Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Partiram a loica toda!

Há dias que parecem semanas. E semanas que parecem meses.

Hoje, além do senhor policia todo cheio de secretismos ao telefone, só a fazer perguntas e responder ás minhas, 'tá quieto, tive o outro que trabalha na camara (nada contra, mas porque é que a malta trabalha nas camaras acha sempre que tem de fazer mencao a isso com se lhes fizesse parte do nome? tipo "Maria Francisca, Sousa da parte do pai e chefe de gabinete do presidente da camara de Arcozelo"... juro que nao entendo!) a quem partimos (salvo seja, que eu nao parti nada) os pratos edicao limitada da Disney. Que diz o senhor custam para mais de 250 libras cada, isso em 2002 quando os comprou.

E eu a tentar manter a pose e a dizer ao senhor que tenho muita pena e coisa e tal, enquanto o tipo quase lavado em lágrimas me diz que ainda nem teve coragem de olhar para os pratos mas que a namorada lhe diz que estao partidos mesmo a meio. Nao sou lá muito entendida na coisa, mas um prato partido, está partido, nao interesa muito se a meio, se em 3 quartos.

Que os tipos que lá foram eram de forca bruta e que, apesar de lhe terem dito que ele devia libertar as paredes de bibelots e quincarelhos, ele nunca pensou que ao arrancar as janelas, os estimados pratos que estao no testamento para o filho (eu perguntei? nao, mas ele adiantou na mesma) caissem e se estatelassem (ao meio, muito importante) no chao.

E tudo isto numa chamada ás 5 para 5h, quando uma gaja está doida para se por na alheta, que isto de ser manager nao quer dizer que se tenha menos vontade de ir para casa.

Mais pedidos de desculpa e entendo o seu desgosto (nao entendo, mas há que dizer que sim e mais também) e fique descansado que eu trato-lhe do assunto. E toca de me passar o telefone á namorada, que ela sabe melhor o que se passou, poque eu nao estava em casa, na altura que aconteceu eu estava a conduzir, e amanha quando eu contar isto na lá camara.....

Oh homem cale-se pelo amor da Santa!!!! E desampare-me a porra da loja! Ai que vontade... Qualquer dia sai-me uma assim, em portugues para ninguem entender e depois digo que tive uma branca e que vi tudo enevoado á frente. Pode ser que escape.

Dias jeitosos os meus. E a melhor parte é que eu gosto.
Tinha muito mais para dizer, mas é melhor nao, que o gajo deve estar a chegar e ainda borro a pintura toda.
Amanha volto para contar o resto. Ou nao!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Oh simply thing where have you gone

A minha Kika comecou a viajar com um ano e um mes. Viagens de 7 horas, todos os 2, 3 meses. Fazia-as com a habilidade de um passageiro frequente. Dormia 5 horas e quando acordava toda fresca, baixava a mesa a sua frente e perguntava “O que vamos faxer?”

As viagens duraram ate Abril de 2005 ponto em que desenvolveu uma reacao estranhissima de nome estrambolico comecado por psico something, que traduzido nao era mais que falta de raizes. E eu tratei de lhe as dar, ou pelo menos tentei.

Depois de 3 anos de vida de cigana, acampamos em casa de avo, e raizes nao faltaram, pelo menos nos 4 anos seguintes. Porque a vida nos surpreende quando menos esperamos, aos 8 fiz dela emigrante. Nao foi uma decisao tomada de animo leve, tipo ‘bora la a mais uma experiencia com a catraia. Envolveu muita conversa, alguma a laia de discussao, muita noite mal dormida, muito “e se?”. Resolvidos (ou calados) os “ses” fizeram-se malas, jantares e pic-nics de despedida. Alargaram-se distancias que ainda hoje doem, mas o balanco e’ mais que positivo.

Pelo meio houve de tudo um bocadinho. Do bom e do mau. Desde o aprender a nadar aos 5 anos ao gabinete da pedopsiquiatra mais ao menos pela mesma altura. A mesma que me disse “O que a Raquel precisa e’ da mae, o seu porto seguro”.

com a emigracao vieram coisas novas. Familia nova, amigos novos, habitos novos e ate comidas novas. Diz la agora que nao gostas de pizza miuda! E uma lingua nova, que ela aprendeu tao depressa que hoje e’ ela quem nos ensina palavras como mellifluous (??) (Adjective; flowing like honey, sweet and smooth; generally used of a person's voice, tone or writing style).

