Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Manias

Sou só eu ou mais alguém reparou que os condutores em Lisboa andam com uma mania nova?

Parece que a moda pegou… não se pára em passadeiras! Mas o mais engraçado é que a maioria dos condutores que faz isso, pede desculpa!

Parar que é bom (e obrigatório) ‘tá quieto, mas pedir desculpa é que raramente falha!

É vê-los a acelerar em cima das zebras, com ar de culpado, encolhidos, com uma mão levantada e os lábios a mexerem-se, num pedido de desculpa sentido a quem fica no passeio, estupefacto.

Atravesso, em média, 4 a 5 passadeiras por dia e não tem havido excepções… há sempre um que lá faz a “delicadeza” de não parar. Mas o “I’m sorry!!” não falha… e sempre com um ar de pecador confesso... “ai que eu não presto, por não parar para os peões atravessarem a estrada!”.

Quando vivi no Brasil já estava habituada a que ninguém parasse nas passadeiras… Aliás, o normal era os condutores acelerarem quando viam alguém na passadeira, do tipo “tiro ao boneco”!

Agora tenho de me adaptar a esta nova mania. Antes de pôr o pé na passadeira, olho para os condutores e tento avaliar “Será que este é dos que pára ou dos que pede desculpa?”…

Conclusão… Civismo temos pouco, mas somos tão educadinhos!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Canalhice

Todos sabemos lidar com canalhices. Uns melhor, outros pior… mal ou bem, lá vamos encaixando os coices que a vida nos reserva.

Criamos defesas, muros, capas. Aprendemos a ter jogo de cintura e desenvolvemos o chamado “poder de encaixe”. Porque somos adultos e temos de saber lidar com canalhices.
Quando alguém nos diz “não te quero ver NUNCA mais!” sabemos que, no fundo, até pode nem ser verdade. Dependendo de quem o disse, relevamos um pouco (ou muito) deixamos a poeira assentar e damos tempo ao tempo… Pode ser que lhe passe.
Talvez a pessoa tenha motivos para o dizer. Talvez tenhamos entendido mal e a questão não seja bem assim. Podemos reflectir sobre o assunto e tentar perceber as motivações que levam alguém a dizer isso… porque somos adultos e temos de saber lidar com canalhices.

Mas… e se isto é dito a uma criança? Dito por um “crescido” que é suposto protegê-la e fazê-la sentir-se a pessoa mais importante do mundo?

Passa a ser uma luta como a de David e Golias…

E nem é só pelo tamanho. Falta discernimento para entender, ainda não houve tempo para desenvolver o “poder de encaixe”, não há defesas que permitam que isto não magoe ou magoe menos.

Resta-nos o conforto da história: mesmo mais pequeno, David enfrentou Golias e ganhou.

Love is...

Hoje lembrei-me disto, nem sei bem porquê (ou até sei!).

A minha mãe tinha uma caderneta de cromos destes desenhos… Ainda existe, Mummy? Esta tens mesmo de procurar! Eu deliciava-me a ver os bonecos e adorava as definições de “Amar é…”. No meio da minha infância feliz, questionava-me se seria mesmo assim…

Os desenhos são absolutamente adoráveis e descobri agora que quem os fazia, Kim Casali, os espalhava entre as coisas do futuro marido. Ou seja, estas tiras que se tornaram um sucesso mundial, começaram com uma história de amor.

Os dois bonecos são absolutamente deliciosos. Lamechas? Sem dúvida! Pirosos? Depende do ponto de vista…




Já deve faltar pouco para aparecerem os coraçõezinhos no canto superior direito (antes isso que a bolinha vermelha, não?) as borboletas cor-de-rosa, as florzinhas... Bom, mas prometo que não mudo o laranja para rosa choque… Quer dizer, prometer, não prometo. Mas vou tentar, ok?

Love is...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Do melhor

À falta de dias cheios, tenho tido dias cheiíssimos… Não paro de conhecer gente nova, cada um mais divertido, simpático, bem disposto… carradas de gente gira e de bem com a vida.

Jantar tardio na 6ª feira, Cerrado da Loba, Sintra. Muita picanha, caipirinha e uma muqueca de camarão que estava perto, pertinho do que tenho saudades…Música ao vivo a aquecer o coração. Mais conversa, mais galhofa, muita empatia e mais 20 mil euros, a Lolita e o cartão…
Tirando a Ana, que conheço há mais de duas décadas... o resto anda pelo mesmo caminho. Não é tanto, mas parece!!!

Chamadas para o Brasil, para saber dos amigos e ouvir a reclamação “Manda lá um e-mail com as novidades!!!”. Já mandei.

Mais um bar em Oeiras, que nem me atrevo a dizer o nome, pois isto é um blog sério (ou pelo menos, tem essa pretensão).
Domingo… dia mais que perfeito. A manhã encoberta ainda nos levou a duvidar, mas ao chegarmos à Serra da Arrábida, o Sol já estava a nossa espera. Passeio fantástico de barco, dia de praia fenomenal em Tróia.

Mais amigos a juntar ao clube… um deles com uma cumplicidade enorme. Todos de gargalhada fácil e boa disposição escrita na testa.
A praia estava praticamente deserta, a água estava fresquinha, mas não gelada… mas o melhor foi mesmo a companhia. Daquelas com que se fala com os olhos. Do melhor.

Voltamos a Albarquel já passava das 6 da tarde… E o destino a seguir não podia ter sido melhor: caracóis e choco frito. Não fomos à Lagoinha, mas não ficámos nada mal servidos! Muito antes pelo contrário.

E sim, Dilza, estás à vontade… já vi que não vais atinar mesmo com o meu nome, portanto podes continuar a chamar-me Vera.

Olho por olho

Com tanta Maria, para que não haja confusões.


Chega assim, ou querem uma de corpo inteiro?
Para essa vou precisar de autorização (esta foi à socapa!).
E teria de ser em dois postes(!)… que o menino tem 1,90 m!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Nem tenho "título" para isto!

Não me apetece muito escrever sobre o assunto. Mas lá terá de ser. À laia de desabafo! Estou a precisar de "vomitar" um sapo!

Sabem aquela merda de atirar para o ar... "Ah e tal eu sei quem são os meus amigos!!!"??

Há tiros que quando saem pela culatra doem que é uma coisa estúpida. Estava a rever a factura detalhada do meu telefone e reparei numa chamada que fiz no passado dia 29 de Maio.
23 minutos. Não sei quem ouviu mais quem, mas isso agora já nem vem ao caso. Foi a última conversa.

Amizade não se cobra, não se mendiga. Também não se julga. Todos temos maus momentos. Todos temos o nosso “timming” para engolir sapos e outro tanto para os cuspir.

