Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Tudo de bom

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter sempre um ombro amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade

2009

Quero fazer uma coisa que nunca consegui.

Viver um dia de cada vez.

Sem planos, sem dados adquiridos, sem promessas, sem falsas esperanças.

Apenas com saúde, rodeada pelos que me são queridos e indispensáveis.

Não vai ser fácil. Mas eu quero tentar!

Para todos, que 2009 seja fantástico!

...

Recomeçou a chorar quando me viu. Um choro contido, controlado, atrofiado pelos calmantes que a fizeram tomar.
Dei-lhe um abraço apertado. Alguém lhe segurava numa mão. Fiquei um bocadinho ao seu lado, sem dizer nada, apenas a passar-lhe a mão pelas costas, enquanto a olhava.
"Até um filhinho me levam!" disse-me baixinho. Confortei-a de uma forma inútil, estúpida até. Mas é a única que conheço. "Tem de ter força, muita força".
"Eu não sei onde tenho mais força."
Ao vê-la ali, viva, de pé, admirei-a. Depois de ter tido um ano desastroso em que tirou um peito, fez e continua a fazer quimioterapia e em que, no dia a seguir ao Natal, perdeu uma filha de 31 anos num acidente, continua de pé.
Resta-lhe uma neta, de 3 meses, orfã de mãe. Que sobreviveu ao acidente sem um único arranhão. Será a ela que irá certamente buscar a força de que tanto precisa.
Despedi-me dela com dois beijos. E não lhe consegui desejar um Bom Ano. Pareceu estranho dizê-lo.

Admiro-a. E com esta admiração sinto uma tristeza profunda pela sua desgraça.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O que estava no sapatinho

Agora que já anda tudo a fazer contas ao ano, que vai acabar amanhã e coiso e tal e tal e coiso, apetece-me falar das prendas que recebi.
Boa? Não querem saber?! E eu ralada! Ando com um mau feitio do c@r@lhinho... Quem quer, quer, quem não quer vá andando, que o que não deve faltar por aí são gajas fáceis e bem dispostas, de cremalheira sorridente e conversa fútil.
E agora pensam vocês "mas o que é que ela tem?". Eu??? Nada! Tenho um feitio de merda, é o que é:-)

Depois de uma entrada totalmente despropositada (é o costume!) vamos andando... As prendas.

De facto, é muito bom ter amigos que nos conhecem e sabem do que gostamos.
Esta lista não vai estar completa, pois ainda faltam as prendas da Turminha, que só vamos trocar nos Reis (não tivesse a badalhoca da Tété ido a banhos para Cabo Verde). Mas já dá para ter uma ideia do que foi o meu Natal.

:: Vales do IKEA e do El Corte Inglês (para ir gastar toda contente, aos pulinhos!!!)
:: Regador em aço galvanizado (bem giro lá para o meu terraço)
:: Serviço de 24 copos vermelhos (lindoooooooos de morrer!!!)



:: Bilhete para o Cabaret, com direito a companhia e a jantar a seguir (entreteve, sim senhora!)



:: Cachecol grande e quentinho (dá sempre jeito)
:: Caixas de bombons (4)
:: Canetas (2)

Mais uma pasta em pele (bem gira) uma caneca, um porta-chaves com um urso lilás, um necessáire, um anel (de mim para mim) e já chega.
Faltam algumas. Depois, se der, actualizo. Ou não. É conforme.

Assinatura

Do meu irmão, no postal de Natal lá para casa:

"Filho querido, irmão resignado, tio lindo."

E não! Não perguntem "porquê"!!! A esta eu chego sozinha.

Porquê?

É uma coisa tramada, esta cena da introspecção. Olhamos para dentro, analisando tudo o que se disse, fez e pensou.
Pode ser uma mania como outra qualquer, mas esta é capaz de tirar o sono. O bichinho da analista de trazer por casa, da psicóloga amadora que gosta de encontrar uma razão para tudo, por muito escondida que ela esteja, camuflada por falsas motivações e desejos.
E o pior é que não é só a introspecção... é a inspecção de tudo o que me rodeia!
Quando finalmente descubro um fio condutor, descanso. Se não o encontro, desatino. Será que tem de haver uma razão para tudo? Um propósito nas coisas, por mais pequenas que sejam?
Porque é que eu sou assim? Que mania! Raio de feitio que não é capaz de passar por nada sem perceber o "porquê"... Padeço do síndrome constante da idade dos porquês! E acho que consigo levar qualquer um à exaustão, com o meu racíonio inquisitivo, na tentativa de entender tudo.
E detesto respostas como "já tinha de ser assim". Tinha de ser assim, porquê???
Tenho uma pilha de acontecimentos que me atormentam, arrumados numa prateleira alta, com o rótulo de "sem explicação". Não que me incomodem a toda a hora... mas, de vez em quando, olho para eles, sacudo-lhes o pó e pergunto-me "porquê?".

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Hoje de manhã

Ía morrendo. Bom, morrendo é certamente exagero, mas poderia ter-me magoado à séria. Foi por segundos.
Numa curva, um tipo despistou-se, bateu num carro estacionado, fazendo-o galgar o passeio e passou para a minha faixa. Eu estava dois ou três metros mais à frente, parada no semáforo. Como em todos os acidentes, tudo se passa demasiado rápido para que possamos sequer agir.
Quando olhei para trás e vi o estrago, o carro que anteriormente estava paralelo ao passeio, estava agora na perpendicular, em cima do passeio. O que lhe bateu, ficou ao lado, um pouco mais adiante, com a parte da frente na estrada. Precisamente no sítio onde eu estava, há uns míseros segundos atrás.
No instante em que me apercebi desse pequeno, mas crucial, pormenor, bem disse a minha sorte e segui tranquilamente o meu caminho. Sei que todos os dias me têm sido colocados à frente, como que sinais, incentivos que me fazem continuar. Porque parar é inconcebível, tenho de andar para a frente.
E eu sei que tenho uma sorte do caraças.

Pós-Natal

O "day after" é sempre o pior. Ainda mais quando se tem de trabalhar...
A noite da consoada foi fantástica, tirando o pequeno àparte de eu estar outra vez doente (tal como no ano passado). A companhia da família toda, os putos insuportavelmente impacientes (só não os espancámos porque parecia mal) a mesa cheia de coisas boas... Enfim, o costume.

