Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

91 dias

2,184 horas, 131,040 minutos, 7.862,400 segundos.

Parece pouco? Não. Já te conheço há muito mais. De outras vidas que não se contam, de outras horas onde nem haviam relógios… de sempre.

Apesar da probabilidade ínfima de nos cruzarmos, cruzámo-nos. Apesar da distância, estamos juntos. Quando nada fazia supor, quando tu não procuravas e eu estava cansada de procurar, alguma coisa nos juntou. O “cozinheiro”, os astros, quiçá a Divina Providência.

Conheço-te há bem mais de 3 meses. Esse olhar que fazes quando te ris das asneiras dos miúdos… quando disfarças o riso, ao perceber que estou a olhar para ti… já o conheço de há muito.

A maneira como arqueias o sobrolho esquerdo (que o mais velho faz igualzinho a ti) quando pões um ar indignado, a sério ou não.

As frases giras que dizes, como “Ai caramba” e “Bem hajas”…O ar sério que pões quando ralhas com os pimpolhos e depois olhas para mim tristinho, como quem diz “Tem de ser!”.

As palhaçadas, as brincadeiras, as gargalhadas… as canções.

Como é que eu posso dizer que existia, se não conhecia essa maravilha de música que é o "Zeca"?

Zeca era patife
Zeca era ladrão
Zeca quis roubar um bife
E só roubou um pão
Eu atirei-me ao Zeca
Grande confusão
O pão girou no ar
Caiu na minha mão
Ta-ra-ra-ra
Ta-ra-ra-ra
Ta-ra-ra-ra



Cantada em coro, com coreografias e muito acima do volume aceitável.

Mas sabes bem que não é só isso. É muito mais do que algum dia poderei escrever. Muito mais do que simples palavras.

Mas resume-se a uma dança no quarto, ao som do rádio da cabine do chuveiro, ao chá que me preparas antes de irmos dormir, ao “Amote” que me escreveste numa pedra (e que eu emoldurei) ao abraço que me dás e onde cabe o meu mundo inteiro.

Está tudo, como diz o nosso mais velho “na maneira” como nós nos olhamos.

Por três meses de pura felicidade. Felicidade que eu pensei que só existia nos contos de fada e nos filmes lamechas. Por me amares como eu sou, sem queres mudar nada. Por seres como és, lindo por dentro e por fora.
Por Tudo. Amote meu Homem.

5 comentários:

Fora de mão disse...

Eu a ti princesa.Para sempre!

Mad disse...

Desculpem-me a intromissão, mas pensei logo nisto:
As cartas de amor são ridículas, mas mais ridículo é quem as não escreve.

E nisto:
Get a room!

;)

Maria Feliz disse...

Amor,
Manda calar a Mad, que ela está a embirrar connosco!

Mad,
Não sejas assim... Ah, e já temos quarto, don't worry:-)

Beijos

João Paulo Cardoso disse...

Amar assim, em sintonia, até parece fácil...

Só uma coisa:
Espero que não haja sinal de aviõezinhos a passar com tarjas de frases meladas, por ocasião do centésimo dia.
Isso já seria demais ;)

Beijos.

João Paulo Cardoso disse...

Ah, já agora arranja também um quarto para a tartaruga e o tartarugo ali de cima.

Parece que estão com os calores...

Beijos.