Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

À espera de mim


"Mas não haja confusões, o suporte do sonho é meu (...) e há milhares de anos que estava à espera de mim"

Miguel Torga






segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Definição fantástica

No seguimento das "pérolas de fim-de-semana"... faltou esta.
Ela: "Estão a ouvir os badalos? Andam por aí cabras."
Mais nova, com ar de espanto: "Cabras?!"
Ele: "Sim, cabras. Sabes o que são cabras, não sabes?"
Mais nova: "Sei! São pessoas más!"

domingo, 28 de outubro de 2007

Pérolas de fim-de-semana




Depois de um besouro, uma cobra, um louva-a-deus, cavalos, um burro, cabras, ovelhas e vacas...






Logo a seguir de uma troca simpática de “pontos de vista”...
Ele, com ar pesaroso, para o filho de 7 anos:
Sabes filho, as mulheres são muito complicadas
Filho:“Ainda tu queres viver com ela...

Num passeio, a mais nova grita eufórica que tinha apanhado umas coisas muito giras e vem-nos mostrar.
Ele, com ar condescendente: “Eu se fosse a ti largava isso rapidamente... são caganitas de cabra!”E olha para mim, a abanar a cabeça, como que diz “esta malta da cidade!!
Enquanto eu ria, diz-me “Se fosses tu, ainda me perguntavas que tipo de baga era e se dava para os teus colares...

Ela, com ar triunfante...“Estás a ver? Isto é que é um rabo-de-cavalo bem feito!” enquanto aponta para o rabo-de-cavalo da princesa mais velha, realmente muito bem feito.
Ele, com ar sério: “Hum, pois é. Os meus não ficam assim. Não tenho jeito e preciso de alguém que saiba fazer isso. Podemos casar e escuso de me preocupar mais com isso!


Qualquer semelhança com a realidade é... pura realidade.

Cento e quê?

Sexta-feira passada, perto das 19h00...

- 112, boa-tarde. Diga se faz favor.
:: Boa tarde, era para comunicar um acidente na A1.
- Só um momento por favor que vou reencaminhar a chamada. Por favor não desligue.
:: Ok, obrigada.

- 112, boa tarde.
:: Boa tarde, eu queria comunicar um acidente na A1
- Em que quilómetro?
:: Quilómetro 2, no sentido Lisboa-Porto.
- Isso é em Sacavém. Sabe se há feridos graves?
:: Penso que não, mas não tenho a certeza porque não parei.
- Não desligue que eu vou passar aos meus colegas.
:: Ok, obrigada

- 112, boa tarde.
:: Boa tarde, eu queria comunicar um acidente na A1.
- Onde??!!
:: Na A1!
- Mas a senhora está a ligar para Coina!!!
:: Escute, eu estou a ligar para o 112, e o senhor é a terceira pessoa com quem falo! Eu só quero comunicar um acidente.
- Está bem... Sabe se há feridos graves?
:: Não, porque não parei. O acidente foi ao quilómetro 2, sentido Lisboa-Porto e estavam, pelo menos, 3 carros envolvidos.
- Hum, ok está bem. Obrigada e boa tarde.
:: Boa tarde...

Não sei porquê, fiquei com a estranha sensação (vinda sabe-se lá de onde) de que o meu telefonema não tinha valido de muito... Ah! E também com a convicção de que o 112, muito de vez em quando, deve fazer umas calinadas jeitosas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Putinices

Eu que me costumo gabar que levo 10 minutos para chegar ao emprego… Hoje apanhei uma seca descomunal.

Saí de casa às 8h40 e cheguei ao escritório às 9h57… Estive mais de 45 minutos para fazer uma avenida de 500m.