Mas este Natal teve o seu quê de hilariante. Melhor, o nosso tem sempre, mas este ano foi particularmente de galhofa. Há uma pessoa na família que tem uma inabilidade total para comprar prendas. Não acerta uma, sejam as camisolas dois tamanhos abaixo, ou as cuecas três tamanhos acima. Além disso, oferece as coisas mais disparatadas como guardanapos de papel ou conjuntos de postais de Natal.
A estes presentes já estamos habituados e há quem tenha um saco de parte onde vai enfiando tudo o que a dita criatura lhe oferece, para posterior reciclagem. Mas, contrariando as expectativas de que não seria diferente dos anos anteriores, a personagem ofereceu-nos momentos sublimes de boa disposição.
Depois de já termos desembrulhado grande parte dos presentes, e de estarem alguns peluches amontoados no sofá, reparei num cãozinho de peluche branco, com as patas juntas, a que achei piada. O raio do bicho parecia ter as mãos postas. Não pensei muito nisso, até que alguém pegou nele e lhe apertou uma pata. O boneco começou a falar, mas com a confusão toda ninguém entendia o que ele dizia. Até que a certa altura compreendemos.
O bichano estava a rezar... o Pai Nosso... em brasileiro! Foi a loucura. Eu e mais dois tivémos de fugir para a cozinha, tal era a risota. Contorciamo-nos de tanto rir, já a chorar e sem conseguir parar!
A ajudar à festa, o espanto de quem o ofereceu, que nem sabia o que o peluche fazia, tal é a alienação quando compra as prendas. Regressámos à sala a cambalear, de olhos vermelhos e agarrados à barriga. Já não me lembro há quanto tempo não me ria assim.
O resto da noite foi passado a gozar com o assunto, fazendo piadas e indirectas que punham toda a gente a rir outra vez. E substituímos o célebre "porco a andar de bicicleta" por "desde que vi um cão a rezar o Pai Nosso em brasileiro, nada me espanta!".
Finalmente, dei por mim a pensar que os Natais das outras famílias não devem ter sido tão divertidos como o nosso. Acho que toda a gente deveria ter um personagem destes na família. Não pelos presentes, que esses não interessam nem ao Menino Jesus, mas pela boa disposição que os mesmos geram, transformando o ambiente numa verdadeira festa de família.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Marias e Manéis... Feliz Natal!!!!

Bacalhau com todos, lampreia de ovos, peru recheado, tronco de Natal, muitooooos cuscurões, chocolates à parva, diversos copitos de medronho com mel... Porque há quem diga que o Natal é quando um homem quiser, mas nós lá em casa só o fazemos uma vez por ano! E à grande.

Para todos, os conhecidos, os desconhecidos que me conhecem muito bem, os amigos, os assim-assim e os outros também: um Santo Natal, quentinho e terno, como se quer!

Bem hajam os pequenos

:: O carro avariou de novo... E toca a mexer para chamar o reboque, avisar a empresa, e mais o leasing e tratar de arranjar o veículo de substituição. Coisa para hora e meia, tirando o reboque, que deixei para a tarde, e me levou mais uma hora.
:: O Papai contratado... aquele de barbas verdadeiras e que toda a gente acha o máximo, está quase a levar um chuto no rabo. E nada de "até para o ano!". Para o ano, arranja-se um insuflável, de tela, de cartão... whatever! Desde que não respire, está óptimo.
:: Um cliente que ficou de assinar um papel importante e ir à vidinha dele, à última da hora e aconselhado pelo seu advogado, decidiu não assinar. E lixou a vidinha a toda a gente!
E eram umas cinco e tal da tarde, no fim de um telefonema difícil, a acelarar pela A2, quando dei por mim a olhar para o céu e a sorrir. E a dizer alto "Obrigada!".
É que se não fossem estas merdices, estes pequenos contratempos que me mantêm ocupada, seria quase impossível respirar.
Bem hajam os pequenos que me fazem não lembrar dos grandes.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Aceitam-se sugestões

Malta que me aconpanha, preciso das vossas precisosas opiniões e dicas.
Por motivos que não vêm ao caso, tenho de passar esta noite em branco. E não tenho muito para fazer. Não posso mesmo dormir, pelo que vou ter me manter ocupada para não adormecer.
Já está programada uma maratona de trapilho... e tudo o mais que me apetecer: anéis, bolsinhas, pulseiras, etc., etc... Mas a minha pareceira para esta jornada (Mummy) é versada em adormecer a meio de qualquer coisa... como a jogar computador, por exemplo! Por isso, já estou a vê-la, lá para as 4h da matina, a adormecer de alicate em punho.
Assim, e sem companhia... não sei bem o que fazer, porque, cansada como ando, nem um bom filme me vai manter acordada.
Sugestões? Muit'agradecida!
Nota à posteriori: diz a Mad, às 11h da noite "não queres cá DORMIR, NÃO?" !!!!!!!!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Eu em títulos musicais

Uma vez que a Mad acha que eu não tenho nada que fazer... Aqui fica um desafio que achei divertidíssimo. Escolher uma banda ou um cantor e responder às seguintes perguntas com nomes de músicas.

Escolhi os ABBA não por estarem na moda, mas por que cresci a ouvi-los e são realmente um dos meus grupos preferidos. Além disso, algumas das músicas estão muito perto do meu actual estado de espírito. Daqui a uns meses, provavelmente escolheria outro grupo.



Aqui vai.

És homem ou mulher? Chiquitita
Descreve-te. Dancing Queen
O que pensam as pessoas de ti? Mamma Mia
Como descreves o teu último relacionamento? The winner takes it all
Descreve o estado actual da tua relação. SOS

Onde estarias agora? Waterloo
O que pensas a respeito do amor? Lay All Your Love On Me
Como é a tua vida? I have a dream
O que pedirias se só pudesses ter um desejo? Take a chance on me

Escreve uma frase sábia. Love Isn’t Easy (But It Sure Is Hard Enough)~
E se quiserem saber mais... ABBA


Passo ao JP, ao Ervi, e à Bad Girl... e espero que se divirtam!

Eu, depois eu e mais um bocadinho de eu

Dizem-me que tenho de pensar mais em mim. Ser mais egoísta. Exigir que me tratem com a prioridade que mereço.
Vai daí e aqui a menina, que é bem mandada e está numa fase de "sim" a tudo, para não ter muito trabalho... foi às compras.
Umas botas, uma mala, uns Fly London, uma echarpe, duas túnicas de malha e uma camisola... E um porta moedas, um baton, um rimel, e já não sei o quê mais.
As prendas de Natal estão todas despachadas e tirando a minha filha, a pessoa com quem gastei mais dinheiro, foi comigo!!! Acho que é a primeira vez que isto acontece.
Chega de egoísmo ou vai ter de ser mais? É que o Visa está limpinho, a zeros e a arder na minha carteira, como quem grita "Usa-me, usa-me!!!!".

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Aleluia

Amo esta múisica, cante quem cante.
Neste caso, é a Alexandra Burke, vencedora da última temporada do X-Factor em Inglaterra.
Dizem-me que a final foi vista por 8 milhões de pessoas. É compreensível.

A quem me deu a conhecer esta pérola, gracias amigo!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sabedoria infantil

Ontem à noite, já deitada, a Kel desabafa com a Avó.

Kel: Estou 'procurada' com a Mamã.

Avó: Preocupada? Mas preocupada porquê?

Kel: Porque lhe disse que a ajudava a resolver aquele problema e não consigo.

Avó: Não te preocupes. A tua Mãe resolve sozinha. Não penses mais nisso e dorme.

Kel: Óh 'Vó... mas foi só por causa de ser longe?

Avó: Não sei. Não penses mais nisso e dorme.

Kel: Ele é mesmo tolo! É que a minha Mãe é tãaaao linda!!!


Pois. A Raquel levou dois minutos para concluir aquilo que eu nem numa semana consegui!

Porque é que vens?

Porque é Natal e toda a gente merece uma prendita, esta é para o NB que está há uma semana sentado em frente ao seu portátil, á espera que eu responda aos seus comentários, feitos nuns textos mais antigos.

Depois de quase dois anos de ausência (sem assinar, porque foi voltando de vez em quando e fazendo uns comentários anónimos menos simpáticos) eis que NB regressa como se nada fosse. E eu ainda te alimento o ego, dando-te tempo de antena... Quem é amiga, quem é?

Talvez seja curiosidade, ou talvez apenas palermice... mas é, no mínimo, estranho.

