Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os Bissa

Vivem no 1º andar há tanto tempo, que eu ainda não era gente quando para ali foram. O Sr. Bissa era bancário, a sua esposa toda a vida foi doméstica. Conta-se, que aos fins-de-semana íam para o Estoril, onde tinham uma casa, feita numa garagem recuperada.
Não me lembro se tiveram filhos. Nunca os vi com crianças, mas acho que sim, que têm um. Em tempos idos o Sr. Bissa andava muito direito, cumprimentava toda a gente e dava-se ao respeito. Já ela, a D. Guida, sempre foi uma querida, muito boa vizinha e a dizer-me "oh filha".
Agora, que estão velhos, a idade parece que os puxa para baixo e andam curvados. Sempre foram um pouco moucos. Lembro-me de sempre ouvir as notícias em stéreo, pois a sala deles é debaixo do meu quarto. Mas isso ainda era o de menos.
Agora, que estão velhos, os Bissa têm outros problemas. Ele faz fisoterapia e ela acompanha-o. Mas há uma coisa nos velhos que eu não compreendo: porque é que se levantam tão cedo?!
Ontem, às 7h em ponto acordei com um melancólico Fernando Tordo a perguntar o aconteceria "depooooooois do amor" e tremi! Puxei outra almofada para cima da cabeça e desejei que houvesse um corte de luz no bairro inteiro. O pior veio depois. Uma locutora de rádio monocórdica, de voz melada, como quem faz workshops de tricot em galerias comerciais de 5ª categoria...
O que mais me intrigou foi que, às 7h35 em ponto, tal como começou, a rambóia parou! Talvez o Sr. Bissa tenha de tomar o comprimido da próstata aquela hora... Talvez sinta fome e vá comer a torrada e o leite com cevada que a D. Guida lhe preparou... Não faço ideia. Só espero que não lhe dê muitas vezes.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Quando Deus conspira

Ele, devia estar em Barcelona. Ela, devia estar em casa a dormir.
Em vez disso, ele estava no mesmo sítio que ela, onde não era suposto nenhum deles estar. Devagar, com pouca confiança e muito medo, ele disse-lhe que gostava de cinema e ela disse-lhe que gostava de conversar.
Então, falaram sobre cinema. E depois sobre tudo. E depois sobre nada.
Quando finalmente se exigiu que parassem, já era dia. No olhar dele, ela viu o que nunca tinha visto. E um arrepio percorreu-lhe a espinha. Na expressão dela, ele viu o lamento de não haver um beijo. Separaram-se com um "cuida-te" e dois "até amanhã".
No dia seguinte (que, efectivamente, ainda era o mesmo) ele convidou-a para um passeio a pé. E correram ruas onde ela nunca tinha pisado a calçada. Prenderam a respiração nos miradouros e foram turistas na própria casa. Fizeram piadas tontas, sorriram ao pôr-do-sol e mataram a fome que tinham um do outro. Acabaram o dia com bifanas e alma cheia, regados a Coca-cola e olhares cúmplices.
O resto... o resto é deles. Só deles. Não se conta, não se diz, não se explica.
Ela quer escrever esta história todos os dias. Ele também. Sem número definido de páginas, porque ainda agora vão no preâmbulo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O poder de uma noite de 6ª feira...