De personalidade com tantos vincos como um lencol acabado de sair da maquina de lavar, a cara chapada do pai (mas linda, linda!!) um feitio tao torcido que so pode sair a mae e uma mood tipo interruptor, ora para cima, ora para baixo, a Kika mais parece uma mini me com resquicios de bipolaridade.

Sera dela, sera de mim? Das hormonas? Dos genes ou talvez ate do ar? O que interessa? Contraria-se o que se acha que se deve contrariar, principalmente as faltas de respeito e os amuos caprichosos. Castiga-se, conversa-se, faz-se o melhor que se sabe. O resto? Conta-se ate 10, 20 as vezes 30 ou ate mais. E isso ou uma batalha campal todos os dias.

Nos dias bons, penso nela pequenita, de cachos encaracolados, cheia de vida a dizer coisas como “estou preciosa para ir para a piscina” ou a chamar putas as bruxas, que os erres eram coisa que nao lhe assitia. Nos dias maus, lembro-me da Americana em Key West que me disse “a minha filha foi uma verdadeira cabra para mim dos 13 aos 21anos, mas depois passou-lhe”. E fico a espera que lhe passe.

Do alto dos seus 11 anos, oito meses e 4 dias, quase tao altos como eu,  dizia-me ela no outro dia que ainda cedo para ter namorado. A nao ser que seja  giro. Mas que eu nao me preocupe porque nao ha la nenhum giro.

Que a boniteza falhe aos moços por mais uns aninhos e esta tudo bem, certo?


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

É que é já a correr

Neste trabalhinho supimpa de manager que eu orgulhosamente desempenho desde Setembro passado, tenho uma equipa de 5 gajas. E ao contrario do que seria de esperar as 5 gajas dao-se lindamente. Fazem cha’ umas para outras (eu incluida, bruxo), vao para os copos as 6as feiras e dao presentes nos anos. Eu em Portugal estava mais era habituada a facadas no lombo, mas pronto.

(Fora de brincadeiras, trabalhei com gente impecavel, ha’ que dize-lo, mas tambem apanhei uns estafermos/as pela frente que so’ nao me fizeram a vida mais negra porque eu sou enxertada em corno de cabra.)

Mas isso agora nao interessa nada. Voltemos as gajas. A ultima de que se lembraram e’ que vao correr ‘a hora de almoco. E dizem-me todas entusiasmadas “tu vens tambem”. Soltei uma gargalhada daquelas que gela a espinha e acho que deu logo para perceber o meu nivel de interesse na coisa. Claro que sim. Entao nao se esta’ mesmo a ver que vou?

Uma delas, 32 aninhos, com um bebé de 1 ano e corpinho de vespa, corre 7 km em meia hora… Oh para mim a trazer os “tenes” ja’ amanha… E dizem elas num inutil esforco para me motivar “fazemos um circuito pequenino, so’ 4 km, e vamos devagarinho. So’ ‘sprintamos’ no fim para ver quem ganha”. Essa do “ganha” e’ um conceito que nao me escorre, pelo menos em corrida.

Ora… 4 km… e devagarinho… umas queridas estas meninas!! E sprint?! Que raio de merda e’ essa de sprint?! Ainda para mais depois de 4 km??!!! Ja’ me estava a ver,  vermelha que nem um pimentao (sim, que eu parece que vou rebentar quando corro) e a arfar que nem um cao com asma, depois de 500 metros e a implorar por misericordia enquanto as cabr… gajas ja’ vao na casa do caracas. 

Digamos que nao e’ a imagem  que eu gostaria de passar. Definivamente.
Vao la’, que eu fico aqui a guardar o forte, nao va’ ser preciso ir buscar alguma que ficou para tras desfalecida com tamanho esforco (wishful thinking).

Ha’ coisas que nao se misturam. Eu e gajas boas e fisicamente aptas que ainda por cima trabalham comigo a correr juntas e’ definitivamente uma delas.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Era uma vez uma porta


Uma porta e’ uma coisa assim para o grande, portanto talvez surpreenda se eu disser que perdemos uma. E dai talvez nao, que isto hoje ja’ nada espanta ninguem.

Entao… o fabricante diz que entregou, o tipo que devia ter recebido diz, 8 meses depois, que nao a tem. Sim, oito meses para se dar conta que nao tinha o caracas da porta.

Sobra aqui para a madame que deve ter uma bola de cristal montada no cucuruto descobrir onde foi entregue a filha da p… da porta.