Há dias a minha mãe dizia-me “Tudo isso é muito estranho…Tu estiveste lá, quando foi preciso!”. Acho que nem é essa a questão… quem esteve para quem, quem fez o quê, quem ouviu mais desabafos, quem limpou mais lágrimas ou deu mais palmadinhas nas costas. A questão é mesmo pôr em causa tudo isso!

Sei que sou uma tipa impaciente e impulsiva. Que procura explicações para todas as atitudes e comportamentos de quem me rodeia. Que analisa até o que não é analisável.

Esta merda de ter de rever os 5 números a quem ligava primeiro quando acontecia alguma coisa (boa, má ou nada de especial) deixou-me um bocado à toa. E deu-me uma trabalheira do camano! É que eu achava que estavam bem definidos. Tipo pedra e cal, para o que der e vier.

É como tirarem-nos um bocado de chão. De um momento para outro, não se sabe onde se pisa. E o pior é que nem se sabe muito bem porquê!

Resta-me a consciência tranquila, os outros 4 números e um buraco que só o tempo irá cobrir. E uma janela enorme que se abriu, quando a porta se fechou.

Não sei se volta a entrar alguém por aquela porta. Já não depende de mim.

O pai já vai...

Eu devia escrever alguma coisa… já não digo de jeito, mas minimamente séria.
Com um cunho menos brejeiro e assim a modos que a reflectir um estado de alma mais ou menos (sendo que "mais ou menos" é tudo o que não estou!!!).

Mas não. Não me apetece. E eu sou tanto de apetites.

Não que não tenha assunto, motivação ou tempo. É mesmo apetite.

Há tanto para contar… dos filmes que vi… (atenção malta que vai levar os putos a ver Shreck O Terceiro… preparem-se para o trauma… cortam a cabeça ao Bambi!!!!) das pessoas fantásticas que conheci, das piadas novas que aprendi...
O melhor desta semana? Não devo!… mas conto a medalha de prata…

Um menino de 6 anos que fez um pedido especial ao pai… E ele, de olhos brilhantes e um sorriso lindo, lá fez a vontade à criança.

Eu sei que isto são muitas analogias e ninguém entende nada… mas quem tem de entender, entende! E hoje constatei que já não escrevo só para mim!

Este colar foi-me "roubado" na passada 2ª feira. Digamos que foi um roubo consentido...
E dá-lhe sorte!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Quente, quente

Confesso. Estava a precisar de algo assim. Que me tirasse os pés do chão, me pusesse este sorriso parvo e me fizesse acreditar.

Enquanto eu andava distraída na minha vidinha, nem me lembrei que ele podia chegar a qualquer hora...

Para me aquecer. Chega hoje, às 19h06… O quê?

O Verão, minha gente, o Verão!!!!

Havia de ser o quê?!... Bom, também podiam ser as férias. Já não falta pouco.

E também pode ser isto… Faixa 11... Desculpem lá se o link não funcionar, eu ando um bocado azelha. É do calor.

Se entretanto alguém descobrir o vídeo, agradeço. É que o MEU Verão merece!


Exacto, exacto.

terça-feira, 19 de junho de 2007

A Felicidade pode demorar

Enviado ontem por um amigo recente. Mas que por ser recente, não é menos válido. Com a mensagem "espero que gostes".
Gostei! Ou não fosse de um dos meus escritores brasileiros favoritos, Luís Fernando Veríssimo.

A Felicidade pode demorar
Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.

Às vezes nos falta esperança.

Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida dolorosa.

Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar... é nossa razão de existir.

Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.

Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um por do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto, é a força da natureza nos chamando para a vida.

Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade.

Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.

Você descobre que "algumas" pessoas nunca disseram "eu te amo", e por isso nunca fizeram amor, apenas "transaram"... descobre também que outras disseram "eu te amo" uma única vez e agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-los a reconstruir um coração quebrado.

Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatores importantes...

Não deixe de acreditar no amor, mas certifique se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra...

Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá restar.

Aproveite sua família que é uma grande felicidade, quando menos esperamos iniciam-se períodos difíceis em nossas vidas.

Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco, pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado.

Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário, existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.

Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance a vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho.
“A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna”.
“A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é, que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem...”.

E tudo e tudo e TUDO!

Não conhecem? Olhem que deviam...

O vídeo está delicioso. O tipo é giríssimo, de cair para trás e canta bem que se farta! Eu escrevi "giríssimo"? Ai, não é nada... é assim, engraçadito. E nem deve ter 1,80 m de altura!

Mas isso também não interessa. O que interessa mesmo é que ele canta muito bem!
Mais ou menos.

Pronto, o tipo não vale nada, a música vale só por si!

Gosto especialmente da parte dos "la, la, la...". Esta música arrepia-me!

E hoje já me chamaram a "senhora dos suspiros" e ontem perguntaram de que cor era o passarinho que eu vi.

"Passarinho" é apelido e tem é o arco-íris todo!

Pronto! Está escrito na testa, fazer o quê? O raio da moça é transparente como o caraças!
Eu não disse que isto ía ficar piroso?

Everything
Michael Bublé

You're a falling star, You're the get away car.
You're the line in the sand when I go too far.
You're the swimming pool, on an August day.
And you're the perfect thing to say.

And you play you're coy, but it's kinda cute.
Ah, When you smile at me you know exactly what you do.
Baby don't pretend, that you don't know it's true.
Cause you can see it when I look at you.

[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, You make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.

You're a carousel, you're a wishing well,
And you light me up, when you ring my bell.
You're a mystery, you're from outer space,
You're every minute of my everyday.

And I can't believe, that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.
Whatever comes our way, ah we'll see it through,
And you know that's what our love can do.

[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, You make me sing
You're every line, you're every word, you're everything.

So, La, La, La, La, La, La, La
So, La, La, La, La, La, La, La

[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, You make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're every song, and I sing along.'Cause you're my everything.

Yeah, yeah
So, La, La, La, La, La, La, La
So, La, La, La, La, La, La, La, La, La, La, La

segunda-feira, 18 de junho de 2007

E mais?

6ª Feira…

Andam a habituar-me mal… mais um encontro fantástico no palacete CruzRamos! A conspiração da praxe sente-se no ar, mas por enquanto ainda não há novidades. Parece que faltaram adereços. Mas andam com ideias, os meninos.
Mais uma “coincidência”? A minha filhota e a sobrinha da Filipa (prima da Ana) são “só” coleguinhas de escola e melhores amigas. A Bia até esteve lá em casa, na festa de anos da Raquel, no mês passado…

Madalena: “Isto soa-me tudo muito bem!
Kiko: “Na próxima, a Flora descobre que é filha de algum de nós, ou então encontra um irmão que não conhecia!!!

