Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Meia dúzia


Este blog está a fazer 6 anos em menos de nada! Assustador! Digo eu, que o escrevo. O que dirá quem me le?

Lembro-me de escrever á bruta, posts atrás de posts, sobre tudo e sobre nada.

Lembro-me dos tempos dos comentários á pázada, de eu não ter tempo de responder e de haver comentários cruzados. Lembro-me de este blog ser falado em tudo o que eram jantares de amigos, festas de familia e conversas de café. Lembro-me de andar com um notebook da moleskine para tomar notas, livrinho esse  que me foi “roubado” várias vezes.

Lembro-me dos amigos que fiz e das invejas, ressabiamentos, cabras e cabrões que aqui vieram parar. Lembro-me das vezes todas que parei de escrever porque não me apetecia levar com as frustrações de toda a gente pequena e mesquinha que aqui apareceu.

Lembro-me da malta que chegou aqui como quem vai tirar o cutão do umbigo e a achar que a sua opinião, juízo de valor, análise da minha pessoa ou tentativa de piada tinha algum valor. Lembro-me de tirar o maior gozo de todos os anónimos que aqui tiveram o desplante de vir comentar. Desde o/a que me chamou p-u-t-a com as letras todas, á que (ela dizia que era uma "ela") me apelidou de Zezé Camarinha com downgrade.  Havia de chorar, querem ver? Optimista e positiva como sou, só podia mesmo era virar o bico ao prego e rir até me doer a barriga.

Lembro-me dos gajos que se apaixoram pelo que eu escrevi. Dos que acharam que o mau feitio era fachada. Dos que tiveram tomates para testar se era fachada ou não. Dos que fugiram  as 7 pés com o rabinho entre as pernas quando lhes provei por A mais B que fachada era a senhora mãe deles.

Lembro-me do chorilho de comentários anónimos que não publiquei e que andaram a circular por email. Das teorias da conspiração, será fuluno, será sicrano… Dos trocadilhos e analogiais que fiz nas respostas que fui dando. Nas “tareias” monumentais que dei no ego de muito menino.  Das gargalhas que dei a ler alguns comentários de quem me quer bem a “bater” em quem me queria mal.

Das horas passadas a ler e a comentar outros blogs, como o El Dourado, O juro , o Ervilhas, o 1000 Conversas, a Bad e tantos outros que entretanto fecharam. E das “conversas” saudáveis que tinha com esta gente toda. Apesar de só conhecer uma pessoalmente. Hoje conheço 4 e uma virou família! E não fosse o primo e o blog e  não tinha conhecido O gajo.

Lembro-me do tempo em que o blog era um vício saudável. Uma dependêcia consciente, que tinha de ver satisfeita várias vezes ao dia.

Hoje olho para este blog como alguém que em tempos fumou 4 maços de tabaco por dia, mas de vez em quando ainda dá umas passas. E apesar da euforia não ser a mesma de outros tempos, posso garantir que ainda me dá um gozo do caraças escrever aqui.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

E de maneiras que é isto...


Atentem que a alminha atormentada andava á procura, não de solução para o seu problema, 
mas sim de imagens... Imagens, senhores!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Do fundo do baú

Conversas de gajas, falta de assunto e vai daí que veio isto á baila.
O texto em si nao é o melhor... o melhor sao os comentários. De chorar a rir!

Divirtam-se!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Das Américas

Comecando pelo obvio, diverti-me á bruta, vi sitios lindos, ía morrendo de susto a fazer snorkelling e comi que nem uma real besta (diet is on again!).


Miami Beach, Sunny Isles Beach, Key West (3 horinhas para lá chegar valeram cada minuto) e marisco a deitar pelos olhos a cada canto.

Cereja em cima do bolo, "Bubba Gump" o restaurante temático do Forest Gump … Um luxo, pelo menos para mim que amo o filme! Carradas de cenas do filme por todo o lado, mesas com citações tipo “My mama used to say…”, placas com “Run Forrest, Run” e “Stop Forest, Stop” para anunciarmos que queríamos fazer o pedido ou que estava tudo bem, menu de sobremesas em forma de raquete de ping-pong (quem viu o filme sabe porquê)… e camarão a dar com um pau! Loja de souvenirs estupidamente cara, óbvio! Enfim, não se pode ter tudo.

Em relação á comida, comecava a ficar cheia logo ao pequeno almoço. Os tipos são tão meiguinhos a server (NOT!!!). Que exagero, senhores. Ele é bacon, ele é ovos, ele é torradas… e o mais assustador foi ver o meu gajo super bem adaptado, a marchar uns ovos benedict (que é assim a pior coisinha que eu já comi a um pequeno almoço) e a amar cada segundo…

No primeiro dia jantamos no A Fish called Avalon e partimos logo a loiça toda. Uns 150 dólares… ouch! Até estalou… Mas a lagosta e o risotto de frutos do mar estavam assim qualquer coisa de cair para trás, chupar os dedos, chorar por mais e dar graças aos Santos e anjinhos todos. DE-LI-CIO-SO! Para dizer o mínimo.