Entretanto, se não te conseguires curar disso, avisa, que eu arranjo-te o n.º de telefone de, pelo menos, três marmanjos que sofrem do mesmo mal até hoje!

Um conselho, pára de roer as unhas, bebe menos e apaga o cigarro. Não cura... mas ajuda.

Ah... e Bom Natal!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Parvoíces e companhia

:: No rádio

Está um jacaré a causar distúrbios na golf pápa.

Resposta: É melhor chamar a pápa sierra pápa.

E digo eu (aka Alfa Sierra): Estou bem aqui? Em que direcção é que ía o jacaré?

..............

:: Peço à minha assistente para perguntar ao segurança o que se passou à porta do meu escritório, pois o chão está nojento.

Ela: Boa tarde, olhe lá, o que é que se passou?

Ele (envergonhado): Ah... é uma alergia que eu tenho e fiquei assim!

Ela (atónita): Óh homem, não é na sua cara... é no chão!

Lady in red

O vestido é curto, admito. Precisamente 4 dedos acima do joelho. Vermelho vivo, em malha grossa com torcidos e fios dourados pelo meio. Mais dois pompons. Sim, de um certo ponto de vista, estou mais para árvore de Natal do que para gaja boa.
Logo de manhã, olharam para mim e disseram-me "estás tãaaaao Natal!!!".
Já o franco-lusófono que trabalha na comercial, virou-se para mim e disse que eu estava tipo Capucin rouge et méchant loup. "Não sei dizer em porrrrtuguês!"
Ah... o Capuchinho vermelho e o Lobo Mau??? Mas qual deles? O Capuchinho ou o Lobo?
"O Cápuchinho verrrrmelhô, clárrrô".
A pequenita também deu um ar da sua graça: "Logo vais ser a mais gira da tua festa!". Olha a novidade... As outras todas vão de calças de ganga e camisolões de malha... não será difícil.

É o terceiro jantar de Natal da empresa a que vou. A hipocrisia é uma coisa que não se aguenta e sente-se no ar um enorme espírito de intriga ... Mas as prendas costumam ser boas e a comida mais ou menos.

E além disso, se esquecermos o factor "árvore de natal", estou bem gira.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Porque o deles será bem mais triste que o nosso

Porque nem só de branco vive o Natal. Porque para muitos nem haverá Natal, e para outros tantos a palavra não tem sequer qualquer significado.

Porque estou cansada de imagens felizes, de luzes brilhantes, de cânticos de Natal e centenas de presentes.

Porque me apetece lembrar-me daquilo que todos preferimos esquecer nesta altura.

De dentro da minha alma, que é onde me dói

Ando a tentar ganhar algum distanciamento, para poder analisar tudo, como eu tanto gosto.
O 'porquê' já não me interessa, o 'como' intriga-me e o 'depois', definitivamente, é o que mais me prende.
Mas hoje, não sei bem de onde me veio isto, mas o certo é que atingi um plano mais alto. Olhei para dentro e pensei que se já estive num buraco tão, mas tão, mais escuro e fundo, nada nem ninguém me poderão magoar mais do que aquilo que eu venha a deixar.
Eu já estive onde muitos estiveram, mas voltei para contar a história. Sei-a tintim por tintim, com todos os pormenores feios e dolorosos que muitos preferem esquecer e fazer de conta que não sabem.
Vivi num mundo escuro, à luz de uma vela pequenina. Quando me tentaram apagar a vela, agarrei-me a ela com todas as minhas forças. Queimei-me e doeu muito. Mas sarei a ferida por mim. Como que trata um golpe profundo com pensos rápidos e desinfecções caseiras.
Curei-me. Sei todos os sintomas do que me atira para o poço, por isso sei que só caio lá dentro se quiser. Tenho a vantagem de ter tomado tudo e mais alguma coisa. Todas as drogas, calmantes, anti-depressivos, ansióliticos, anti-psicóticos...
Experimentei todos os inibidores da recaptação da serotonina disponíveis no mercado.
Há os que têm faltas de ferro... Eu tenho valores baixos de serotonina no sistema nervoso central.
E agora, quando me perguntam o que ando a tomar, respondo calmamente "Nada." E é mesmo assim. Nem um calmantezito natural como o valdispert.... nada!
Talvez porque já me conheça, porque a idade me tem ensinado algumas coisas. Sei onde me dói e o que tenho de fazer para que deixe de doer.
É quase como partir uma perna e por-lhe gesso. É colocar o coração ao alto, deixo-lo quieto e sossegado. Porque partido não me serve para nada, e apenas dói.
O céu está escuro e nublado e tem chovido todos os dias no meu quintal. Mas ali á frente, não muito longe daqui, há sol. E é para lá que eu vou. Devagar. Muito devagar. Mas eu sei que chego lá não tarda. Porque o mereço e o merecem todos os que caminham comigo.
Eu chego lá.

And now, ladies & gentlemans

Acabei de receber a visita do Macaco Adriano!!!!!

Não acreditam? Eu juro, pá!

Veio trazer-me convites para o Circo Royal, um espectáculo de "cólidade" onde ele faz de Macaco Adriano e Homem Aranha (tudo a ver com circo!!!).

Já são os segundos bilhetes para circo que recebo este ano. E caixas de bombons? Já tenho três e acho que não fica por aqui.




Não cura, mas ajuda

A paz de espírito, a serenidade e a calma. Coisas que têm espantado toda a gente, inclusive a mim. Mas que só consigo justificar com uma convicção, muito minha, muito grande, de que, um dia, tudo ficará bem.
Os amigos, que se juntaram à minha volta, como que num abraço gigante, e mandam sms e emails e telefonam preocupados. Entre eles, trocam telefonemas de "achas que ela está bem?!" e "será que exagerámos nas bocas?".
A família, que me atura, sem fazer perguntas ("sem fazer perguntas", ok???).
E por fim, a minha pequena, que já tem idade para entender tanta coisa. E que há dias me perguntou o que eu tinha. Eu apenas respondi que estava triste, que eram problemas complicados de gente crescida. Ela encolheu os ombros e com um ar despreocupado, mas convicto, disse "Se me contasses, eu resolvia!"
Quando mais tarde, sem eu ter que lhe explicar nada, se apercebeu do que se tratava, desatou num pranto. Porque compreendeu que não me podia ajudar a resolver. Disse-lhe que não se preocupasse. Que mais tarde ou mais cedo, tudo se resolve.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A minha vida é MESMO uma festa

Este fim-de-semana, desde "fofinha" a "calhau com dois olhos", chamaram-me de tudo.
Depois de uma noite surreal, apanho um email (também ele surreal, mas noutros moldes) duma tipa que anda a (tentar) chatear-me já há uns tempos.
Eu até poderia ter ignorado, mas da maneira como ando, estava mesmo a precisar de desancar em alguém, e esta put@ estava mesmo a jeito.
Vai daí, canalizei toda a raiva dos últimos dois meses na resposta ao tal email. Saí-me bem. Muito bem. Se a tipa voltar a mexer-se, do tanto que apanhou, é porque além de burra, é masoquista.
Além disso, ainda agora de manhã tive de levar com estes comentários: "Você está com ar de doente!", "Tens a certeza que dormiste?" e "Tens de te alimentar, vá!" e ainda, o mais engraçado de todos "Então esse fim-de-semana??".
Eh pá... larguem-me! Estou azeda, estragada, pior que podre, ok? Desaconselho a qualquer mortal o convívio comigo, nos próximos dias. Estou intragável, intratável e mais uma série de adjectivos nada agradavéis.
Estou capaz de pontapear na boca o próximo que fizer um comentário estúpido às minhas olheiras! Entendido?

