Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não me consumam!

Tenho dias em que sou intragável. Um traste de maldicência, um protento de sarcasmo e fel. Mas, na grande maioria dos casos - para não ser tendenciosa e dizer "nunca" - isso não me vira contra os de quem gosto.

Ou seja, a vidinha até me pode correr mal, posso estar atolada em merda até às orelhas, ter levado uma tampa que não esperava (seja ela em que campo for) e não ter um ombro decente onde chorar as minhas mágoas (à parte do da mummy, que não se gasta mas recente-se...). Tudo junto, é quase como meia dúzia de barras de dinamite prontas a explodir no mais inocente que se cruzar no meu caminho.


Mas quando escrevo "inocente", isso quer dizer precisamente o contrário. Se há coisa que sei que não sou é ingrata. Não cuspo no prato que comi. Mas também não sirvo a quem serviu. E sei que a inveja é uma coisa... (mummy, tapa os ouvidos!) fodida! Pois é!

Mas mesmo assim, não sei conviver com parvoíces, mesquinhices sem propósito e maldades gratuitas. Sei que os amigos, aqueles que conhecem os nossos lados mais negros, têm tendência de nos apontar as falhas no momento em que mais dói. Mas dar-lhes-á isso o direito de troçarem das nossas desgraças? Das nossas quedas?

Dará isso o direito a alguém de me apontar o dedo ao nariz, lembrar sadicamente um erro meu e ainda se rir de forma vil, bem alto para que todos ouçam? A informação é uma coisa tramada. Quanto mais sabemos de alguém, mais poder teremos sobre ele... Mas... mas... também é assim com os amigos?

Será que as confidências, feitas entre lágrimas e alma feita em cacos, em horas negras e tristes, podem um dia ser usadas como piada por aqueles que nos confortaram na hora da desgraça? Podem?!

Bom, se podem, não deviam. Pelo menos, é o que eu acho! E como eu sou torta como o caraças e a mostarda só me chega ao nariz uma vez (à segunda vez, já parti o caralho do frasco da mostarda no focinho de alguém)... pendurei alguns. Assim como se pendura um vestido num cabide, e se deixa lá ficar a arejar...

E agora aceitam-se apostas para saber quem é o primeiro a apostar! Ah... eu? Eu nunca aposto. Já me dizia há anos, muitos anos, uma sábia senhora de fino trato, olhos azul-mar e nariz empinado... "teimar sempre, apostar nunca!"

2 comentários:

Ana Casqueira disse...

Então amiga querida?!...
Vamos conversar fora daqui???
LIGA-ME assim que estiveres preparada...

João Paulo Cardoso disse...

Olha, Afonso Henriques, o nosso primeiro (não falo do Sócrates, esse pelo andar de carruagem vai ser "o nosso último"...) também teve que se erguer várias vezes, antes de partir à reconquista.

E ele tinha que alçar acima da cabeça, uma espada com para aí uns 527 quilos.

Tu podes desarmar toda a gente com um sorriso.

Bem mais fácil, não?

Beijos.