No Domingo fomos a Sunny Isles Beach, molhámos os pézinhos e almoçámos num restaurante famoso pelos bifes, entrecosto e marisco. Tony qualquer coisa (que a minha memória nao dá para tudo...) E pronto, lá furamos a dieta (outra vez!) e toca de comer um balde de camarão de entrada, mais entrecosto cozinhado por 12 horas e mais taglieteli de marisco (sim, que o menino não descansa!) E a sobremesa?! Sem comentários, mesmo… É que dava para uns 4!

Na 2a feira o gajo foi trabalhar que alguém tem de fazer pela vida e eu lá fui para Key West fazer snorkelling. Muito bom.  Apesar de ter estado uns bons 10 minutos a hiper-ventilar e a dizer de mim para mim "O Deep Waters é só um filme!!!" (baseado num caso real, mas isso não ajudava nada á causa, certo?!?) e que tal como o capitão do catamaran me disse “All the sharks here are friendly!” E que morre mais gente sentada na praia com cocos que lhes caiem na cabeça! Yeah… sure!!!! E a musiquinha do Sharks in the back of my head! Fu**ing scary mate!!!

E lá me dei uma chapada mental, sem perder a compustura e pensei "OK, pagaste, vais fazê-lo e fazê-lo bem! Mete lá a tromba debaixo de água e ve os peixinhos, não penses em parvoíces e AHHHHHHHHHH! (grito histérico!) Cabrão do peixe enooooooorme que me assustou! Fónix, a máquina pá, a máaaaaaaquina!!!" Obviamente com toda esta conversa debaixo de água, não escapei a uns pirolitos. 

Ainda não sei se as fotos debaixo de água ficaram alguma coisa de jeito. A ver vamos… Mas que o peixe era lindo, era. Preto, com riscas azuis… enorme… e mesmo ali ao meu lado, como se nada fosse! Impressionante.

Dei mais uns mergulhitos, respirei fundo umas 20 vezes, sacudi algas do focinho e fugi de duas alforrecas enormes e roxas. E os 45 minutos passaram num instante.  Voltada ao barco, segura e seca, a coisa até me pareceu bem. Assim á distância, claro. Que dentro de âgua só não me borrei toda porque não calhou. Mas fui e fiz! E no fim, soube bem!

Será coisa a repetir, mas com companhia, que eu sou uma canguinxas e gosto de ter o gajo por perto para estas coisas. A menina não é aventureira mesmo.

Na volta a Key West juntei-me a uns Americanos doidos (peço desculpa pela redundancia) super divertidos e um bocadinho pró tocados. Conversa puxa conversa e já queriam vir os 6 (3 casais) comigo para Miami… Gente louca! Ah… e deram-me 26 aninhos!! Ou foi dos copos ou eu estou mesmo muito bem para os meus 37 (naquele dia ainda tinha 36!!).

No último dia foi a vez de ir testar um carro todo xpto de que não posso falar porque os gajos me pagam o ordenado e não posso dizer nada. Enfim, amercianices! Mas posso dizer que foi espectacular, o bicho anda nas horas e era coisa para pensar em comprar não estivesse tão longe do nosso orçamento. Detalhes!

Correu bem até ao ponto em que o meu colega, numa boa, se vira para mim e me pergunta se eu sabia que estava nos Estados Unidos. E eu, descontraidíssima, á espera que a cancela da linha do comboio abrisse, “Sim, sei! Porquê?!
É que estas do lado errado da estrada…  

Ai, que a loira baralha-se!!! Jasus, que ainda me mato e depois ainda me despedem, penso enquanto vou voltando depressinha para a faixa certa.  No harm done… safa!

E prontos. Foi isto. Mas muito mais para mais, que aqui escrito acredito que não pareça assim grande espiga. Vai umas fotos, para avivar mais a coisa? Vai sim senhor.




Sou só eu...

... Ou o acto de "conceber" tem de ter lugar muito antes da ida para a maternidade? Porra... confundem a malta.



Isto vindo do Expresso é pura desilusao... a malta que le jornais em Portugal está perdida. E os que nao leem também, nao pensem que se safam!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Gosto muinto da minha qlienta!

Em muitas coisas (algumas, vá) eu sou tuga até ás orelhas. E por essas e por outras, oiço a Rádio Comercial todos os dias no meu laptop (sim, os gajos de IT adoram-me, que eu ocupo a banda toda! Caguei!).

E hoje ouvi um anúncio qualquer da Caras ou da Nova Gente (esse brontosauro ainda existe?) a dizer que a Sofia Ribeiro se ía separar. E penso eu cá com os meus botões (olha porra, esta hoje nao faz muito sentido, que não tenho botões!!) "Quem raio é a Sofia Ribeiro?!"