E tudo isto porquê? Porque está cá um russo e há uma cimeira e coiso e tal…

Pois! E quem se lixa é o mexilhão… Já a A5, A8 e a CREL estavam cortadas há que tempos e o Sr. Putin ainda devia estar a espreguiçar-se na cama ou a tirar as ramelas…

Enquanto o tipo calmamente calçava os sapatos, milhares de portugueses abobravam nas filas de trânsito enquanto enalteciam o estado russo e o seu representante… Muitas vozes se devem ter ouvido a elogiar as qualidades da mãe do menino.

E porque é que não fizeram a cimeira nas Berlengas? E se a cimeira começava em Mafra a 10h da manhã, porque é que o Sr. ficou a dormir no centro de Lisboa? Será que a malta que organiza estas coisas não sabe o verdadeiro significado de “hora de ponta”? Não há hotéis na zona saloia? Podiam tê-lo posto a dormir nos carrilhões do convento…

Oh por favor… ainda bem que é 6ª feira!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Telha

Não estou a 100% com a telha. Ao invés disso, estou com 0,5% de telha no meu estado de felicidade. Pode parecer insignificante, mas que chateia, chateia.

A ver se eu me consigo explicar com uma analogia estapafúrdia (ai, o que eu gosto de analogias... estapafúrdias então, nem se fala) .

Às vezes sinto-me como alguém que se queixa de uma unha encravada, rodeada de manetas e pernetas. Ou seja, não tenho mesmo muito do que me queixar.

E nem me estou a queixar. Estou é com os tais 0,5% de telha, que me incomodam.
Porque não posso fazer o que me apetece, porque há coisas importantes que eu quero mudar e não consigo… porque tenho pressa!
É uma contradição… eu que ia devagar, mas com confiança, agora só quero é que as coisas aconteçam o mais depressa possível.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Macarrónico!

Sou aquela que leva sempre as boquinhas porque sai todos os dias às 18h00.

Olha o funcionalismo público!!”… costuma ser o comentário preferido quando eu cumpro literalmente o meu horário. Mas atenção, que eu cumpro tanto o de saída como o de entrada. Eu gosto de ser certinha nos flancos todos.

Nunca fui bajuladora, se não tenho trabalho para fazer, horário foi feito para se cumprir. E o meu contrato diz “das 9h às 18h”.

Mas há dias, estava o Mr. Stress em… stress e vem-me com a conversa a começar por “Florita” que é como quem diz “Tenho um trabalhinho de seca para fazer. Fazes tu, boa?"

E toca de fazer os procedimentos do nosso departamento, de raiz e ainda por cima em francês. Pronto, o Mr. Stress deu-me uns tópicos, não fiz tudo sozinha (!!!!).

Na passada 3ª feira, fiquei no escritório até às 19h30 a tratar dos referidos procedimentos. Ontem andei a acelerar a tarde toda para terminar mais um, que foi pedido à última da hora.

E agora vem-me o Mr. Stress, com ar de gozo… “Olha afinal, os procedimentos… eram em português!”. Os meus outros dois colegas rebentaram a rir (sabiam que eu tinha ficado até mais tarde). Eu, que tento ver sempre o lado bom da coisa, sai-me com um sarcástico “Ora aí está porque é que eu não fico cá mais vezes até às 19h30!!".

Depois de umas gargalhadas e de eu atirar uns clips ao adjunto em sinal de protesto pelo seu ar divertido, o sacana do meu superior hierárquico ainda se saiu com mais uma.

Parece que o supremo cá do burgo, quando leu os meus procedimentos, depois de ter advertido que deveriam ter sido apresentados em português, ainda rematou com um “e também não era neste francês macarrónico!!

Sinceramente que me deu uma vontade enorme de mandar estes senhores todos à fava!

Mas em cinco segundos já me tinha lembrado de todas as coisas boas que tenho na minha vida (e que são muitas) e que também é sempre uma atitude inteligente e bastante positiva rirmos de nós próprios e das situações mais estapafúrdias.

Até porque, hoje é 6ª feira!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Mimos Grandes

Para o meu Casco. As melhoras da febre.