Depois de alguns mails e outros tantos telefonemas la’ me dao uma morada de entrega que, pasmem-se, nao bate a bota com a perdigota.  A sacana da porta foi entregue em Abril numa obra que so’ comecou em Junho… Confuso? Naaaa…. So’ para quem nao percebe nada de horta!

Volto a chatear a menina das portas que me responde que esta’ confusa. Rapariga, se tu estas confusa e foste tu que entregaste o raio da porta, imagina eu…

Resumindo e concluindo, agora e’ preciso esperar pela nota de entrega, que como e’ coisa com mais de 6 meses, esta muito bem arquivadinha no raio que o parta, leva que tempos a chegar e vamos ver se acertam na porra da caixa.

Numa epoca em tudo e’ virtual e se arquivam cenas nas nuvens, custa-me um bocado a crer que esta moda de guardar papelinhos ainda esteja em uso. Assim com’assim tinha-se o papelinho digitalizado e guardado numa nuvenzita. Com sorte, era coisa para os nerds do IT levarem 3 semanas a encontrar. 
O que provavelmente vai dar ao mesmo…

Tenho ca’ para mim a conviccao de que ha’ um portugues no meio desta ramboia.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Fez-se luz

Vamos lá ver se eu ainda sei como se faz... Da password ainda me lembrava, pelo que nao estou mal de todo.
Plano: lavar a cara a isto, tirar as teias de arranha dos cantos e vir cá regularmente (seja lá isso o que for...).
Deve de haver para aí umas lâmpadas fundidas e portas a fechar mal, mas com boa vontade tudo se arranja.
Se a coisa se compoe ou nao?... Sem promessas, que eu sou menina de cumprir o que prometo. mas obstinacao é coisa que nao me falta, de modos que vamos a isto!
Para já, isto nem sequer é um post decente e eu já estou a gostar de estar de volta...
Ah... Bom Ano Novo.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Na mesma linha do anterior



Há muita gente por aí (diria “boa” gente but believe it’s not the case!) com tão, mas tão pouco que fazer e se acha a último/a defensor/a da moral e dos bons customes que sinceramente, não há cú que aguente.


Sim, eu escrevi “cú” e depois? Lê quem quer, certo? E quem não gosta, come menos, ok?

Mas porque será que há gentinha que acha que tem o direito de entrar na “casa” dos outros (e por “casa” aqui entenda-se facebook, blog, twitter, whatever) e desatar a pregar a moral e educação como se aquilo fosse alguma coisa que LHES dissesse respeito?

Vamos a uma analogia parva, que se há coisas que eu sou boa na vida é em analogias parvas.

Sicrana vai a minha casa tomar café e repara no monte de roupa que eu tenho para lavar. Mais outro monte para passar. E mais a pilha de loiça para lavar. E sai-se com um “Já davas um jeito nesta casa!


  1. Sicrana já não bebe café, porque sai porta fora, agastada com a resposta que leva – qualquer coisa como “Oh filha, já te metias na puta da tua vida!
  2. Sicrana não existe porque amigos meus, esteja a minha casa messy ou não, têm a educação de não o comentar. Os outros que possivelmente comentariam alguma coisa, não são convidados para tomar café na minha casa. Óbvio, não?
  3. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Ou não!

E isto e uma analogia para quê? Para o facto de certas pessoas acharem que eu partilho muito no facebook e nem sempre o mais correcto, a seu ver.  É uma opinião como outra qualquer. Mas tal como para Sicrana, porta da rua será sempre serventia da casa.

Se eu digo palavrões no facebook? Eh pá… eu digo palavrões na vida real, portanto porque não dizê-los no facebook? A malta ofende-se? Temos pena! Ou melhor, não temos peninha absolutamente nenhuma. 

Se a minha avó fosse viva e tivesse facebook, aí sim, talvez, eu tivesse outro cuidado. Não é e nunca teve facebook, pelo que não tenho de me preocupar. A minha filha tem? Tem sim senhora, mas só lá vai comigo sentada ao lado, portanto, assunto arrumado. 

Se eu falo do dia do orgasmo, das marionetas das pilas que fui ver no passado sábado e partilho fotos de coisas que acho piada, seja isso o Papa a dizer “merda”, um bando de bombeiros descascados ou a rainha a fazer o pino, porque raio é que alguém vem dizer que acha mal e pior, acha que eu dou alguma importância a essa opinião?

Mudar isso seria mudar a essência do que eu sou. Seria o mesmo que deixar Sicrana reclamar da desarrumação na minha casa e ainda lhe servir café. Flora que é Flora serve o café á Sicrana… nas trombas.