Tu work, eu shop

Sábado que vem, há workshop na casa da Mãe (rimou...).
De trapilho, decoupage e mais o que me apetecer: o workshop é meu, eu é que sei.
Não se aceitam inscrições, porque a malta tem mau feitio e não se dá com qualquer um/a.
Vai ser tão giro ver a Supêtia de pincel na mão, com a sua notória falta de jeito para manualidades e a nossa fada do lar, Xunana... como diz o seu querido marido, onde toca, fada tudo!!
Depois conto. Ou não.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sonhos falidos


Demasiado real para ser sonho, demasiado sonho para ser real. Mas realmente sonhado, na noite do último domingo.



Num balcão de um qualquer banco falido, prestes a ser nacionalizado, dirijo-me ao caixa.


- Eu queria fazer um levantamento. É um depósito a prazo, que fiz há cerca de um ano e meio e era suposto ser vitalício.


Desculpe mas não é possível.


- Como não é possível? Tem de ser possível!


Não, minha senhora, não é. Todas as contas estão congeladas, não é possível fazer qualquer movimento. Talvez depois da nacionalização. Agora é impossível.


- Chame o gerente, o administrador corrupto, o accionista inocente!! Alguém que me possa devolver o que depositei! Não me vou embora sem isso! - disse exaltada, furiosa, capaz de bater no tipo.


Esperei uns largos minutos, até que me apareceram uns engravatados de aspecto grave e decidido. Eram dois. Levaram-me para um canto e pediram-me para manter a calma. Que compreendiam a minha situação, mas que só me restava esperar...


Argumentei que a publicidade deles era enganosa, que se tinham assegurado de confiança, sérios, acima de qualquer dúvida, o melhor local para depósitos vitalícios, que pudessem render para toda a vida. Um investimento seguro, onde nada poderia falhar.


Mais uma vez, com um timbre de voz calmo mas firme, explicaram-me que nada havia a fazer. Que acontece aos melhores e que teria de compreender. Que voltasse mais tarde, ou que desistisse (entre dentes dissera-me que seria o melhor...).


Cabisbaixa concordei, não conformada, mas seguramente vencida. Quando já dava meia volta para a porta, um deles tocou-me no ombro e com ar complacente perguntou-me "Que tipo de depósito era o seu?"


Com os olhos rasos de água, levantei a cabeça e respondi-lhe "Depositei todo o meu amor. Vocês disseram-me que era eterno!".

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sinais da crise

Carreguem para ver melhor...

Não é de estranhar... para um blog que já mudou duas vezes de nome!

Para quem não sabe, esta chafarica começou como www.dizqueeumaespeciedeblog-fl.blogspot.com, durante a febre do Gato, depois passou rapidamente a www.devagar-mas-com-confianca.blogspot.com e assim se manteve durante imenso tempo, para hoje ser aquilo que sempre foi: uma festa!

Siga a banda, que a crise em 2009 vai apertar!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Dá para parar de embirrar com o meu look??!?

Amigos da onça!

Já não basta o "pedinte pop-star" agora vão para o blog do outro comentar... ele é só mimos: sem abrigo e homeless fashion!!!

Onde é que estão o "muito gira, sim senhor", o "fica-te bem essa boina", o "tão linda!!"?

Mas eu, que sou uma tipa de pés no chão e tenho espelhos em casa, sei que estou muita gira com a minha boina e esses piropos maldosos não passam de dor de cotovelo!

Malvados!

A sério???




e eu a pensar que ía receber o que pedi! 'Tadito do Pai Natal, deve anda todo queimadinho...

É hoje...

Ou talvez amanhã. Também pode não ser, e se não for, fico um tanto ou quanto desiludida...

Mas a opção não é má... ir em Fevereiro para a Católica fazer uma pós-graduação, paga pela empresa.

Entre uma e outra, preferia a primeira.

Pode ser que sim.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ando a cheirar cola branca

Isto escrito assim parece uma declaração de culpa, mas não é bem isso. São mais as minhas actividade extra-laborais, que muitas vezes duram até altas horas da noite.
Muita cola, muito papel, muita tinta, muito pincel (ai... rimei sem querer!).
Quando acabar algumas (sim, porque eu começo meia dúzia de peças ao mesmo tempo) prometo por aqui. Há desde a técnica do guardanapo, que as mais pedantes chamam de "decoupage" ao scrapbooking, que eu apelido de scrap (bem mais simples de dizer...) e, neste momento, estou só a trabalhar em prendas para a família. Ah, e para mim... que eu tenho de aprimorar o mostruário.

Pendentes para portas, sacos, molduras, caixas, malas, cadernos personalizados... E alguns dos guardanapos que encomendei na net e já estão em uso, são estes:
Novidades em breve, 'tá prometido.

Thanks for flying Air Penguin

Hilariante! Ainda para mais visto quando se está toda artilhada para a neve... calças térmicas, botas de neve, 3 camisolas... LOL.

Natal é...

Perder o amor a 15 € e ir comprar chupa-chupas e rebuçados
para o Pai Natal dar às criancinhas.

E fez-me bem ver o ar menos tristonho dele, enquanto enchia o saco.
Sorri ou, pelo menos, puxa os cantos da boca para cima:
Se mantiveres os olhos secos vão pensar que é um sorriso.
António Lobo Antunes

Fotos quentes, quentinhas














O nosso hotel lá em baixo.














Estrada para a Serra.

















Manteigas.













Couves fresquinhas.













Solar em Manteigas.












Guarda














O Manel todo satisfeito com os meus agasalhos. O nariz é um batôn de cieiro Labello!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ai, gosto tanto!

Eu GOS-TA-VA de música de Natal!!!!
Já não suporto o George e o último Natal em que foi trocado por outro panisgas, o Freddie que agradece a Deus porque é Natal outra vez... e mais o 'rais parta' das criancinhas a desejar a todos um bom Nataaaaaaaaaaaaal!
E depois, se ao menos os tipos variassem, mas não! Cada uma destas preciosidades passa 2 a 3 vezes, no mínimo, por dia. Devidamente intercaladas com coisas como "Eu não quero ir à máquina zero", não-sei-por-quem-porque-este-não-é-o-Rui-Veloso, ou o "Frágil" do Jorge Palma, ou ainda - pasmem-se - o "Ouvi dizer" dos extintos Ornatos Violeta.

Haja pachorra... muita. Coragem... bastante. Já só faltam 35 dias para os Reis!

Let it snow...

