Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Copos?!? Gajas?????



Nao sei se ria se chore... A reputacao deste blog está pelas ruas da amargura!

Conselhos de amigo

Exemplos sao o que nao falta...
- Na Suíça ganha seis vezes mais do que um enfermeiro em Portugal
- Se tivesse ficado em Portugal estaria no desemprego (Estado Unidos da America)
- Com um orçamento familiar de 6.500 euros, tem a certeza de que está num dos países com melhores infra-estruturas para construir uma família (Luxemburgo)
- Por mês, obtém um rendimento de 2.700 euros líquidos fora prémios que podem ascender aos seis mil euros anuais. Londres foi a cidade escolhida por considerar ser "de longe a que tem mais oferta nessa área".

...

Tenho duas das minhas melhores amigas no desemprego há largos meses. Mais uns quantos com ordenados em atraso e outra em risco de ficar sem emprego no início do próximo ano.
E o pior é que a tendencia nao é para melhorar nos próximos tempos. Muito antes pelo contrário...

Se por um lado, fico bastante contente com a decisao que tomei há um ano e meio, por outro, nao posso deixar de estar triste e desiludida com o país que deixei para trás.

Nao que tudo sejam maravilhas mas a adaptaçao tambem nao foi dolorosa. Ninguém me espeteu agulhas nos olhos ou coisa parecida. Foi mais o choque de viver num país com uma cultura completamente diferente. Em que as diferenças se dissipam porque sao aceites, o respeito pelo próximo existe (!!!!), pagamos impostos mas sabemos onde eles sao empregues.

Tenho saudades, muitas. Da família e dos amigos, do clima e da comida. Do cafézinho a seguir ao almoço. Da conversa da treta á hora do almoço (trocada por meia hora e uma sanduiche engolida á pressa…). De viver perto do mar, dos pastéis de Belém e dos croquetes.

Mas há dias falava-se da possibilidade de voltarmos a Portugal. E ouriçaram-se-me os pelos da nuca só de pensar nisso… “Como é que é???” Nao me parece! A ser, ía ser do catano. No mau sentido. Tomam-se algumas coisas, simples, como garantidas e nao há volta a dar.

Tenho uma vidinha com níveis de stress muito baixos. Em que a pior coisa que me aconteceu esta semana foi o avariar da máquina de lavar loiça. Em Portugal tinha um rol de eventos stressantes todos os dias. Nao só pela profissao que tinha, mas pelo país em que vivia.

Uma consulta é um stress, uma reuniao é um stress, o transito é um stress, os chefes sao um stress... Enfim!
Aqui sou respeitada pelo que faco. E muito bem paga. Considerando que recebo 2,700 euros para fazer trabalho administrativo, das 8h as 5h e com a possibilidade de trabalhar em casa quando me dá jeito (um luxo!!!). E depois sao os transportes que funcionam, a saude que nao custa nada e é sempre fácil marcar consultas, a segurança que se sente, o ar que, talvez por ser mais frio, se respire muito melhor.

E posto isto, acho que quando o senhor Coelho disse aos professores no desemprego para emigrarem lhes estava a dar um conselho de amigo. Tenho apenas em prespectiva o país onde vivo, mas garanto-vos que aqui há trabalho, aqui há justiça social, aqui há políticos responsaveis (sim, existem mesmo!). E nao julguem que me iludo, pois é claro que também ha coisas más. A questao é que a proporcao é menor, logo o resultado compensa.

Agora facam-me um favor e parem de dizer ao senhor Coelho e á corja dele para emigrarem. É que a gente que aqui vive nao merece, ok?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O meu mais velho

O meu gajo anda doido para saber o que é a “prenda da família”. Encostado lá ao cantinho, por baixo da árvore, o pobre do embrulho nao está seguro. O malandro já o alpalpou, abanou, cheirou e sei lá o que mais… Perguntas, já fez ás dezenas…

É um electrodoméstico? Nao, é a pilhas, disse eu com ar de desinteressada.

É para nós nos entretermos com os putos nas noites de Inverno?! Sim, nós e mais 30!...
Esta valeu-me um olhar confuso… “Mais 30?!?!” Sim, dá para muita gente! Nós, os vizinhos e mais quem vier…

Como ele acha que é uma consola de jogos ontem perguntava-me: E jogos, compraste jogos?! E os comandos? Precisamos de 3!
De 3???? Mas nós somos 4…. Ah… entao é mesmo uma consola!!!! Naaaaa... Eu só disse que nós somos 4!

Diz lá ao mor o que é. Tá bem… é um jogo muito grande e giro, em que todos temos de escrever o que sentimos uns pelos outros, boa?
Nao!!!!

Ok. Entao pára de perguntar! Vais ter de esperar como os outros dois mais pequenos, que apesar de excitados, nao fazem metade do alarido que tu fazes.

Ah... o que é o presente? Mais uns diazinhos e já vos digo ;)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Os putos, ai os putos

Isto de trabalhar com malta nova tem muito que se lhe diga. Tirando o gajo que comanda a equipa de vendas que é dois anos mais velho que eu, todo o resto da equipa é verde. Muito verde.

O frances anda nos 22, o belga nos 23, a norueguesa nos 24, a italiana tem 26 e o alemao anda pelos 27, 28. Vai daí, como seria de esperar de malta nova e sempre pronta para brincadeira de vez em quando dá asneira.

Agora foi com o leite. A empresa tem leite para os funcionários (sim, um luxo!) e os meninos, como ainda estao todos em fase de crescimento comem cereais como se nao houvesse amanha. E claro que usam o leite que é para todos (sendo que o todos sao para ai uns 44, o que dá uma pinga de leite a cada um, mais coisa menos coisa!).

