Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 16 de março de 2011

As coisas que o meu gajo diz antes de adormecer (com explicacao e tudo!)

Podre de sono, o meu gajo diz as coisas mais incriveis. E o mais divertido e' que se eu lhe pergunto sobre o que e' que ele esta a falar ele sai-se com respostas que contado ninguem acredita. Tudo em estado estou-a-falar-a-dormir-nao-ligues.

Triangulos de droga

Hum?! "Es tu que os vendes (!!!)E abrem-se assim: 1, 2,3" enquanto gesticula no ar. A mim parece-me que estas a falar de triangulos de queijo The Laughing Cow...

No Natal andavas escondida

What?! "Nao era Natal, era dia 29 e andavas atras das portas, escondida e a dizer que tinha de haver misterio"... no comments, you're funny in the head.

Essas tem etiqueta dos nazis

???? "Andavas a escolher botas e eu disse-te que essas nao que tem etiqueta dos nazis e e' melhor nao que eles podem vir atras de nos." (ves o Valkyrie e depois e' isto...).



Quanto a mim... das ultimas vezes que fui apanhada a falar a dormir, balbuciei coisas como "e' assim que testamos as maquinas no Pingo Doce" e "nao chovas mais no meu caderno".


Moral da historia: estamos bem um para o outro:)

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Xica vai para Africa

E se alguem me disser que este mundo e' pequeno... eu respondo: e' nada... e' uma cama grande!!!

Ora entao o pai da crianca veio visitar a malta (falha minha, esqueci-me de contar!) e trouxe a namorada nova. Ate' aqui, nada de novo, sendo de ressalvar que o bicho anda sempre mais calminho quando tem gaija...

A rapariga, com bom aspecto, lavada e arranjadinha, educada como se quer, nem era das piorzinhas com que ja' vi a criatura.

Na despedida, ele com ar de gozo diz-me "a Xica (vamos chamar-lhe "Xica" ok?)conhece-te!!"

Hum?! Conhece-me de onde?! Respondi enquanto lhe tirava as medidas e pensava que nunca a tinha visto mais gorda... Ou e' o Alzheimer a atacar ou entao e' mais uma daquelas que passava despercebida.

"Andamos 'a escola juntas!!!" diz a Xica com um sorriso rasgado... Tao lindo!

Andamos??? Onde??? Ai, desculpe que nao me lembro nada de si. E' que a sua cara nao me diz mesmo nada...

"Mas a Xica lembra-se muito bem de ti!" diz o outro todo contente.
E eu com uma vontadinha de dizer "Pois fofo, mas eu sou EU, ne'?!?" mas pronto, la' me mordi e nao disse (que isto de viver num pais civilizado faz muito pela nossa postura).

A coisa ficava por aqui. Mas nao. Mesmo a quilometros de distancia, enfiada numa ilha e desarredada das cusquices customeiras que estas coisas provocam, vem-me tudo bater 'a porta.

A boa da minha mummy vai ao Jumbo, encontra uma antiga colega que tem uma filha que trabalha com quem? Com a namorada do outro, pois!

E sem que a minha mummy tenha aberto a boca, a senhora desbronca-se toda com a vida da outra, que se vai embora para as africas com o amante (que deve ser lindo e rico, dizia ela) e o marido (sim, a Xica e' casada) que tambem foi colega da minha mummy (sim, eu sei... parece mentira) esta pior que estragado e escarrapachou a historia toda no facebook...

Moral da historia... nao faco ideia... mas gostava de ser amiga do gajo no facebook.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

You're kidding, right?!

Ai… não sei se ria, se chore… Recebo um mail de um colega no meu former empregador tuga a perguntar and I quote: “Desculpa estar a incomodar-te mas a XXXXX está me a perguntar quanto dinheiro é que deixas-te relativo à Caixa de XXXX.”

Humm.... ora bem: eu saí da empresa a 30 de Julho de 2010. O que perfaz, à data de hoje, exactamente 5 meses e 21 dias. Também sei perfeitamente que deixei tudo direitinho, entregue a quem de direito, mais listas e emails para tudo quanto foi lado.

Apetece-me abardinar e responder do estilo: Lembro-me como se fosse hoje. Eram exactamente 195 Euros e 97 cêntimos, que passo a descrever: três notas de 50 euros, mais duas de 20, uma de cinco, uma moeda de dois euros e 97 lindas moedinhas de um cêntimo.

Boa?!?

E AGORA QUASE 6 MESES DEPOIS É QUE SE LEMBRAM DE PERGUNTAR? Por estas (e por outras, como um borracho de gajo, alto e espadaúdo, que teve muito peso na decisão) é que eu saí de Portugal. Não me lixem…

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Life around here

7 da tarde. Já estou em casa há mais de meia hora. Mummy e Xadascas vêm as notícias e a pequena faz desenhos no quarto. Daqui a pouco faço o jantar. Sim, eu agora cozinho quase todos os dias. Normalmente, sai bem. Às vezes... nem por isso.
5 meses e meio. Saudades, tenho dos amigos e da família. Falta, não sinto do País. O tempo, que enche a boca de tanta gente, não me chateia assim tanto. O dia em que senti mais frio, 26 de Dezembro, estavam -10 graus. Custou, mas passou-se. Neve? Tivemos um nevãozito antes do Natal. Nada demais. Mas é melhor não falar muito, que ainda agora o Inverno começou...
3 "empregos". Primeiro a testar jogos para a PlayStation num ambiente fantástico. Durou 3 meses e deixou saudades. Não pelo trabalho em si, mas pelas pessoas que conheci. Além de alguns tugas, haviam espanhóis, italianos, holandeses, polacos, turcos, russos, alemães, gregos... Foi giríssimo!
Depois uma semaninha numa empresa de telemarketing, a ligar para empresas portuguesas. Confirmar moradas, números de telefone, emails... Não deixou saudades. Foi só uma semana e levar com respostas do tipo "Eu sei lá o código postal da empresa! Eu não escrevo para aqui, não é?!?" não é bem a minha praia.
Agora, sou Office Administrator numa empresa que não me deixa escrever o seu nome nestes meandros. Americanices. Mas estou a adorar.
Já no primeiro emprego foi um bocadinho assim. É tudo TÃO diferente que assusta. Perguntam-me tantas vezes se estou bem, se há problemas, se me importo, que até duvido se estou ali para trabalhar ou para ser apaparicada.
Dizem-me que é assim mesmo. Que é asssim que se trabalha aqui. E eu AMO!
E não é só no trabalho que é diferente. Tive de me habituar a dizer "obrigada" ao motorista sempre que saio do autocarro. Simplesmente, é um hábito que os portugueses não têm. E aqui, TODA a gente o faz.
A educação e simpatia das pessoas, do supermercado aos serviços públicos (que não têm comparação possível com os portugueses...) é uma constante.
Ok, ok. Também há gente insuportável e malcriada. Não é é tanta!
Quanto ao resto, a pequena já corrige o sotaque sul-africano da avô e ensina-me palavras novas a mim.
O Xadascas engorda com os meus cozinhados (digo eu) dá-me na cabeça sempre que mereço e mima-me até à espinha. Já o nosso mais novo (o meu "little fellow") chama-me "mama", pede cuddles a toda hora e tem um fetiche por soprar na minha barriga...
Ena... ainda sei escrever na língua de Camões!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

I´m coming back...

