Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dois mil e 13



Um brinde a um grande ano e venha o próximo, se possível tao bom. Nao que tenha sido prefeito. Longe disso. Mas aos 37 anos aqui a menina já interiorizou que as coisas perfeitas nem sempre sao as melhores.
Tirando os episódios tristes e que nao deixaram saudades, o ano de 2012 até que foi supimpa. E posto isso, toca de comemorar a coisa com pompa e circusntacia.
Sendo nós dados a festa, comecámos a comerar a 22, pois nunca é cedo para a rambóia.
Festa de anos de uma amiga num clube todo jeitoso, com direito a jantar e  animacao. Sendo que a animacao foi o Deal or No Deal com malta do público. O pessoal era escolhido pelo bilhete que tinha deixado á entrada. Chegada a altura de chamar os nomes, os nossos amigos foram estrategicamente fumar um cigarrinho. E diz o gajo “estou cá com um feeling que ou me chamam a mim ou a ti!” Bem dito e bem feito. Última pessoa a ser chamada… euzinha! Gajo respira de alívio enquanto eu vou para o palco com mais 20 sem ponta de ideia do que era para fazer. Fiquei sentadinha mesmo á frente da coluna. Um mimo… até os pelos da nuca se arrepiavam. O jogo nao era nada de especial, o gajo que ganhou levou 10 libras de prémio (podiam ter sido 250) e eu levei umas jelly slices que é uma cena da família das gomas.

Depois disso dancámos, bebemos, pulámos, bebemos, rimos e bebemos mais um bocadinho. Ao todo devo ter bebido… hum… perdi a conta. Sei que ao 4o disse que nao bebia mais e depois desse ainda bebi pelo menos mais 2. Pelo menos. Apanhei a maior cadela da minha vida. Que é como quem diz que me empielei. Nada como ter amigos dados á paródia e a servir-nos rum com cola como se nao houvesse amanha.

Já devia ser perto da uma da matina quando me viro para o gajo, meia enrolada e lhe confidencio “Oh mor, o que e que se passa comigo que estou a olhar para os bifes e a esforcar-me como o raio, mas so lhes vejo as bocas a mexer e nao percebo puto do que eles estao a dizer?!” Entre gargalhadas o gajo lá me disse “Estás bebada!

Ah bom. Antes isso. Estava a ver que se me tinha estragado o botao da traducao. Nada habituada a estas andancas (de bebedeiras, que festa é comigo!) a ressaca só me chegou 2 dias depois. Típico. Mesmo a tempo da Consoada.
A noite de Natal foi calminha. Sem criancas (nossas) e sem grandes excessos, passou-se. Facto digno de registo, a cotovelada nos queixos que levei da senhora minha sogra. Sem comentários, sim? Parece que Foi sem querer.
Já o reveillon, com 14 pessoas lá em casa, o gajo de servico aos camaroes tigre e aos discos pedidos, a coisa prometia.
Tugas misturados com bifes dá sempre uma cena jeitosa! Desde ver quem já emborcou umas quantas cervejolas a mais a falar na língua natal para quem nao percebe puto (e o ar de espanto de quem ouve mas nao quer dar bronca porque o gajo até é simpático e coitado... está bebado!) a gajas que acham que vivem num sitio decente e saem para rua descalcas e pisam um preservativo (a sério que nao sei o que me apoquenta mais… se ter pisado o raio da coisa com o meu pézinho descalco ou o facto de saber que anda malta a pinocar á minha porta!!).
E os bifes a dancar a Bicho do Iran Costa?! Ui, ui. Sim, o nosso (do gajo) gosto musical anda pelas ruas da amargura. De tal maneira que depois de vermos na televisao o fogo de articicio em Londres, até o hino nacional se ouviu.  E houve champagne, passas e muito assobio. E tarte de amendoa, de morango, cupcakes vindos de Portugal (sim, eu sei, é estranho, mas é assim mesmo) queijinhos nacionais, que eu digo mal de muita coisa no meu país, mas nunca ninguem me viu dizer mal da comida.
Fizemos carradas de trocadinhos com ‘corner’, ‘faca’, ‘piece’ e outros tantos. A língua é uma coisa muito traicoeira e olhem que nao é só a portuguesa. Para quem nunca ouviu “Italian man goes to Malta” (procurem no You Tube, vale a pena) isto é chines, mas enfim. Ou por exemplo oicam o James Blunt a cantar “there’re no quiet corner” no Stay the Night e depois digam-me lá se eu nao tenho razao. Se nao perceberam, esquecam. A serio que nao vale a pena.
Enchemos o bandulho, bebemos como se nao houvesse amanha e divertimo-nos a bruta. E enquanto eu dizia mais umas alarvidades alguem me respondia no alto da sua bebedeira “now, now… behave!” Me? Really?! Never.

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