Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Seguro morreu de velho



E desconfiado ainda vive! Nem sei bem porque é que me lembrei deste episodio hoje, mas cá vai disto.

Eu devia ter os meus 20 aninhos (passou-se no ano passado, portanto. Toda a gente sabe que eu tenho 21…) e andava na faculdade. Namorava há 4 anos com a minha paixão assolapada (assim rotulada pela minha Mãe) a criatura mais possessiva, ciumenta e desconfiada á face da terra.

Naquele tempo eu apanhava o eléctrico quase á porta de casa por volta das 7h da manhã, até Alcantara, onde depois apanhava o 24 debaixo da ponte (literalmente).

Uma dessas manhãs encontro o Miguel, namorado de uma amiga minha, no eléctrico e vamos os dois em amena cavaqueira ate á minha paragem onde eu saio e ele continua lá para onde quer que ele fosse.

Á minha espera na paragem, o bom do meu namorado, no carro dele (um Fiat Panda vermelho, descapotável mais ferrugento que sei lá) com cara de poucos amigos. Eu ainda meia parva de o ver ali, entro para o carro e levo com um “Com quem é que tu vinhas no eléctrico?!”.

Eu feita tontinha a achar que o tipo me tinha vindo fazer uma surpresa. Pois sim!  Tinha-me era topado no eléctrico com um gajo, tinha-me seguido (!!!) e agora estava ali para limpar a honra dele! Que namorada minha nao se ri assim para qualquer um… e puseste-lhe a mão no braco. E quem é o gajo???

A achar a cena surreal (mas não cabra o suficiente – ainda – para o deixar a falar sozinho) lá o deixei refilar e cuspir as frustracoes todas até lhe dizer o nome do rapaz, por acaso amigo dele também.
Ah e tal que não parecia, de fora do eléctrico nao dava para ver. 

Nem se chegou a arrepender da cena que fez. Amuou porque não entendia o que era tão divertido para a gente se estar a rir ás 7 e tal da matina.

Esta foi só uma das muitas cenas que ele me fez. As outras todas também a rocar o surreal e cheias de parvoíce… E sim, foi só aos 20 anos que eu percebi que os homens conseguem ser muito parvos.

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