Devarinho, não digo que volte ao frenesim dos velhos tempos, mas definivamente que vai haver novidades. Me aguardem!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Conversa de Trampa

Preciso de comprar papel higiénico e ninguém sabe a quem se factura. Bonito!
E a factura pode ir em branco?
Resposta pronta: Não!
Então?...
Olha... desemerda-te! Isto não responderam, mas de certezinha que pensaram. Nisso e nas mais de 500 analogias que poderiam ter feito com o assunto!
Entretanto, a divisão aqui do escritório está tão mal feita, mas tão mal feita, que o fumo do cigarro da vizinha vem todo para o meu lado. Sim, porque a Sra. Dra. fuma no gabinete - "É proíbido? Quero cá saber!!" É isso e saber que a outra que tem a mania (aquela sebosa que fala alto cum'ó raio) teve que levar com o ex-marido bêbado no dia em que a filha fez 13 anos... Tudo devido à porra da divisão mal feita. Eu bem me tento abstrair, mas o fumo entra-me pelos olhos a dentro e os ouvidos de tísica não ajudam a manter-me ao largo. A culpa? A culpa deve ser do cabrão do Engenheiro que fez o desenho. Tivesse ele feito as coisas como deve de ser e já eu não tinha de levar com o fumo de uma e os desbafos de outra (parece que o chefe dela tem uma página na net e vende dildos... se é que ouvi bem!)
Não que tenha a ver, mas a pequena lá de casa está com uma gastroentrite. Entre vómitos e diarreias, pede croquetes. Pois sim senhor, havia de ser mesmo! Vamos a conter-nos, sim?
Já que tenho tendência para ver as coisas sempre pelo lado positivo, ainda bem que o papel higiénico não é lá para casa.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Oficialmente curada (ou não... ou não)

Mais de 2 meses sem escrever. Chiça, que já nem me lembrava da password... Se senti falta de escrever? Muita! Falta do blog? Sorry pela franqueza, mas nem tanto. Que me desculpem as tulipas amarelas, o counter velhinho, os comentários por publicar... mas tenho mais que fazer.
Acabadinha de chegar de não-interessa-onde, sem ver a Mummy há quase um mês, que foi passar férias pagas pela filhota preciosa a ninguém-tem-nada-a-ver-com isso, comecei hoje um Curso Avançado para Executivos (nome pomposo, hein?) em isso-gostavam-vocês-de-saber.

Tenho de fazer um up-date às amigas, para ver se os putos ainda não nasceram... Pedir desculpas aos aniversariantes que falhei em enviar sms/telefonar, mais uns telefonemas da praxe e a coisa resolve-se.

Já o trabalho, deve estar até às orelhas, cheio de coisas boas (???) à minha espera. But... what else is new?!

Entretanto, a minha vida é tão festa, mas tão festa... que isto brevemente corre sérios riscos de se tornar um Festival Place.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pois podia

Podia estar de rastos com a merda que se passa lá na sede. Naquele escritório grita-se, esbraceja-se e há quem diga que alguns espumam pela boca. Todos, todos sem excepção, têm um ar infeliz. Há dias, uma dizia-me "mas tu sabes o que é vir para aqui todos os dias?!" Graças a Deus, que é Grande e Protector, não sei! E quando me gabo de não saber e de estar bem longe dali, olham-me como se tivesse lepra, e dizem entre-dentes "Cabra!!".
Depois... depois podia deprimir porque que a put@ da casa nunca mais está acabada. Ou porque foi arrombada. Pois podia. Mas a esperança é a última a morrer. E a minha há-de morrer de velhinha. Agora é Março. Março será. Ou não...
Também podia descompensar com a carrada de trabalhos de casa que a miúda trás todos os dias. Mais a louca da professora que é exigente como o raio e envia coisas como "escreve um texto acróstico". "Acróstico?!" mas que diabo é acróstico?! A criança está na 2ª classe, porra! Nem eu sei o que é acróstico, quanto mais uma miúda de 7 anos...
Ah... e tenha a criança a nota que tiver, vem sempre escrito no canto superior direito do teste "Precisa de ler muito, muito em casa!". Que raio... A miúda é explorada! Entra às 9h e sai às 17h30. E ainda leva trabalho para casa, que chega a durar até às 10h da note!! Não tem subsídio de qualquer espécie e só lhe dão um leitinho com chocolate. De marca branca, ainda por cima. E quando sobra, um papo-seco com manteiga, que a princesa tem a lata de dizer que é melhor do que o que leva de casa...
E as cabras do ATL? Que trombas, que faltinha de jeito para lidar com crianças! Onde é que desecantam esta gente?! Desde a dia 8 já estarem com a lista de quem pagou e não pagou e quase a afixarem na net até aos maus modos e aos gritos estridentes. E há lá um que tem cara de quem anda na metadona (macacos me mordam se não anda!). As miúdas gostam tanto, mas tanto deles que já têm uma música, que cantam todas contentes... "Não gostamos do ATL, trá-lá-lá-lá-lá".
Também podia estrebuchar com a rica ementa da cantina. No início do ano, grandes conversas de "não servimos ovos, por causa das salmonelas!". Para depois perguntar à miúda o que foi o almoço e ouvir um "ovos mexidos com fiambre"... Bem posso reclamar por email, que não respondem. Também tentei o livro de reclamações, mas como estão abrangidos por uma portaria especial qualquer, não são obrigados a ter. Aguento, pago e bufo sozinha. Enquanto isso, instruo a criança para pedir a metade da peça de fruta a que tem direito e a reclamar quando lhe dão só um (1!!!!) croquete.
Respiro fundo (quando tenho tempo... ) e penso: vou ter mais um(a) sobrinho(a) - este ano já são dois! A miúda cresce saudável, apesar dos pesares. Da besta do pai que está pior com a idade. Mas que ao menos está longe para xuxu. Eu não digo que Deus é Grande?!
E este mês recebi 50,00€ de aumento pela exploraç... promoção!
Podia descambar tudo. Podia eu ir-me abaixo. Mas não vou. Ataco um pacote de queijadas de Sintra. Não têm defesa possível. É como tudo o que atravessa à minha frente. Não há outra forma.... Eu não páro!!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

My Girl

:: De manhã, costumo perguntar à pequena como estou. Às vezes sai-se com um "mais ou menos" ou um simples abanar de cabeça. Mas há dias ganhei um...
"Mamã, estás linda como o céu estrelado!"
:: Na escola, a professora sabe que é a avó que a ajuda com os trabalhos de casa. Um dia destes, ao explicar-lhe uma conta mais complicada, disse-lhe "Vamos ver se a tua avó entende isto." Ao que a minha filha logo respondeu...
"Oh professora, claro que entende, que a minha avó é muito avançada!"
Nem de encomenda!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

E o ano já leva 20 dias

O escritório novo é um luxo - quando comparado com o anterior, entenda-se. Há sala de reuniões, janela para a rua (sim, no outro nem a luz do dia para me servir de alento), sala de espera com plantinhas e até um gelágua. Tirando isso, só mudaram as moscas. Agora são moscardos enooooormes. O trabalho é mais que muito e já pensei onde estaria com a cabeça quando aceitei esta forma de escravatura disfarçada de promoção.
Enfim, tenho mais duas assistentes. Uma novinha, que me trata por você e é uma máquina. Outra já calejada, despachada nas horas e que diz coisas como "deu o peido mestre" referindo-se à impressora que deixou de funcionar.
Nos 20 dias que o ano já leva, já fiz tanta, tanta, mas TANTA coisa, que às vezes sinto-me duas. Como se tivesse dois fólegos, porque só um não chega para tudo. Além das merdas do costume, ainda levo com novidades a jorro, tipo saldo: mudam-me reuniões de manhã para a tarde e vice versa como se isso não me trocasse toda, esquecem-se de me avisar que há uma reunião com um franciú importante e ainda me ligam agastados a perguntar porque é que eu não fui; autorizam-me a fazer descontos e esquecem-se de dizer a quem (daahhhhh)... E eu que me organize!
Apetece-me desmarcar as reuniões todas e gritar "Deixem-me trabalhar, porra!". Passo a vida em reuniões. Proveitosas, valha-me ao menos isso, mas que roubam tempo preciso a uma agenda que devia ter mais dias e mais horas.
Assim que me queixei ao meu director, que assim não chegava ao fim do mês, a resposta veio pronta "Não tens opção!". Ripostei com um "Já ando a tomar magnésio". O director geral meteu-se na conversa com um "Podes sempre tomar outras coisas..." ao que o meu director rematou "Não podem é ser recomendadas pela empresa!".
Haja alegria no trabalho.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Para começar

Na 3ª feira, uma paragem de digestão que me fez vomitar este mundo e o outro. E se eu não me lembro do que é vomitar... Nunca fui menina de me empielar (logo por aí, perdi uma boa parte da vida - dizem-me) não sou dada a enjoos e tenho estômago forte. Por tudo isso, digamos que a noite da primeira 3ª feira do ano foi uma coisa... para esquecer.
Na 4ª - e como eu não sou de me ficar por simples paragens de digestão e consequentes "bota fora"- toma lá uma infecção no trato urinário e vais tomar antibiótico durante uma semana.
A juntar a tudo isto, o meu único e fiel comentador está com um valente ataque de ciúm... ah... ressentimento, que o deixa agastado e queixoso. Vai daí, para ver se lhe passa, talvez para a semana o convide para uma bica.
E como é que entrámos em 2010, se eu não dei por nada?!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Last one of the year

Não vou escrever mais este ano. Tenho a cabeça cheia, o coração a deitar por fora e um mão cheia de pendentes para resolver.