Saí para jantar em casa dos Cruz-Ramos. Não fui convidada, mas fiz-me. As maravilhas da net... Bastou um gabar-se que ía lá jantar no facebook, e eu aproveitei a deixa.
O Miguel cozinhou um manjar digno dos deuses: polvo no forno com batata doce e um molho extraordinário... Delicioso. E a conversa, a diversão... Aquela casa é um antro de boa disposição e amizade. E eu estava com muitas saudades!
Depois... depois uma saída totalmente inesperada. Um hamburguer no Cais do Sodré, já depois das 4h da manhã, a saber lindamente (há anos que não comia nas roullotes!). E uma conversa cheia de empatia que durou até de manhã.
Cheguei a casa já o sol brilhava, com a força das 7h. Acabada de deitar dei um pulo da cama. O barulho de travões, pneus a chiar e um estondo enorme de choque fez-me correr à janela.
Um Volkswagen Beatle, novo em folha acabava de se despistar ao entrar na minha rua. Rasou o quiosque de jornais da esquina, bateu em dois carros estacionados do lado esquerdo e mais um do lado direito. E ficou-se, com o eixo da roda do lado esquerdo partido e o pneu debaixo do carro.
A mulher lá dentro, a Dó, com o seu carrocha preto enfiado num pequeno carro azul céu, com porta toda metida dentro e cravado num pilatere do passeio, queria continuar viagem... Um homem apontava-lhe para a roda da frente e dizia-lhe que era melhor ela desligar o carro e vir ver.
Seguiu-se um espectáculo deprimente. A dita estava podre de bêbada, não dava dois passos no mesmo sentido e só queria era ir-se embora. De braços levantados, alto e bom som, gritava com a voz enrolada "Eu pago tudo, pá! Mas deixem-me ir para casa!". Ainda tentou fugir, mas ninguém a deixou. Rapidamente alguém a reconheceu e foram chamar-lhe uma amiga. Pobre amiga, que saltada da cama ainda levou com a ingratidão de bêbado...
A cadela era tanta e tão grande que deu para tudo. Desde gritar pelo Belenenses, a dizer à pobre amiga "Óh Aidinha, eu amo-te!", enquanto a abraçava e pulava no meio da rua.
Quando a polícia chegou, o teste acusou 2,95 mg no sangue. Como a história correu a rua toda, à tarde no café já ouvi a versão de que eram 4,5 mg. Foi presa. E a amiga foi com ela, ampará-la. Contam as más línguas, que o marido da bêbada ainda lhe agradeceu com um telefonema em que a insultou por não a ter deixado fugir, e que o que devia ter feito, era ocupar o lugar de condutora (logo ela, que nem carta tem).
Não levei com a Dó em cima por uns míseros, mas abençoados 10 minutos. E logo eu, que é tão raro chegar a casa de manhã. E lá na rua, agora conta-se que uma amizade de mais de 30 anos, se destruíu com os copos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Anúncio Evian

Que vídeo delicioooooooooso!

Nunca pior

Eu e a mania de fazer as coisas sempre em grande... Vai daí, não é uma, não são duas, mas sim três hérnias discais. Pequenas, mas hérnias. Quase imperceptíveis no exame, mas não aos olhos verdes do meu ortopedista.
Outras coisas não lhe escaparam, por certo. As nossas consultas fogem um pouco ao habitual. Deu-me o número de telefone, que frisou bem ser o pessoal. "Ligue-me quando tiver o exame. Diga que é a Flora, que eu já sem quem é!". Disse-me que mora sozinho e não é fácil. Que é ele que cozinha e faz tudo. Que é uma quinta e até forno a lenha tem, onde aprendeu a fazer cabrito e leitão...
Enfim. Mandou-me para mais uma tortura de uma ressonância magnética. Que tem de ser, disse ele, com ar complacente. E vai ser já amanhã de manhã.
Entretanto, tudo bem. Tirando as hérnias, a pilantra da assistente e o outro quase a chegar, a minha vida é uma verdadeira festa. Óh lá se é!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Terror, muito terror

O abaixo não é da minha responsabilidade. Foi tirado de uma página dessas de "encontros", de um menino de seu nick "fuck you" - sugestivo, no mínimo...

História
sou tatuado, pessoa simples, adoro o mar, o silencio, enfim sou muito zen

Par perfeito
de uma mulher simplesmente zem

Ideal Date
1- tentaria ouvir a outra pessoa 2-tentaria ser eu proprio 3-prestava atensao aos pequenos permenores

4-e por fim logo se veria talves algo acontesece

Música
blues country and rock

Filmes
suspence e terror


Sim, terror. Muito!