E como eu não sou menina de me manter com dúvidas, gosto de tudo bem esclarecido na mona, toca de escrevinhar o nome da menina na página do Sapo. Foi no Sapo, como podia ter sido na Wikipedia ou no Google. Antes tivesse sido o Google, valha-me Nossa Senhora d'Agrela, que não há Santa como ela...

Lá está a fronha da menina (bem gira, por sinal) e mais o gajo de quem se vai divorciar. E pronto, a dúvida acabada, vinha-me embora, não era? 

Pois era... mas eu sou uma maluca do caraças e toca a ir ler os comentários á notícia.... e logo o primeiro é assim qualquer coisa que eu não sei como explicar. Ora confiram lá comigo e concordem que isto não é uma pérola... é uma Senhora pérola.


Uma granda beijoca para o Rei dos Caracóis que deve ser um restaurante muita catita! E a Sofia é cada das minhas, grama caracóis!

Mas sabem a melhor (ou a pior!)??? Há mais! Pois claro que há...


Claro que sim, filho! Que o que ela tinha era um coelho, querem ver? E olhem que até nem era nada de se deitar fora, o rapazito!

Mas a melhor de todas é mesmo a última...


Sim, que se os leitores nao tiveram culpa nenhuma no divórcio, toca lá a fazer as pazes! E até pede desculpas, coitado(a)! Agradece-se a quem fanou a caixa de Lexotan a este senhor(a) que devolva o quanto antes, que lhe está a fazer muita faltinha.

E como sou mesmo uma masoquista de primeira apanha, vamos lá fazer a coisa como deve de ser... Caras e Nova Gente (ainda existe, pasmem-se!!) here I go.

Nao há fome que não de fartura, ou estupidez com limite, como dizia o outro...

Esta parece-me um retrato fiel do país: eu (não "eu", ela, que escreveu o comentário!) sou muito tonta e vou dizê-lo (escrevê-lo, neste caso) para toda a gente ver... Sim, que a malta gosta de se expor ao ridiculo que é uma coisa parva.


Vos sóis gentinha, mas eu sou o povinho tonto! Ana Rita, estás lá!!! E nao é que este comentário tem 14 "likes"?! Ah pois é, senhores, que a tonteria vem aos pares ou em grupos muita grandes...

A Caras, infelizmente não tem comentários nos artigos. E se tivesse, eu era gaja para ir lá ecrever que estava mal não terem comentários. 

É o país que têm! Que eu já me pirei há quase 3 anos e fico aqui a assistir de camarote, a mandar bitaites e a divertir-me á bruta.

As bruxas, senhores! As bruxas...

Não sei como não me lembrei de escrever sobre isto antes... Mas enfim, aqui vai.

A minha cria sempre foi uma criança super bem disposta, alegre, faladora (puxou á mãe) e muito, muito dada (saíu ao pai).

Vai daí, começou a falar com 9 meses, tendo sido a primeira palavra "pai". Tinha 9 meses, não sabia o que fazia certo? Certo!

Com um ano, tinha um vocabulário farto, com carradas de palavras inventadas por ela como "tócolante" ou "tóculismo" e palavras que só a mãezinha entendia! Tenho um livrinho da Moleskine com o titulo "Quando a Raquel tinha 3 anos" que é um tesourinho... desde dispartes que ela dizia, a significados de palavras. Um mimo!

Tinha ela cerca de um ano e meio, em Outubro de 2003 portanto, chega o Halloween e uma parafernália de decoraçoes que incluíam, entre outras coisas, bruxas. Ora a catraia sempre gostou de bruxas. De Pai Natal e fantoches fugia a sete pés, mas bruxas, venham elas.

Na altura vivíamos em Viana do Castelo e o meu shopping de eleição era o NorteShopping. Um belo dia, toca de ir as compras e ía eu a entrar na Tribo, com ela no carrinho, montra repleta de bruxas e sai-se a petiz, alto e bom som, de braços abertos e sorriso rasgado "Olha mamã, tanta puta!!!!".

O que é disseste filha?!? "Puta, mãe... tanta puta, olha!" Não filha, ignorando os olhares indignados dos presentes... é BRUXA... tenta lá dizer... BRU-XA... E ela convencidíssima que estava a dizer a coisa mais acertada do Mundo "PU-TA"!!

A minha mãe num canto a escangalhar-se toda de tanto rir, eu a tentar manter a compustura para a criança nao perceber que estava a dizer um palavrão e vamos é embora daqui que isto está cheio de pu... bruxas, bruxas pá!

É óbvio que a história correu a família e os amigos todos e não houve quem não perguntasse á miuda "Oh minha linda, diz lá 'bruxa'!". O que ela fazia com todo o gosto!