Do tipo, o que fazer com um stand-up do Cristiano Ronaldo, que ganhei (???) num passatempo de uma rádio e uma marca de shampô para a caspa (coisa que eu nem tenho)... A "coisa" tem 1,85 m de altura por um cm de espessura e meio metro de largura. Está lambuzada ao nível das coxas (de tanto beijo que a minha princesa lhe espeta) e empata com'ó camano. E nem o posso colocar no ecoponto, pois o gajo é uma mistura de plástico com cartão. E queimá-lo deve soltar gases tóxicos. Logo a mim que não acho piadinha nenhuma ao rapaz! Enfim...
E depois... depois, ainda há presentes para embrulhar com um toque especial, compras para fazer (óleo, farinha, ovos e açúcar em quantidades colestróicas) telefonemas para fazer, jantares para marcar, o resto dos postais para enviar pelo correio (sim, eu envio postais de Natal)... e mais meia dúzia de coisas que agora não me lembro.
Pelo meio, o mano mudou de casa e ainda não lhe ligaram o gás. O que faz com que ainda não saibamos onde vai ser a Consoada. Eu e mais 13. Pelo menos sempre tem o efeito surpresa.
Seja onde for, há que carregar sacos e sacos de presentes, comida em exagero, 4 crianças, 2 jovens enjeitados (eu e mais um) 3 viúvos, 1 tia solteirona (não, eu já estou nos enjeitados), 2 casais felizes, 1 cão e 1 cadela.
Contas feita... vai ser como todos os anos, lindo!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Xmas time... again

A semana que passou foi indescritível, em tudo e mais alguma coisa...

Como é da praxe, começaram os almoços e jantares de Natal.
O primeiro foi surreal, ou não tivesse encontrado alguém que me reconheceu. Um reencontro sui generis, com um tipo que andou no mesmo liceu que eu, no mesmo ano mas em turmas diferentes, que se lembra per-fei-ta-men-te de mim e que eu não faço puto de ideia quem seja. É tão estranho... nem uma recordação. Enquanto ele se lembra do nome das minhas melhores amigas e dos meus colegas com quem ele se dava, eu não tenho a mínima recordação dele. Isto quererá, certamente, dizer alguma coisa...
O segundo foi bom, com prendinhas, boa comida e convívio saudável e divertido.
O terceiro idem-idem, com a particularidade de eu ter ficado fechada na casa-de-banho. Havendo uma abertura por onde dava para sair, esteve em discussão se me passavam um escadote... ou o almoço.
Eu de um lado e 7 ou 8 do outro lado a dar palpites. Lindo.
E lá se decidiram a arrombar a porta. Depois da ombreira da porta partida e a fechadura arrancada, toca de encher a barriga e aquecer as mãos na lareira. Sorry Mad, mas tu já sabes o que a casa gasta!
Ainda falta um, que já tentámos marcar 3 vezes e não deu. Se for como o ano passado, lá para Março de 2010 trocamos prendas e fazemos um jantar de 6 horas (no mínimo).
Por mim, este ano passava o Natal e seguia já para o reveillon. Assim com'assim, o Natal é quando um homem quiser e a passagem de ano não.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os amigos. Ai, os amigos!

Às vezes (felizmente, só às vezes) apetece-me, tal como se faz aos filhos, metê-los debaixo da asa, mantê-los por perto, sob apertada vigilância, protegê-los do mal e fazer-lhes festinhas.
Mas não posso! Os meus amigos já são todos crescidinhos e sabem (dizem que sabem) cuidar de si próprios. E quem diz amigos diz, obviamente, amigas.
O pior, o que custa mesmo, é quando sabemos (porque já batemos com os cornos no mesmo sítio) que se vão esborrachar e desfazer-se em merda na próxima curva. É uma dor. Mas fazer o quê? A mim também me disseram para não ir por ali. E eu que fiz? Fui, ora pois!
Há uns anos atrás, quando a minha vida estava na merda e depois ficou um pouco pior, uma amiga dizia-me, enquanto eu chorava baba em ranho "O que eu queria mesmo era pôr-te numa redoma durante uns tempos, para não sofreres tanto!".

E é exactamente isso que agora me apetecia fazer! Pegar num marmanjo que já tem idade para ter juízo, a quem a vida tem pregado algumas rasteiras, mas que é um doce de pessoa e pô-lo na redoma. Mas o tipo é teimoso e eu não lhe posso levar a mal. E vai daí a única coisa que ainda posso fazer, é desejar-lhe sorte e torcer com todas as minhas forças que tudo lhe corra bem.

Boa viagem Magalhães:) E dá notícias, porra!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Está provado!

Os meus amigos só fazem filhos lindos!
A Sophia Helena nasceu no dia 4 de Dezembro, às 17:03, com 51 cm e 4 kgs
e é linda, linda que só visto.

À mãe, a nossa querida Dê e ao Pat, um gentleman,
os nossos parabéns pela coisa mais linda que já fizeram até hoje.

Eu estou toda babada, que já tenho mais uma sobrinha linda :)
Próxima viagem: Luxemburgo, para ir conhecer a sobrinha!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Progressos

A Raquel ficou delirante quando finalmente conseguiu dizer "protagonista".
Nos entretantos, foram saíndo coisas como putagonista, protiganista e prigonatista.

É realmente delicioso ver os progressos dela na leitura. Difícil mesmo é convencê-la que é tangerina e não canjerina.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Surpresas!

Já a meio das minhas compras de Natal, apetece-me abardinar o esquema todo. Porquê dar só o que me pedem? Apetece-me ver caras surpreendidas, olhos brilhantes de espanto com presentes completamente inesperados.
E porque não? Sou eu que ofereço. Até posso, vá, aceder num só pedido. Mas no resto quero surpresa. Coisas que encham de cor a nossa noite de Natal, e fiquem por muito tempo na lembrança. Tenho umas ideias em mente e não tarda nada estou em pulgas.
Só não posso contar nada à miúda. Saiu-me cá uma delatora, que conta tudo sem dó nem piedade. Não é capaz de conter um segredo, por muito que tente. Até tapa a boca com a mão e treme a perna de esforço... mas não se aguenta!

Acabaram-se as festinhas

Depois de 3 meses, muitas sessões de sim e não, tomba cabeça e espreitadelas (exercícios na piscina) mais ultra-sons, massagens e calores húmidos... eis que chegou ao fim a fisioterapia.
Dois ciclos de 12 tratamentos cada, muitos ais e uis, tantas eram as contracturas, muito boa disposição, gargalhadas, mais uns ais (que me queimaram os ombros sem eu dar por isso, tal é a minha resistência à dor...) e menos 600 euros na conta.
E no fim dizem-me "cuida-te e tem juízo" e toma lá um beijo na testa e um sorriso rasgado.
Hoje vou a um osteopata pedir uma segunda opinião. Pode ser que me safe a 3 sessões de fisioterapia por ano. Nunca se sabe.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Já tardava

O bólide novo, já devidamente estreado, começa a dar problemas. Uma luz simpática, com um carro e uma ferramenta no meio, não tem jeito de sair do painel.
Como condutora conscenciosa que sou, toca de consultar o livro de instruções do menino. E entretanto, ligo à Mummy, a pedir consolo.
:: "Oh que chatice!" - diz ela no seu tom maternal.
E analiso eu: Ora, diz aqui que é uma avaria no sistema elecromecânico. Pode ser água não sei onde e mais uma carrada de coisas... página 147... vou ver. Espera aí.
Olha, diz que se a luz estiver a piscar, o carro não pega. Ok, está fixa, menos mal.
:: "Estás a ver? Já não é tudo mau." É o que ela diz sempre. "Mas tens de ir à oficina à mesma!"
Sim, já marquei. Espera, também pode ser o óleo... página 183...
Depois de uns bons 10 minutos de conversa, sai-se a minha Mummy do outro lado.
:: "Oh filha... "
Sim?
:: Num tom grave:"Tu estás a conduzir?!?"
Conclusão: sim, a minha Mummy tem-me em alta conta.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Quantos anos tenho eu?