Aos sábados

A Ana e o António estão na casa dos 30 e são casados há muito tempo. Tanto que, normalmente, se esquecem quanto.
A Ana e o António até gostam um do outro, mas há muito que deixaram de se "entusiasmar" um com o outro. Há muito mesmo. A Ana é bonita, mas está sisuda e recalcada. O António está gordo e a precisar de uma lavagem de estrada. Mas toda a gente acha que estão perfeitos, num casamento perfeito, numa vida mais que perfeita.
A Ana não fala de sexo com as amigas. O António exibe-se aos amigos. Diz que a Ana é uma bomba na cama, que o deixa louco e saciado. Gaba-se de comer tudo o que mexe, mas tomara ele mexer-se mais.
Aos sábados, lá em casa, é dia de lavar a roupa escura. Dia de lavar a casa-de-banho. De arejar o quarto e a sala. E o corpo. Aos sábados é dia de sexo. O António bem gostava que assim não fosse. Gostava que a Ana fosse mais dada. Que a máquina de lavar a roupa participasse na rambóia, durante a centrifugação. Mas a Ana nunca muda o figurino. Nunca. E é sempre e só aos sábados.
O António lembra-se de ser miúdo e sonhar com a Tieta. Com a areia, o calor e a loucura de uma mulher mais velha. A Ana sonha com o Roque Santeiro. Gostava de ser uma viúva Porcina, louca e insaciável. No fundo, lá bem no fundo, ela até é assim... mas recalca-se, aguenta-se, esconde-se. Aos sábados, até gostava-se de se soltar. Mas o António já não lhe dá pica nenhuma.
Por isso, aos sábados, a festa lá em casa é morna. Sempre igual, sempre no mesmo figurino, sempre na mesma onda.
E a Ana e o António sonham com novelas, na flor dos 30, num casamento que dura, mas não aquece.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

On a night like this

Apetece-me vestir aquele vestido azul que comprei nos saldos. Aquele que combina lindamente com o meu bronze.


Apetece-me vesti-lo com as sandálias pretas. As de cunha. Fico alta.


O raio do vestido tem um decote lindo. Que me fica a matar. Mais a pulseira de brilhantes e o relógio branco.



Depois do banho, besunto-me em creme Nivea e ponho o perfume da Elizabeth Arden, o de chá verde que é tão fresquinho.

Quero cheirar a Verão. E quero sair. Apetece-me estar numa esplanada. Com uma cuba libre e a lua. Numa noite como esta. Quente.



Vamos?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Electromio quê?

Se eu já estava aborrecida...
Então vejamos. Além da put@ da ressonância, do raio-x e da ecografia que não mostra nada, ainda tenho que fazer um TAC (ok, coisa simples) e o diabo de uma electromiografia aos membros superiores.
Não fosse a net e eu continuava a não saber o que é uma electromiografia. Se calhar, tinha sido melhor. Não achei muita piada a enfiarem-me agulhas nos músculos, darem-me choques e medirem o raio que os parta. Bom, ao menos tenho 1 mês e meio para me preparar psicologicamente. O tipo que espeta as agulhas foi de férias.
Entretanto, o Dr. Ortopedista diz que é capaz de ser uma hérnia discal. Tendite, não é. E bursite também não. Seja o que for, dê-lhe um nome, se faz favor. E as drogas adequadas. Que eu não sou de ferro.
Ah... e vou ter de fazer fisioterapia. Que seja com alguém meiguinho, ok? Que farta de bestinhas na minha vida estou eu, sim? Massagens, panos quentes e miminhos. A menina agradece. Porradinha tenho levado bastante, dispenso.