A parvoeira foi tanta que duas empregadas do bar que eu geria na altura levaram-na uma vez a ver as bruxas (as bruxas mesmo, não as outras) ao Pórtico, uma loja fantástica que havia em Viana (ainda existe?)!
E parece-me que a loja em peso se mijou a rir com minha filha a dizer coisas como " Ai que puta tão linda!", "A Caquel gosta das putas" e afins. Enfim... era Viana do Castelo senhores! Diz-se "vai-te foder" á laia de bom dia, portanto uma caganita de ano e meio a dizer "puta" é uma festa!

Graças a Deus, a coisa passou-lhe e aprendeu a dizer bruxa direitinho. Já canjerina ainda hoje diz!

Ao lembrarmos este episódio ontem a minha mãe lembrou-se de outro. Com mais ou menos 2 anos, quando a miuda fazia birras, de tanto me ouvir a dizer que o mal dela era fartura, ao ralhar com ela perguntava-lhe "Sabes qual é o teu mal, sabes?!". E ela com ar de gozo e feliz da vida por saber a resposta certa dizia "Fartura!"

A minha filha é uma benção! Gira nas horas, esperta que nem um alho, divertida, maluca como a mãe e com um coração enorme (saiu á avó, que eu sou uma cabra).

E deu-me assim umas saudades loucas da minha pimpolha canina. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Contado, há 4 ou 5 que acreditam!

7 anos e eu ainda ando a levar com isto! Nao há pachorra, nao há cu que aguente.
E como a peca tem andado a pedi-las, o que seguiu foi mais ou menos isto:

"Boa tarde (que eu sou uma cabra educadinha - isto nao foi na messagem, sou eu a dizer-vos) agradeco que contactes os teus gestores de conta, credores, agiotas e afins e informes que eu nada tenho a ver com os teus esquemas, calotes e dividas. Ao próximo que me ligar nao só dou o teu no. de telefone e enderecos de email, como adiciono as moradas e números de telefone da tua namorada, pai e irmao a titulo de extra! EU NAO TENHO DE LEVAR COM ISTO!"

Estou a comecar a achar que fui meiguinha no email de ontem. Safa!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mais do mesmo

A malta até podia pensar que a pessoa em questão aos 59 anos já teria algum juízo. Mas não... já dizem os ditados que o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita e que burro velho nao aprende línguas.

Apenas para situar a coisa, direi que a peça, depois de ter posto a filha de 10 anos a chorar no Skype,porque fala com ela como se ela fosse uma adulta e lhe atira á cara coisas que ela não tem culpa nenhuma nem maturidade para lidar com, fez uma birrinha e cortou-me 100 Euros na pensão. Porque diz que não tem acesso á filha. O que eu lhe disse foi que a partir daquela data só falava com ela quando eu estivesse presente. Acho que era o mínimo que poderia fazer para proteger a criança.

Excerto do mail que seguiu há pouco...

Muito agradecida pelos 200 Euros que me enviaste, exactamente £155.56!!!

Vamos fazer umas contas que tu, apesar da idade, ainda deves ser bom a fazer contas de cabeça.

Despesas mês:
£150 de afterschool club - que eu trabalho 8 por dia/5 dias por semana/22 por mês e preciso que alguém fique com a menina até eu chegar
£10 libras para  escuteiros - sim que a miúda, nao é por o pai ser uma besta que deixa de ter tempos livres
£40 libras para almoços - que a criança come, sabias?
£20 libras de mesada 

Só aqui, se tu pagasses metade, seriam 110 libras. 

Mas pasma-te, ela come todos os dias, dorme num quarto numa casa decente com tecto e aquecimento central, toma banho todos os dias, veste roupinha lavada todas as manhas antes de ir para a escola, lavada na máquina e passadinha a ferro. E ainda saí ao fim de semana, vai ao cinema, a festas de aniversário, jantar/almoçar fora, passear, acampar, á piscina... 

Quem paga isso? A mãe e o padrasto! Que o pai é bom é para a levá-la á Disney e enchê-la de presentes que não lhe matam a fome, lhe dão educação nem lhe ensinam valores como integridade.

Nunca nos passaria pela cabeca (minha ou da minha filha) pedir-te mais um tostão que fosse. Não poderíamos viver com a consciência pesada de que isso te possbilitaria menos um par de botas Timberland, os cremes fantásticos da Aramis ou os boxers da Hugo Boss. Por quem sois!!! Gasta-o todo nas putas, como sempre, pois a criança, graças a Deus, tem mãe, padastro, irmão, tios e avó maternos (que paterno nunca teve puto e o irmão não conta, que foi criado pela mãe!).

Para quem vive no mundo da fantasia, como tu, está tudo muito certo! Para quem acha que a filha é que lhe deve telefonar porque ele lhe deu um iPad, um telemóvel e um computador e trata uma criança de 10 anos como se fosse uma adulta, está tudo muito bem! 