Aproximo-me a passos largos de mais um aniversário. Vai ser o 34º. Ontem, numa curta troca de palavras, o D. dizia-me que achava que eu tinha a idade dele, 37. E depois, no meio de LOL's, chamou-me pita. Miúda ainda me sinto às vezes, mas "pita" já não...
E isso pôs-me a pensar que a idade me assusta. Não a idade em si. Mas o que vem com ela. E eu já tenho as hérnias, a sinusite, a lágrima de má qualidade, as pernas cansadas e o mau feitio (que só piora com os anos). Por isso, assustam-me não os anos, mas a falência da estrutura.
Além disso, às vezes, enquanto conto histórias mirabolantes de coisas que, inacreditavelmente, já vivi, dou por mim a pensar que já vivi muitas vidas. Tantas coisas se passaram, com pessoas diferentes, em lugares distintos, umas boas, outras más, outras nem por isso. Lugares onde vivi, pessoas que me surpreenderam, outras (bem mais) que me desiludiram...
Quantos anos é que eu tenho mesmo? Só?!
Não deveriam ser mais? Pela conversa e postura, dão-me mais do que tenho. Pela cara de miúda, dão sempre menos.

E tenho medo. Não de envelhecer. Mas de envelhecer mal.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O perigo dos avôzinhos

É a segunda vez que bato com o carro da empresa, no espaço de um ano. E desta vez foi com o bijúzinho que só tem 3 mesitos.
Deve de haver uma explicação lógica para o facto de bater sempre em senhores de uma certa idade. O de ontem tinha a bonita idade de 78 anos! E nem parecia nada.
Até ficou irritado quando lhe disse que da última vez também tinha batido com um senhor de idade e ele de tão nervoso que ficou, nem conseguiu preencher a papelada.
"Isso é alguma indirecta?" atirou-me! Ah... não, claro que não. O senhor tinha uma tal genica que preencheu o lado dele, e de uma rajada, se fosse preciso, ainda tinha preenchido o meu, enquanto saltava à corda ao pé coxinho. Fónix. Era daquelas pessoas que irritam. Principalmente quando aos 33 eu já tenho 3 hérnias discais, lágrimas de má qualidade, areias nos rins, sinusite crónica e os médicos me dizem "Tem de aprender a vivar com isso!".

Quanto ao acidente em si, foi estranho. O tipo saltou-me da direita, voando não sei de onde, em claro excesso de velocidade e a apertar a buzina como se não houvesse amanhã. De tal maneira eu não dei por ele que nem entendi bem o barulho da pancada. A porta dele ficou metida dentro. O meu bijú ficou com um furinho e uns risquinhos.
Nada de especial, portanto. O carro novo está oficialmente estreado.
Um aviso à classe sénior: se tem mais de 65 anos e anda a conduzir por Lisboa, ponha-se a pau comigo. Eu ando de Opel Corsa comercial cinzento, ok? Fujam da minha frente!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Cuca e o Duda

Eu trabalho num daqueles sítios em que, chegada esta altura do ano, entra-me festão verde pelas órbitas, cheiro a bolo-rei pelas narinas e música de Natal pelos tímpanos,....
Oh pá... 'perai! Este ano esqueceram-se da música de Natal. Ora, ora... eles este ano têm muito melhor (salvo seja).
Vai daí, levo com esta 'coisa' de 10 em 10 minutos. Eu sei que há coisas piores, mas os meus neurónios já estão à chapada uns aos outros, tal é o desespero. Há uma simpática aqui no Apoio ao Cliente que sempre que entra esta 'coisa', baixa o volume (tão querida). Mas quando a tipa não está de serviço, é levar com isto como se não houvesse amanhã.
Como li em qualquer lado, é qualquer coisa do tipo: ou vocês vêm ao Pingo Doce e fazem compras, ou a gente dá-vos com o anúncio de 5 em 5 minutos até haver uma revolução (que já esteve mais longe, garanto-vos!).
No Facebook há um grupo que até já tem t-shirts. E eu, eu estou a considerar seriamente vir trabalhar com os meus tampões de silicone nos ouvidos. É que não há tímpano que se mantenha saúdavel com isto.
Para quem, como eu, em situações de quase loucura já canta isto no banho... aqui fica a letra. Divirtam-se!
O mundo roda e tudo muda sem parar
Mas uma coisa permanece igual
A qualidade e o preço baixo do Pingo Doce
E o nosso amor por Portugal
Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo
a loja toda, o ano inteiro
Tudo aqui é bem melhor
Tem de tudo e mais fresquinho
Tudo aqui tem mais sabor
Tudo é feito com carinho
Aqui o preço é baixo o ano todo, a loja inteira
Além da qualidade a poupança é verdadeira
Receita Pingo Doce toda a diferença faz
Aqui no Pingo Doce o seu dinheiro vale mais, vale mais, vale mais
Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo a loja toda o ano inteiro
Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo a loja toda o ano inteiro
Pingo Doce, venha cá

domingo, 1 de novembro de 2009

Até o raio da lágrima é fraca

E diz a oftalmologista com ar de enjoada "A sua lágrima é de má qualidade!".
Eu dei uma gargalhada tão grande que a pobre deve ter pensado que era louca. Não estaria muito longe da verdade...
Mas eu expliquei. Com 3 hérnias discais, areias nos rins, sinusite crónica e mais umas mazelas que não vêm ao caso, só me faltava o raio da lágrima também ser fraca.
E solução? "Tem de usar lágrimas falsas".
Vai daí, ando desde 6ª feira a lágrimas falsas. Mas são só as lágrimas!!! O resto é tudo meu.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mais um exemplar para dignificar a classe

Quando a coisa está tão preta, que pior é difícil, eis que a coisa fica preta às bolinhas amarelas. Alguém duvida que a minha vida é uma festa?! Ás vezes uma festa de carnaval fora de prazo, mas ainda assim, uma festa!
Senão, vejamos... Contratamos um advogado há uns meses. Somos 11, fizémos mais do que seria suposto, mas chegámos a uma altura em que considerámos que ter um advogado ía ajudar a resolver o problema (tansoooooos!!!).
Depois de pagarmos 1.500€ ainda não vimos nada. O senhor doutor arrasta-se, não faz a ponta de um corno, tem receio de incomodar os intocáveis da Câmara e lamenta-se que nós (NÓS!!) demorámos muito tempo a contratá-lo. "Nós" que lhe entregámos a papinha toda feita, os contactos todos, os resumos, os documentos... tudo, tudo e tudo!
O dito licenciado em advocacia, com escritório montado ali para os lados de Palhavã, tem-se saído com pérolas brilhantes. Do melhor que há. "A Câmara não tem culpa! Coitadinhos!!! Vocês não os acusem, pá!" ou "Com sorte, têm casa daqui a uns anos..." e, para mim, a melhor de todas "Se entrar mais algum promitente comprador para o grupo, terei de rever os honorários em alta."
A esta última respondi com um email para o grupo "Revês, revês oh rodinhas baixas!!! Vais rever é p*** da tua mãe! E em baixa, que está uma crise que não se aguenta!".
O desgraçado que nos indicou esta sumidade da advocacia já se arrependeu mil vezes (ele também está no nosso grupo) e, inclusive, já nos pediu desculpas a todos. Pobre! Até se encolhe cada vez que vem contar a última.
Mas hoje, hoje... o senhor excedeu-se a ele próprio. Eu, há muito que deixei de acreditar na espécie. Eu sei que há excepções (escondidas debaixo de uma pedra, na qual ainda alguém há-de dar um chuto). Mas as excepções fazem a regra, certo?
E o que fez o senhor... Em conversa com o interlocutor do grupo (um tipo muuuuuito paciente) enquanto preparavam uma reunião para amanhã, vem à baila o local da reunião. E o ilustre saí-se com "Ah... a reunião é aí? Tem piada... ainda há pouco tempo lá fui comer uma miúda!!"
Um tipíco macho gabarolas! Além da falta de decoro, falta de oportunidade e de essa tirada só nos provar a tua falta de... de... TUDO, que tal te concentrares naquilo que nós te pagámos para fazer???!!! Boa???
Eu, por mim, mandava-lhe já a cartinha a revogar a procuração... Depois da reunião de amanhã, no resumo da qual o tipo ainda nos vem dizer que comeu a secretária do presidente da Cooperativa (dali, já nada me surpreende) o melhor será reunir o grupo e mandar o senhor advogado às urtigas. Ai que vontade!