Constou-me que já o dia raiava quando terminou a festança… Eu, a essa hora (lá para as 6h, parece-me) há muito que dormia. Não sem antes ter presenciado mais uma engraçadíssima.
À porta do prédio ao lado do meu… no chão… um coração enorme, feito com botões de rosa vermelhos. No centro, velinhas (que com a chuva se tinham apagado). De cada lado do coração, iniciais… de um lado “VC”, de outro “EM”… Lindo! Lamechas e piroso como o amor deve ser.

Sábado…

Dia fantástico para estar em casa. Companhia… a melhor. Um bom filme… boa comida… muita galhofa… salame de chocolate e gelatina de morango.

E margaridas amarelas. Que significam inocência.

Ainda demos um pulinho à praia… só para ver o mar. Mas estava muito vento e enfiámo-nos em casa até à noitinha.

No fim do dia, a Raquel dizia-me que a única coisa que tinha corrido mal foi não ter ganho os jogos todos. E lá lhe fiz o sermão do “ganhar e perder”. Tenho de trabalhar mais este campo. Ela tem um mau perder incrível. Mas tem a quem sair.

Domingo…

Dia grande! Miúdos alegres e contentes… graúdos a parecer miúdos. Voltámos a acampar no burgo CruzRamos (parece que assinámos para várias épocas…) mas desta vez dei um humilde contributo. E acho que vamos ter de repetir. Os meninos gostaram da cozinha a meias… Ah… os espargos estavam fantásticos. E para não causar invejas e malta a salivar enquanto me lê, nem menciono o frango bêbado, os cogumelos com espinafres e queijo, a linguiça com alho, nem a saladinha de tomate com rúcula e mozzarella.

E mais? Mais nada!
Este blog não é um folhetim cor-de-rosa (é cor de laranja). Para esse tipo de coisas, têm sempre a Caras, com carradas de fotos. E se quiserem alguma coisa mais picantezinho-parva, há sempre a Maria. Gostos não se discutem, meus amigos.
Apesar de achar que tenho mais inspiração quando estou triste… vou continuar a escrever.
Mesmo correndo sérios riscos de tornar este blog piroso.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Ponto de situação

Como já não escrevo há dois dias e anda para aí muito boa gente a ver filmes sem pagar bilhete… venho por este meio sossegar os meus queridos e queridas (uns mais, outros menos) que está tudo bem.

Não há novidades (parem de perguntar, que mania!!!) e mesmo que haja, não conto! Eu sou do contra, lembram-se?

Ontem conheci mais duas pessoas fantásticas e a única dúvida é decidir qual dos dois gostei mais. Ah, já agora aproveitem… uma exposição muito especial na Marina de Oeiras, até 28 deste mês.

Cada vez mais me convenço de que este blog me tem trazido coisas fantásticas. O encontro de ontem foi mais uma delas.

A vida nem sempre é cor-de-rosa… mas há tantas outras cores! Conviver com realidades diferentes da minha, dita “normal” leva-me a acreditar que, por muitas voltas que as coisas dêem… há sempre um fio condutor, que tudo liga, compõe e justifica. Tudo na vida tem uma razão de ser.

É preciso é estar atento… pés bem assentes no chão… de espírito aberto e disponível para saborear as coisas boas que se nos proporcionam.
E vá... "não se estiquem!"

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Mais coisas boas

Um pic-nic improvisado às três pancadas, lá pelas 11 e meia da manhã... porque perguntei à princesa o que queria fazer.

Sandochas, sumos, iogurtes, fruta e água foi o que se arranjou e lá fomos as duas, de mantinha e tudo, para nos estendermos na relva.

Muito bom. Não estava muito calor e às 4 da tarde o céu estava todo enevoado. Mas o certo é que a nina ficou com bronze à camionista. Até para andar de baloiço a gaiata precisa de factor 50!

Ainda deu para apanhar flores e encher uma garrafa de relva. Para esta última ainda não entendi bem o propósito, mas não há-de ser nada de muito limpo...

Mais tarde, mudámos de parque e aumentámos a equipa. Lanche muito agradável. Valeu a companhia e a “loucura” do que nos rodeava... ou era um com o rádio bem alto que falava com toda a gente e pedia beijinhos, ou outro que vendia desenhos “para as crianças pintarem” a “dois um Euro” e ainda respondia agastado, perante a nega, que “um Euro são dois cafés!!”.

A dada altura pusemos em questão se o Palácio, ao lado do jardim onde estávamos, não fosse alguma instituição de onde fugiam, pacificamente, estes personagens.

Muita conversa, muita risota, torradas, leite com chocolate e gelados. Fim de tarde perfeito. Nem faltou o quase!

Enfim...
Santo António já se acabou,
O São Pedro está-se a acabar
São João, São João, São João
Dá cá um balão para eu brincar

Coisas boas

Agora com rede! Sem a “pressão” do momento e os olhos curiosos...

Escreveu o Miguel, há dias, que “a vida de facto reserva-nos (a todos) só coisas boas. As outras, as coisas más, são passageiras.”

Sem dúvida! E já nem me atrevo a pedir muito mais. Noites como a de ontem enchem-me a alma.

A frase da noite, foi da Ana que, por entre uma história e outra, me disse... “Olha para eles, o que vês é o que é!”. Tal como ela, gosto de pessoas assim, transparentes, bem dispostas, de bem com a vida!

Respirava-se amizade, boa disposição, mas acima de tudo muito companheirismo e cumplicidade. O bom de conhecer as pessoas há muitos anos.

A princípio, e mesmo com o acolhimento fantástico, o “descontrair” custou um bocadinho. Mas foi coisa para durar aí uns 10 a 15 segundos, quanto muito!

Desde Flor, a menina do blog, dona do olho e Florinha (que é como o Diogo me trata) houve de TODOS, uma palavra, um olhar, um gesto acolhedor.

Não vou citar nomes, porque seria injusto esquecer-me de alguns, e não é de bom-tom vir para aqui dissertar sobre com quem mais me identifiquei, simpatizei ou falei.

Senti-me, definitivamente, enturmada no grupo. E isso deve-se ter notado, pois ganhei um pin dos SANTAMAROTOS. Ena, ena... já faço parte do clube!

Muito obrigada a todos, em especial aos donos da casa e ao querido que me levou até lá. Não fosse o maroto perguntar de quem era o olho giro, e talvez isto ainda estivesse tudo para acontecer.