Fim de semana branco, branco, branquíssimo! Muito frio, muita neve, companhia: a melhor!
O hotel era fantástico, muito confortável e comida "deliciosa", nas palavras da Kélita.
Delícias:
"Estes senhores têm muito jeitinho para fazer torradas!!" - numa pastelaria em Manteigas
"Eu por mim ficava aqui 100 dias!" - no quarto do hotel
"Ai tão lindo!!! Olha ali mãezinha." - de 5 em 5 minutos, sempre que via alguma coisa coberta de neve, fosse um banco de jardim, um carro, ou uma pedra da calçada...
"Quando é que as linhas que estão por debaixo do comboio fazem anos?" - no comboio Guarda/Lisboa
"Tenho saudades daquele chão fofinho do quarto." - deitada no chão de tijoleira da sala, já em casa
Fizemos um boneco de neve lindo, no átrio da Sé (era o sítio onde havia mais neve...). À falta de artefactos para completar o dito, servimo-nos de duas moedas antigas de 1 escudo para os olhos (que andam na minha carteira há mais de um ano - eu sabia que íam servir para alguma coisa...) e mais 3 moedas de 1 € para os botões. Durante uns minutos enregelei porque, só para fotografia, pus o meu gorro e o meu cachecol no Manel (baptizado pela Kélita).
Além disso, andámos feitas tontas, debaixo de neve, de língua de fora para sentir os flocos. O frio chegou aos -2,5ºC no domingo e soube tãaaaaaaao bem. A Kel até guardou um pedacito de neve dentro de uma caixinha, para trazer para avó, por muito que eu lhe dissesse que derretia...
Quando encontrar o cabo da máquina, descarrego as fotos e ponho aqui as da paisagem e do Manel.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mummy

A minha Mãe faz hoje 62 anos. Andou metade do ano a dizer, por engano, que tinha 62 anos, pelo que já está habituada ao número...

Parabéns pelo aniversário e...

por me aturares (reconheço que não é fácil);
por me fazeres manter os pés no chão;
por cuidares das minhas coisas e das da Kel;
por ainda caber no teu colo;
pelos mimos disfarçados num bombom, ou numa sandes de presunto com tomate;
pelos avisos e conselhos;

Enfim, PARABÉNS!
Beijo grande

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pérolas

"Ela não me respeita!"

Mariana, de 6 anos sobre Maria, acabadinha de fazer 6 anos.

"Diana meo amor
és o fruto do meu calor
a pétala da milha flor
Diana meo amor!!!!
És o sol da minha manhã
ainda bem que estás sã!
Quem te fala e quem te ouve
diz que tu és muito mais bonita que uma couve."

Tiago, 9 anos
Nem corrigi os erros... fica melhor assim.

Só comigo (continuação!)

E então agora não me aparece uma parvalhona, a pedir para tirar a foto da bebé dela com o Pai Natal do cartaz do Pai Natal???
E porquê, perguntam vocês? Não, não é porque ela não quer e ninguém lhe pediu (que até teria lógica).
É mesmo porque uma vizinha dela, que é bruxa, já viu a foto da menina e diz que está muito linda e ela ficou muito assustada porque essa vizinha faz bruxedos aos meninos e eles ficam doentes...
Ah pois claro! Retira lá a foto da menina, faz favor, que a malta aqui não quer cá complacências com bruxas.
Depois dos mitras, das meninas da vida e dos agarrados ao vício, só me faltavam agora as bruxas.
Eu mereço!
PS: Eu não digo que a minha vida é uma festa??? Vocemessês não se m'acreditam!!

Só comigo

Cheguei ao escritório há 10 minutos, e estou que nem posso...
A minha querida assistente encontrou um ambientador do mais rasca que existe, escondido no fundo da gaveta (melhor só estaria no lixo) e toca de desodorizar abundantemente os nossos 4 m2 de escritório!
Eu ainda perguntei se tínhamos recebido alguma octogenária com uma perdilecção especial por patcholi misturado com óleo cânforado, peixe podre e naftalina...Mas não! Foi mesmo ela.
Resultado: um fedor que não se pode, ventoinha ligada (que combina com o fresquinho que está hoje) e eu a ficar com um humor de cão e uma enxaqueca descomunal.
Já lhe disse que está proibida de repetir a graça. Raio da moça que não sabe estar queita, fónix!!!
Que smeeeeeellllllllllll!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Trocas & baldrocas

Contribuições = Contradições

Perturbar = Tupurbar
Dormir = Dromir (esta está entranhadíssima... nada a fazer)

A ver um filme comigo "Mãezinha, lê-me as instruções (legendas)"...
A Kel ainda não lê, mas inventa que é uma maravilha!
E quem é que me manda a mim deixá-la ver um bocadinho do Godzila?? Quando no fim mataram o bicho, a pinxesa fartou-se de chorar... "Mas ele era querido!!!"
Ontem engalfunhou-se com uma colega durante a aula. Até puxões de cabelos houve... A professora? Segundo a Kel, não deu por nada, pois estava a ralhar com outro... A professora de música já é a 3ª desde o início das aulas. Acho que os puto devem ser uns deliquentes, pois ninguém os aguenta...

Durante ao almoço, voou sopa e o casaco da Kel ficou irreconhecível... Isto está a sair melhor que a tropa. Disciplina é coisa que mais de 75% dos miúdos não têm... educação, nem se fala. A professora Teresa diz que nunca teve uma turma assim, tipo Anjinhos & Terroristas ao molho.
Haja fé.

O professor Filipe, da natação, aponta-a como exemplo para os outros, mas depois diz-lhe baixinho que tem de prestar mais atenção ao que ele diz. É uma destemida... atira-se para a piscina na zona mais funda (3 m) sem bóias e safa-se lindamente. Faz-me adeus toda contente e eu retribuo.
Ontem disse que queria ir para o karaté. E não pára de crescer... Nem sequer abranda. Faz-me falta ela pequenina. Com meia dúzia de kilos... Agora já passou dos 20 e tem mais de 1,20m de gente. Enorme!
Hoje acordou a pedir-me para lhe cantar "Amanhã de manhã" das Doce... Não faço ideia porquê! Mas lá cantei e ela cantou comigo uma e outra vez. E no final fazia na perfeição o "hã, hã... hã, hã... hã, hãããããããã"!
Não sei o motivo, nunca ela foi muito de me tratar por 'Mamã'... mas de há uns dias por cá descobriu o 'Mãezinha' e adoptou-o. Um mimo esta criança. Ou não fosse a minha!

E eis que...

Uma pequena luz brilha no fundo do túnel. Pe-que-ni-na... mas que está lá, existe!

Com um bocadito de sorte (coisa que de vez em quando teima em voltar e bater à minha porta) pode ser que sim.
A não ser que eu esteja dentro de um túnel e a luz seja a de um comboio que vem direito a mim (já nada me espanta...) parece que há grandes chances de a coisa correr bem.
A ver vamos.
Tudo aí a fazer figas, ok? (podem fazer pausas de 5 minutos se começarem a sentir os dedos dormentes)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Estados d'alma

Ando com um piquito a azedo... Tipo "estragada".
Nem é por nenhum motivo em especial. É por uma dúzia deles!
Alguns estúpidos e insignificantes, mas que chateiam. Outros que além de graves, são recorrentes e calcam-me que é uma loucura.
Ou há-de ser o fdp (que é como quem diz "filho-da-puta" sem dizer) do advogado brasileiro que acha que só porque ele quer, eu vou pagar a correr uma dívida exorbitante a um cliente dele, dívida que nem sequer é minha. O raio do gajo, além de brasileiro, é burro e à conta dessa burrice tive de soletrar tantas vezes 'hotmail' que me senti tipo Sónia do "dábriu-dábriu-dábriu-dábriu.iutubi.côm". A gota de água foi quando dei por mim a dizer algo como "rótimail" e nem assim o tipo entedeu. Fónix!
Dei uma de chinelo no pé e mão na cintura e disse-lhe que se me telefona mais alguma vez lá para casa, processo-0 por assédio. Deu-me gozo dizer-lhe que dou graças a Deus por não ser brasileira... deu para sentir o gajo a espumar de raiva do outro lado da linha enquanto dizia "com certeza" !!!
Tirando essa, que é tipo triângulo das Bermudas e me custa a entender c'umó caraças, há ainda a da casa, a da guarda, a da conta da PT com 3 anos, a do divórcio, a da partilha, a daquele cuja ex quer continuar casada por muito e bons anos, a da mãe que não deixa, o do pai que não quer, a da filha que quer lá saber, a do irmão que vai aparecendo, a da cooperativa que pede mais 1.500€...
Enfim... para não falar do que me rodeia! Amigas com um historial de cães epiléticos, mas que insistem em ter cães e outras que arranjam sarna para se coçar em cada esquina (aka "gajos-em-processo-de-divórcio-mas-que-ainda-vivem-lá-em-casa-com-a-futura-ex").
Ando a precisar de férias. Num spa é que era... massagens, saunas e coisas do género era o ideal.
Mas há falta disso, marcou-se 3 dias na Estrela que vão ser 'dubest'. Nem que seja pelo frio entranhado até á espinha, para me sentir viva.
Vamos ver se neva e faz frio. Assim, condiz com o meu estado.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ainda não foste?