Na semana passada, deu-se uma crise monumental porque alguém se queixou que nao tinha leite para por no chá. E com isso originou-se uma cadeia de emails ao estilo apontar de dedos com respostas de um e de outro, nao fui eu, foste tu. O pior nem foi isso, por muita infantilidade que já se notava… o pior foi colocarem o desgracado do Director de Vendas no meio do chorrilho de parvoíces.

E prontos, chegou-lhe a mostarda ao nariz, meteu todos na sala de reunioes e vai de arrear forte e feio. Bando de criancas, o meu filho de 11 anos tem mais maturidade que alguns de voces e se querem leite, comprem! Parem de comportar-se como criancas mimadas e toca a trabalhar.

E saiu tudo de rabiosque entre as pernas e com grandes probabilidades de se tornarem todos alérgicos a lactose em menos de nada.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Agora todos juntos "Olá Pedro!"

Sim, porque eu sei, ele sabe, nós todos sabemos que ao assentar o traseiro na sua secretária amanhã de manhã a primeiríssima coisa a fazer é vir aqui.



Há aqui tanto material para psicanálise que não consigo resistir. E não é que tenha falta de assunto ou não goste de falar de mim, mas é tãaaaaaao giro falar dos outros. Ainda para mais quando os “outros” vêem para aqui largar postas de pescada como se soubessem do que estão a falar e se põem a jeito para análises deste tipo. Temos pena? Temos. Mas pouca!



É isso ou a vida ensinou-me que lidar com gajos como o Pedro só tem uma forma possível. À bruta.


Ora então vamos lá dissecar a posta.


Pedro... Toda a gente tem uma catrefada de Pedros na vida, certo?! Eu também. Amigos, irmão, exs, há de tudo, Mas sinceramente que dos Pedros que conheço, não estou a ver qual é este. O que me faz deduzir que, ou não é Pedro, ou não deixou lembrança. Vou mais pela última.



Trabalha na Câmara Municipal de Oeiras (ou passa lá os tempos livres) e acha que trabalha a sério. Das duas, três: não faz ponta de corno, está a recibos verdes e logo é um frustrado de primeira ou a terceira hipótese, nenhuma das anteriores, trabalha que nem um mouro e não se sente valorizado por isso. Chega ao estaminé pouco depois das 8h, toma a bica do costume e surfa na net até às 8h45 que é a hora a que chega a cabra da chefe (que conseguiu o emprego com uma granda cunha) que faz a vida negra ao departamento inteiro, principalmente ao desgraçado do Pedro. Sim, eu tenho uma imaginação muito fértil.



n é como tu que ganhavas mais de três mil euros e primavas por um absentismo recorrente” Hum… trabalhaste lá comigo, foi?! (o que é no mínimo assustador, pois isso terá sido há mais de 10 anos… e isso é muito fel acumulado rapaz!). Não consigo imaginar porque razão alguém comentaria o meu ordenado dessa forma que não esteja directamente ligado com inveja, ressabiamento, dor de corno e afins. És gajo para ganhar quanto? Uns mil euritos limpos?! Pois, isso dá cabo da auto-estima de qualquer um... Life is tough.


podias e devias a prender a relativizar algumas coisas triviais e a valorizares outras essenciais”... Mas estamos a falar do quê mesmo?! Da forma como eu me entretenho, passo os meus tempos livres, escrevo coisas no meu blog??? O que sabes tu da minha vida?! Que raio de análise fazes tu de uma lista de meia dúzia de coisas que ponho no blog? Ao que dou importância ou considero essencial na minha vida?!


Não faço corno de ideia quem sejas e muito sinceramente estou-me a cagar para isso. És apenas e não mais do que uma amostra do que anda de frustração por esse país. Mania de cagar sentenças sem saber do que se fala, disparar a tudo o que mexe sem distinção. Ai escreves num blog? Deves ter a mania! Ai falas da tua vida? Deves ser muito triste! Emigraste? És uma desgraçada! Ai és feliz? Isso chateia! And so on and so on...



O que é que eu te fiz? Escarrapachei que vens aqui todos os dias as 8h da manhã? E?!?! É verdade, certo?! E interesse na minha vida?! Com certeza que não tens nenhum. Mas isso é um tanto ou quanto incoerente com a assiduidade com que aqui vens. Ou então sou eu que estou a ver coisa do prisma errado. Este blog SÓ fala da minha vida, pelo que não vejo outro propósito em vir aqui que não seja saber da MINHA vida.


É isso ou ignorei-te descaradamente em alguma fase da minha vida em que passaste completamente despercebido. Ai, eu sou uma peste mesmo!!!


Nuvens… nuvens… Sim, há muitas por aqui, mas não é no meu sotão. No meu sotãoo o sol brilha e os baús dos fantasmas estão todos abertos para eles poderem ir à sua vidinha descansados (hint, hint!).


Ácida, eu?! Mas de onde é que tu tiraste essa ideia rapaz?! Fónix, eu sou um doce! Tão, mas tão doce que até enjoa! Tem dias que não me aguento de tão doce que sou. Não, hoje não é um desses dias.

Mas é em dias com este em que dou graças a Deus Nosso Senhor por ter emigrado e deixado para trás um bando de gentinha como tu. Isso e não pagar impostos nesse país. E não ser munícipe em Oeiras. Mal empregada contribuição autárquica.


Agora vai lá por uns carimbos numas certidões ou fazer o que quer que seja que tu fazes aí na Câmara e larga a net e coisas que os municípes nao te pagam para fazer no horário de trabalho.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eles andem aí...

wc em zinza deve ser do sotaque do Norte…

prendas de natal em croche – pode ser que se arrange

mais valias do tlm – tirar fotos, acesso á internet, escrever no blog… ah e fazer chamadas. O meu, claro!

a mulher do meu irmão é o que minha cunhada? – e por aí, sim

trintonas do hi5 – nao deve ser comigo que, apesar de trintona, nao entro no hi5 há seculos

papel de parede para pc anjos asas – aqui?! Anjos?! naaaaaa

imagens de cavalos castanhos – já houve cavalgaduras por aqui, mas fugiram todos.

barriga pequena 6 meses – a malta aqui tem barriga, mas é resultado de muita comidinha boa, nao dessas coisas...

kamasutra a tres – badalhocos!!!!