E como eu sempre disse, se eu não mudei até agora, porquê esperar pelo milagre, senhores? Ide á vidinha ou tentai arranjar uma, sim?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Das privacidades de cada um



A propósito daquela cena que anda a circular no FB em que todos proclamam estar na posse das suas faculdades mentais (!?)  apanhei esta pérola.

(…)  estes senhores do facebook pensam que são donos das nossas vidas, já mais do que uma vez verifiquei que andam na minha página a ditar ordens e a vasculhar a minha vida privada, por isso ultimamente não tenho escrito nem postado nada. Deviam ser punidos pois a Página é nossa, o perfil é privado e só a mim e a quem eu autorizar a pode visualizar. (…)

Eu conheço a pessoa em questao, mas nem vamos por aí (sim, que eu conheço cada aventesma que dá vontade de fugir!). A personagem deu pelos senhores do FB a vasculhar a sua privada… muito material para psicanálise. Gosta de saber como é que deu por isso... será que eles deixam rasto?! Qualquer dia estamos a dizer que o FB é do povo e que o povo é que deve ditar as regras.

Mas será assim tão difícil perceber que NADA é privado a partir do momento em que se publica na internet?! Venham-me cá com teorias de que o meu perfil é privado e ninguém o pode ver e fia-te na Virgem e coiso e tal.

Não  que o FB seja tipo PIDE e esteja em cima de tudo o que é publicado, de fio a pavio mas, tendo de haver um controlo - que temos de reconhecer como necessário, seja para tudo o que infrinja a lei e não só - as coisas são vasculhadas, vistas e revistas, sim! Quem não tem consciência de que é assim, é, no mínimo, ingénuo.

Acharem que o FB é como o diário que guardam fechado na gaveta da mesa de cabeceira ou o álbum de fotografias escabrosas com a prima Cidália que está debaixo da cama e ninguém, mas ninguém mesmo vê, é absolutamente ridículo. 

E se assim fosse, qual era o objectivo de publicar estas coisas?

Quem não quer ser visto não se mostra. Ponto. Conheço várias pessoas sem FB todas elas com as suas validíssimas razões para não terem e que pura e simplesmente vivem bem assim. Quem quer tem, quem não quer não tem e nem deve doer assim tanto a quem não o tem, senão… tinham, certo?!

E será que é porque pespegam com um “eu estou muito bem do miolo e sei o que digo a 1 de Fevereiro de 2013” que o Mark e a equipa dele (e outras almas que também lá calham para "cuscuvilhar") nunca mais lhe entram no perfil, não vasculham as fotos do Verão na Lagoa de Albufeira e os picnics na mata do Monsato mais os valiosos pensamentos roubados em outros tantos perfis?! Oh alminhas sem juízo…

Isto parece-me tão óbvio que chateia. Ah e os falsos moralismos de “deviam ser punidos” (sem sequer perceberem o que estão a dizer) irritam-me até á medula.

O mundo seria um lugar tão melhor sem gente estúpida. Mas muito menos divertido, confesso.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A temática do corno aplicada á música



Acho que todos temos um pouco para aprender com as chamadas “canções de dor de corno”! Vá, não desistam já, aguentem-se por aí que vão ver que no fim isto até faz algum sentido (o mais provável é que não).

Seja a do Tony Carreira (ai, que urticária, Jesus!) a perguntar repetidamente “porque é que veeeeens”ou a da Beyonce,  tão arrumadinha, que lhe diz ao fulano “To the left , to the left… to the left, everything you own in the box to the left”. Tomara eu saber onde enfiei a minha máquina fotográfica quanto mais estar preocupada em pôr as coisas de um gajo que me encornou numa caixa fosse onde fosse! Vai procurar camelo!! E sorte tens tu de não ter pego fogo a tudo ou vendido no ebay as cenas de marca. Fraquinha filha, fraquinha.
Depois há aquele que diz que os maridos das outras é que são bons. Não, não sei como é que o gajo se chama e Deus me livre se eu vou googlar "os maridos das outras" no laptop do trabalho! "Corno" ainda vá que nao vá...