Há mais dois a quem tenho de agradecer: os meus Cachuchos! Que mesmo a milhares de quilómetros de distância, me proporcionam coisas boas como esta.
Agora? Vamos devagar... que eu não aguento muitas noitadas até às 4 e tal da manhã! Mas vamos com toda a confiança.

Jantar de Sto. António dos SANTAMAROTOS

E DIZ A FL:
Ora, bem… vamos lá ver se à segunda esta treta funciona. Desculpem lá, mas além de não estar habituada a escrever a 4 mãos, também não estou habituada a laptops

Antes de mais, senti-me em casa. Talvez o facto de conhecer a dona da casa há mais de 20 anos tenha ajudado. Coincidências? Não acredito nelas… e eu e a Ana andámos juntas à escola. Dá para acreditar?

Pois. Perante a minha confusão em decorar nomes e saber quem é quem (o pessoal não anda com etiquetas no peito, para facilitar) fui prontamente esclarecida pela Ana que se tratasse os homens por “Kiko” e as mulheres por “Ana” tinha poucas probabilidades de falhar.

É obvio que cai aqui de pára-quedas e à porta ainda pensei em voz alta “o que é que eu estou aqui a fazer?!”, mas a cara familiar da Ana dissipou os receios.
Depois, a versão loira do meu querido Diogo (as semelhanças são impressionantes!!!) e a simpatia de TODOS fizeram o resto.

Miguel, se eu fosse marota, essa agora da cama, coisas em conjunto e fantasias, dava pano para mangas. Mas eu não bebi (muito)!
Boa comida, boa companhia, bom ambiente. Não vou mencionar o facto de ter sido praticamente coagida a escrever este post a quatro mãos e em directo!!!

E não preciso de chegar à cama para dizer que sim, realmente, isto valeu a pena (isto não me está a soar bem…)

Calma Miguel, o S. Pedro é só dia 29!!!

Obrigada! O meu círculo de amigos foi substancialmente aumentado. Mais 20, no mínimo! O acolhimento, isso sim foi fantástico!!!


E DIZ O SANTAMAROTO:
Se não fosses Escorpião, traduzia para a restante Blogosfera o que todos estes anteriores parágrafos querem dizer. Mas, infelizmente, a FL apagou o anterior post que estávamos a fazer a 4 mãos!

Para não recomeçar com “Ora Bem”, começarei, então, com “Portantos”… Portantos, tenho-vos a dizer que a Flora é, de facto, espectacular e o só a simples razão de conhecer a Ana torna este reencontro ainda mais “sui generis”. O mundo SANTAMAROTO é mesmo muito pequeno… basta ter o espírito… topam????

À Mad e ao Diogo, aqui fica o testemunho destes SANTAMAROTOS e desta nova SANTAMAROTA. Esperamos, todos, sem excepção, conhecer a SANTAMAROTINHA Raquel, que nasceu no mesmo ano que o meu filho Afonso (2002). Aos outros, aqueles que não puderam vir, deixo-vos só um facto: são 01h12, começámos às 20h00 e as coisas ainda estão no adro…!!!!!!!!

Para elucidar os leitores, só vou desvendar o mistério da cama: aquilo que nós todos esperamos é que a Flora, quando chegue à sua cama, antes de fechar os olhos e adormecer, sorria e pense “valeu a pena”… O resto, meus queridos, é pura fantasia!!!!

NOTA: Devido ao adiantado da hora, à fermentação da sangria e à animação da malta, o post original, tinha uns quantos "lapsos"... podem conferi-lo aqui.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Parece anedota

Mas não é.
Ainda bem que (ainda) tenho a capacidade de conseguir rir de mim própria e dos disparates que faço.

Andava eu há uns dias a gabar-me que só faço compras de supermercado pela net. Pois muito bem, domingo foi dia delas, logo pela fresquinha.

Não sei se foi por ser muito cedo ou se por andar a pensar em bugalhos, enquanto comprava alhos, o certo é que me baralhei nas quantidades.

E era ver o fartote de gargalhada quando eu ontem cheguei a casa. Filha, mãe… tudo gozou com o meu feito.

Se isto virar mito urbano, sempre podem dizer que “conhecem” uma protagonista. Sim, porque não devo ter sido a primeira.

O que é que eu fiz de tão hilariante… simples: em vez que encomendar um quilo de cenouras, encomendei UMA cenoura (são dois campos diferentes com a opção de quantidade)!

Resultado?

Profissionais e sérios como são os meninos do supermercado, mandaram-me isso mesmo, UMA cenoura. Devidamente embalada e etiquetada, com o fantástico preço de 0,05€.

Tento visualizar a logística da coisa. Deve ter sido de partir o coco a rir. O tipo que estava a aviar o pedido (partindo do pressuposto que era um “ele”) deve ter, das duas uma, rido a bom rir ou insultado a minha ascendência toda.

Imaginem a cena: chega à banca das cenouras… será que ele escolheu bem escolhidinha ou pegou a primeira que lhe apareceu? Enfiou-a no saco… pesou-a… pôs a etiqueta…

O que se terá passado na cabeça do indivíduo? O que é que se faz com UMA cenoura?!... Bom, esqueçam! Parem de imaginar! Não vamos por aí, definitivamente!
De certezinha que já devem circular muitas piadas no estabelecimento, à conta de situações como esta...

Acho que vou ter de ir às compras outra vez. E desta vez com mais atenção.

Golden Gate Bridge

O local do Mundo onde mais pessoas se suicidam.

Não é um filme para pipocas. Talvez por isso o meu balde tenha ficado mais de meio. Também não é um filme com actores. Os protagonistas são pessoas reais que contam histórias reais. As imagens são de uma beleza de cortar a respiração, ou não estivesse esta ponte considerada pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Confesso que o filme é brutal e abanou-me. De tal forma que tive de me esforçar para me manter, apenas, a lacrimejar. Houve quem saísse a meio.

Trata-se de um documentário sobre algumas das 24 pessoas que, em 2004, se suicidaram na Golden Gate Bridge. Algures no tempo, a contagem dos suicídios parou, para não atrair ainda mais suicidas.

A história mais impressionante é a de um rapaz de vinte e poucos anos. Levou 40 minutos a decidir-se. Durante esse tempo, uma turista dirigiu-se a ele e pediu-lhe que lhe tirasse uma foto. Não fez caso do seu ar perdido e do seu rosto lavado em lágrimas. Apenas queria uma foto de recordação. E ele tirou-a.

Depois saltou os 70 metros que o separavam da água e... sobreviveu! Caiu de pé e agarrou-se a uma foca até a guarda costeira o recolher.

A alienação da turista fez-me rever a correria em que vivemos.