é isso e alguém que anda a entreter-se a pesquisar o nome de uma amiga minha e já veio aqui parar duas vezes. Nao é bonito!

E o outro (ou outra!) que trabalha na Camara de Oeiras e entra aqui religiosamente todo-o-santo-dia as 8h30 da manha! Pelo menos pega ao servico a horas!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Vou fazer uma revolução!

Entre a máquina de costura e uma carrada (literalmente,uma carrada) de meias e cuecas para dobrar dou por mim a pensar porque é que toda a gente lá em casa usa meias pretas. É que dificulta, e bem a tarefa. Ora os miúdos tem desculpa, o uniforme da escola pede meias pretas, azuis ou cinzentas escuras. O gajo crescido é porque gosta e porque toda a gente que lhe oferece meias pelo Natal (mãe e sogra) as compram pretas ou pretas. Sobro eu, que também gosto de meias pretas. Vai daí, quando é para as irmanar é o cargo dos trabalhos. E pelos tamanhos já nao me safo pois os putos estão a crescer de uma maneira assustadora e as meias deles já me servem…. E então é ver-me a praguejar e a mal dizer a vidinha enquanto confiro o cos das meias, o comprimento, o toque… Sim, porque a única a ajudar é a princesa que tem uns pares de meias com bolinhas coloridas na sola.
E depois vem o cara…ças do ferro. Filho de uma grandessíma meretriz que precisa de mim para fazer o trabalhinho todo. Ou não fosse gajo – “o” ferro. E bute lá passar camisas e uniformes e cara alegre que para a semana há mais… Que estafa.
Ah… e o gajo que disse que arrumava a cozinha porque ficava a trabalhar em casa, arrumou tanto como os gnomos do jardim. Sobrou para quem? Esta-se mesmo a ver, né?
Estou prestes a fazer uma revolução, a queimar uns soutiens na mesa da cozinha, a por a mão na cinta e a subir no belo do tamanco! Ou me ajudam ou vai tudo numa fona com puxoes de orelhas de brinde.
Os putos ou arrumam a roupa que eu engomei e dobrei ou nao veem televisão. O marmanjo que me atura, ou começa a descolar a bunda do sofá mais que uma vez por semana ou sabe bem o que lhe calha.
Está dito! A mulher a dias lá de casa vai entrar de greve se não houver colaboração de todas as partes. É isso ou contrata-se uma á séria. Gorda, velha e desdentada, que as polacas são giras nas horas e periiiiiiigosas.
É que isto ou há moralidade ou comem todos!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Viver num país civilizado não contribui para a minha veia literária

Parece que me falta o fel para escrever bem. O ser contrariada, o correrem-me mal os dias. Ter gente a atazanar-me o juízo e a encher-me os pacovares

Mas convenhamos , viver num país civilizado não ajuda. Senão, vejamos.

A miúda anda numa escola 5 estrelas. Quanto pago? £ 1,90 por dia. Nem um penny a mais. E épara o almoco, onde tem 3 (tres!!!!) opcoes diferentes todos os dias. E coisas que os miúdos gostam, como salsichas, pizza, bolonhesa e fish fingers. Tal e qual como na escola de Alcantara… rancho e peixe cozido… Right! Veste uns uniformes todos catitas…. Comprados no Tesco (o Continente cá do burgo). Material escolar? Nicles batatóides! Se bem me lembro do último ano em Tugaland, poupo mais de 100€ por ano entre canetas de feltro, lápis de cor e de cera, tubos de cola UHU, resmas de papel, dossiers de lombada larga, cadernos diários pautados e quadriculados.

Leva o lápis e a borracha porque QUER. A escola fornece absolutamente TUDO. Ah… e já disse que não há manuais? Pois, não há.

Depois… depois tenho um trabalhito catita. Básico, é certo. Mas catita. Pagam-me o dobro do que recebia em Portugal e com vários benefícios. Trabalho das 8h ás 5h. Não levo com chefes rabugentos, não me gritam ou embirram porque lhes apetece, não chateiam só porque podem. Ao invés disso, pedem-me por favor e perguntam-me se não me importo (tipo “por obséquio, podes fazer aquilo que te pagam para fazeres?").

Não há cá malta que conseguiu o emprego com uma grande cunha encostada ao partido. Todos trabalham, todos dão o seu melhor. Há com certeza excepcoes que, com o tempo, destoam e vão á vidinha. Não há espaco para rocar a micose e fazer pouco do patrão.

Mais? Quando preciso de uma consulta, marco por telefone e normalmente tenho-a na mesma semana. Se for urgente, no próprio dia. Os comboios são caros? São, mas se se atrasam fazem desconto no preco do bilhete. Há subsidios para tudo e mais alguma coisa e são controlados assiduamente para que não haja abarbatancos. E quando os há e são descobertos, pagam tudo o que receberam indevidamente e ainda arriscam cadeia e deportacão (se forem estrangeiros).

E pronto. Viver num país civilizado nao contribui em nada para a minha veia literária.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Homenagem ao Meu Maestro

No próximo dia 5 de Novembro, em Lisboa, vai haver um jantar de homenagem ao antigo maestro do coro da Igreja da Boa Hora, onde eu andei.

Com muuuuuuuita pena minha, nao vou lá estar. Mas a querida da Cristina P. pediu-me para escrever alguma coisa para ser lido no jantar.

E de modos que é isto. Tenho uma pena enorme de nao estar lá e dar-lhe uma granda beijoca na careca!