Boring

Estou irritada! Aborrecida, estupidamente enfadada. Enervada, stressada, chateada, agastada, entediada e tudo o mais acabado em "ada" e com conotação mais que negativa.
Porquê? Ora... "Porquê"?!!!! Os motivos são tantos. Nada de grave, nada que não se cure, nada que não tenha solução. Mas aquelas cenas que chateiam, enfadam até à medula e me tiram do sério. Pequenas, sim pequenas. Mas que todas juntas, fazem um peso do caraças.
Exemplo. Daqui a nada vou ao médico. E já vou no terceiro, desde o mês passado. Já fiz três exames, sendo que o último - ressonância magnética - é para mim das coisas mais abomináveis ao cimo da Terra. Custou-me horrores a fazer e espero que ninguém tenha ideias tristes de me mandar fazer mais uma. E entretanto, enquanto me deitam as mãos à espinha e a tudo o que é osso acima da cintura, vão atirando palpites, sempre com pontos de interrogação no final. Até a porra dos relatórios têm pontos de interrogação.
É sempre assim. Tirando as amigdalites, nunca ninguém me acerta com o diagonóstico à primeira. Já estou acostumada. Mas chateia, ter malta a meter a mão, apalpando e apalpando mais um pouco, fazendo cara de caso e opinando maleitas a torto e a direito, como se eu fosse uma pergunta com resposta de múltipla escolha.
Vamos ver se este acerta. Mesmo que não acerte, ao menos que me passe umas drogas, que esta cena de sofrer calada não é a minha praia. Que apalpem, mas já agora tirem-me as dores, sim?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Males que vêm por bem

Carro na oficina again! E sem prazo de devolução pois, segundo o tipo da oficina, tem o perne do colector cravado na cabeça do motor. Coisa que tem de ser tirada com muito jeitinho, para não dar cabo da cabeça... do motor.
Mas, como há males que vêm por bem, os meninos da rent-a-car, como forma de me compensarem das secas que me dão, atribuiram-me um carrito de substituição, um tanto ou quanto (muuuuuiiiito) acima da gama que está prevista. Vai daí a menina anda com um Mégane todo xpto, novinho em folha, tão amaricado que nem chave tem! Um mimo.

E quando o rapaz da oficina me disse constrenado "Não sei se vou ter o seu carro pronto hoje... estamos a fazer os possíveis!" eu respondi "Deixe lá! Não se preocupe. 2ª feira também é dia!"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quem quer casar com a carochinha?

Ele diz que não conhece ninguém a querer o mesmo que eu. Ou pelo menos, a assumi-lo. Diz também que as mulheres já não são meigas, não fazem agrados, não cuidam como ele gostava que cuidassem dele.
Enquanto nos deliciamos com uma sapateira mais que fresca (fresquíssima!) continuamos na nossa senda por descobrir o que se passa com esta nossa geração de egoístas ilhados.
Eu digo o mesmo. Que não há homem como ele. Que queira juntar os trapinhos à séria, ter mais um ou dois rebentos e orgulhar-se disso. Se o querem, não o assumem. Por medo, por vergonha, sei lá eu...
Entre mais uma imperial e o segundo fino bem traçado (mais gasosa que cerveja) vamos dando exemplos do que queremos, do que não vemos em lado nenhum, do que gostaríamos de encontrar no/a nosso/a príncipe/princesa... O cuidado, a prioriodade, o mimo, a atenção... Onde é que isso está?! Tornámo-nos (salvo seja) numa cambada de egocêntricos que só olham para o seu umbigo. Gritamos bem alto que temos mau feitio e somos independentes, para que não haja logo a ideia de que alguém pode deixar a escova de dentes na nossa casa.
Mas, resumindo e concluído, não temos o que queremos, nem sabemos onde andará o tudo que nos fará felizes.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fácil de entender

Esta noite sonhei com leite derramado. Não sei onde estava, mas sei que alguém me disse que se pussesse fatias de pão por cima, depois seria mais fácil de varrer... E assim fiz. Espalhei pão por cima do leite entornado no chão.
Depois, acho que fui às compras, mas a coisa continuou a não correr bem. Em tudo o que pegava, o prazo de validade estava expirado. Fosse o creme hidratante ou os cereais tudo tinha, há muito, passado do prazo.
Já nem preciso de recorrer ao livro de interpretação de sonhos. Cada vez mais, os meus sonhos são óbvios. E fáceis de entender.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Agora que há silêncio

Ando a convencer-me que isto até calhou bem. Que assim não me distraio tanto e até trabalho melhor. Já passei por ambientes de trabalho muito mais pesados.