Depois de tudo o que passei, das merdas que me livrei, vale-me a consciência de que ela é uma criança fantástica, feliz, saudável, bem integrada, com um óptimo ambiente familiar e rodeada de gente que a adora e a faz sentir amada e segura. Tem um pai que é uma besta? Tem sim senhor, mas não se pode ter tudo.  

Podes ter a certeza, que não é por causa das tuas birras que ela há-de ficar sem a guitarra (aliás já a tem!) sem o passeio da escola (que já está marcado e sinalizado) sem a farda dos escuteiros (que já comprei) ou sem a mesada!

E se não tens uma relação mais próxima com a tua filha, eu digo-te quem podes culpar: olha-te ao espelho e pode ser que chegues lá sozinho!

Passar bem!

Se podia ser pior? Podia, o gajo podia ter deixado de pagar um tostão. Mas bem vistas as coisas, talvez fosse uma benção. Era um preço baixo a pagar para nos vermos livres da peça! E dizem vocês "Ah e tal, o gajo é pai e tu estás a ser uma cabra!". Sim, sim... desafio qualquer um que conheça a peça (e não precisam de ser os meus amigos ou a minha família) a dizer que o gajo é bom pai (ou sequer boa pessoa) e a dar-me exemplos! 

Pai é quem cuida, quem cria, quem abraça e beija todas as noites. Quem brinca, quem conversa, quem se preocupa, quem vai ás reunioes de pais, quem dá banho, quem leva á escola, quem ralha, quem educa, quem ensina. Por cada uma dessas coisas que ele não pudesse fazer porque está longe, haveria outras tantas que seriam tao fáceis, mas tao fáceis de fazer que até chateia. Mas ter o mundo centrado no próprio umbigo não ajuda.

Se eu me arrependo dos erros do passado e amaldiçou o dia em que o conheci? Sim e não. Que mudar o que quer que fosse podia fazer com que eu não tivesse a minha filha. Males que vêm por bem. Ou não há male que sempre dure. Ou o diabo que o carregue.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Olá, oi, bonjour, hello, 你好, hallo


Malta que me lê... continuem por aí! Isto nao tinha metade da piada sem vocês!!

Os tugas

Funchal, Macinhata Do Vouga, Barreiro, Seixal, Aveiro, Grijó, Porto, Lisboa, Torres Novas Espinho, Viseu, Alvor, Viana Do Castelo, Covilhã, Coimbra, Amadora


Os brasucas

Paraná, Bahia, Goiás, Alagoas, São Paulo

Os emigras 

Lucerne, Switzerland
Paris, de França
Macau
Le Mont-sur-lausanne, Vaud, Switzerland
Palo Alto, California, USA
Brussels, Belgium



Ah pois é meninos e meninas... eu topo-os a TODOS! 
Thanks StatCounter.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pára tudo!

A gente para dizer mal tem que se informar mais, certo?

Então fui ler mais um bocadinho, assim na diagonal que os brilhos já me estavam a magoar os olhinhos e pára tudo! Colar da Primark????? De onde?!!!???

Como é que malta que diz que tem "estilo" lá veste/usa alguma coisa da Primoney (nome que se dá aqui)???

Oh pelo amor dos Deuses. Em Inglaterra quem vai á Primark é a malta que vive de subsídios e eu. Mas eu é porque adoro um bom bargain e não tenho qualquer pretensão de ser estilosa.

Daqui a pouco vão começar a usar coisas em segunda mão e dizer que isso é que é ter estilo, querem ver?!

Mas quem é que escreve um livro intitulado "Estilo disse ela" e usa cenas da Primark?!? Ah... malta portuguesa. Isso e pagarem-lhe em géneros. Ok, está explicado.

(sim, agora já me podem bater, que eu já tomei partidos. Isso e paracetamol para as dores)

Falar como as pessoas



Dor de garganta já podia ir com os porcos. Safa… a engolir pedacinhos de vidro desde quinta feira. Não se aguenta!

Bom, já dizem os genes tugas que “podia ser pior”. Pois bem, podia. Podia ser uma gripe daquelas de caixão á cova, ou uma infecção respiratoria, ou pneumonia ou o caralh… Isso anima-me que é um disparate.

O que me anima mesmo são as disparidades linguísticas nesta empresa! É uma festa. Por exemplo, a chinesa, de sua graça Fan (sim, eu faço uns trocadilhos muit’a giros com o nome dela, como não?!). 

A tipa vive aqui há 10 anos mas tem um sotaque tão fechado que eu até ouço os meus carretos a engatar, tal o esforço que faço para conseguir entender o que a tipa diz. Não fosse tão divertido, seria até doloroso.