Corria o ano de 81... (há 30 anos, portanto!) Usavamos camisolas de gola alta e calcas de fazenda que picavam, com joelheiras. Nao foi um bom ano em termos de moda!



Eu teria os meus 6 anitos quando disse á minha mae que queria ir cantar com os meninos no coro da Missa das 5h30. Eu que ainda mal sabia ler, lá fui para o meio deles, logo adoptada pela Paula (nao me lembro do sobrenome). Os mais velhos tomavam conta dos mais novos. Havia uma hierarquia implicita cujo o topo era fila de trás. Levou uns anitos, mas cheguei lá.



Ao meu lado calhou o bom do António M. e a amizade ainda dura. Enquanto nao aprendi a ler entretia-me a comer os cantos do canticos e a falar desmensuradamente nas homílias do Padre Zé. Perdeu-se a conta as vezes que nos mandaram calar e nos separaram uns dos outros.



Os solos da Cristina Piedade punham toda a gente em sentido. Com a Susana C., a Cristina P., a Sandra N., a Ana Q., a Sofia R. (e mais uns quantos de que nao me lembro) pode dizer-se que era um coro de peso. O Nuno M. ao acordeao partia os coracoes de umas quantas meninas (nao vou dizer nomes!)



Vinha gente de proposito á Missa para nos ouvir! E no nosso palmo e meio de altura, cresciamos um bocadinho com o orgulho. E fomos á Se cantar no concurso de coros e fomos ao Páteo Alfacinha cantar no baptizado daquele menino vestido de veludo e que chegou numa carruagem (á filme mesmo).



Para nos meter na ordem, o pulso firme, a boa disposicao e as carradas de paciencia do Mário Q.. E eramos giros e afinados, com muito ensaio e sobretudo muita dedicacao do nosso mentor. Ainda me lembro como ele nos fazia repetir as mesmas coisas várias vezes ate que achava que estavam bem. E nos ensaios das leituras, fazia-nos dizer uma palavra complicada 10 vezes ate acertarmos.



Os desafinancos eram levados como simplicidade, com um motivador “nao foi assim tao mal” e os duetos da “ Paz vai correndo como um rio” foram tantos que ainda sei a letra (e o tom!) de cor. E nao e que as vezes dou por mim a cantar essas musicas?! E nao consigo deixar de sorrir com as lembrancas que isso me tras. Tempos bons, cheios de alegria.



Se aquele coro foi o que foi, muito se deveu á forca de vontade de quem o ensaiava. Nao só a Missa ficava mais fácil de levar daquele lado, comos os lacos e amizades aí contruidas eram coisas para durar uma vida inteira.



Tenho a certeza que nunca gostei tanto de fazer parte de um grupo como do Coro das 5h30. Foram anos que deixaram muitas saudades mas em contrapartida as recordacoes desses tempos nunca serao esquecidas.



A todos os fizeram parte daquele coro, um bem hajam!



Ao Mario Q., pela paciencia e dedicacao e pelas belas recordacoes que me proporcionou um beijo do tamanho do mundo com muitas saudades!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Saudades de me ler

Enviei-lhe um texto com mais de 4 anos. Respondeu que gostou de me (re)ler. Á noite disse-me que já nao se lembrava que eu sabia escrever assim. Nem eu, nem eu...
Após uns minutos de (psic)análise, lá concluí que uma das razoes para escrever bem é ser infeliz. Os meus melhores textos foram escritos de coracao partido, alma ferida e muito choro. As minhas melhores pecas de bijuteria foram feitas em estados de profunda tristeza.
Mas ele tem saudades de me ler e eu ainda mais de escrever. Será que nao saí nada de jeito porque sou uma gaja feliz? Tretas! Vamos lá tratar disso.
Nao que tenha saudades da exposicao que isso me tráz (pronto, só um bocadinho!) nem dos acólitos anónimos que para aqui veem cagar sentencas.
Mas gosto da análise que me fazem, quase sempre errada. Ego grande, sim. Mania que sou mais que os outros, so quando os outros sao muita poucoxinho. Mal resolvida, nao. Encalhada, já lá vai o tempo... Com fantasmas no sotao, como toda a gente, mas já lhes dei mais importancia.
E gosto quando tentam perceber-me, como se isso fosse uma coisa simples. Nem eu me entendo! Mas gosto quando tentam, sinceramente!

Ah... e tambem gosto que me leiam. Fazer o quê?... eu gosto de atencao.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Era o quê mesmo?

As coisas que veem aqui parar...

Sobrinha emprestada - tenho umas quantas:)

Casas de banho públicas pub - e faz-se pub a isso?

Chamar alguém de bijuzinho - trás água no bico, de certezinha!

Cores da minha vida - muuuuuuitas

Sr. Google, o que sao castanhas piladas? - este(a) deve achar que se for bem educado o Google responde melhor!

Vintage marketing - isso existe?

Póneis em Aveiro - há póneis em Aveiro?

Acróstico de dislexia - úati?!

Gostas de tinta - tem dias



New kind of marketing (either that or the guy was crazy!)

My mobile rings. Normally I don’t answer calls while at work, but this time I did.

The nice guy on the other side is from Santander and wants me to buy an insurance policy. If he had call last year I wouldn’t even let him try to speak. But a year in this country made me more polite and understanding so I let him go for it.

As he describes the wonders of all the covers, 24h and all over the year I can’t stop thinking... keep talking, I’m so definitely not buying it.

All of a sudden he starts stating the compensation amounts for different injuries. “Please notice Ms Leal, you will receive £ 4,000 in the loss of a finger, £ 10,000 in the loss of a limb and £ 40,000 in the loss of your sight!!!”.... Hey! I didn’t ask that!!!! I really don’t wanna know that, ok????

And he kept going ... “And you know what? Your family can get up to £ 400,000 if you die, to help them on such a hard time!!!”

