Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O regresso

Do trabalho, até posso dizer que sentia saudades. Tenho imensas coisas novas para fazer, algumas bem interessantes. Agora, do que eu não tinha saudades nenhumas era da gentinha triste.
Chega uma tipa toda morenaça, bem disposta, com um sorriso de orelha a orelha e no meio de 20 infelizes, só duas alminhas é que me perguntam como correram as férias?! Eu bem as vi a mirar o vestido e o bronze, e a olhar de esguelha para o meu relógio novo. Gajas!
Custava perguntar "Então as férias foram boas?"... Hum? Mesmo que não fosse por curiosidade, por educação? Que ar de enfado e tristeza. Cada vez me conveço mais que incomodo muita gente.
E diz-me um amigo quando me queixo: "Faz uma cara linda e feliz!". Foi o que eu fiz. Se calhar o mal é esse. Se entrasse de olheiras até ao umbigo, mal enjorcada e pálida, ficariam mais felizes? Talvez... porque assim pareceria-me mais com eles. Que pobreza de espírito.
Depois de sair de lá, fiquei neura durante uns minutos. Segui para o meu buraco (como eu chamo ao meu escritório) pus a música bem alto, fiz uns telefonemas e passou-me. Não há paciência para infelizes. Daqueles que o são só porque sim.

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