Voltando ao gajo dos maridos...  isto faz-me perguntar com todas as letras what the fuck?!?  Das duas uma, a mulher encornou-o com o marido de uma amiga ou então o pobre diabo está rodeado de amigas mal resolvidas que passam a vida a gabar os encantos dos maridos das outras.  Como diz o outro, muito material para psicanálise.
Eu que sou eu, digo que é preciso estar algo muito mal numa relação para uma gaja começar a olhar para os maridos das outras e ver perdicados á força toda. Naaaaaa, cheira a esturro, certo? Certo! Avancemos então.
Neste tópico nunca me consigo esquecer da música brasileira, que tem provas dadas e amplamente exploradas (até demais) nesta temática. Músico brasileiro que se preze tem, pelo menos, uma música sobre o acto de ser encornado. Músico que não se preze, tem várias. Algumas até são “ouvíveis” outras … Nossa Senhora, são de fugir a correr na bisga, mesmo!

Um bom exemplo (se é que há "bons exemplos" nisto) é a Banda Calypso…. Ai, senhores, admitir publicamente que ouvia (e cantarolava) isto é uma chicotada de todo o tamanho no meu ego, mas fazer o quê? São fases (para não lhes chamar outra coisa!).
Uma das músicas (como todas as da banda) tem uma letra digamos… parva! A moça diz que a lua a traiu. Não, não foi o bom do gajo, esse “num passe de mágica (Você) desapareceu”. A culpa foi da lua, pois a rapariga tinha pedido “prá lua dos amantes que iluminasse essa hora prá esse amor eternizar...” e a puta da lua faz o quê? Desaparace-lhe com o gajo! Não se faz….

Outros exemplos incluem letras com”piri-paque” e “eu viajei na maionese” mas sempre centrados na traição da pobre da rapariga. Uma tristeza. Visto que é a Joelma Mendes da Silva (gozar com o nome da vocalista era piada demasiado fácil, até para mim!) que escreve as letras e o Chimbinha (marido) que toca, acho que eles deviam optar pela terapia de casais e não tanto por contar/cantar a toda a gente que o sacana a encorna a torto e a direito. Não é bonito, mas vende discos que se farta.

Mais exemplos? O do Shaggy é tão idiota como… parvo! “It wasn’t me” é um exemplo claro da estupidez masculina (sorry, can’t help it!) que não só escreve uma letra assim como certamente e que me caia um raio em cima se já não houve centenas, senão milhares, de marmajos a usar esta manha. Naaaaaaa filha, tu viste mal! Euuuuuuuu?! Mas tu estás parva?
Posto isto, vou almoçar e desligar a Comercial, que isto de ouvir Os maridos das outras avariou-me a cuca! (não vou nada, estou a brincar… vou so almoçar.

Não aprenderam nada? Paciência, talvez para a próxima. Ou não.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cabras



Isto é como tudo na vida. Ou se tem ou não se tem. E nem vamos pelas cabras, que dessas toda a gente tem a sua quota parte, uns mais outros menos e eu, que não sou mais nem menos que ninguém, também tenho as minhas que me dão água pela barba. Mas só quando eu deixo.

O título do post é enganador. Ou não. Já deviam saber o que a casa gasta!

Diz o senhor dono da minha felicidade que há dois assuntos dos quais eu falo amiúde que o aborrecem de morte, tipo fainting goats, que para quem não sabe são aquelas cabras que têm uma condição genética que, sempre que entram em pânico, os músculos paralizam  por 10 segundos e, tungas... caem para o lado!

Atenção que quem estabeleceu o paralelismo aqui foi ele, não eu. E quais são os assuntos? Está visto, trabalho e bujigangas.

Começo eu a descrever em pormenor as 32 missangas e sementes de patxiubá que enfiei no último colar, a trabalheira que me deu o fecho e outras pendurezas e é ver o gajo a roncar em menos de nada, feito cabra paralisada de medo.

Isso e falar-lhe no gajo riuvo que ele conheceu na festa de Natal de há dois anos (sim, para um gajo que nem decora a idade que tem!) ou da chinesa que passa a vida a azucrinar-me o juízo. Nem tempo tem para refutar o que eu digo com um “eu nem me lembro se almocei…”. Ainda nem eu acabei a frase e, das duas uma, ou ronca ou balbuceia qualquer coisa a ver com aviões. Tudo a ver! 

E eu até podia armar um pé de vento, amuar, fazer trombas, por achar que o tipo não me liga puto, uma vez que capota cada vez que eu menciono estes dois assuntos. Mas perante a analogia com as cabras não consigo parar de rir. Há coisas que nem de encomenda e eu sei, tenho a plena consciência que para me aturar não podia ser um gajo qualquer. Tinha de ser este e ter o síndrome das cabras que desmaiam.

Ain’t life just perfect?