The surprise in his voice when I told him “Not interested!”??? Astonishing!!

What putted you off?!Oh, I don’t know... maybe your absolute lack of sensitivity???

Is this a new kind of marketing that I was completely unaware of?

Wow... Just give me a few moments while I go and cut one of my fingers off, ok? I’ll be back soon.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Amanha é passagem de ano?!

2 meses certinhos para o dia de Natal. O ano nao passou, eclipsou-se. Galopou feito maluco em direcao ao fim e nao é que já estamos quase lá?!

Comeca aquela altura do ano em que é preciso fazer listas, ver quem falta, tratar dos postais (sim, que eu continuo a mandar postais... pelo menos de Natal. E personalizados) ver quem vem, quem fica. Ah e as encomendas. Porque isto de ser emigra tem muito que se lhe diga.

Mas para onde raio é que o ano fugiu?!

Hum, acho que se escapou por entre duas idas a Portugal, dois fins-de-semana a acampar, uma meia dúzia de piqueniques, uma ida a um parque aquático, umas voltinhas por Londres e Windsor (e o “s” le-se “z” para quem nao sabe) uma passagem fantástica por New York e Washington, um par de festas de anos e .. e pronto, aí está o ano feito! Menos mal... sempre fizemos umas coisitas dele.

Vai ser o meu Segundo Natal em terras de Sua Magestade. No ano passado tivémos neve uns dias antes do Natal e este ano acho que vamos pelo mesmo caminho.

Ai... e o que eu gusto do Natal?! Sem sarcasmo, juro! Gosto mesmo. Os cheiros, o frio, as decoracoes, as bochechas coradas... ah... e o boxing day! Dia 26 de Dezembro é dia de ir aos saldos. E eu que pensava que o nome do dia (boxing) estava directamente relacionado com as cenas de pugilato que as gajas fazem para agarrar as melhores pechinchas... Nao, parece que tem a ver com os presentes, que vinham em caixas, parece (acho eu).

E já so faltam dois mesitos. A ser como o resto do ano, amanha acordo e já é passagem de ano.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

No que diz respeito à marrada na prateleira da despensa.


Sou uma desajeitada do camandro. E o pior é que a minha herdeira já me segue os passos. Ou não tivesse há dias deixado cair uma sapatilha na sanita, quando trocava de roupa para ginástica.

Ele é deixar cair o ferro de engomar porque errei o descanso, meter as mãos ao tabuleiro que tiro do forno, esmurrar-me enquanto ajeito a gola do casaco, acertar com auscultador no olho quando atendo o telefone, entornar tudo (e mais alguma coisa) que é passível de ser entornado, enfiar o olho no botão do aquecimento de parede (com tanta força que quase se lía "Vulcano" no sobrolho)...

Sou mais desastrada que os dois miúdos juntos. Não há nada a fazer. Como diz o meu gajo quando faço mais uma "that's just Flora being Flora!".

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

É sempre uma porra!

30 e poucos anos, uma guerra perdida logo ‘a partida e uma puta de uma doenca que nao poupa nada.

Tinha o nome da minha mae e eu quando a conheci armei-me em engracadinha e chamei-lhe “mae”. Ela achou piada. Do pouco que conheci dela, parecia uma miuda simples, bem disposta, correcta.

Fico com uma sensacao de revolta! Nao teve filhos, nao viveu a vida, nao pintou a manta, nao saboreou aquilo que toda a gente devia ter direito a saborear. Nao teve tempo. Triste tambem, nao chegou a fazer escritura da casa que lhe calhou no sorteio há 5 anos atrás. Tanto tempo á espera que deu tempo para morrer!

Ninguem devia de poder morrer com 30 e poucos anos! Nao devia ser permitido. É sempre uma porra.

O espreguicar.

Nota: Leia-se "espreguissar" que aquilo que aqui chamam de keyboard nao sabe o que sao cedilhas. Nem no "c" nem em porra nenhuma.

O pessoal aqui espreguica-se por dá cá aquela palha e sem qualquer tipo de pudor. E’ ve-los a espreguicar-se no comboio, no meio da rua no escritorio... wherever. E a unica parvalhona que ainda se espanta e fica especada a olhar... sou eu.

E nao há cá desculpas a apontar para o ceu, tipo “olha o aviao” enquanto o fazem. E’ mesmo á bruta, com uma displicencia descarada e um á vontade que eu ainda nao consigo ter.

E’ isso e tirar os sapatos no escritorio. E’ pá e’ uma cena que me transcende. Virem-me perguntar pela factura xpto e quando lhe olho para as patas... “entao e os sapatos man? Andas aqui com as patunfas de fora, so de meinhas??? Que cena mais panisgas!” E depois... depois dou-me conta que nao e’ so’ ele... sao mais uns quantos. Tudo descalcito, so de meia no pe’ a passearem-se pelo escritorio. Hum... nao sera isto um health & safety issue?

E posto isto, mais uns tempinhos, nao muitos pelas minhas contas, e vou ser eu a espreguicar-me em publico á maluca mesmo! Essa cena de tirar os sapatos e’ que já acho que e’ demais... tipo cabare’ da coxa. E a malta sabe que eu nao sou dada a essas coisas.

Culturas...

* esta posta foi escrita sem acordo nenhum pois este teclado e' bife e desconhece as maravilhas da acentuacao. Facam entao o favor de imaginar as cedilhas, os graves e os esdruxulos. Ah as ondinhas nos aos e aes tambem. A gerencia agradece.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A bem da verdade (ai que fixe, eles estao de volta!!!)


E quando uma pessoa pensa que eles estao mortos e enterrados, eis que eles surgem tipo assombracao.

Entao parece que a casa foi ganha a custa do meu ex Mafioso e corrupto. Humm... Este gajo (ou gaja!) sabe umas coisas. Muito haveria para dizer sobre o asunto... se fosse verdade!