Nem de propósito, hoje recebi um e-mail de uma boa amiga, que tem a sorte de viver no Sul do país e que, depois de uma visita a Lisboa, me diz “(...) ao fim de algum tempo já estava a estranhar toda essa loucura. O trânsito, a confusão, o barulho, o desespero e o stress das pessoas é impressionante para quem se dá ao trabalho de parar e observar...(...)”.
Apesar de tudo, A Ponte é um documentário-choque. Como todas as pontes, tem um outro lado, que por momentos faz esquecer o foco de rapina das câmaras ocultas. Eric inspirou-se num artigo do jornalista Tad Friend, no New Yorker. Ali se lia uma passagem de uma carta de despedida: «Vou caminhar até à ponte. Se uma pessoa me sorrir pelo caminho, não salto». Saltou. Um dos wind-surfista do início do documentário, o que sentiu «some stuff falling», conta como acordou naquela manhã a pensar que estava um belo dia para surfar. Enquanto noutro ponto da cidade, alguém acordou a pensar que estava um belo dia para morrer.In Visão.pt - Final Cut, Ana Margarida Carvalho

No filme, mas do que as observações dos amigos e familiares, ficam as perguntas. O que leva uma pessoa a suicidar-se? É um acto de coragem, egoísmo, cobardia... desespero?

Não consegui ficar indiferente a um pai que diz "não podia fazer mais nada" ou a uma mulher que, sabendo o que o amigo ia fazer, e sem mais nenhum argumento para o persuadir, lhe pede para anotar o seu nome num papel e pôr num saco de plástico no bolso. Para que a pudessem avisar quando acontecesse.

O sentimento de culpa de quem fica é, por vezes, maior que a dor da perda.

Para a maioria de nós, o desespero é suportável e o sol nasce todos os dias. Pensamos “amanhã é outro dia!”.

Para outros não.
Dedicado a Rui P. falecido a 28 de Abril de 2006

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Quem avisa...

Aviso aos profissionais da caça

AVISO

A todos os caçadores, em part ou full-time, de caça fina, média ou grossa, predadores de qualquer espécie, animais selvagens, silvestres e até gatos domésticos:
Está para chegar brevemente uma lebrinha aí aos campos santamarenses. E escusam de disfarçar, que sabem muito bem de quem estou a falar!
Como vossa amiga, ainda que por afinidade e eleita recentemente, é bom não se esquecerem de que essa lebrinha é muito minha amiga e, lá por parecer uma coelhona, não é para ser tratada como uma bunny.
E desta vez não há Manel que vos valha!
ENTENDIDO?
Tenham medo. Tenham muito medo.


Deixo o link para não dizerem que não foram avisados

Hoje!

Que estúpida tendência para olhar para trás…
E sentir falta do que não volta. E mesmo que volte, nunca será igual.

A falta que sinto dos amigos das horas más. Aqueles que me ouviram, que me deram conselhos… que mesmo quando eu estava do outro lado do Atlântico, se mantinham em contacto. Eu sei que eles estão lá… mas é longe como a porra. O meu Mar, a minha Dê (que conto rever em Setembro) e os meus Cachuchos.

A saudade das conversas até às quatro da matina, por vezes regadas a gargalhadas, outras tantas a lágrimas. Mas sempre, sempre de coração aberto.

Porque há coisas que nunca mais voltam, que se perdem para sempre. Umas mais importantes, outras nem tanto. Como o que me lembrei ontem que perdi: o berço, o vestido de baptizado e as cassetes com as ecografias da minha filha. Não sei se as vou recuperar.

Posso sempre pensar que tenho o melhor, tenho-a a ela. Mas perdi bocadinhos da história, e vai ficar mais difícil de a contar.

Saudade… que palavra tão dolorosamente grande.
Jericoacoara - Ceará - Brasil

Desta praia, onde um amigo um dia escreveu na areia “Rachel Welch” à volta da pequena… Onde um sapo entrou num restaurante por uma porta, e alguém procurou desesperadamente a porta dos fundos… Onde, à noite, o céu é estupidamente estrelado e numa barraca de praia se comem os melhores crepes do Mundo.

A minha avó, com quase 86 anos (e de quem também tenho muitas saudades) diz-me que na idade dela só se pode viver do passado. Vive de recordações, pensamentos, lembranças. Às vezes, diz que quase consegue ver a Raquel, há 4 anos atrás, na sala… onde deu os primeiros passos. Eu guardei os sapatos que ela tinha calçados a 12 de Setembro de 2003. Mas será que os tenho? Não sei.

Perdi umas quantas coisas pelo caminho. Mas não perdi as mais importantes.
E tenho de me habituar a olhar para hoje. Nem para ontem, nem para amanhã.
Hoje, porra!

domingo, 10 de junho de 2007

Domingo relativamente bom

Um dia quase perfeito.
Como dizia o meu professor de matemática no ciclo, quando eu tirava Muito Bom, “és a ‘quase quase’... faltou-te o quase para o Excelente”.
Levantei-me cedo, à conta dos vizinhos que puseram o volume do rádio um bocadinho acima do aceitável. Acordar ao som de "Eles não sabem que o sonho... é uma constante da vida" foi quase perfeito!

Almoço porreirinho, em casa.

Massas de modelar com as miúdas, boa conversa com as amigas, algum escorrega e outro tanto de brincar às escondidas. Mais o Gelado das Doce Mania, pintar massinhas com aguarelas e a birra do costume para voltar para casa.

As falas da minha cachopa, que me deixam de queixo caído, ao terminarem com “Boa?” ou “Tipo assim, mãe?”.

Em casa, dois senhores cachorros ao jantar, carregados de ketchup e mostarda, devidamente acompanhados pelas batatas fritas.

Um episódio do Simpsons, outro do CSI e mais a Gala dos Tesourinhos Deprimentes para acabar em beleza.

O que faltou para o Excelente? O quase...

sábado, 9 de junho de 2007

Duro de ouvir

Perante espanto de uns quantos, relativamente à minha selecção musical, passo a esclarecer um ou outro ponto. Mas só porque me apetece e isto não é uma justificação. Porque gostos não se justificam, nem tão pouco se discutem.

Sempre adorei música. Cresci entre o meu pai a cantar fado e os vinis da minha mãe. Beatles, Elvis Presley, Bill Halley e Seus Cometas, Janis Joplin, ABBA... e tantos outros.

Há poucos tipos de música que acho que não sou fã. São eles o jazz e a bossa nova. Tirando isso, recuso-me a ouvir coisas muito pesadas.

E acredito na máxima "não se ama alguém que não houve a mesma canção".

De resto, ouço tudo. Dependendo do estado de espírito, ele é rock, fado, pop, hip-hop, pimba, alternativa (pouca, confesso) portuguesa, estrangeira, conhecida ou nem por isso. O pimba? Ás vezes diverte-me, fazer o quê?!