Oh Freud... explica lá esta!

A noite passada sonhei que o meu Pai andava a distribuir camarão de Espinho com o... Cavaco Silva.
É suposto isto encerrar em si mesmo uma explicação? É que eu gostava de entender...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Misturas

Quem, no seu estado normal, consegue juntar os seguintes:
Angelina Jolie, Brad Pit, Ghandi, um golpe de estado, tatuagens, uma heroína que não era a Jolie e um herói que não era o Brad????
Cenário: India
Ora... eu! Num dos meus wildest dreams. Foi lindo!
Eu invento cada enredo que parecem dois.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

De Janeiro a Janeiro

Eu não disse nada. Mas olhem que até já há um grupo no Face. E o Bruno Nogueira disse isto.

E é de chorar a rir...

Quentes! (mas só mostro para a semana)

A primeira fornada sai entre hoje e amanhã.
São pregadeiras em tecido com imagens estampadas (as que estão abaixo e muitas outras)
com missangas, lantejoulas, berloques, botões, fitinhas e rendinhas, cheias de glamour, girl-power, para gente muito fashion, irrerente e cheia de sentido de humor.
Sim, eu sei. Vão ser um sucesso!!!






Nota: a da "Crabby Bitch" já tem dona. Eu, óbvio!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Hoje é 5ª feira

É 5ª feira. Nem carne, nem peixe. Nem meio, nem fim.
Os miúdos, aqui, choram de maneira diferente. Guincham como se os tivessem a matar e é sempre à porta do meu gabinete. Às vezes fogem a correr e entram-me de rompante pelo gabinete adentro.
Ou vêm a abrir até mim e ficam a olhar para o computador. Ou param e gritam um "Olá!" com um sorriso 5 estrelas. Os pais. Ai, os pais. Os pais gritam-lhes! "Deixa a senhora!!! Olha que aqui é a administração!" Como se a criança tivesse cometido um crime! Às vezes pedem desculpa, às vezes não. E arrastam-nos, puxam-nos, enquanto eles voltam à gritaria estridente que me fere os ouvidos.
Na minha festa está tudo, ou quase tudo, em águas de bacalhau. A casa, cujo problema está tecnicamente resolvido, mas escritura, que é bom, nada; o emprego em que mais uma vez fui promovida, mas é só para Janeiro; o curso na Católica, onde já fiz inscrição, mas é só para Março.
São postas que vou demolhando, algumas já sem sal algum, mas às quais tenho de ir trocando as águas, para que não apodreçam. A posta que está mais perto é a da promoção. O dobro do trabalho, o dobro da responsabilidade e 5% de aumento. Eu gostei! A sério que sim. Em 4 anos, é 2ª promoção, por isso, gostei. E muito.
Valem-me as férias na Serra, no fim do mês que vem. Está quase. E já lá nevou. É só comprar mais umas calças de neve para a princesa (todos os anos, umas novas) e aí vamos nós.
Ontem tratei do ferimento do portátil com cola de contacto. E tanta volta dei que ía acabando com uma bochecha colada ao teclado... Depois pus-lhe um penso com bonecos. Da Dory, aquele peixe azul do filme do Nemo que tem falhas graves na memória recente. Já me acharam parecida com ela... por isso, combina.
De resto, é 5ª feira. Ainda estou a sofrer com a tensão da reunião de ontem ... e a pensar no que fazer para não perder o meu cliente mais importante. Por muito que ele goste de mim e por muito bem que faça o meu trabalho, se o resto do pessoal se está marimbando para o caso, não há-de ser pelos meus lindos olhos verdes que ele não dá corda aos sapatos... Enfim.
Calma, descontração e estupidez natural. É uma daquelas coisas que a minha Mamãe diz que eu adoro repetir (apesar de ainda não ter captado a essência da coisa).
E é só isso. Hoje é 5ª feira. Vou andando para dentro, que aqui está tudo na mesmo, já vi.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Always look on the bright side

A reunião de 3 horas foi um stress...
5 minutos antes, a Directora Financeira chama-me para prepararmos a reunião. O que é sempre bom... 5 minutos dá para imensa coisa, tenho em conta que é um cliente difícil e exigente!
A dita senhora parecia que me queria comer os fígados (nunca foi à bola comigo, temos pena). "Está tudo fora de controlo." . Com muita calma, lá lhe fiz ver que quem tinha feito merda tinha sido a team dela.
Em instantes, a cena muda para os subordinados dela, que tinham enviado um relatório trimestral completamente diferente dos dados que eu tinha fornecido... tudo isto a 5 minutos da reunião começar.

A seguir... o surreal. Do género “O orçamento está descontrolado!” diz o cliente passado dos cornos. Não, não está (asseguro eu). “Mas como não? Se na merda do relatório que vcs mandaram está todo descontrolado?????"

Pois... e quem é que lá estava para dar a cara? Eu. E a tipa ainda teve a lata de me dizer, “entrega-lhe o relatório na mesma, mas diz que os números estão a ser corrigidos”. Eu estive para dizer "Entrega-lhe tu!". Mas calei-me. A hierarquia é uma filha da put@ pesada.

E com ar de estúpida, dei-lhe aquilo como quem sabe que está a dizer “Olha, já sabias que nós trabalhavamos mal, mas toma lá a prova...

A entrar para a sala, deixo cair o portátil das mãos e parto um canto do bicho. Ao menos, ainda funciona... (always look on the bright side).

Há quem tenha manhãs mais felizes. Mas duvido que sejam tão animadas como as minhas!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

WTF?!

Na semana passada recebi um email tão estúpido, mas tão estúpido que só me apeteceu perguntar:
"O que é que dás de comer ao teu ego?! Deve ser ração para porcos que ele anda a engordar que é uma coisa inconcebível."
Como (de vez em quando) a menina tem rasgos de lucidez, não respondi.
Sim. É um facto. Andam por aí muitos egos com obesidade mórbida. E vai-se a ver, até nem têm motivos para isso. Não passa de banha e colesterol alto...

Maria do Parque

Ali para os lados da Estufa Fria, no parque infantil, há uma funcionária camarária que zela pela manutenção da moral e bons costumes e pela não conspurcação da relva.

Estava fresco, apesar do sol. Enquanto a pirralha brincava no slide e no baloiço, deitámo-nos na manta de pic-nic e tapámo-nos com uma toalha (estava fresco, já disse). Atenção que nada houve de mãos pecaminosas, beijos de língua libidinosos ou gemidos descarados. Estavamos em alegre cavaqueira, galhofa e risota saudável.

Falávamos já nem sei do quê, quando eu soltei uma gargalhada sonante. Nisto, fomos interrompidos por um balir incessante e dedo em riste "Isto é um parque infantil!"

Incrédula e a perguntar-me mentalmente "Why me?!" atirei um pacífico "E?!", ao que a Maria me respondeu "Estão aqui crianças!!" com um ar de que, fosse lá o que estívessemos a fazer, era para maiores de 18 e tinha bolinha vermelha no canto superior direito...


Sentei-me na manta, olhei à volta e vi um monte de cabeças a olhar para nós. Repeti, desta vez mais alto e com um tom mais incrédulo ainda "E???!!!".


"Vocês não podem estar assim, isto é um parque infantil" repetiu agastada a senhora, de ar incomodado com a nossa alegria e boa disposição.
Enquanto eu reflectia profundamente se partia para a ignorância, o que não fiz devido a ser um mau exemplo para a catraia, o Xuxu dizia que talvez fosse boa ideia eu pôr-me de gatas por trás dela, enquanto ele a empurrava...
Confesso que a ideia nos tentou. Mas, again, a ideia de um mau exemplo gritou-nos que era melhor não e fomos dar de comer aos patos, gansos e cisnes.