Aquilo que me espanta nem e’ o comentário em si. Raciocinem lá comigo (ai, as saudadinhas que eu tinha disto, porra!) O meu blog nao e’ actuializado há seculos, certo? Certo! Nao escrevo nada de jeito há meses a fio, correcto? Correcto! Logo, isto tem de ser alguem que anda com muito pouco que fazer, uma vidinha do mais triste que pode haver, para andar a seguir o meu blog que tem mais teias de areia que um sotao.

Ora, ando eu aqui toda feliz da vida (desculpem lá qualquer coisa, sim?) para virem marrar comigo por causa da casa??? Nao que tenha de dar satisfacoes a ninguem, mas o concurso foi publico e o meu nome foi escolhido por um computador. E se há coisa de que eu teria memoria, seria ter-me enrolado com um computador. IT guys ainda vá que nao vá, agora, computadores nao!!!

Agora vai lá enfiar-te no buraquito de onde saiste so para vir aqui comentar. A menina emigrou, está feliz da vida com aquilo que tem e tem bem mais do que fazer do que alimentar egos feridos de alguem que muito provalmente levou uma tampa há uns anitos atrás. Ah... se foi ao contrário, eu estou curada, tu e’ que parece que nao.

Aqui nao há divertimento 'a bruta

Ok, reconheco... isto nao tem metade da piada que o ambiente dos Centros Comerciais. Nao há clientes loucos a entrar pela porta do gabinete (ate' porque trabalho em open space) Nao há cleaning sisters avariadas da mona, segurancas metidos a artistas, assistentes desvairadas (mas giras!) lojistas armadas aos cucos.

Mas tambem há uns estarolas.

Ora vejamos... há aquele que passa a vida a comer cenouras, o que tem sempre a gaveta cheia de Jelly Beans, nao vá o stock falhar (e nao falha!), o que parece o Super Homem (parece meeeeeesmo!) com sotaque frances e aqueles com nomes impronunciáveis e sobrenomes que eu sinceramente, já desisti de conseguir dizer correctamente. Agora entrou mais um que mete uma carrada de Ps e Chs com Ks pelo meio. Impossivel.

Ah e quando me chateiam que eu nao digo bem um nome, eu sei bem desarmá-los: “diz lá Magalhaes! Vá... diz lá!” e e’ ve-los contorcer a lingua, engasgarem-se, babarem-se... enfim! E’ uma falha como outra qualquer. Os “lhes” sao-lhes inatingiveis.
Depois... há os clientes “estranhos” que mandam emails a contar a vidinha toda, como aquele que escreveu a toda a gente a dizer que tinha 3 filhas, idades incluidas (talvez estivesse a tentar arranjar casamento...) ou o outro que disse que agora já nao podia ser nada, tinha de cancelar o negocio porque a namorada tinha terminado com ele – too much information.

Tambem há malta muita marada, que diz palavroes a toda a hora e parece saida de um combate de wrestling... Com roupa descosida, cabelo mal amanhado e olheiras de quem nao dorme decentemente há um par de dias.

E depois... depois há os festejos. Esta porra e' uma festa pegada, nao ha' dia que nao haja bolo, chocolates, muffins, sausage rolls, profiteroles, mais chocolates e mais bolo. Ou há-de ser o dia de anos deles, ou da filha, da mulher, do enteado, do porteiro, do papagaio.... Todos os dias há merda para me estragar a porra da dieta. E que nao se limitam a trazer e a por na cozinha. Ele e’ emails a dizer ‘a malta o que trouxeram, ele e’ pancadinhas nas costas a perguntar se já provaste, ele e’ o meu chefe histerico a gritar no meio do open space “Guys, there's cake in the kitchen!! CA-KE do you hear me????” (too much sugar, definitely).

Sim, ouvimos. Já lá vou castigar-me um bocadinho, ok?

Ah... já me ia esquecendo. Todas as 6as feiras o frigorifico e’ limpo. Coisas de malta asseada. Vai dai na semana passada descobriu-se que alguem aqui e’ muito dado a experiencias. Parace que um dos sacos que foi direitinho para o lixo era uma nova estirpe de antibiotico em potencia, tal a camada de bulor.

Sim, a malta diverte-se. Nao e’ e' ‘a bruta.

(sim, eu sei... aquilo nao sao acentos sao apostrofos... mas e' o que ha' ca'!)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Morrer na praia

Há decisoes que sao difíceis de tomar como o c...aracas! Mas depois de tomadas, já nao há muito a fazer. Meia bola e forca, siga em frente que atrás vem gente e toda a espécie de coisas que dizemos de nós para nós para parecer que está tudo bem.
Mas bem nao está! Nao que esteja tudo mal... mas bem nao está....

Nao que fosse a casa dos meus sonhos, mas sonhei muitas vezes com ela. Tinha planos, ideias, coisas e mais coisas... que agora ficam por terra. Nao tinha outra escolha e quando nao há nada a fazer, está tudo feito.

Custou-me bastante. Agora tenho de apagar as fotos, varrer a imagem da mente, esborratar a vista do Tejo e pensar "Está poluído mesmo!" (nao me ocorre mais nada para manchar aquela beleza de vista...)

E pronto! Foi-se. Nao há mais casa com vista para o Tejo, terraco de fazer inveja e tudo decorado por moi meme!

Agora é juntar uns trocos e ver se conseguimos mudar para a nossa casa para o ano. Essa sim, uma Senhora Casa! Mas nao vou pensar muito nisso, nao vá a sorte pregar-me mais uma partida e demorar mais 5 anos e vai na volta, morro na praia outra vez.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Velha infância


Aos poucos dou-me conta que a minha escrita está toda esmangaritada. E o reles do corrector deste androide não ajuda, ao mudar palavras como 'fala' para 'galaxy'... e como escrevo na bisga, nem olho e o resultado não é bonito. Pareço um paquistanês a escrever russo. Enfim (que esta treta corrigiu para 'enfio'. Mas enfio o quê, caraças? - não, não fez sugestões para corrigir o 'caraças'!).