Mas há um tipo de música brasileira que me aflige da raiz do cabelo até as unhas dos pés: forró.
O ritmo é “dançável” e audível (dependendo dos decibéis) mas títulos como “Faltou leite Ninho” e “Amor de rapariga é que é amor” (tendo em conta a conotação de “rapariga” no Nordeste brasileiro) fritam-me os miolos.

Foi muita hora a ouvir o mesmo, muito estremecer de janela (e de casa também), muitos saltos para ir a correr tapar os ouvidos à Raquel quando as colunas passavam. É proibido mas, como tudo que é proibido no Brasil, todo o mundo faz.

Agora que se fez alguma luz sobre os meus gostos musicais, deixo-vos a letra de uma das músicas mais estapafúrdias que já ouvi na minha vida.

Convenhamos, há gostos para tudo!

Pare De Tomar A Pílula
Odair José

Já nem sei há quanto tempo
Nossa vida é uma vida só
E nada mais
Nossos dias vão passando
E você sempre deixando
Tudo pra depois

Todo dia a gente ama
Mais você não quer deixar nascer
O fruto desse amor
Não entende que é preciso
Ter alguém em nossa vida
Seja como for

Você diz que me adora
Que tudo nessa vida sou eu
Então eu quero ver você
Esperando um filho meu
Então eu quero ver você
Esperando um filho meu
(refrão)
Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Porque ela não deixa o nosso filho nascer (3x)

Hoje devia ter chovido!

Ontem, à falta de alguma coisa que me apetecesse realmente fazer, andei a amaricar este espaço com selector de música e snap shots. Passei um bom tempo a escolher músicas e cores, e a tentar perceber como tudo aquilo funcionava. O resultado está por aí.

Hoje acordei danada porque, mais uma vez, os tipos da meteorologia me enganaram. Era suposto ter chovido! Não que eu quisesse chuva. Mas já que tinham dito que ia chover, ao menos que chovesse mesmo.

É que eu mudei os meus planos por causa disso e tirei da ideia ir à praia. Tem de haver um mínimo de coerência! Se os meninos do tempo trabalhassem por objectivos e tivessem cortes nos prémios, de cada vez que falhassem as previsões, acho que andava tudo a bater mais certinho.
Enfim, não fomos à praia.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Rotinas

Ligar este bichinho do mal, ver e-mails, ler na diagonal 4 ou 5 blogs de eleição. Responder a e-mails pessoais, fazer comentários, responder a comentários.

Rever mentalmente tudo o que tenho para fazer, ainda hoje… ufa!
Tudo isto antes das nove da manhã.
Enquanto vou fazendo “OK” à frente do que já está feito (sim, eu sou daquelas que faz listas para tudo) penso que, já que vai chover no fim-de-semana, o melhor é refazer os planos e apontar para outros lados.

Amigas ainda mais ocupadas que eu, questionam-me se uma ida ao supermercado, em conjunto, é um programa a propor a quem já não se vê há uns meses (neste caso, a mim). Entre isso e a Feira do Livro, acho que prefiro a última. Se não chover (muito).

Até porque já me deixei de ir a supermercados. Faço as comprar pela net. Estou uma burguesa. Chateio-me menos, consigo comparar melhor os preços… embora ache que o tempo dispendido deve andar ela por ela.

Mas enfim. Pelo menos não levo com carrinhos nos tornozelos (essa treta dói para caraças) nem com esposas desavindas que discutem com os amantíssimos no meio do corredor das jolas e crianças perdidas, porque a mamã se distraiu à conversa com a vizinha que encontrou na esquina dos detergentes…

O máximo que me pode acontecer é ter de enxotar os amigos no Messenger… “Ó pá agora não! Não vês que estou às compras?!

Mais rotinas? Olhar para o relógio quando entro no carro, de manhã. Ouvir o Pedro Ribeiro na Comercial. Comer um palmier simples e beber um copo de leite frio ao pequeno-almoço. E trazer o almoço de casa, na marmita, que está uma crise do camano.

Dizer “bom dia” à senhora da limpeza, que sai quando eu entro. Ler qualquer coisa enquanto bebo o primeiro café do dia. E o “qualquer coisa” tanto pode ser a Vip, como a Caras ou a Visão. Depende muito do estado de espírito (embora dependa mais do que há disponível).

Devia de haver um feriado a meio de todas as semanas. Era uma quebra de rotina que eu ia gostar.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

A loira foi à praia da morena

Pode considerar-se aberta a época balnear (a minha, claro).

Manhã de praia fantástica. Eu, a pequenota e a nossa grávida (estás linda amigona).

Mas... realmente há uma coisa (de entre várias) que me faz espécie. Com a carrada de praias que existem na margem Sul, porque é que o pessoal vai todo para a mesma? O que é que a praia da Rainha tem que as outras não têm. Além do parque ser pago, não vejo mais nada de aliciante. Alguém me tira a dúvida?

Outra, é o tuga tradicional, aquele que vai para a praia por volta do meio-dia. Tenha crianças, ou não... mas o mais certo é ter. De preferência ainda de colo, sem chapéu e creme, nem vale a pena, que os miúdos são para o moreno.

Mas do mal, o menos, o fluxo é sempre ao contrário... estamos nós a chegar e não há ninguém na praia! Há espaço para as toalhas, pode-se pôr o chapéu mesmo à beirinha da água, não incomodamos ninguém a fazer castelos de areia e piscinas enoooormes...

Quando estamos a vir embora, é vê-los a assar dentro dos carros, desde a praia da Morena até ao tabuleiro da ponte.
Tuga que é tuga, gosta de sofrer. Por isso é que sai de casa ao meio-dia, para chegar à praia lá para as duas da tarde. E ainda perder mais de meia hora a arranjar lugar para o carro, aí a uns 750 metros do primeiro grão de areia.
Lá para as seis, sete horas, volta a passar por tudo outra vez, no regresso a casa.
Assim, não perde o ritmo da semana... buzina, stressa, ofende as mãezinhas de toda a gente e pronto, está o feriado feito.

Por muito espírito nacionalista que tenha, gosto de ir para a praia cedo. Eu sei, não abona nada a favor da identidade do país e dos cânones do verdadeiro “tuga”, mas eu sempre fui do contra.

E não é que agora dão chuva para o fim-de-semana. Haja pachorra...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

AVISO À NAVEGAÇÃO parte II (não menos importante)

Mano, Mãe (!) demais família, amigos, comentadores, ilustres desconhecidos...
ou pessoal das barracas - como o meu saudoso Pai se referia à malta da casa:

Tomei uma decisão! Xiiiiiii!!!!