Já sabem, se forem para aqueles lados, não namorem, não riam alto, muito menos deixem transparecer a mais leve ideia de felicidade. Tal como crianças de 7 anos a usar brinquedos para 3 anos, a Maria do Parque proibe qualquer tendência a ser feliz. E não gosta de gente alegremente deitada em mantas de pic-nic ao Domingo à tarde. É que aquilo, é um parque infantil.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

We survived!

Mamãe está em casa desde 5ª feira e correu tudo bem.

Nós, as desamparadas, safamo-nos bem, tirando uns pequenos reveses, normalíssimos para quem não está habituado a fazer a ponta de um corno.
A princesa esteve muito maior do que seria suposto. Ajudou à grande, não fez uma única fita e apenas chorou uma vez, com saudades da sua avózinha.
Agora que ela está em casa, diz que a "outra avó" (a de antes da operação) era melhor, pois esta não pode ser apertada nem abraçada à bruta (no qual ela é especialista).
Verdade seja dita, o balanço é positivo! Os animais sobreviveram, as plantas continuam viçosas (porque não lhes toquei) não queimei um único jantar, a miúda não passou fome, continua gira e cheirosa e eu, apesar de mais torta(das costas, entenda-se) consegui ir trabalhar todos os dias, sem me esquecer de a deixar na escola antes.
Deu para ver que, com um pouco de organização, espírito e boa vontade, sou capaz de dar conta do recado. E isso deixou-me super orgulhosa.
Quanto aos reveses...
:: Enganei-me no caminho duas vezes. Uma para o trabalho (acho que o meu subconsciente queria ir para o Colombo) e outra para a escola da criança (não faço ideia o que o subconsciente queria);
:: Parti uma peça fundamental da máquina de lavar roupa e até 4ª feira, a máquina não funciona (o que nos valeu foi a vizinha do 5º, um amor de pessoa, que se ofereceu para nos ir lavando a roupita). O senhor da loja de peças aliviou a minha consciência quando disse que é normal aquela peça partir-se. É muito azar... a 1ª vez que mexo na máquina, tunga!;
:: Bati com o carro (duas vezes). Nada de especial, mas chateia, num carro com menos de dois meses...;
:: Levei raspanete à grande da fisioterapeuta, por ter faltado ao tratamento e estou a relaxantes musculares (como me dizem amíude "tu queres é drogas!");
:: Ontem, numa atitude altruísta (o que em mim dá sempre mau resultado) ao querer ajudar a minha mummy a tirar os pensos, com medo que ela se sentisse mal, quem ía desmaiando era eu. Não foi bonito;
:: A xuxu pequena sangrou do nariz, sem razão aparente;
:: Tive um grande e um pequeno a fazerem queixa de mim no emprego (por "grande", entenda-se que importa, por "pequeno", caga nisso). Parece que está na moda e qualquer dia ainda fundam um clube! Ai, custa tanto ser gira...
:: O meu íman para atrair coisas estranhas, desta vez trouxe-me uma brasileira. Que me enviou uma mensagem a pedir para responder a um questionário para a sua tese sobre... biquinis brasileiros.
Agora vou ali avaliar a minha subalterna, que nem sabe que hoje é dia de avaliação anual e está feito galo emproado a responder-me torto. Acho que vai ser divertido.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Siga a banda!

Enquanto completo listas de "to do" e "não esquecer" e me passam mil e uma coisas pela cabeça (algumas aproveitáveis, outras, nem tanto)...
Enquanto memorizo - peixe: comida todos os dias; gato: água fresca todos os dias; plantas: regar uma vez por semana... Se rego o gato, dou água ao peixe e comida às plantas, está tudo fod...!!!
Bom, ao menos sei as coisas importantes! A prioridade é a miúda e nisso eu sou boa. Banho: todos os dias; Natação: 3as e 5as; Ginástica: 2as, 4as e 5as; Catequese: 2as; Comida: várias vezes ao dia; Mimo & atenção: o máximo; Estragação: a mínima.

Em stand-by fica a fisioterapia e tenho mais dois dias para curar a minha fariginte e desinflamar os brônquios.

A Mummy esperou quase 4 anos pelo raio da banda, pelo que agora é bom que ela toque e bem! A operação é 3ª feira. Coisa para 2 ou 3 dias no "hotel" de meia estrela.

A gente já vem para contar como foi.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oi?

Das duas, uma: essa dislexia nunca vai ser fácil de entender!
Quanto ao algoritmo, ou se entende, ou não se entende.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A nossa 3ª feira foi de culto

Aconselho vivamente a quem gostar de rambóia, não tenha muito que fazer, procure sítios com grande possibilidade de contágio de gripe A, e tenha uns míseros 5 euros, a ir! Enquanto houver bilhetes, é de aproveitar.

Foi muito bom.

O espectáculo começou mesmo antes de começar. Um casal de meia-idade e 3 adolescentes, chegaram às 21h55. Quando avisaram, exaustivamente, o pessoal para chegar às 21h30... E eis que quando o empregado lhes indica a mesa, a última mesa reservada por ocupar, a senhora, muito agastada, lhe pergunta: "Isto é uma mesa?!" Rebentámos a rir e tivémos uma vontade enorme de lhe responder "Não! Isto é a senhora sua mãe com 4 pernas e uma toalha vermelha na cabeça!!".

É preciso ter lata! Chegam tarde e a más horas, incomodam toda a gente para chegarem à porra da mesa e ainda questionam a realidade da mesma. A tromba da senhora era impagável. O ar do senhor, convicto, a perguntar se não havia nenhuma "mais perto do palco", igualmente!


Quanto ao espectáculo em si, muito bom, MESMO. A começar com um Eduardo Madeira eléctrico, depois um Nilton MUITO caústico, um Francisco Menezes hilariante, um Bruno Nogueira como só ele (e o meu ginecologista, que lhe é homónimo!) um Aldo Lima acima da média e um Óscar Branco em falta (mas que, a mim, não me fez falta nenhuma).

Desde o Eduardo Madeira que pos a malta toda aos pulinhos, a cantar "Angola é que está a dar! Hummmm" seguido de um "wegue, wegue", até às degraçadas da Maya e da Elsa Raposo, sempre alvo de porrada dura, mais a pobre da N. Sra. de Fátima e a Irmã Lúcia, o Jorge Palma, o Reininho e o Abrunhosa, tudo serviu para fazer o humor. Sem esquecer o S. Presidente de todos os portugueses e portuguesas, mais os ceguinhos, Jesus Cristo e o Sócrates.

Tirando o facto de ter estado todo o espectáculo em pé (na semana passada ficámos à porta sem bilhetes, para esta semana já não havia reserva de mesas) e de ter um parvalhão de gargalhada possante atrás de mim (tive receio de apanhar com as amígdalas deles na nuca!!) foi muito bom.

E o Bruno Nogueira é mesmo grande. Xiça!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Desanquei em mais um...

"Posso bater num cliente?" (um que foi fazer queixa de mim, depois de eu andar a tentar a safá-lo de uma encrenca DA-QUE-LAS!)
Não!
"Mas... Não??! Mesmo!?"
Não!!
"Bolas... Posso, ao menos, desancá-lo verbalmente com palavras tão caras, que ele fica na dúvida se são ofensas ou elogios... ? Posso????"
Podes!
Ah bom... assim está melhor. Vai daí... Já está! E a vontade de o insultar como se não houvesse amanhã era muita. Como já dizia o outro, não a paciência para aturar gente que nem pão sabe dizer. E ainda para mais caloteiros...
E agora, como não entendeu puto do que eu lhe escrevi, respondeu-me a dizer que EU lhe devo um pedido de desculpas e que amanhã vai acertar contas com uma colega minha(!!). Lindo! Ainda para mais, a colega em questão tem pior feitio que eu (sim, é possível) pelo que não vai ser bonito.
Mais não seria de esperar. Num email disse-me que estava ofendido. Eu respondi que não compreendia onde estava a ofensa e ele respondeu-me que ficou zangado por eu estar ofendida... Como?!?!?
Viva a gente burra, ingrata e dada a maldicências! Fazem os nossos dias mais alegres enquanto usamos eufemismos e analogias baratas e simples para lhes chamar aquilo que eles são: uns tristes. E a parte melhor é que nem um sarcasmozito entendem... tssss, tssss.