Há uns anos atrás, numa empresa com mais de 100 funcionários, onde todos me prestavam vassalagem, com um trabalhado "bom dia Sra. Dra.", de um dia para outro, todos me viravam a cara para o lado, à excepção de 5 gatas pingadas que insistiram em continuar a cumprimentar-me e a lidar comigo. E assim resisiti durante 5 meses, até a normalidade ser reposta.

Assim sendo, esta falta de respeito a que fui submetida é, de longe, uma coisa menor. Com a qual, depois do espanto, lido com uma perna às costas (embora esteja é com o braço ao peito).

Não há mais sorrisos, confianças, preocupações com o estado de saúde de familiares, abébias para sair mais cedo, almoços em conjunto, cafés pagos e afins. Acabou-se. A mim nunca mais me vê os dentes. A não ser que seja para rosnar e morder.

E agora que há silêncio (que eu entro muda e saio calada) trabalha-se melhor.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Avisem primeiro, porra!

Da próxima vez que tiverem o facalhão de mato prontinho para me enterrar nos costados, deêm umas dicas primeiro, ok?
É que assim, a seco, sem uma tipa estar à espera, é uma merda do caraças! Não que seja a primeira vez, e com a idade a gente habitua-se. Mas porra, custa!
E agora, vou ali para um canto fustigar-me um pouco e tentar, finalmente e de uma vez por todas, interiorizar que não se dá confiança a subalternos. Principalmente aos de género feminino.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Piroparam-me

Eu sei que contado ninguém acredita. Mas quero lá bem saber.Têm andado a dar de comer ao meu ego. Sim, que o meu ego é grande, mas também precisa de se alimentar. E sim, foi tudo para mim:

:: Ó linda, por ti vendia o ourinho todo!

:: Acreditas no amor à 1ª vista ou queres que passe aí de novo ?

:: Ó gata, largas pêlo?

:: Foste à tropa? É que já marchavas...

:: Não estás cansada? É que andaste às voltas no meu pensamento todo o dia.

:: Tens uma boca que faz qualquer xupa-xupa feliz.

:: Se te visse com a tua mãe, dizia lhe assim:
"Ó minha senhora, troco a sua filha por um piano. Assim tocamos os dois!"

:: Ó boa, foste feita no calor ? És uma brasa que até estalas!

:: A tua roupa é da TMN? Tens cá um corpinho que é um mimo.

:: Ó febra, chega-te à brasa.

:: Os teus pais são terrosristas? É que és cá uma bomba!


Sim, alguns já são muito batidos, outros um bocado "brutos"! Mas nada como um piropo para alegrar o dia de uma gaja. Mesmo quando fazem cara feia e dizem que não gostam... no fundo, no fundo, amam! Eu, à falta de um, tive esta resma toda.

Dispensam-se comentários do tipo "deve estar preso" ou "precisa de óculos". Não está preso e óculos já usa. Outros comentários menos aprazíveis, que ofendam a moral e bons costumes de quem por aqui passa, serão deitados fora, sem dó nem piedade. Por isso, poupem a menina, 'tá?
E sim... eu sou gorda, baixa, tenho dentes podres, sou zarolha, com uma verruga no queixo e outra no meio da testa. Ele é que está a precisar de trocar de óculos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Abílio