Não, calma... Nada de tão grave como emigrar, mudar de sexo ou tatuar na região lombar “AMO-TE TÓJÓ” em letras garrafais.

Depois de me terem escrito que eu "tenho tomates", que sou uma "gaja corajosa" e sei lá mais o quê... sinto-me preparada para vos dar a conhecer o caminho que este blog vai tomar.

FICA TUDO NA MESMA!

Com uma pequena grande excepção: os comentários anónimos vão passar a ter um destino diferente.

Em vez de me dar ao trabalho, desgaste e dispêndio infrutífero de energias que é responder a alguém que não faço puto de ideia quem seja... vou passar a aniquilar essas escritas à nascença.

Eu sou uma menina (alguém me chamou isso hoje.... ahhh, obrigada Francisco!) muito stressada e preciso de descarregar de alguma forma. A hidroginástica não chega. É muito stress acumulado.

Assim, comentários como os que alguém fez no post abaixo, ressalvando a forma como me admira secretamente, por muito queridos e fofos que sejam, têm destino certo: LIXO.

Boa? Não gostaram? Temos pena. A regra está feita, quem não a cumprir vai ser a minha bolinha anti-stress.

Por último, estejam à vontade. A casa é vossa. Mas nunca se esqueçam: quem manda aqui sou EU.
Vá... quantos são? Começo já hoje ou fica para amanhã, quando voltar da praia?...

AVISO À NAVEGAÇÃO (importante)

Estive a pensar um bocado. Às vezes dá-me para isto.
E como não consigo chegar a uma conclusão sozinha, preciso de ajuda.

Tentem raciocinar comigo…

Este blog é pessoal. Muito pessoal. Nele estão sonhos, pensamentos, desejos, acontecimentos e mais um chorrilho de coisas que dizem respeito a muita gente, mas principalmente a mim!

Já deixei de escrever por que achei que demasiada gente lia. Já pus o blog de férias porque precisava de respirar. Mas verdade seja dita, gosto deste blog e não me está a apetecer mudar tudo, só porque estou demasiado exposta.

Também podia passar o que aqui faço para outro dos meus blogs. Quantos tenho? Isso agora…
Mas tenho mesmo de admitir, o “Devagar, mas com confiança” é o meu tesourinho (às vezes deprimente, outras nem tanto). Foi o primeiro e, dizem, não há amor como o primeiro.

Acabar com isto está fora de questão. Nem sequer é negociável. Mas se calhar vou mudar algumas regras. Porquê? Porque me apetece!

Anónimos que simpaticamente por aí pululam e deixam comentários tão simpáticos como vocês: não se ponham a inchar de orgulho, a pensar que esta fala com os meus botões tem alguma coisa a ver com a vossa ignóbil existência.

Ena, ena. Consegui chateá-la ao ponto de ela fechar o blog à malta que não conhece”.
Nada disso! Até porque se eu decidir fazer isso, além da vossa tristeza se agudizar, a vossa taxa de frustração ia bater nos ferros.

Porra, já não posso comentar anonimamente no blog daquela gaja gira que escreve bem!!! E a tipa não me deixa entrar?!? E agora? Como vou realizar o meu dia, já que a minha vidinha de merda não tem interesse nenhum?

Eu sou má, mas nem tanto. E toda a gente tem direito à vida.

Assim, lanço-vos o repto… Nada como passar a batata quente!

O que dizem V. Exas. se este blog deixar de ser público?

Calma, eu explico. Toda a gente pode ler à mesma, mas eu tenho de autorizar primeiro.

Passa a aparecer um aviso quando tentam aceder ao blog, para me pedir autorização. Depois de eu autorizar, cada vez que queiram entrar no blog, têm de se registar. Eu sei que dá mais trabalho. Mas além de deixar de estar tão exposta, acaba-se a censura.

Qual censura? A que se me impõe inconscientemente quando estou a escrever.

É o que dá porem-se a falar do meu cantinho como “fantástico” e “blog de culto”.

Agora está tudo a pensar… “O que esta tipa é capaz de fazer para se sentir importante!!! É inacreditável!

Pois. Mas o blog é meu, quem manda aqui sou eu e se me apetecer… puft. Fecho-o à chave e só abro a porta a quem eu quiser.

Estão à vontade para comentar, deixarem a vossa opinião (que há-de contar para alguma coisa). Se quiserem insultar, praguejar, dizer mal da vida alheia ou simplesmente “Olá”… o
outra_confianca@hotmail.com é meio caminho andando para terem a resposta que merecem (ou não).

terça-feira, 5 de junho de 2007

Lista de compras


Raquel (enquanto põe a mão na minha barriga): Mãe eu queria que tivesses outro bebé... Eu tenho uma amiga que tem um mano pequenino, eu também quero!

Eu: Amor, a mãe também quer, mas sozinha não pode ser nada. Sabes o que falta à Mamã, não sabes?

Raquel: Sei, um namorado.

Eu: Pois. Sabes como se arranja?

Raquel (com um ar muito entendido...): Olha, tens de pôr aquele creme cor-de-rosa, não... azul... não.
(hesitação)
Já sei... amarelo e verde. Se conseguires ter as pernas suaves e macias, um menino vai olhar para ti e vai querer namorar contigo. Boa?

Eu: Boa... a mãe vai tratar disso filha, fica descansada.

Com a verdade me enganas

Ando há uns anos a consertar erros. A tapar buracos e a resolver problemas que, directamente, nada têm a ver a comigo.

Com o que mais me deparo? Mentiras. Histórias mal contadas. Enredos complicados que não têm ponta por onde pegar.

Costuma dizer-se que se apanha mais depressa um mentiroso que um coxo. Nestas histórias mal contadas, em que se mente com todos os dentes, safam-se mais depressa os coxos, os amputados das duas pernas e os que vão ao pé coxinho… Aos mentirosos, já os apanho todos na curva, tal a prática com que fiquei em avaliar o que dizem.

E como quem conta um conto, acrescenta um ponto (o que tem tendência a agrava-se, quando se trata de uma cidade pequena) a história vai-se alterando a toda a hora e os intervenientes mudam de lado como eu mudo de camisa.

