Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Meia dúzia


Este blog está a fazer 6 anos em menos de nada! Assustador! Digo eu, que o escrevo. O que dirá quem me le?

Lembro-me de escrever á bruta, posts atrás de posts, sobre tudo e sobre nada.

Lembro-me dos tempos dos comentários á pázada, de eu não ter tempo de responder e de haver comentários cruzados. Lembro-me de este blog ser falado em tudo o que eram jantares de amigos, festas de familia e conversas de café. Lembro-me de andar com um notebook da moleskine para tomar notas, livrinho esse  que me foi “roubado” várias vezes.

Lembro-me dos amigos que fiz e das invejas, ressabiamentos, cabras e cabrões que aqui vieram parar. Lembro-me das vezes todas que parei de escrever porque não me apetecia levar com as frustrações de toda a gente pequena e mesquinha que aqui apareceu.

Lembro-me da malta que chegou aqui como quem vai tirar o cutão do umbigo e a achar que a sua opinião, juízo de valor, análise da minha pessoa ou tentativa de piada tinha algum valor. Lembro-me de tirar o maior gozo de todos os anónimos que aqui tiveram o desplante de vir comentar. Desde o/a que me chamou p-u-t-a com as letras todas, á que (ela dizia que era uma "ela") me apelidou de Zezé Camarinha com downgrade.  Havia de chorar, querem ver? Optimista e positiva como sou, só podia mesmo era virar o bico ao prego e rir até me doer a barriga.

Lembro-me dos gajos que se apaixoram pelo que eu escrevi. Dos que acharam que o mau feitio era fachada. Dos que tiveram tomates para testar se era fachada ou não. Dos que fugiram  as 7 pés com o rabinho entre as pernas quando lhes provei por A mais B que fachada era a senhora mãe deles.

Lembro-me do chorilho de comentários anónimos que não publiquei e que andaram a circular por email. Das teorias da conspiração, será fuluno, será sicrano… Dos trocadilhos e analogiais que fiz nas respostas que fui dando. Nas “tareias” monumentais que dei no ego de muito menino.  Das gargalhas que dei a ler alguns comentários de quem me quer bem a “bater” em quem me queria mal.

Das horas passadas a ler e a comentar outros blogs, como o El Dourado, O juro , o Ervilhas, o 1000 Conversas, a Bad e tantos outros que entretanto fecharam. E das “conversas” saudáveis que tinha com esta gente toda. Apesar de só conhecer uma pessoalmente. Hoje conheço 4 e uma virou família! E não fosse o primo e o blog e  não tinha conhecido O gajo.

Lembro-me do tempo em que o blog era um vício saudável. Uma dependêcia consciente, que tinha de ver satisfeita várias vezes ao dia.

Hoje olho para este blog como alguém que em tempos fumou 4 maços de tabaco por dia, mas de vez em quando ainda dá umas passas. E apesar da euforia não ser a mesma de outros tempos, posso garantir que ainda me dá um gozo do caraças escrever aqui.

1 comentário:

Inês disse...

Zezé Camarinha com downgrade?? A margarida rebelo pinto comenta o teu blogue? como agora és bifa e se calhar não leste a entrevista, aqui vai link:

http://www.ionline.pt/boa-vida/margarida-rebelo-pinto-tive-fazer-downsizing-meu-lifestyle