O Abílio é um triste. Aos 39 anos, vive com a mãe na zona industrial de Castelo Branco numa casa de 3 assoalhadas e uma varanda fechada. Está a viver do subsídio de desemprego há 4 meses, desde que o despediram do call-center. Parece que tratou mal uma senhora. Ela foi demasiado simpática e ele não gostou.
Agora, enfiado no seu quarto todo o dia, prescuta as maravilhas da net, em busca do que o entretenha. E como alma triste que é, entretém-se com coisas tristes. No seu quarto de 3m por 5m, o Abílio destila fel. O Abílio escreve tudo em letras maiúsculas, não porque veja mal ou precise de óculos. Apenas porque o Abílio é pequeno. Apenas 1,55 m de gente. Que o fazem precisar de coisas grandes. Para não se sentir tão pequeno.
O Abílio detesta gente bonita. Porque é feio. Por dentro e por fora. Por fora, porque os pais, além de primos, eram os dois feios. Por dentro, porque cresceu sozinho, o mau feitio não ajudou, foi gozado desde a infantil até ao liceu, e porque é assim. Mais do que gente bonita, Abílio não gosta de gente feliz. Destesta sorrisos, gargalhadas, pessoas de bom aspecto, com ar de bem com a vida. Ele, que está sempre de mal com a vida, como podia gostar de gente assim?
A mãezinha do Abílio trata-o como se ele tivesse 15 anos. Tira-lhe as espinhas do peixe espada preto. Corta-lhe as unhas dos pés e dá-lhe óleo de fígado de bacalhau desde tenra idade. "Enrijece!" diz ela. O Abílio também não gosta muito dela, mas tem de a aturar, pois a casa é dela. E tem de lhe massajar os pés, todos os dias antes dela ir para cá cama, por causa dos joanetes. Ela diz que ele tem as mãos macias e até se lhe dão voltas ao estômago, mas tem de ser.
Como não sai de casa, o Abílio não convive com ninguém, além da sua mãe. Cada vez mais, detesta pessoas. Cada vez mais deseja sair do seu quarto, mas não para se misturar com ninguém. Apenas para largar a mãe e aquela casa.
O Abílio, que se tem em alta conta e acha que toma toda a gente por lorpa, já desenhou o seu futuro. Um dia destes, mata a mãe durante o sono (sufoca-a com a almofada de penas de pato) leva-lhe o ouro das tias e o marfim, e pira-se para Angola. O Abílio gosta do calor. E das nativas. E parece que a internet por lá também funciona.
Um dia, o Abílio vai ser feliz em Angola
Qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência.
(E não me venham cá com a treta de que não há coincidências!)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ainda a menina da cadeira de recensão...

Se eu disser que a menina me convidou para amiga no hi5, acreditam??!!!

Hi5 esse onde tem mais de 300 amigos e comentários languidos de gente com nick "Só prazer sexo"?!!!

Então, não digo!

Nota: E a ruim sou eu?! Hum?

A primeira crítica

Vá... vamos todos ter um bocadinho (só um bocadinho) de pena da Carmen que teve de ler este blog para fazer uma trabalho para uma cadeira na Universidade.
Duvidamos que tenha lido todo, senão tinha compreendido que quem o escreve nada tem de amargo. E "mercadoria sexual"??? Onde, Carmem??? Tu diz-me, que eu não estou a ver... E é sobre o meu umbigo, sim! Se fosse para ser sobre o teu, escrevias tu, não era?!? E olha que de vingativa e pimba, eu tenho muito pouco.
E agora conta lá... que ideias parvas foram essas que o teu professor te deu? Tu não me digas que o meu blog já é aconselhado para trabalhos...
Pobre moça. Deves estar traumatizada. Mas sabes... a vida é mesmo assim! Partilha lá que nota é que tiveste à minha conta, vá.
Ah... enquanto continuares a usar palavras como neo-abjeccionismo, vais no bom caminho (desde que saibas o que elas significam...).
Como se costuma dizer, falem bem, falem mal... eu gosto é que falem de mim!


Daqui

A nossa vida é um inferno se lermos isto. [ No Rating ] 3 Ago 2009
by Carmem Mendes

