Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Efeito


Tenho falhas. Tantas que me faltam os dedos. Coisas tortas, escuridão, momentos infelizes e palavras não menos tristes.
Mas sou eu. Se tento ser melhor? A cada instante, a cada batida que este coração ferrugento dá. Mas ás vezes, cada vez menos vezes, mas ainda assim mais vezes do que eu e todos gostariam, há um monstro que se apodera de tudo e, tal boi desenfreado, leva tudo à frente.
Porquê?! Pergunto-me eu e tanta gente à minha volta. Há quem diga que é feitio. Há quem diga que é defeito. Eu digo que é efeito. De vidas passadas, de tombos mal dados, de mágoas muito doridas e decepções sem fundo. É defesa sem que ninguém me ataque. É ataque do qual todos ficam indefesos.
É feio, é ruim, é triste e destrói. Mas sou eu. Se tento ser melhor? A cada segundo.
Se há esperança? Uns dias acho que sim, noutros, os mais negros, nem tanto.
E eu tenho tanta sorte. Raio da gaja nasceu com o ‘sim senhor’ virado para lua, sempre pensei. E por A mais B a vida tem me mostrado que assim é. Tirando as 3 ou 4 doenças crónicas, a cabeleira não-farta e a estrutura fraquinha, tenho uma sorte do catano.
Por isso há esperança. Por isso insisto, no ginásio, na yoga, no coaching, no que fôr. E um dia eu mato este efeito todo e viro o jogo. E ganhamos todos.

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