No outro dia ela veio perguntar uma coisa qualquer sobre um email que lhe tinham enviado em que ela não entendia o que lhe estavam a pedir. O meu manager que é um gajo todo despachado e de poucas conversas atirou-lhe um seco “send me a note and I’ll reply to him” e ela com um ar muito atrapalhado “but I don’t have any note… just the email!!!” (oh pá... como é que se escreve em inglês com sotaque chinoca??? É que perde metade da piada...) Ao que o meu manager encolheu os ombros, contorceu os cantos da boca e a contragosto disse “the email, I meant the email”. Eu que sou tuga, loira e ás vezes vagarosa, entendi. A ela, que mais parece uma ventoinha de tecto sem motor (não disse??!) passou-lhe ao largo.

Há pouco veio aqui chatear-me por causa de um erro numa factura. Factura que eu fiz e ela conferiu. E com cara de poucos amigos sai-se com um “Pleaze dont du dat agan!” (inglês com sotaque chinoca, voilá!) Fosse em Portugal e leva com um sarcástico “Conferisses tu melhor as facturas e não estavamos sequer a falar nisto, certo? Agora vai soprar para o outro lado, vai lá!”. 

Mas esta merda nao é a república das bananas e nem culpa morre solteira. Portanto, peço imensas desculpas e que o dragão de jade me açoite mil vezes (a parte do dragão guardei para mim, não fosse ela não perceber e eu depois ter de estar meia hora a explicar devarinho e a fazer desenhos).

Quem gosta muito dela é o meu colega paquistanês que nasceu em Hong Kong. Sim, esta merda aqui parece uma mini convenção da ONU. O tipo, como viveu em Hong Kong até aos 16 anos imita na perfeição o sotaque dela. E eu parto-me a rir. É isso e o sotaque paquistanês. Que ele não tem porque nunca viveu lá. Mas mais uma vez imita perfeitinho. E eu fico com a sensação que trabalho com o Mr Apu (dos Simpsons) ali sentadinho ao meu lado e que a qualquer momento o tipo me vai perguntar se eu quero Tika Massala…

E depois... depois ainda temos o tótó do belga a fazer perguntas parvas (tinha de ser o belga, certo?) o alemão que até se come (para alemão!) e diz que gosta do meu cabelo á hippie (???), o norueguês que é um bocado lento, o holandês que parece que fuma qualquer coisa muito forte (só podia) a italiana boazona (combina) o dois franceses mais charmosos que sei lá (um deles até combina a meia com o lencinho e está-se bem a cagar quando lhe dizem que isso é um bocado panisgas) o meu manager que até tenta ser nazi pelo sangue, mas como nasceu aqui não se safa e por fim o director que é bife mas fala como se tivesse um ovo cozido inteiro na boca e lá começo eu a ouvir os carretos a engatar, cada vez que o gajo faz mais uma piada infeliz sobre portugueses. Não que não entenda a piada. Não consigo é perceber puto do que o gajo diz. Nem eu, nem ninguém. Mas á boa maneira inglesa, tudo acena com a mona e diz que sim. Fosse em Portugal e de certeza que lhe dizia “Mas queres falar como as pessoas, caralh…!?!" Mas é melhor não. Que eles aqui têm os tugas como gente trabalhadora, educada e um tanto ou quanto falcatruísta. E quem sou eu para lhes gorar as expectativas. Acena com a cabeca e deixa-os pensar que sim, que entendeste tudo, tudinho.

Vou ali engolir mais uns bocadinhos de vidro. E ouvir esta gente que fala como os desenhos animados, não como as pessoas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A arranjar lenha para me queimar

Tuga que é tuga gosta de uma boa peixeirada. De umas arranhadelas e puxões de cabelos. Então quando as protagonistas são gajas, a coisa aquece. Gajos ao murro? Não tem tanto interesse e pode sempre ver-se boxe ou sumo na tv. Já gajas á chapada, é preciso ter sorte e é um regalo para os olhos. Nem que a cena seja virtual. É isso ou sou eu que tenho uma vida sem interesse.

 
Vai daí e ponho-me a pensar na questão em si. Não que interesse, a gente quer mesmo é vê-las á chapada, mas pronto, eu gosto de saber os porquês.

 
Parece que anda por aí muito blog da moda. Ou será “na”moda? Que há uns aninhos atrás sicrana ainda andava á procura de patriocínios que lhe pagassem a viagem a Nova Iorque (ai, que más linguas pá!). E que não se aguenta e que são todas uma cambadas de put@s. Não fui eu que disse, mas até podia ter sido.

 
E continuo a pensar, será dor de corno, como diz a outra? Bom, que a tipa já escreveu livro (ou livros?) fez sessões de autógrafos, tem cenas com o nome dela como cremes e afins... qualquer um fica com inveja (ou não?!). Se pensarmos que há uns anos alguém ouviu de passagem na FNAC que "hoje em dia qualquer cão ou gato escreve um livro em Portugal!" e que até eu (!!!) já escrevi um... (se vendi miutos ou não isso agora não interessa nada. Escrevi e prontos!) até nem é assim um grande feito, pois não? Não desfazendo, claro!