Mamonas Assassinas ao vivo
Uma Arlinda Mulher

A Valente

Hoje fui com a minha princesa fazer análises. A mãe estava mais nervosa que a filha. Quando vou fazê-las eu, é sempre um filme. Não posso olhar para a agulha senão está o caldo entornado. E digamos que sou um tanto ou quanto sensível a sangue. Seja ele o meu ou o de terceiros.
Mas a miúda surprendeu-me! Sentada ao meu colo, de mão dada comigo (não fosse eu sucumbir...) aguentou-se muito melhor que eu e a única coisa que se lhe ouviu foi um "Au!" quando a agulha lhe furou o bracito.
"Até nem doeu muito!" disse toda contente, no fim. E recebeu um diploma de bom comportamento e um lápis todo catita.
Não fosse o facto de ela ter começado o dia aos berros, por ter caído da cama abaixo, e poderia dizer que a manhã correu bem.
Ficou com o nariz inchado, um vergão na testa e chorou desconsolada no meu colo "Eu estava a dormir tão bem!!". Mimos e gelo... daqui a uns dias nem se nota.
E disse-lhe que também tinhamos de dar mimos ao Casco, que está cheio de febre. "Mimos grandes" disse ela. Vamos a isso.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O Bom

Depois do Bom, o Mau e o Vilão... apetecia-me fazer uma adaptação feminina.

Mas não me apetece falar em maus e vilões. Todos sabemos que eles existem, na vida de toda a gente, logo ali ao virar da esquina, prontinhos para nos fazer a cabeça em água e nos (tentar) estragar a vidinha.

Apetece-me falar só no Bom. Naquilo que interessa, naquilo que conta.

Ontem dizia-me a Mad... "Estás mesmo apaixonada! Só falas nele." Ao que eu questionei "E há mais alguma coisa?". Mas é que é mesmo isso!

Queria escrever tudo o que mereces que te escreva, que transpareça tudo o representas para mim. Mas às 8h15 da manhã não sai grande coisa.

Contentas-te com um "Tenho a certeza que és o Homem da minha vida!" ?

E com um "Sou feliz contigo" ?

Não sei quem encontrou quem. Só bendigo e agradeço o segundo em que me abraçaste e nunca mais me largaste. Estás comigo mesmo quando não estás.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

70 anos



Era costume apresentar-se assim:

Eu sou o Renato, filho do Augusto e da Flora,
nascido a 16 do 10 de 1937,
na Maternidade Magalhães Coutinho,
na cama 27 às 5h30 da manhã.

(corrigido pelo mano velho)

Com certeza que hoje haveria festa.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ainda não são 6 da tarde?

Não?!! Mas porquêêêêêêêê????
Hum?....
Ainda não?
...


Bolas... Eu quero que sejam 6 da tarde!!!!


Para quê?!
Para começar o fim-de-semana!

Porquê?
Porque este fim-de-semana vai ser muuuuuito bom!
Nem que chova! Nem que troveje!
Vai ser MUITO BOM!

Bora fazer castelos? E bolos de areia? 'Bora, 'bora, 'bora????


E...

Ainda não são 6 da tarde???

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Existencialismos

Se a gente combina às 8h40, porque é que as pessoas aparecem às 9h10 com a cara mais deslavada do mundo?

Se eu tenho bons amigos que me dão bons conselhos, me ouvem, me mimam, porque é que há gente que só faz merda e parece que se aconselha com o belzebu?
Porque é que as Mães não são todas como a minha e os Pais como o Cáscois?
Porque é que cada vez mais se baseiam relacionamentos em “quanto é que ganhas?” e se estabelecem condições como “tens de ganhar mais!”?
Porque é que os adjectivos “manhoso”, “ordinário”, “ressabiado” “vingativo”, “pérfido”, “mal amado”, “mau”, “perverso” e “biltre” se encontram todos numa só pessoa e não se distribuem por três ou quatro almas menos bafejadas de maldade?
Se se fazem acordos, porque é que não se cumprem?
Porque é que há gente que tem umas trombas do tamanho do Mundo, ar de que toda a gente lhes deve e ninguém lhes paga… e vai-se a ver até tinham condições de ser felizes? Ou contentes, vá.
E porque que é há malta tão egoísta, mas tão egoísta, que se nega a ver cinco centímetros além do centro do seu Mundo (eles próprios)… e magoa quem mais deve proteger?
Pior, pior, é ter um nome, uma pessoa (ou várias) para colocar à frente de cada uma destas perguntas!
Começo a achar que há pessoazinhas que são azedas e infelizes por nítida opção. Uma cambada de tristes!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Vida doméstica