Coisas soltas

No café, a Propina (sim, o nome da empregada é Propina...) diz a uma senhora grávida que não lhe pode dar o copo de água que ela pediu porque... não tem copos lavados.
Em alegre discussão com a manager das sister clean, sobre teias de aranha (sim, a minha vida é efectivamente uma festa...) ela responde-me "Ó dona..." E até se me ouriçam os pêlos da nuca! "Dona" não, 'tá?!
Uma criança de 2 anos (talvez nem tanto) chora compulsivamente à porta do meu gabinete. Está de tal modo em choque que nem consegue dizer o nome. Pegamos-lhe ao colo, arranjamos uma cena para o distrair e vamos tentando acalmá-lo. Do nada surge um casal de ciganos a correr. "Ele ficou para trás!!!" justificam-se. E eu afasto-me a tentar compreender como é que uma criança tão pequena "fica para trás".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os pratos da balança

Foi no Bairro Alto. Ela já nem se lembra, mas parece que tinham ido ao Pavilhão Chinês. No parque de estacionamento, com o carro em andamento, ele fala-lhe mais alto e manda-a parar o carro.

"Manda-a"? Sim, falou-lhe naquele tom que os homens gostam de usar, quando acham que mandam. Depois, com aquele seu olhar meio de lado, meio de frente, disse-lhe bem claro "Eu amo-te, entendes?!" Como se quisesse que aquilo lhe entrasse mesmo. Como se aquilo que ele lhe que estava a dizer, ela tivesse mesmo de entender, em todo o seu significado.

Ela, com o pé na embraiagem e a mão no travão, estremeceu, arrepiou-se-lhe o coração e gritou "Ai!". O ar sério dele contrapunha com a doçura do que acabara de lhe dizer. O ar de pânico dela contrapunha com seu estado de felicidade.
"Sim, entendo!" disse ela com o seu melhor sorriso. "Ah, bom!" pareceu dizer o sorriso dos olhos dele. E, sem deixar o carro ir abaixo, ela destravou e seguiu, com o entendimento profundo do seu amor.

Agora que sabem ambos o que andam a fazer, tudo parece muito mais claro. Ele é daqueles que gosta de tudo muito bem explicadinho. Ela é daquelas que gosta de explicar. Várias vezes, para que não restem dúvidas. E agora que ele já as dissipou claramente a todas, quando lhe perguntou se ela entendia, ela, que entendeu, acalmou e ficou bem mais feliz.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A profunda razão do calote

Tenho clientes que não me pagam. Pelas mais estúpidas ou razoáveis razões. Uma porque lhe morreu uma empregada. Outra porque não lhe apetece. Outra porque estoura tudo no bingo. Outra porque as férias à grande no Algarve não permitem que sobre algum.
Agora... a última que me apareceu é realmente extraordinária. Daquelas que só comigo. Então eu tenho uma senhora, vamos chamar-lhe Tuxa, que não me paga porque foi ao Brasil.
Até aqui, nada de novo. Comerciante que é comerciante, chora-se que está mau, mas depois faz vida de rei. A isto já estou eu habituada há muito.
Acontece que a D. Tuxa não me paga há muito porque foi ao Brasil ser recauchutada. Li-te-ral-men-te! Por fora e... (pasmem-se) por dentro. Parece que a senhora, de quase 60 anos, foi colocar os maminhas novas, empinar o rabiosque, fazer lábios à Jolie e... ser virgem novamente!

Será que alguém vai ter isto em linha de conta quando eu disser que não atingi os meus objectivos de dívida???... Era bom era... Vou dizer que a senhora não me pagou porque foi fazer "investimentos profundos na sua pessoa"!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Tenho a costela onde?!?!"

De cada vez que, na fisioterapia, me deitam as mãos à espinha, dá sempre asneira. É ouvi-las "ai que miséria", "xiiiii, como isto está!", "ai, ai, ai esta cervical" e afins. Mas ontem foi diferente.
"Isto aqui não lhe dói?" enquanto me aperta um alto no ombro direito. "Já que fala nisso, dói e bastante!".
"Isto não devia estar aqui. Respire lá fundo, para ver se eu ponho isto no sítio!" E eu a medo "O que é que significa o "isto"?"
"É a sua costela!" No ombro???? Porra, como é que não havia de me doer!
"Os músculos contraíem-se e puxam tudo para cima. Da maneira como está a sua cervical, o normal seria ter as costelas nas orelhas..."
Ah bom... então no ombro, já não é mau. E toca de respirar fundo, fechar os olhos e esperar que a Joana soubesse o que estava a fazer. Sabia. Doeu. Mas a cabra da costela foi ao lugar.
Já hoje de manhã, para evitar o atropelamento de uma filha da mãe de uma gaja que me pulou literalmente para a frente do bólide, atirei-me para cima de um passeio e atropelei um pino de cimento.
O pino não se queixou (acho que não gostava da cor amarela que tinha antes de eu lhe passar por cima). Já o carro, fez aquele ruído de raspar metal contra cimento, que não é bonito. A malta que passava, cerrava os dentes e deitava mãos à cabeça. E eles, os gajos, abanavam-se, como quem diz "só podia ser gaja!".
Lá me safei sem grandes danos, e com o desejo íntimo que deveria ter atropelado a senhora, nem que fosse só de raspão. Depois passou-se, que eu sou cristã.
E vamos lá ver se chego ao fim da semana sem mais costelas deslocadas e pinos violentados. É que o carro é novo, porra.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que tenho feito

Dei comida a cágados, pombos e peixes laranjas.

Esqueci-me dos sapatos no balneário da clínica onde faço a fisioterapia.

Bebi um chá do Tibete e fiquei zen.
Jogámos às penas (apanhar penas de pássaros no parque) e a miúda ganhou porque lhe dei as minhas.
Tirei mais fotos a sombras e o resultado foi o que se vê...

Escrevi mais de 70 vezes o nome da criança no material escolar, com outros tantos corações, estrelinhas, borboletas e florzinhas... ela gosta e diz que ninguém tem etiquetas tão lindas como as dela.
Ri a bom rir com o esmiuçar dos sufrágios, vistos no Youtube às tantas da manhã, com algum atraso, em boa companhia e com muito gosto.


Comprei livros, dos bons. Florbela Espanca e Miguel Torga. Para ler devagar.

Fiz arrumações nos armários. Dei sacos e sacos de roupa. Guardei t-shirts e calções, pendurei sobretudos e os fatos de Inverno.

Agora... agora é preparar o fim-de-ano em beleza. Já falta pouco e em 2010 começa tudo de novo outra vez. E mais uma vez, será um início de ano um degrau mais acima.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

They will understand...

Sendo hoje o Dia Mundial da Compreensão, calha muito bem.
Vão ter de compreender que eu tenho mais que fazer porque fui p... Bom, se calhar,é melhor não saberem.
Eu até contava, mas não tenho tempo... Tenho mesmo de ir. Alguma coisa, já sabem... comprem! Eu vou andar fora durante uns tempos, porque como já disse, fui p... Exacto! Aquilo que é melhor vocês não saberem. Vão por mim que eu sei que sim.
Vocês não saberiam lidar com isso. Eu própria ainda estou meio incrédula. Mas a verdade é que fui mesmo p... Sim, é só para o ano... mas é melhor não saberem!
Aconselho vivamente a leitura dos escritos anteriores. Atirem-se de cabeça ao meu passado. E se baterem com os cornos no chão... temos pena. Ou não!
Vá... entretenham-se sozinhos (e sozinhas, que eu também tenho meninas a lerem-me!) que já são suficientemente crescidos.
Vale-me a esperança de que vocês compreenderão. É que eu fui p...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não me consumam!

Tenho dias em que sou intragável. Um traste de maldicência, um protento de sarcasmo e fel. Mas, na grande maioria dos casos - para não ser tendenciosa e dizer "nunca" - isso não me vira contra os de quem gosto.

Ou seja, a vidinha até me pode correr mal, posso estar atolada em merda até às orelhas, ter levado uma tampa que não esperava (seja ela em que campo for) e não ter um ombro decente onde chorar as minhas mágoas (à parte do da mummy, que não se gasta mas recente-se...). Tudo junto, é quase como meia dúzia de barras de dinamite prontas a explodir no mais inocente que se cruzar no meu caminho.