Estamos em Junho e ainda não se dá pelo calor. Pelo menos por aqui.

Mas não me importo. Só na semana passada reencontrei uma amiga de infância, outra de liceu e mais uma que não vejo há 15 anos. As maravilhas do Facebook.

E as trocas de email com a minha velha infância são de-li-cio-sas! A minha filhota tem o mesmo nome que ela. Um dos meninos dela tem o nome do meu pai. Fomos colegas de berço, as nossas mães andaram grávidas juntas e apenas temos um dia de diferença (eu sou a mais velha).

E sabe bem... e a vida corre. Feliz e quente.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Oh happy days!


Anda aqui uma cena a roer-me... eu sei que isto vai soar muito mal, mas que se lixe! Ora entao o meu país à beira mar plantado vai a escrutínio. E eu não consigo evitar este sentimento de "I'm soooooo glad I'm not there!".

Sim, não é bonito. Mas é sincero. Não fosse pela familia, os amigos, as queijadas de Sintra e os pastéis de Belém, por mim, bem podiam deitar fogo à desgraca em que esse (pretenso) país se tornou. Ou fazer-lhe um remake de Vila Real a Castro Marim e construir um parque temático. Construcoes na areia, barquinhos dentro de garrafas, esculturas em rolhas de cortiça e monumentos em açucar. Somos muito bons em coisas que não servem, literalmente, para nada.

Não invejo a sorte do tuga. E não invejo o seu futuro, que se adivinha triste.

Por isso, repito, dou-me por feliz por não estar em Portugal a 5 de Junho e ter de escolher entre corruptos experientes e falcatruistas in the making.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Agenda de férias


A quem possa interessar... chegada a 21 a Portimão, onde ficamos até 26. Já temos planos para 27, 29 e 30. Aceitam-se marcações para 28 numa base de "ganha quem marcar primeiro" (ou quem pagar mais).

Não temos mais espaço nas malas, por isso escusam de pedir souvenirs. Quanto muito, arranjam-se uns magnets para o frigorifico ou uns porta-chaves manhosos da Pound Land. Mas só se pedirem muito.

Está quase... venha o sol, o matar das saudades, o queijo fresco e o belo do cozido à portuga!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bits


Trabalho a entrar nos eixos. Férias daqui a 15 dias certinhos. Já nos estou a ver na praia! E depois... por a escrita em dia, apurar às ultimas cusquices e matar saudades dos sobrinhos todos (os de sangue e os emprestados). Pelo meio, um jantar de anos já na calha.

E como a cabeça já não vai para nova e eu sempre gostei de listas, o meu caderninho de bolso já leva 3 páginas de coisas absolutamente imprescindiveis para enfiar na mala. Com tanto gaiato a quem tenho de levar ovos da Páscoa, ainda estou para ver onde vou enfiar o raio das canecas com a tromba das majestades. Enfim... indo a chanata e a t-shirt, 'tá-se bem. Ai.... Que tenho de ir, senao vou parar a Oxford, o que não dava jeitinho nenhum!

Bits


Trabalho a entrar nos eixos. Férias daqui a 15 dias certinhos. Já nos estou a ver na praia! E depois... por a escrita em dia, apurar às ultimas cusquices e matar saudades dos sobrinhos todos (os de sangue e os emprestados). Pelo meio, um jantar de anos já na calha.

E como a cabeça já não vai para nova e eu sempre gostei de listas, o meu caderninho de bolso já leva 3 páginas de coisas absolutamente imprescindiveis para enfiar na mala. Com tanto gaiato a quem tenho de levar ovos da Páscoa, ainda estou para ver onde vou enfiar o raio das canecas com a tromba das majestades. Enfim... indo a chanata e a t-shirt, 'tá-se bem. Ai.... Que tenho de ir, senao vou parar a Oxford, o que não dava jeitinho nenhum!

quarta-feira, 16 de março de 2011

As coisas que o meu gajo diz antes de adormecer (com explicacao e tudo!)

Podre de sono, o meu gajo diz as coisas mais incriveis. E o mais divertido e' que se eu lhe pergunto sobre o que e' que ele esta a falar ele sai-se com respostas que contado ninguem acredita. Tudo em estado estou-a-falar-a-dormir-nao-ligues.

Triangulos de droga

Hum?! "Es tu que os vendes (!!!)E abrem-se assim: 1, 2,3" enquanto gesticula no ar. A mim parece-me que estas a falar de triangulos de queijo The Laughing Cow...

No Natal andavas escondida

What?! "Nao era Natal, era dia 29 e andavas atras das portas, escondida e a dizer que tinha de haver misterio"... no comments, you're funny in the head.

Essas tem etiqueta dos nazis

???? "Andavas a escolher botas e eu disse-te que essas nao que tem etiqueta dos nazis e e' melhor nao que eles podem vir atras de nos." (ves o Valkyrie e depois e' isto...).



Quanto a mim... das ultimas vezes que fui apanhada a falar a dormir, balbuciei coisas como "e' assim que testamos as maquinas no Pingo Doce" e "nao chovas mais no meu caderno".


Moral da historia: estamos bem um para o outro:)

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Xica vai para Africa

E se alguem me disser que este mundo e' pequeno... eu respondo: e' nada... e' uma cama grande!!!

Ora entao o pai da crianca veio visitar a malta (falha minha, esqueci-me de contar!) e trouxe a namorada nova. Ate' aqui, nada de novo, sendo de ressalvar que o bicho anda sempre mais calminho quando tem gaija...