Numa qualquer cozinha…

Ela diz que vai começar a preparar o jantar.
Ele olha-a de soslaio, faz um sorriso maroto enquanto abre o frigorífico e diz, triunfante, “Vou realizar um sonho!

Ela - “Hummm?!
Ele, enquanto se refastela numa cadeira, põe os pés em cima da mesa e abre uma mini - “Tu realizas todos os meus sonhos... Sempre quis fazer isto!!!

Ela - “Ai sim?... E tomate pelado, tens?
Ele - “Não. Acabou ontem!

Ela - “E????.....
Ele, enquanto se levanta contrariado - “Vou à mercearia… durou pouco o meu sonho!

Moral da história - a felicidade faz-se de momentos... e de sonhos por realizar!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pedacinhos

Viagem deliciosa, com paisagens fantásticas.

Casamento lindo, em flamengo, português, francês e inglês.
Copo d'água num castelo...






Todos repararam na empatia espantosa dos miúdos, que apesar de não falarem a mesma língua, se entenderam às mil maravilhas e era vê-los a jogar às escondidas.

Matámos as saudades dos amigos, mas a vontade de lá voltar já é grande.

Foi uma aventura e tanto. E a princesa portou-se à altura.

De recordação ficam as fotos, a coroa de flores naturais, o bouquet, os bilhetes de avião e de comboio, os menus personalizados, o lenço italiano, a joaninha da Swarovski...



E mais...

:: As corridas para não perder as conexões

:: As quedas do carrinho das malas

:: O casal alemão, muito simpático, que nos ajudou a comprar os bilhetes, já passava da meia-noite

:: O quarto minúsculo em Frankfurt

:: O cartaz na estação do Luxemburgo "Vende-se Leitaõ - 109€" (!!!)

:: As gargalhadas da Kel na porta de embarque (porque eu não conseguia por a mala de pé) e que puseram a fila toda a rir
:: A turbulência na viagem Madrid-Lisboa, que fez pensar na vidinha e à qual a princesa respondeu com um “Já acabou? 'Tava a gostar!
:: O anúncio em Madrid "Café e muffin - sólo 3,95€"....







Enfim, coisas que não se esquecem. Que fazem com que esta viagem fique na memória.








quarta-feira, 3 de outubro de 2007

E tu?

Neste momento, há seis mil milhões, 470 milhões, 818 mil e 671 pessoas no mundo.
Algumas estão tristes, outras radiantes.

Algumas estão a fugir assustadas.
Algumas estão de regresso a casa.
Algumas mentem para chegar ao fim do dia.
Outras, estão a enfrentar a verdade.
Alguns são homens perdidos, em guerra com os bons.
E outros são bons, a lutar pelos perdidos.
Seis mil milhões de pessoas no mundo.
Seis mil milhões de almas.
E às vezes, só precisas de uma delas para todo o teu mundo fazer sentido...
6,470,818,671


E tu?
Identificas-te?

Já não passava por ali há uns tempos...

Ida e Volta

6ª Feira
Lisboa - Madrid
Madrid - Frankfurt

Sábado
Frankfurt - Luxemburgo

Domingo
Luxemburgo - Frankfurt
Frankfurt - Madrid
Madrid - Lisboa

Quem corre por gosto não cansa!