Este livro com o título/tema do blog do mesmo nome é seguramente a evitar. Excepto se estivermos interessados no neo-abjeccionismo pimba e nas loucuras auto-elogiativas da autora. Este blog refere as desventuras de uma trintona na sua vida real que utiliza o blog como talho para a sua mercadoria sexual, tal como num hi5 sexual. Nele podemos ver a sua força vingativa e saber a um pormenor melindroso a ascenção e queda dos seus amores e desamores de uma forma pimba, grotesca e por certo sem avalo dos partenaires. É vísivel a estrutura pimba da personagem e dos seus gostos músicais, cénicos e de vendetta. Tem seguidores, amigas e amigos inflectiveis ou que ainda não lhe cairam na rede amorosa, rapidamente aqui se passa de bestial a besta nos seus circulos de amizade. Como a autora refere num post a falta de sexo contribui para uma existência tão amarga. A calvice, a celulite e a parvoice decerto confluem na inenarrável parvoice que é este blog que ondula ao sabor do bioritmo da jovem protagonista. Caso para dizer que é daqueles casos se a própria se morder morre envenenada. Um desapontamento visto vir de uma mulher este tipo de textos. Um blog e um livro centrado no auto-elogio, no umbigo em que nada do que se passa no mundo é aflorado com o mínimo de interesse. A evitar (que era o que eu teria feito se não estivesse a estudar para a cadeira de recensão e o meu professor me desse ideias parvas). Carmem

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Diagonóstico reservado

E diz o médico, com ar grave "Ana, sabe que não pode forçar esse braço. Eu não sei o grau da lesão. E se rasgar o tendão, eu tenho de a operar!"
Que bom! E toca de lá meter as patas e fazer mais estrago. Porque será que os dois últimos gajos que me apalparam, me magoaram à séria? Ortopedistas! Bah. A seguir, vai ser uma ressonância magnética. E nada de ter metais dentro do corpo, diz a senhora das marcações. Ok... acho que não tenho.
Então, toca de poupar o ombro direito, que está todo fanadinho. Nada de aeróbica, nada de pesos, nada de gestos bruscos... Enfim.
E logo eu que preciso tanto deste braço, para afugentar os gnus! E cada vez são mais, minha nossa. Xô... fora... baza. E eu que não sei assobiar. Xô, XÔOOOOO!

A única pessoa que me ralha é a Mamã, 'tá?

Da última vez que olhei, vivia numa democracia. Algo dúbia, por vezes, mas uma democracia. Desde quando é que eu, este protento de mau feitio e olhos verdes, tenho de dar satisfações a alguém que não conheço?!
Só porque a net caiu, e nós estávamos a deitar conversa fora? Eu tinha de, supostamente, voltar para me explicar?!
E mandam-me 2 (dois) emails a reclamar e a desancar-me? Uma cena do tipo "Só para informação: hi5 - esquece; facebook - esquece; posts no teu blog não mais os farei com certeza". Hã? Está tudo doido? Qual foi a parte que eu não entendi? Por acaso, o messenger até caiu... e se não tivesse caído? Se o tivesse desligado, à bruta? Erradicava-me? Please, DO! Ora por favor... eu falo com quem quero, quando quero e até onde quero!
E a única pessoa que me passa raspanetes como se eu fosse uma miúda de 5 anos é a minha Mummy, 'tà? E é quando eu deixo...

E a menina não faz fretes, 'tá?

domingo, 2 de agosto de 2009

Não contes a ninguém!

Que a bebida tolda o pensamento? Que um "vou ter muitas saudades tuas" nem sempre é o que pensamos ou gostaríamos que fosse! E?! O melhor está certamente para vir... Nada me tira a certeza disso.
Que o melhor que a vida me reservou está para acontecer. Muito em breve. E que as cubas que ontem bebi, pagas pelo bom do Pedro (homem bom devia pagar imposto!) me encheram a alma. E o Tamariz é um bom sítio para por as ideias em ordem? Certamente que não. Mas é bom para o ego.
À Nika, aos Pedros, ao Joãozinho e ao Gonçalo, um "à nossa" por uma noite fantástica! E o meu obrigada especial ao meu Pedro, que mesmo sem estar a curtir muito, se deixou ficar, para não me estragar a noite. É um senhor.
Se estou bem? Estou! Mas não contes a ninguém...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

De ombro ao peito

Raio do ombro que não pára de me doer. Ele é emplatros, ben-u-ron 1000 a toda a hora e o sacana sempre a doer!

