, que ofendam a moral e bons costumes de quem por aqui passa, serão deitados fora, sem dó nem piedade. Por isso, poupem a menina, 'tá?
E sim... eu sou gorda, baixa, tenho dentes podres, sou zarolha, com uma verruga no queixo e outra no meio da testa. Ele é que está a precisar de trocar de óculos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Abílio


O Abílio é um triste. Aos 39 anos, vive com a mãe na zona industrial de Castelo Branco numa casa de 3 assoalhadas e uma varanda fechada. Está a viver do subsídio de desemprego há 4 meses, desde que o despediram do call-center. Parece que tratou mal uma senhora. Ela foi demasiado simpática e ele não gostou.
Agora, enfiado no seu quarto todo o dia, prescuta as maravilhas da net, em busca do que o entretenha. E como alma triste que é, entretém-se com coisas tristes. No seu quarto de 3m por 5m, o Abílio destila fel. O Abílio escreve tudo em letras maiúsculas, não porque veja mal ou precise de óculos. Apenas porque o Abílio é pequeno. Apenas 1,55 m de gente. Que o fazem precisar de coisas grandes. Para não se sentir tão pequeno.
O Abílio detesta gente bonita. Porque é feio. Por dentro e por fora. Por fora, porque os pais, além de primos, eram os dois feios. Por dentro, porque cresceu sozinho, o mau feitio não ajudou, foi gozado desde a infantil até ao liceu, e porque é assim. Mais do que gente bonita, Abílio não gosta de gente feliz. Destesta sorrisos, gargalhadas, pessoas de bom aspecto, com ar de bem com a vida. Ele, que está sempre de mal com a vida, como podia gostar de gente assim?
A mãezinha do Abílio trata-o como se ele tivesse 15 anos. Tira-lhe as espinhas do peixe espada preto. Corta-lhe as unhas dos pés e dá-lhe óleo de fígado de bacalhau desde tenra idade. "Enrijece!" diz ela. O Abílio também não gosta muito dela, mas tem de a aturar, pois a casa é dela. E tem de lhe massajar os pés, todos os dias antes dela ir para cá cama, por causa dos joanetes. Ela diz que ele tem as mãos macias e até se lhe dão voltas ao estômago, mas tem de ser.
Como não sai de casa, o Abílio não convive com ninguém, além da sua mãe. Cada vez mais, detesta pessoas. Cada vez mais deseja sair do seu quarto, mas não para se misturar com ninguém. Apenas para largar a mãe e aquela casa.
O Abílio, que se tem em alta conta e acha que toma toda a gente por lorpa, já desenhou o seu futuro. Um dia destes, mata a mãe durante o sono (sufoca-a com a almofada de penas de pato) leva-lhe o ouro das tias e o marfim, e pira-se para Angola. O Abílio gosta do calor. E das nativas. E parece que a internet por lá também funciona.
Um dia, o Abílio vai ser feliz em Angola
Qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência.
(E não me venham cá com a treta de que não há coincidências!)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ainda a menina da cadeira de recensão...

Se eu disser que a menina me convidou para amiga no hi5, acreditam??!!!

Hi5 esse onde tem mais de 300 amigos e comentários languidos de gente com nick "Só prazer sexo"?!!!

Então, não digo!

Nota: E a ruim sou eu?! Hum?

A primeira crítica

Vá... vamos todos ter um bocadinho (só um bocadinho) de pena da Carmen que teve de ler este blog para fazer uma trabalho para uma cadeira na Universidade.
Duvidamos que tenha lido todo, senão tinha compreendido que quem o escreve nada tem de amargo. E "mercadoria sexual"??? Onde, Carmem??? Tu diz-me, que eu não estou a ver... E é sobre o meu umbigo, sim! Se fosse para ser sobre o teu, escrevias tu, não era?!? E olha que de vingativa e pimba, eu tenho muito pouco.
E agora conta lá... que ideias parvas foram essas que o teu professor te deu? Tu não me digas que o meu blog já é aconselhado para trabalhos...
Pobre moça. Deves estar traumatizada. Mas sabes... a vida é mesmo assim! Partilha lá que nota é que tiveste à minha conta, vá.
Ah... enquanto continuares a usar palavras como neo-abjeccionismo, vais no bom caminho (desde que saibas o que elas significam...).
Como se costuma dizer, falem bem, falem mal... eu gosto é que falem de mim!


Daqui

A nossa vida é um inferno se lermos isto. [ No Rating ] 3 Ago 2009
by Carmem Mendes

Este livro com o título/tema do blog do mesmo nome é seguramente a evitar. Excepto se estivermos interessados no neo-abjeccionismo pimba e nas loucuras auto-elogiativas da autora. Este blog refere as desventuras de uma trintona na sua vida real que utiliza o blog como talho para a sua mercadoria sexual, tal como num hi5 sexual. Nele podemos ver a sua força vingativa e saber a um pormenor melindroso a ascenção e queda dos seus amores e desamores de uma forma pimba, grotesca e por certo sem avalo dos partenaires. É vísivel a estrutura pimba da personagem e dos seus gostos músicais, cénicos e de vendetta. Tem seguidores, amigas e amigos inflectiveis ou que ainda não lhe cairam na rede amorosa, rapidamente aqui se passa de bestial a besta nos seus circulos de amizade. Como a autora refere num post a falta de sexo contribui para uma existência tão amarga. A calvice, a celulite e a parvoice decerto confluem na inenarrável parvoice que é este blog que ondula ao sabor do bioritmo da jovem protagonista. Caso para dizer que é daqueles casos se a própria se morder morre envenenada. Um desapontamento visto vir de uma mulher este tipo de textos. Um blog e um livro centrado no auto-elogio, no umbigo em que nada do que se passa no mundo é aflorado com o mínimo de interesse. A evitar (que era o que eu teria feito se não estivesse a estudar para a cadeira de recensão e o meu professor me desse ideias parvas). Carmem

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Diagonóstico reservado

E diz o médico, com ar grave "Ana, sabe que não pode forçar esse braço. Eu não sei o grau da lesão. E se rasgar o tendão, eu tenho de a operar!"
Que bom! E toca de lá meter as patas e fazer mais estrago. Porque será que os dois últimos gajos que me apalparam, me magoaram à séria? Ortopedistas! Bah. A seguir, vai ser uma ressonância magnética. E nada de ter metais dentro do corpo, diz a senhora das marcações. Ok... acho que não tenho.
Então, toca de poupar o ombro direito, que está todo fanadinho. Nada de aeróbica, nada de pesos, nada de gestos bruscos... Enfim.
E logo eu que preciso tanto deste braço, para afugentar os gnus! E cada vez são mais, minha nossa. Xô... fora... baza. E eu que não sei assobiar. Xô, XÔOOOOO!