 
Pois, não sei. Até poderá ser, mas não conheço as visadas portanto não opino. A dor de corno é uma cena tramada. Não falo por experiência própria que eu não me dou a sentimentos mesquinhos e menores. Mas já dei de caras com o dito no focinho de muita gente.


Uma dessas vezes foi quando fui a Nova Iorque. E adivinhem lá quem é que pagou a viagem? A mesma gaja que pagou a de Miami… EU! E mais uma semaninhas venho de lá toda contente, posto fotos no Face e escrevo no blog sem que ninguém me pague um tusto. Se eu gostava que pagassem? Se calhar até gostava. Mas depois tinha que escrever o que eles queriam e toda a gente sabe que isso não ía funcionar. Eu só faço o que me apetece e fretes é palavra que desapareceu do meu diccionário há uns 20 anos, mais coisa menos coisa.

 
Nem de propósito leio que uma delas (dessas, do blogues da moda) tem o sonho de ter uma pele linda, maravilhosa e resplandecente. Há quem tenha. Olha para mim aqui! E pasmem-se: ninguém me pagou nada por ela. Se eu gostava que pagassem? Ora, a malta não se faz de difícil. Mas entre ter uma pele de merda e ter esta cena maravilhosa que se mantém linda, maravilhosa e resplandescente com o passar dos anos, não precisamos que venha o diabo e escolha, certo? E atenção que eu não estou a dizer que a menina tem uma pele de merda, ok? Estamos só a conversar e a fazer analogias (parvas).

 
Depois, depois vem aquela coisa marada das depilações e que a cera XPTO é a melhor e a mais as bandas disto e daquilo. Vá, pasmem-se lá outra vez: há quem nasça com o sim-senhor virado para a lua e não saiba o que é essa cena estranha de “depilação”. Não porque goste de andar peluda. Não, nada disso. Só porque não precisam. E sim, eu sou uma dessas aves raras, alvo de inveja de umas e outras, porque não tenho de fazer depilação. Nem a frio, nem a quente, nicles! Chama-se bons genes e sorte. Combinam-se os primeiros com uma pitada da segunda e está feito este protento de mau feitio que sou eu. Mas ao menos tenho uma pele linda e não preciso de fazer depilação.

 
Mais á frente, lembro-me que viver onde eu vivo (Inglaterra, para os mais desatentos) faz com que qualquer um possa ser um ícone da moda. Seja o pica bilhetes no comboio, o lavador de janelas aqui do prédio ou a senhora que engoma as camisas do meu gajo, do outro lado da rua.


Isso porque toda a gente dá um adeus e um queijo por aquilo que tu achas que eles deviam vestir, usar, comer, etc. Conselhos?! Ou és o Lagerfeld cá do burgo ou como diz o outro “who gives a flying fuck?!”. Essas cenas de carneirismo puro só funcionam em Portugal, onde a malta não se dá ao trabalho de pensar pela própria cabeça e consome tudo já mastigadinho. Sem ter que fazer o Tico e o Teco (isto para os não mono-neuroniais) correr muito para assimilar que o azul até fica bem com o cinzento (só porque fulana de tal tem um blog da moda e disse que sim).

 
Por essas e por outras é que eu acho que estou aqui muito bem. Que posso sair á rua cheia de ramelas, de chinelos de quarto, com uma mama de fora e uma meia de cada cor, que toda a gente se esta absolutamente cagando para o assunto. E isso dá-me uma paz de espírito enorme. Quase tão grande como a cambada de cusquice que se criava no meu bairro cada vez que eu chegava a casa ás 5h da manhã.


Assim sendo, não que eu quisesse ter um blog de moda. Mas se eu quisesse, oh pá... não dava! Aqui ninguém me ía ligar nenhuma. Em Portugal iam achar que eu estava armada em boa “olha aquela put@ só porque vive em Londres acha que nos pode dar conselhos!” e porque muito sinceramente tudo o que eu pudesse dizer/escrever/aconselhar lhes ía passar ao largo. Se não vejamos, o mercado de bens em segunda mão (que aqui é coisa mais do que enraizada) começa agora a aparecer em Portugal. E ainda com muito estigma e só porque a crise obriga a tal. Depois, aqui não se liga muito ás aparências. Epic fail. Toda a gente em Portugal nota a nódoa na gravata, o punho descosido, a braguilha aberta, o botão que falta na camisa. Por último, a grande maioria da malta aqui tem orgulho de pensar pela própria cabecita (manias!).
 

Vai daí, ter um blog de moda, a ser uma opção e coisa que eu quisesse, ía ser mesmo só para inglês ver.

Por isso vale muito mais estar quieta, ter o meu bloguezito fora de moda e assistir de camarote a essa malta toda a comer os fígados umas das outras. Quem trás as pipocas?! (trocadilho infeliz, mas muito engraçado… digo eu!)