Vai, porra!
Como diz toda a gente que me estima e te conhece: "já vais tarde!".
Pega nessa tua anormal excentricidade, pouco apropriada ao teu tamanho,
nessa tua megalómana mania de achar que és mais do que todos,
nessa certeza de que és diferente, só porque usas o Rolex ou o Breitling no pulso direito;
nesse pouco convincente ar de menino bonzinho,
nesse teu dente de platina escondido,
nessa tua convicção de que vestir roupas de marca da cabeça aos pés fazem de ti uma pessoa de bem,
nessa tua ingénua certeza de que és eterno,
nessa tua necessidade de te rodeares de tudo o que é novo, brilhante e tem bom ar,
nesse teu arrogante ar de quem (acha que) sabe tudo,
nesse teu falso orgulho de seres minhoto,
nesse estado de engatatão de meninas que não te larga, nem aos 55 anos,
nessa tua ridícula teima em esconder a idade,
nessa insitência em que são os cremes de marca que te vão tirar as rugas e de que foi o head&shoulders e o linic que te fizeram perder a farta cabeleira,
nessa tua incapacidade de dizer correctamente "begala" ou "solidariedade"
... e vai!
Já agora, leva contigo todos os calotes, as merdas, as confusões, as vergonhas, as sacanices e as burlices em que tentaste meter-me (mais aquelas em que conseguiste). Aproveita e leva contigo o teu progenitor casca grossa, que só te sorriu enquanto lhe deixavas notas de 50€ no móvel da entrada ou lhe davas peixe à borla. Mais o irmão que te deu o golpe do baú (ou não) e o mais novo que sempre teve vergonha de todos (eu também teria...).
Aproveita e leva também os teus pertenços amigos, que de vez em quando ainda me telefonam, para tirar nabos da púcara. E a corja que te rodeia, espero profundamente que vá contigo! Desde ilegais a corruptos, nada te falta. Leva-os a todos e trata-os bem, para que não voltem.
Leva ainda aquelas tipas com ar duvidoso que acham que escrever-me emails, a contar histórias escabrosas tuas me causam algum dano. Há muito que nada, vindo de ti ou de quem seja, me espanta. Leva-as e faz por tratá-las bem, para que não voltem.
Igualmente, leva essa tendência estranha de te fazeres acompanhar por meninos de 20 e poucos anos a quem intitulas de "assistentes".
Quando fores, paga diligentemente, o excesso de bagagem (que há-de ser muito). Leva-os a todos. Os chupistas bajuladores, as meninas ocas e estridentemente risonhas, os lambe botas e os palmadinhas nas costas.
E pára de me perguntar, de cada vez que me telefonas, se eu estou bem! Essa tua preocupação paternalista insulta gravemente a minha inteligência. Estou bem. Aliás, estou fantástica. E estou-o desde o dia em que entendi que conseguiria o que sempre quis, sem que para isso precisasse de ti para nada. O emprego, as contas pagas, a casa só minha, os amigos que eu escolhi, a promoção e o dinheiro para trocos.
Ah... e de exclamares com o ar mais convincente do mundo, de que não sabes porque é que eu te deixei.
Não sei o que te aflige mais: o facto de eu, por si só, ter conseguido dar a volta por cima depois do buraco de onde saí, ou de o ter feito sem precisar de ti. Óh ego exarcebado que tu tens!
A única coisa que me aflige é a minha memória. Sempre tão viva e atenta, reteve todos os pormenores que me esforço por esquecer.
Mas, sobrevivi-te. E esta é uma palavra de que gosto muito de me lembrar que existe.
Por estas e por outras, espero ansiosamente pela notícia de que foste, sem data para regressar.
Texto escrito com "alguma" raiva, depois de receber mais uma "prenda".

Diz-me com o que sonhas...

E dir-te-ei que és... no mínimo, estranha!

Esta semana (fim-de-semana incluído) ando a sonhar com coisas esquisitas. Até aqui, nada de novo... mas tem sido todas as noites!

Ou há-de ser o cão de água preto, cheio de pulgas, que fui buscar a umas catacumbas e tenho de levar de autocarro para Viana do Castelo...

Ou uma senhora da limpeza me pedir creme para as mãos, eu emprestar e a minha assistente dizer baixinho "esse já não voltas a ver"...

Ou a directora de um hiper passar de branca leitosa a negra de nariz fino e empinado e começar a despedir os chefes de secção e os funcionários todos a torto e a direito... até ficar só com 3 empregados...

Ou o tipo que me entra no gabinete de dedo em riste, a ameaçar-me e eu tenho de chamar a segurança pelo rádio...

Ou o Pai Natal vomitar no cadeirão e perguntar a uma senhora se não precisa de um Pai Natal para mudar de vida... que ele já tem ajudado muitas a sair das ruas (esta ainda estou à espera de ver as imagens das câmaras de segurança para me convencer se sonhei ou foi verdade...)

Ou a funcionária de limpeza que eu pedi para ser recolocada noutro lado e foi despedida, vir tirar satisfações com a minha assistente e ela descartar-se com um fantástico "Eu sou uma mera assistente, quem fez isso foi a directora!" ... Hum, esta não sonhei, foi verdade e passou-se hoje.

A minha assistente diz que isto é excesso de trabalho. Eu digo que é doideira em estado avançado. Do pior.

Ouvi hoje e gostei

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Obrigadinhas

À Natas, à Xuxana, à Tété, à Élita, ao Quintela, ao AC, ao Guedes, à Tia Té, ao Cacheira, à Teigas (que ainda funcionou como lembrete para outras 2) à Supétia, à Lôrenço, à Ana (que conheço há quase 30 anos!!!), à mana Quintela, que quase se esquecia (sms enviada às 23h40...) ao Patinhas de Urso, à Balau e ao JP (o primeiro a dar-me os parabéns na blogosfera).
E aos conjuges das meninas, que mandaram beijos.
Às vizinhas (yup, eu vivo num prédio onde a malta ainda troca uns vocábulos) e à Ritinha do Café.
À minha querida Avózinha, que mesmo com 87 aninhos e do outro lado do Atlântico, nunca se esquece, manda postal de parabéns, telefona e... diz a letra dos "Parabéns a Você"!!! Antigamente cantava, mas depois de tanto efisema pulmonar, já não consegue.

