Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Agora todos juntos "Olá Pedro!"

Sim, porque eu sei, ele sabe, nós todos sabemos que ao assentar o traseiro na sua secretária amanhã de manhã a primeiríssima coisa a fazer é vir aqui.



Há aqui tanto material para psicanálise que não consigo resistir. E não é que tenha falta de assunto ou não goste de falar de mim, mas é tãaaaaaao giro falar dos outros. Ainda para mais quando os “outros” vêem para aqui largar postas de pescada como se soubessem do que estão a falar e se põem a jeito para análises deste tipo. Temos pena? Temos. Mas pouca!



É isso ou a vida ensinou-me que lidar com gajos como o Pedro só tem uma forma possível. À bruta.


Ora então vamos lá dissecar a posta.


Pedro... Toda a gente tem uma catrefada de Pedros na vida, certo?! Eu também. Amigos, irmão, exs, há de tudo, Mas sinceramente que dos Pedros que conheço, não estou a ver qual é este. O que me faz deduzir que, ou não é Pedro, ou não deixou lembrança. Vou mais pela última.



Trabalha na Câmara Municipal de Oeiras (ou passa lá os tempos livres) e acha que trabalha a sério. Das duas, três: não faz ponta de corno, está a recibos verdes e logo é um frustrado de primeira ou a terceira hipótese, nenhuma das anteriores, trabalha que nem um mouro e não se sente valorizado por isso. Chega ao estaminé pouco depois das 8h, toma a bica do costume e surfa na net até às 8h45 que é a hora a que chega a cabra da chefe (que conseguiu o emprego com uma granda cunha) que faz a vida negra ao departamento inteiro, principalmente ao desgraçado do Pedro. Sim, eu tenho uma imaginação muito fértil.



n é como tu que ganhavas mais de três mil euros e primavas por um absentismo recorrente” Hum… trabalhaste lá comigo, foi?! (o que é no mínimo assustador, pois isso terá sido há mais de 10 anos… e isso é muito fel acumulado rapaz!). Não consigo imaginar porque razão alguém comentaria o meu ordenado dessa forma que não esteja directamente ligado com inveja, ressabiamento, dor de corno e afins. És gajo para ganhar quanto? Uns mil euritos limpos?! Pois, isso dá cabo da auto-estima de qualquer um... Life is tough.


podias e devias a prender a relativizar algumas coisas triviais e a valorizares outras essenciais”... Mas estamos a falar do quê mesmo?! Da forma como eu me entretenho, passo os meus tempos livres, escrevo coisas no meu blog??? O que sabes tu da minha vida?! Que raio de análise fazes tu de uma lista de meia dúzia de coisas que ponho no blog? Ao que dou importância ou considero essencial na minha vida?!


Não faço corno de ideia quem sejas e muito sinceramente estou-me a cagar para isso. És apenas e não mais do que uma amostra do que anda de frustração por esse país. Mania de cagar sentenças sem saber do que se fala, disparar a tudo o que mexe sem distinção. Ai escreves num blog? Deves ter a mania! Ai falas da tua vida? Deves ser muito triste! Emigraste? És uma desgraçada! Ai és feliz? Isso chateia! And so on and so on...



O que é que eu te fiz? Escarrapachei que vens aqui todos os dias as 8h da manhã? E?!?! É verdade, certo?! E interesse na minha vida?! Com certeza que não tens nenhum. Mas isso é um tanto ou quanto incoerente com a assiduidade com que aqui vens. Ou então sou eu que estou a ver coisa do prisma errado. Este blog SÓ fala da minha vida, pelo que não vejo outro propósito em vir aqui que não seja saber da MINHA vida.


É isso ou ignorei-te descaradamente em alguma fase da minha vida em que passaste completamente despercebido. Ai, eu sou uma peste mesmo!!!


Nuvens… nuvens… Sim, há muitas por aqui, mas não é no meu sotão. No meu sotãoo o sol brilha e os baús dos fantasmas estão todos abertos para eles poderem ir à sua vidinha descansados (hint, hint!).


Ácida, eu?! Mas de onde é que tu tiraste essa ideia rapaz?! Fónix, eu sou um doce! Tão, mas tão doce que até enjoa! Tem dias que não me aguento de tão doce que sou. Não, hoje não é um desses dias.

Mas é em dias com este em que dou graças a Deus Nosso Senhor por ter emigrado e deixado para trás um bando de gentinha como tu. Isso e não pagar impostos nesse país. E não ser munícipe em Oeiras. Mal empregada contribuição autárquica.


Agora vai lá por uns carimbos numas certidões ou fazer o que quer que seja que tu fazes aí na Câmara e larga a net e coisas que os municípes nao te pagam para fazer no horário de trabalho.

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