Ah... e atenção, não me comecem já a bater que eu ainda não tomei partidos. Ainda.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Manias

O que eu gosto de ser a primeira a chegar ao escritório e ter as luzes todas a acender á medida que vou andando. E até fazem aquele barulhinho... tchan, tchan, tchan... eh pá, indescritível! Digo-vos mesmo... a minha manhã começa muito melhor.

Sim, eu sei, sou pobrezinha de contentar. Mas é isso ou lembrar-me que depois de amanhã temos temperaturas negativas. Ah pois é!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

We found love in a hopeless place *


Há dias cheguei á conclusão que já escrevi muito sobre ti, mas nunca escrevi sobre TI. Estás implícito em tudo o que escrevo (faço, digo, penso, sinto…) mas dei por mim a pensar que nunca escrevi sobre a tua pessoa.

Ás vezes, so ás vezes, perco a noção do tempo e não sei há quanto tempo os astros conspiraram para o nosso encontro. Foi há uns anos, não foi? Acho que parecem mais do que realmente são. Por te conhecer bem. Não tão bem como hei-de conhecer daqui a 10 anos. Aí hei-de tirar-te de letra. Por enquanto só te vou adivinhando alguns pensamentos e lendo a tua expressão. Não tens muitos segredos. E os poucos que tens, já eu te saquei.

De como sei quando estás a planear alguma… seja agarrar-me os pés quando subo as escadas a correr, enfiar-me as mãos frias por baixo da camisola e gelar-me as costas até á alma, empurrar-me comida (que eu disse educadamente que não queria) á força pela boca abaixo ou soprar-me nas narinas (esta é qualquer coisa de nojento… mas pronto… por amor, sofre-se!).

Mas sim, já sei quando planeias estas maldades. E também já sei (no início não sabia) que é a tua forma de me mostrares que estás feliz. Sim, há gajas que têm uma vida desgraçada e quandos os maridos/amantes/namorados lhes querem mostrar que estão felizes, compram-lhes flores ou levam-nas a jantar fora. Homem  que é homem (como tu) prega-lhes sustos de morte, quase que as sufoca com um pedaço de bolo pela goela abaixo, esfrega-lhes yogurte nas bochechas ou faz-lhes cócegas até, já a chorar de dor, ela implorar para que parem!

Há malta que não sabe o que é ser feliz, é o que é...

Tal como também sabes que sempre que levas uma tapona na testa, daquelas que até estalam, estou a dizer-te, bem lá no fundo, tudo o que significas para mim.

Ou quando te viras para mim no meio de uma conversa banal “Cala-te caralh… que já não te posso ouvir!” e depois te desmanchas a rir e me abraças… eu sei que no fundo, bem lá nesse teu fundo de caramelo brejeiro estás-me a dizer o quão importante sou para ti (isso e que já não me podes ouvir!).

E mesmo quando me dizes com um ar paternalista "Não podes querer tudo!", eu sei e tu sabes, que secretamente conspiramos ambos para o "tudo".

De como as nossas conversas sérias se tornam naturais e as naturais em paródia. Ou de como és a única pessoa que conheço á face da Terra a quem gelam as bochechas quando exageras nos doces. Eu sempre disse que tu eras um E.T.

Mas seja como for, o que eu queria escrever mesmo era que tu sabes, eu sei e o resto são cantigas. Como aquelas que eu canto no duche enquanto tu, com ar sério, perguntas “Mas quem é que te disse que sabias cantar?! Foi a maẽzinha, nao foi?”.

De como gosto do equilíbrio que temos, seja eu a dizer “Deixa lá, podia ser pior” e tu a responderes “Vai ser pior!”, ou de como o teu pessimismo exarcebado equilibra o meu optimismo desenfreado. De como os teus pés bem assentes na terra me mantêm por perto e servem de âncora ao meu balão de sonhos loucos e ideias menos convencionais.

Estás lá em todos os meus pesadelos, para me acordar. Fazes parte de todos os meus sonhos. Dos normais aos mais estrambólicos. E a cada dia que passa mais me convenço que só podias ser TU. Grande e paciente. Negativo e consciente. Palhaço e amoroso. Meigo e exigente. TU.

Podia dizer que te amo com todas as células do meu corpo, que não vivo sem ti e que tudo gira á tua volta. Mas é tão mais que isso… é uma questão de pele, a dor física quando não estas, a visão  turva quando não estamos bem, mas que bem pode chover  a potes e trovejar  quando estamos sintonizados. É saber que vou contigo até ao fim do Mundo, seja lá isso onde for e saber que salto assim que me digas "Jump!"sem fazer perguntas que não sejam "How high?".

Mas do que gosto mesmo, e tu sabes, é daquele sorriso. Aquele especial que tu pões como quem veste uma roupa especial num dia de festa. E esse, eu sei que quem te dá sou eu. E no fundo é só disso que eu preciso.


* este texto foi o ÚNICO neste blog a passar pela censura (sim, que eu ainda tenho amor á vida!)