Os ditos intervenientes… conheço-os a todos, há quase uma década. Mas não, não os conheço. Pensei em tempos que os conhecia. Que podia contar com eles, como conto com os meus. Puro engano, era mentira.
Continuo de pé, para desespero de muitos deles. Calmamente a aguardar o desfecho inglório dos actores principais. Não que lhes deseje mal, atenção. Mas nenhum deles há-de acabar bem. São tristes por natureza, indivíduos cheios de fel e amargura.
Estou de camarote… à espera que o pano caia.
Não há nada para rir nesta encrenca, que tantas lágrimas, insónias e enxaquecas me tem provocado. Por isso, ainda ninguém me ouviu rir…
Um dia, talvez me consiga rir de tudo isto. Mas o que mais anseio nem é isso. O que mais quero saber é a verdade, se há alguma no meio de tanta mentira.
Será que assim se compreende porque não suporto nem admito mentiras? Sobre nada?!

Este filme, de intricado argumento, é das coisas mais faladas numa linda terra deste nosso país. E como contado ninguém acredita, nem vale a pena começar.


Mentir

verbo intransitivo

Afirmar como verdadeiro o que se sabe ser falso, ou negar o que se sabe ser verdade; enganar.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Leva-me

Dobra-me em quatro… Põe-me junto dos chouriços, das favas e das sementes de sardinheira que vais tentar introduzir no Maranhão à socapa.

Aperta-me num cantinho onde saibas que chego lá. Tem cuidado, não atires com a mala depois de me pores lá dentro.

Aconchega os (poucos) abraços que te dei e lembra-te das nossas gargalhadas. Das caipirinhas no alpendre (as vossas, que eu sou fraca de álcool e uma chegava para a noite toda). Das confissões, das comezainas, dos passeios pelos tanques, da Raquel (que tu não viste, desnaturada) a comer bagas pretas e com sarro até à raiz dos cabelos…

Das compras loucas na cidade, daquele tuga Azevedo que te controlava os gastos, como se fosse o teu pai. Do Pinguinhos e da Francelina… Lembras-te? E da porta do quarto aberta?! E da fuga aos tropeções para minha casa? “Ai que alívio!!!” Lembras-te?

Seria disto que teríamos falado, se tivéssemos tido mais tempo.

E reza
… para que um ano passe depressa;
… para que o meu peteiro não se parta, enquanto vou juntando dinheiro para vos ir visitar (vender o esquentador não é opção: faz-me falta!);
… para que eu não ponha a foto do Cachucho no blog!

Vá… dobra-me lá. Arranja um cantinho e leva-me.

Meus amores

É o que dá receber um "amo-te" logo pela manhã! E devolvê-lo a quem o merece.
Fico toda sentimentalona, de olhinhos brilhantes e sorriso parvo...
Esqueço-me das coisas menos boas e erradas da minha vida. Lembro-me deles e tudo parece em ordem. Tirando a família, que é o meu porto de abrigo, os meus amigos são o que de mais precioso tenho na vida.

Já escrevi sobre alguns deles, às vezes a sério como aqui… ou a brincar, como na maioria dos casos.

Porque é com eles que rio até me doer a barriga, ou choro até me secarem as lágrimas. Mais do que escrever sobre eles, pensar neles e estar com eles… gosto deles. Como dizia uma delas há dias, “os amigos são a família que escolhemos”. Sem dúvida.
Como...

... a que este fim-de-semana se armou em casamenteira e me apresentou um dos seus melhores amigos (depois de previamente me ter gabado todos os predicados do rapaz)...

... a que me responde a um e-mail enviado há 4 meses a perguntar “Qué passa? Casa nova?!”. Uma querida, mas um tanto ou quanto desactualizada...

... o que, agarrado a um joelho inflamado, me pergunta como vão os meus filmes… As melhoras, meu querido (do teu joelho e dos meus filmes)… E sim, fui buscar o texto que te escrevi há meses, para que nunca te esqueças!...

... os que me dão porrada a torto e a direito, nos almoços e jantares da Turminha do Apert’ó Laço, porque conhecem os meus podres melhor que eu… E que são inspiração para dezenas de textos (sobre o que escreveria eu, sem vocês?)...

... o que insiste para que eu conte mais, quando já não há nada para contar… E diz que os nossos filhotes ainda hão-de ser felizes juntos… E me ouve e compreende...

... a que amua porque escrevo certas coisas, me desliga o telefone na tromba e me trata por ex-amiga… Mas que daqui a pouco lhe passa e siga a banda...

... o que é mais depressivo que eu, mas ainda consegue enviar e-mails a lamber-me o ego e a dar-me força...

... os dois ordinários que se esqueceram de mim no jantar mais importante do ano, e que se vão embora amanhã, para o outro lado do Mundo!!! Só me apetece insultá-los, mas gosto mais deles que sei lá o quê!!! E se eu gosto de sei lá o quê...

... a minha amiga do coração que me mandou as fotos abaixo e que me enchem. E a quem devo o sorriso que me espetou na cara, logo de manhã… e que vai continuar o dia todo, ou quem sabe… a semana toda.
Há mais. É óbvio que há mais. E muito haveria para escrever, sobre cada um deles. Todos com um lugar muito especial. Todos muito, mesmo muito importantes.

Amigos… deixem-se andar por aí. Onde eu vos sei. Por perto.

À espera de Setembro II

Eu nem era para escrever nada...


Mas não consigo...
Estes três ficam tão lindos assim...

Pronto, lá vai começar tudo a lacrimejar outra vez...

Esta é, de todas, a minha favorita.
Deixo o mérito à artista, Elsa Geraldes, que em 4 horas de sessão fotográfica
e em mais de 300 fotos, fez o registo da Barriga do Ano.

De volta

Antes de mais, obrigada a todos. Pelos comentários, telefonemas preocupados, e-mails e as palmadinhas nas costas.
Tal como dizia a minha querida Mad... eu queria mesmo era as lambidelas. Nem tanto, mas também. E sabem sempre bem.

2ª Feira de uma semana que já se sabe mais curta. Tenho trabalho até à raiz dos cabelos. Vou ter duas (ou mais) semanas lixadas... Mas não há-de ser nada. E se for alguma coisa, ou menos que dê para aprender. O que quer que seja.
Os poucos dias em que não escrevi, sosseguei amigos e desconhecidos com sms e e-mails e conversas no Messenger. O que é sempre bom para quem diz que está cansada de virtualidades.
As coisas que me levaram a parar de escrever na 4ª feira passada continuam cá todas. Nem eu estava à espera que elas se fossem embora. Do tipo "ah deixaste de escrever? Então nós, que somos os teus maiores problemas, vamos embora, sim? Para voltares à escrita mais descansadinha..." Nada disso. Tudo na mesma!

Mas como o prazer de escrever é o mesmo... doa ou não doa (e até há quem diga que eu tenho um não sei quê de masoquista...) vamos continuar! Devagar, mas com confiança.
Até porque "Depressa e às apalpadelas" não me parece um bom título para um blog (nem um lema de vida a publicitar!).