A rapariga, com bom aspecto, lavada e arranjadinha, educada como se quer, nem era das piorzinhas com que ja' vi a criatura.

Na despedida, ele com ar de gozo diz-me "a Xica (vamos chamar-lhe "Xica" ok?)conhece-te!!"

Hum?! Conhece-me de onde?! Respondi enquanto lhe tirava as medidas e pensava que nunca a tinha visto mais gorda... Ou e' o Alzheimer a atacar ou entao e' mais uma daquelas que passava despercebida.

"Andamos 'a escola juntas!!!" diz a Xica com um sorriso rasgado... Tao lindo!

Andamos??? Onde??? Ai, desculpe que nao me lembro nada de si. E' que a sua cara nao me diz mesmo nada...

"Mas a Xica lembra-se muito bem de ti!" diz o outro todo contente.
E eu com uma vontadinha de dizer "Pois fofo, mas eu sou EU, ne'?!?" mas pronto, la' me mordi e nao disse (que isto de viver num pais civilizado faz muito pela nossa postura).

A coisa ficava por aqui. Mas nao. Mesmo a quilometros de distancia, enfiada numa ilha e desarredada das cusquices customeiras que estas coisas provocam, vem-me tudo bater 'a porta.

A boa da minha mummy vai ao Jumbo, encontra uma antiga colega que tem uma filha que trabalha com quem? Com a namorada do outro, pois!

E sem que a minha mummy tenha aberto a boca, a senhora desbronca-se toda com a vida da outra, que se vai embora para as africas com o amante (que deve ser lindo e rico, dizia ela) e o marido (sim, a Xica e' casada) que tambem foi colega da minha mummy (sim, eu sei... parece mentira) esta pior que estragado e escarrapachou a historia toda no facebook...

Moral da historia... nao faco ideia... mas gostava de ser amiga do gajo no facebook.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

You're kidding, right?!

Ai… não sei se ria, se chore… Recebo um mail de um colega no meu former empregador tuga a perguntar and I quote: “Desculpa estar a incomodar-te mas a XXXXX está me a perguntar quanto dinheiro é que deixas-te relativo à Caixa de XXXX.”

Humm.... ora bem: eu saí da empresa a 30 de Julho de 2010. O que perfaz, à data de hoje, exactamente 5 meses e 21 dias. Também sei perfeitamente que deixei tudo direitinho, entregue a quem de direito, mais listas e emails para tudo quanto foi lado.

Apetece-me abardinar e responder do estilo: Lembro-me como se fosse hoje. Eram exactamente 195 Euros e 97 cêntimos, que passo a descrever: três notas de 50 euros, mais duas de 20, uma de cinco, uma moeda de dois euros e 97 lindas moedinhas de um cêntimo.

Boa?!?

E AGORA QUASE 6 MESES DEPOIS É QUE SE LEMBRAM DE PERGUNTAR? Por estas (e por outras, como um borracho de gajo, alto e espadaúdo, que teve muito peso na decisão) é que eu saí de Portugal. Não me lixem…

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Life around here

7 da tarde. Já estou em casa há mais de meia hora. Mummy e Xadascas vêm as notícias e a pequena faz desenhos no quarto. Daqui a pouco faço o jantar. Sim, eu agora cozinho quase todos os dias. Normalmente, sai bem. Às vezes... nem por isso.
5 meses e meio. Saudades, tenho dos amigos e da família. Falta, não sinto do País. O tempo, que enche a boca de tanta gente, não me chateia assim tanto. O dia em que senti mais frio, 26 de Dezembro, estavam -10 graus. Custou, mas passou-se. Neve? Tivemos um nevãozito antes do Natal. Nada demais. Mas é melhor não falar muito, que ainda agora o Inverno começou...
3 "empregos". Primeiro a testar jogos para a PlayStation num ambiente fantástico. Durou 3 meses e deixou saudades. Não pelo trabalho em si, mas pelas pessoas que conheci. Além de alguns tugas, haviam espanhóis, italianos, holandeses, polacos, turcos, russos, alemães, gregos... Foi giríssimo!
Depois uma semaninha numa empresa de telemarketing, a ligar para empresas portuguesas. Confirmar moradas, números de telefone, emails... Não deixou saudades. Foi só uma semana e levar com respostas do tipo "Eu sei lá o código postal da empresa! Eu não escrevo para aqui, não é?!?" não é bem a minha praia.
Agora, sou Office Administrator numa empresa que não me deixa escrever o seu nome nestes meandros. Americanices. Mas estou a adorar.
Já no primeiro emprego foi um bocadinho assim. É tudo TÃO diferente que assusta. Perguntam-me tantas vezes se estou bem, se há problemas, se me importo, que até duvido se estou ali para trabalhar ou para ser apaparicada.
Dizem-me que é assim mesmo. Que é asssim que se trabalha aqui. E eu AMO!
E não é só no trabalho que é diferente. Tive de me habituar a dizer "obrigada" ao motorista sempre que saio do autocarro. Simplesmente, é um hábito que os portugueses não têm. E aqui, TODA a gente o faz.
A educação e simpatia das pessoas, do supermercado aos serviços públicos (que não têm comparação possível com os portugueses...) é uma constante.
Ok, ok. Também há gente insuportável e malcriada. Não é é tanta!
Quanto ao resto, a pequena já corrige o sotaque sul-africano da avô e ensina-me palavras novas a mim.
O Xadascas engorda com os meus cozinhados (digo eu) dá-me na cabeça sempre que mereço e mima-me até à espinha. Já o nosso mais novo (o meu "little fellow") chama-me "mama", pede cuddles a toda hora e tem um fetiche por soprar na minha barriga...
Ena... ainda sei escrever na língua de Camões!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

I´m coming back...

Devarinho, não digo que volte ao frenesim dos velhos tempos, mas definivamente que vai haver novidades. Me aguardem!