Mas quando escrevo "inocente", isso quer dizer precisamente o contrário. Se há coisa que sei que não sou é ingrata. Não cuspo no prato que comi. Mas também não sirvo a quem serviu. E sei que a inveja é uma coisa... (mummy, tapa os ouvidos!) fodida! Pois é!

Mas mesmo assim, não sei conviver com parvoíces, mesquinhices sem propósito e maldades gratuitas. Sei que os amigos, aqueles que conhecem os nossos lados mais negros, têm tendência de nos apontar as falhas no momento em que mais dói. Mas dar-lhes-á isso o direito de troçarem das nossas desgraças? Das nossas quedas?

Dará isso o direito a alguém de me apontar o dedo ao nariz, lembrar sadicamente um erro meu e ainda se rir de forma vil, bem alto para que todos ouçam? A informação é uma coisa tramada. Quanto mais sabemos de alguém, mais poder teremos sobre ele... Mas... mas... também é assim com os amigos?

Será que as confidências, feitas entre lágrimas e alma feita em cacos, em horas negras e tristes, podem um dia ser usadas como piada por aqueles que nos confortaram na hora da desgraça? Podem?!

Bom, se podem, não deviam. Pelo menos, é o que eu acho! E como eu sou torta como o caraças e a mostarda só me chega ao nariz uma vez (à segunda vez, já parti o caralho do frasco da mostarda no focinho de alguém)... pendurei alguns. Assim como se pendura um vestido num cabide, e se deixa lá ficar a arejar...

E agora aceitam-se apostas para saber quem é o primeiro a apostar! Ah... eu? Eu nunca aposto. Já me dizia há anos, muitos anos, uma sábia senhora de fino trato, olhos azul-mar e nariz empinado... "teimar sempre, apostar nunca!"

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Agora numa versão melhorzinha

A quem interessar, já está disponível aqui a 2ª edição do meu livro.
Sem tamanho XL, sem capa dura tipo Pantagruel e sem 3 kilos de peso. Uma edição à maneira, revista, mais maneirinha, mais barata e com uma capa linda de morrer! Sim, eu sou suspeita, mas está mesmo linda!!!

Vá... não se inibam. Os dois primeiros autógrafos tiveram direito a lágrimas! Comprem que eu autografo à borla, sim? Prometido!

É o vento que me penteia

A massagem de hoje foi feita pelo João. Nada de particular, à excepção de que o João é cego. Mexe-se pelos cantos da casa como se visse. E faz massagens como se tivesse nascido a fazê-las.
Desfez-me os nós dos ombros com cuidado, enquanto assoabiava. Disse-me "andou a fazer maldades" com um tom maroto e cuidou-me das dores. A massagem arrepiou-me a espinha, tirou-me o ar enrolado e dorido...
Agora começo as manhãs assim. Muito cedo, antes das 8h30. A Ana estica-me como se disso dependesse a minha vida. Dá-me conselhos de como devo andar, sentar e levantar-me. Diz-me que a culpa não é minha, que não aprendemos higiene postural quando erámos mais novos e isso refelcte-se na coluna. Foram as mochilas pesadas num só ombro, o sentar todo torto, pegar coisas pesadas acima da cabeça, etc. etc.... E agora... agora dói! Mas cura-se. E é uma cura que me sabe muito bem.
Saío de lá já depois das 10h, com o banho tomado e a alma muito aconchegada. Todos me tratam com muita simpatia. Tratam-me das dores com cuidado e eu vou deixando-as por lá.
Ainda de cabelo molhado, guio com as janelas abertas. Assim, quando chego ao escritório, já está seco. E penteado. Sim, porque a mim, quem me penteia é o vento. Todos os dias.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Programa de alimentação de hérnias

Comecei num dia catita. No Dia Mundial da Fisioterapia comecei a minha... fisioterapia.
Às 8h30 da manhã, já estava de molho na piscina, numa água quente, muito quente. Deram-me 4 exercícios para fazer, 5 vezes cada. E só posso nadar de costas. Bruços não é bom para a cervical.
Depois deram-me dicas de hígiene postural. Mais uma massagem, calores localizados e ultra-sons. A seguir uma sessão de "esticanço" que aposto me vai valer mais 5 cm de altura... Ah, e aprendi a levantar-me da cama sem magoar as costas.
Eu a pensar que estaria rodeada da brigada do reumático e dei com carradas de jovens coxos e de braços ao peito.
A massagem foi tão boa, mas tão boa que disse à Sílvia que estava contratada. E durante os calores, adormeci aconchegada, durante uns fantásticos 15 minutos.
Do melhor. Além do lado mau de ter 3 hérnias com esta idade, a terapeuta diz que há muito mais hipóteses de melhorar com a fisioterapia.
E agora vai ser todos os dias assim. Acordar às 7h30 e só ir trabalhar depois das 11h30. Ao menos relaxo. Relaxo mesmo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Já está!

Parabéns!
Acaba de se inscrever no Prémio Literário FNAC/Teorema 2009.
O seu número de inscrição é o 1252341100671.
É aconselhável que preserve este email.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A dança dos paradoxismos

O filme era de 1929. A curta que passou antes... sublime. A Rita (a dos sapatos vermelhos, mas que ontem tinha-os pretos e brancos) tocou ao vivo uma banda sonora feita de propósito para o filme. Ela e um tipo do qual eu nunca tinha ouvido falar, mas que tratava a guitarra com muita intimidade.
A ela, via-se estampada na cara um gosto enorme no que estava a fazer. Como quem faz porque quer. Porque sabe e sabe-lo bem. A ele, não se via nada porque os óculos eram escuros. Mas tocava, como dizia o meu pai "perdiante" (que é uma palavra que não existe).

O realizador era também o actor principal. Um tipo de Pierrot infeliz que morre no fim. Os planos, para 1929, eram muito arrojados, como filmar o mar de pernas para o ar e as pessoas a partir do chão. As legendas... ai, as legendas... um mimo.
Eu, que segundo dizem, sou open minded, vi-me rodeada de malta chamada de "alternativa". Tão alternativa que o mais normal tinha um t-shirt preta, onde em letras vermelhas se podia ler "I fucked your girlfriend last night"... Pois!

Tirando o cheiro perturbante do meu vizinho do lado (que a dada altura deu em enrolar as mangas da t-shirt nos ombros... quem sabe, para arejar) a tipa que a meio do filme bateu palmas e gritou "Obrigado, obrigado!" e teve de ser tirada da sala, as cadeiras desconfortáveis e o calor imenso... foi fantástico.
Já posso dizer que fui a um motel? Não?! Pois, bem me parecia que não...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lets paint the town

Exausta. Com dores nas costas e atolada em trabalho. É difícil sair do lodo com estas dores...
Entretanto, continuam a acontecer-me as coisas mais fantásticas. A minha pequena diz-me que teve saudades das minhas belas pernocas. Enquanto eu corro pela casa para me despachar, a minha mãe comenta"Cheira bem, a pequena loira!". Ela chama-me assim desde que me conheço. E de todos os petit noms que tenho (e são alguns) é capaz de ser esse o que mais gosto.
Por estes dias, fui a Fátima. E, como sempre, saí de lá mais leve. Depois a princesa também lá foi com o pai. E quando regressou, trouxe uma prenda para mim, duas para a avó, e muitas para ela. A caminho da piscina disse-me "Desculpa Mamã, só consegui trazer uma para ti." Estou farta de lhe dizer que não quero que faça isso, mas ela já entendeu que ele não sabe dizer não. Á conta disso, tem um iPod e um telemóvel novo. E a sorte dele é ela não ser pedinchona.
Quando lhe pergunto o que comeu, responde-me "Comida!" e esta noite quis dormir comigo. Diz que teve muitas saudades. Eu... eu roí-me por dentro enquanto ela não estava. Pus o coração ao alto e tentei não dramatizar. Mas os jantares à meia-noite e o dormirem até tarde, enquanto ela deambulava por uma casa desconhecida... tiraram-me o sono.
Depois, depois juntam-se filmes de terror, gosto por bricolage, leituras de Miguel Torga em voz alta e o Mundo parece mais perfeito. Pelo menos o meu!