E por último, ao telefonema de parabéns mais hilariante que já alguma vez recebi: Mad. Depois de eu lhe ter ligado para saber do Batata, e lhe dizer "sim, eu faço anos hoje!" e de ter levado com um seco "E ninguém me diz? Então não é no Domingo?!?", liga-me passado dois segundos e grita "PARABÉNS!!! Lembrei-me que fazes anos hoje!!!". De ir às lágrimas.
E à Lanidor, ao Jumbo, ao Continente, à Super Bock (?!?)
Aos que se esqueceram... deixem lá. Para o ano há mais!

E a manhã começou assim

Passagem pelo cais das colunas, ainda em obras, mais a entrada do Lux, com um boneco (ou boneca?) de perna aberta - parece que também fazem anos... e mais o camião TIR que vinha à minha frente.


Falhei a foto ao polícia sinaleiro que está sempre ali em baixo no cruzamento... Foi pena. O tipo é um curtido, com um bigode farto e sempre de apito na boca e luvas brancas... um mimo. Fica para a próxima.







quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Shê quê?



Comprei uns destes. O dono da loja fartou-se de gozar comigo porque eu disse "shleckers" em vez de "sketchers" (não têm "t" mas é assim que se lê). Enfiei na mona que é shleckers e agora não consigo dizer outra coisa...

E enquanto o gajo gozava o prato e dizia "Óh doutora, nem parece seu, eh eh eh". Eu pensava... cala-te lá e faz-me mas é o desconto!
Ahhh... são hiper-confortáveis, de seu nome 'bigtime' (!) e são UMA das minhas prendas de anos.

Naaaa... ninguém vai acreditar nisto!

Apesar da placa à porta do gabinete a dizer "ADMINISTRAÇÃO DA GALERIA" é vê-los entrar e perguntar...
"Tem sapatos de quarto?"
"É aqui que se tira a senha para trabalhar?"
"A senhora se manda, porque é que não manda lavar os cestos do supermercado?"
"Este queijo é muito picante para mim, posso trocá-lo?"
"Estes calções não são o meu tamanho, tem mais?"
Depois de lhe explicar que estava no sítio errado "Ó menina eu já vim de muito longe" - enquanto levanta as calças e mostra a perna super inchada - "Já fui a três médicos e ninguém sabe o que isto é! Para a próxima digo que caí, a ver se me tiram uma chapa."
"Eu comprei a prenda ali dentro, comprei também o papel porque não gosto do vosso, e agora a menina dali diz que não embrulha e que quem manda é você! Isto está muito mal feitinho!"
Isto é melhor que ir ao google ver quem é que caiu aqui por engano...
O último saiu daqui a dizer que o que este centro tem de melhor são as meninas das caixas do hiper e que vem cá todos os dias só para as ver. E anda com um cajado, por isso não sou eu que o vou contrariar, certo?

Vamos às compras?






















Lindos, lindos!
Aqui

Welcome spam!

A pedido de uma tipa que, quando quer, é uma autêntica melga, mas que, de mim, merece tudo:

RETIREI A VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS!

Boa? Está contentinha, está?

Sabes a quem é que eu vou chagar o juízo quando o spam chegar, não sabes linda?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Pronto, pronto!

Peguem lá o blog de volta... Assim com'ássim, isto sem vocês* não tinha metade da piada!

* aka o Roque e a Amiga :-)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tudo o que eu quero neste aniversário...

E não comecem a dizer que já estou com muita pressa, que isto de uma semana passa num instante e depois dizem que eu não avisei e coisa e tal.

O que eu realmente quero está escarrapachado na testa... mas 'tá difícil. Eu chego lá... leva é mais tempo.
Bom... caso hajam almas queridas e verdadeiramente dedicadas a... mim, já sabem o que a nina quer, certo?


Relógio Swatch Flying Provocacy (até o nome é giro!)

iPod Nano Cor de rosa (ou da cor que V. Exas quiserem...)

Coffret issima by Guerlain (que a minha pele é fan-tás-ti-ca, mas há que cuidar dela com o melhor que existe.)


Nada demais, não acham? Lá para o fim do mês faço a lista de Natal. Isto de fazer anos num mês e no mês a seguir é Natal, é giiiiiiiiro.

Última 2ª feira com 32 anos (*)

O tipo dos 24 mil parece que desistiu, o do BMW insiste como se não houvesse amanhã... Já o outro, continuo à espera de receber os documentos pelo correio.

Como não há 3 sem 4 - que essa do "não há 2 sem 3" para mim é fraquinha - na 6ª feira,ao final do dia, recebi um email fantástico dos tipos que estão a construir (devagarinho) a minha casa.

Parece que tenho de considerar o pagamento de um reforço de sinal. Ainda bem que eles dizem "gostaríamos que considerasse o pagamento". Eu não sou de muitas considerações! E logo com tipos que parecem políticos... falam, falam, mas eu não vejo nada.

Agora dizem que é para o final do 1º trismestre de 2009. Mas sempre com a palavra "previsionalmente" a reboque. Não é, de facto, uma palavra que eu goste muito.

E siga a banda!




(*) forma altamente descarada de tentar lembrar os mais esquecidos de que eu faço anos de hoje a uma semana!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Episódio n.º 326

Que dizer?? A minha vida é mesmo uma festa... Quando não é do rabo é das calças e, literalmente, o que me falta é sarna.
Já nem estou a pensar no tipo que me oferece 14 mil € pelo carro, mas diz que me manda um cheque de 24 mil € e que eu lhe devolvo 10 mil €...
Ou do outro, que não pára de me mandar emails a dizer que ganhei um BMW, mas que como não me pode mandar o carro, manda-me o dinheiro, mas com um esquema muito marado. Gosto de pensar que estes esquemas toda a gente recebe na caixa de email, não serei certamente só eu... ou serei?
Mas ontem a coisa passou um bocado das marcas. Um tipo a ligar-me para casa, a dizer-me que eu devo 150.000 reais a um banco brasileiro e que se quer encontrar comigo para me entregar uns documentos...
Como diz uma amiga minha... Tu mereces! Andaste a cuspir na cruz...
Porra! Que raio de novela mexicana, com 300 e tal episódios e reposições contantes! Arre!
Como diz outro amigo www.cadaumcomseusproblemas.com.br (não cliquem, que o site não existe - digo eu, se calhar até existe).
É muito filme... o pai da amante do outro é fiador num empréstimo e quem se lixa sou eu?
Não que forniquem!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Repiscagem

Talvez um dos meus melhores textos... tem mais de um ano. E hoje escrevia-o de novo, porque continuo a acreditar que tudo é possível.

Azulejos & Piscinas

Não foi o sorriso, não foram os olhos. Não foi sequer a voz ou o toque da pele.Foi muito mais que isso.

Ele era construtor de piscinas, ela pintava azulejos.Esbarraram-se numa esquina, em Abril, ambos tão absortos nos seus problemas que nem deram um pelo outro. Quando chocaram, os orçamentos das piscinas dele misturaram-se com os desenhos dos azulejos dela.Nem se cumprimentaram. Nem pediram desculpas… andavam azedos com a vida e não tinham tempo a perder. Apanharam os papéis à pressa e seguiram, sem sequer se olharem devidamente.

Mais tarde, ela encontrou um papel que não era seu, no meio dos seus desenhos.Era um texto estranho… parecia um projecto de vida, alinhado por itens a cumprir, como se fosse uma promessa a alguém. Entre outras coisas, o homem com quem tinha esbarrado naquela tarde, tinha escrito:“Prometo nunca te mentir, prometo fazer tudo para te fazer feliz para o resto das nossas vidas .Queria que o compromisso ficasse escrito.”

Não estava dirigido a ninguém, não tinha destinatário, não começava com “Minha querida…” Ele apenas pedia desculpa por escrever numa folha de orçamento e assinava o seu nome.Ela arrepiou-se ao ler aquilo. Procurou no resto dos papéis se havia mais alguma coisa dele. Nada. Na folha de orçamento não havia nada que o identificasse, além do nome próprio. Não dormiu naquela noite…

Já ele, encontrou um desenho perdido no meio dos orçamentos. Um esboço de uma horta que ela sonhava um dia vir a ter… Ao lado do desenho haviam notas, com os nomes das coisas que queria plantar. E claro, um desenho tosco de um espantalho com uma tabuleta ao pescoço, onde se lia “Celdélio”.Ele riu-se com o projecto. Era engraçado e dava a sensação de ter sido desenhado com muito cuidado. Pensou nela, mas não tinha retido nenhum pormenor. Mal tinha olhado para ela. Maldisse a hora em que não perdeu tempo a reparar nela. Não dormiu naquela noite…

Projectos de piscinas e pinturas de azulejos à parte, nos dias que se seguiram, nem um nem outro pararam de pensar no que tinha acontecido.Ela guardou a folha de orçamento, muito direitinha, entre dois livros."Tudo o que ele sempre quis” de Anita Shreve e “Quero-te muito” de Pedro Strecht.

Ele, à homem, dobrou o desenho mais ou menos e enfiou-o na bolsa de fora da mochila com que andava todos os dias… Assim, tinha-o sempre por perto.Os dias foram passando e a lembrança de um e de outro não esmorecia… Imaginavam-se, abraçavam almofadas e falavam sozinhos.

Até que em Agosto, já quase em Setembro, ela decidiu-se a pedir um orçamento para a piscina. Ele chegou numa manhã quente, cumprimentou-a educadamente e ela encaminhou-o ao jardim.Nada despertou a atenção um do outro, tudo parecia normalíssimo, até que ele perguntou de que lado ela queria a piscina.Ele caminhava à frente dela quando a ouviu dizer:“Deste. Naquele lado vou fazer uma horta, com um espantalho chamado Celdélio”Ele gelou. Virou-se para ela devagar e olhou-a olhos nos olhos. Ela retribui o olhar, sentiu um arrepio e foi como se o tivesse conhecido toda a vida.

Hoje vivem juntos numa aldeia algures por aí. Não chegaram a construir a piscina. Ela deixou de pintar azulejos e fez um Horto. Ele continua a construir piscinas. E o Celdélio guarda o amor deles melhor que a própria horta.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Voltei...

... a enviar um texto para um concurso de escrita criativa.

Quem mandou perguntar se eu escrevia?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Como esvaziar 600 m2 numa noite

Depois de uma noite a contar trapos, numa loja nacional que foi à falência e cuja administração está desaparecida (como boa tuga que é)... estou podre.
Foram contabilizadas 5153 peças... com valor estimado em mais seis digitos. E doi-me tudo: as pernas, as costas, os braços e também a alma por não ter levado nem um trapinho para casa.
Comigo, 8 ajudantes, com muitos mais anos de experiência a virar frangos que eu (primeiro inventário, boa?).
Ficou-me o consolo do sentimento de dever cumprido e o email do chefe a agradecer a disponibilidade. Sim, que dormir que é bom, 'tá quieto!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Acabei de ter...

... outra reunião.
desta feita com um dentista, por causa de uns protocolos e espaços para vender cartões de saúde.
Raio do homem era giro nas horas. Moreno, cabelo curto, olhos verdes... tipo primo direito do D. da Mad.
Bem falante, simpático, um bocado fanhoso por causa de uma alergia. Vinha acompanhado com um brasileiro fatela, daqueles muito brancos, com ar de doente.
Como sempre, gosto de tirar as medidas a toda a gente com quem falo, e às tantas o tipo estica o braço e deixa à vista uma pulseira de prata fininha. Pensei "que coisa tão pouco a combinar!"
E não é que o brasuca tinha uma igual?
Moral da história: os dentistas oferecem pulseiras aos seus colaboradores, com o objectivo de fomentar o espírito de equipa.
(para quê voltar ao cliché de que todos os homens bonitos são gays? Isso deve ser um mito urbano!)

Acabei de ter...

... uma reunião com o Pai Natal. Arranjei-lhe almoços à borla, um horário supimpa e o senhor fez-me um preço à Pai Natal, tipo prenda!
E depois enviei um email ao meu chefe, como quem vende banha da cobra, carregado de expressões como "oportunidade fantástica", "nunca antes feito", "imperdível".
Vamos ver se cola!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Birra!

É o que me apetece fazer...

Quero nozes cobertas de chocolate e não as encontro em lado nenhum!

A última vez que tive o prazer de me cruzar com esta iguaria foi em Torres Novas, mas já foi em Fevereiro...

São os meus ataques de chocólatra... e pioram quando tenho febre, que é o caso.

Sonho dourado


O da minha avó era ter um Jaguar.

Hoje deu-me para pensar no meu... Uma Loja de Miudezas! Mas não uma retrosaria qualquer. Não, de certeza.

Com vitrines antigas em madeira, daquelas que têm gavetas grandes com frentes em vidro e que abrem por cima. Com um balcão corrido, grande e muitos potes com milhares de botões de todas as cores e feitios.

Tecidos, muitos, botões, fechos, alfinetes, linhas e agulhas... Tudo muito colorido, arrumadinho e intercalado com muitas peças feitas por moi même.

Tinha de ser grandita, para ter espaço para o tear e para a roda de oleiro e ainda o forno (se é sonho, tem de ser à grande!).

Um nome giro, que ficasse no ouvido, provavelmente com duplo sentido, como eu gosto. Talvez Galinha dos Ovos de Barro, Retiro das Agulhas, Pano para Mangas ou Botões de Prumo...
E eu tinha de ter tempo... Para as minhas malas, para o meu scrap (novidade!) para as minhas tintas, colas, vernizes e pincéis.
Se fechar os olhos, consigo vê-la. Numa rua da baixa, de uma certa cidade. Toda branca, para que as cores brilhassem. Com o nome por cima da porta, numa prancha de madeira, pintada à mão.
Já que não tenho loja, nem tempo, nem dinheiro, nem ao menos um mísero esboço... ao menos sonho!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

E tudo o vento levou...

Estão a ver uma clarabóia de perto?
Eu também não, mas quem ía a conduzir na Santo Condestável hoje às 10h20... deve ter apanhado um cagaço descomunal.
Liguei ao manda-chuva da empresa e aos assessores todos, que nestas coisas de decisões de evacuação, há que não fazer as coisas à maluca... "Siga as instruções da polícia, em conjunto com a direcção!"
Ena, ena... a minha primeira evacuação! Bem me dizia um dos responsáveis da seguraça há um mês, que tinhamos de fazer um simulacro... 'Tá feito!
Foi sem espiga. Eu a mandar sair e toda a gente a obeceder. O chefe da segurança em direcção ao pessoal, de braços abertos "Está fechado. Ordens da directora!" Bonito.
E perante o espanto dos mais distraídos, que ao lerem a informação nas entradas perguntavam
"Está fechado porquê?"
- Voou uma parte do tecto
"E não avisam?? 'Tá mal!"

Encolhi os ombros e pensei... Ufa! Já está. Limpinho.