E o pior é conduzir. A cada mudança que tento meter, ou reclama o ombro, ou reclama a caixa. E o travão de mão? Não me dá jeitinho nenhum puxá-lo com a mão esquerda. Vai daí, dói!

Enquanto me encolho a cada nova guinada, penso se não será melhor meter uns diazinhos de molho. Para ver se isto acalma. Não vem nada a calhar, mas porra... isto dói-me c'umó caraças!

Muitas das coisas que faço aqui, posso fazer em casa. E uns dias sem conduzir, íam na certa ajudar a por o ombro no sítio. Vou pensar no assunto.

Ah... e o cheirinho do emplastro. Pastilha Gorila de menta. Juro! É que é tal e qual.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Com jeitinho

Já o convenci a gastar 16 mil em segurança. Agora vão mais 20 mil em publicidade. Vai ter de ser com muito jeitinho.
Por isso o vestido, o rimel e o batôn novo. Não que seja o mais importante. Mas nunca vi nenhuma gaja mal enjorcada a convencer um inglês a gastar 20 mil Euros. Ok... em pensamentos mais sórdidos, e estando o inglês bem bebido, é possível.
Agora, se lhe vou apresentar um plano de marketing, todo catita, com empresas todas xpto, animações supimpas e mais trinta por uma linha, convém que esteja bem arranjadinha. Composta, para condizer com o pacote, não?
Ou seja, já que vai ter que os gastar, ou menos que os gaste contente e animado. Nunca se sabe se para o mês que vem lhe estou a pedir mais 30 mil para outra coisa qualquer. Vou-lhe ao bolso, mas quero-o sempre satisfeito!
E diz o meu chefe que ele está satisfeito com a nossa empresa porque eu o cativei. Pudera! Há lá gaja mais simpática, solícita e profissional que eu? É só quando quero, eu sei... mas o tipo é um big fish e esses não andam por aí todos os dias a dar sopa! Quero-o feliz e contente, a gastar massa com o quero fazer. E é tão giro gastar o dinheiro dos outros!

Está cientificamente provado

Que quanto mais uma gaja nos olha com raiva, mais giras estamos. Se não está provado cientificamente, deveria estar! É limpinho como água.


Se tenho dúvidas que a farpela me assenta bem, basta cruzar-me com duas ou três mais afoitas, daquelas que olham de cima a baixo e rangem os dentes, deixando um bocadinho de espuma no canto da boca, tal é o ódio.


Aprendi isto há uns anos. Num dia de almoço de Natal da empresa, com os bigs todos, cheguei cedo ao escritório, bem vestida, bem maquilhada, cheirosa e com bom ar. Quando uma das engenheiras chegou, já perto das 11h, toda amarrotada e com ar de quem tinha saído de uma luta na lama... olhou-me de cima a baixo e saíu-se com um irritado "Não estavas a juntar dinheiro para casar?" como comentário rasca à minha roupa nova.


A partir daí, entendi que por muito que eu tenha bom ar e seja profiossional, não tenho "amigas" no meu local de trabalho. Ninguém me vai dizer que o bronze está altamente, que o vestido me caí bem ou que o corte de cabelo está divino. Ah... a não ser que sejam gajas tão ou mais giras que eu, donas de uma auto-estima inabalável e, acima de tudo, muito bem resolvidas.


Tudo isto para dizer que hoje estou de arrasar! E os olhares logo, na sede, vão ser tipo setas. Sim, o vestido fica-me lindamente. Realça o meu tom de pele. Talvez o único a dizê-lo seja o John. Mas os olhares delas apenas irão comprová-lo. De cima a baixo, com os olhos semi-fechados, de esguelha... e até a espuma no cantinho da boca vão ter. Ninguém vai dizê-lo. Mas eu sei-o. Está cientificamente provado!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

À carga!!!

Estou imparável! Já mandei mails para o Santana, para o Portas e para o Louçã. Ah... e para o Ruben também. Alguém me há-de ouvir, nem que lhes inunde as caixas com correio. Estou cansada de dançar conforme a música! Estou farta de pagar 350€/mês por uma casa que não tenho (e isto já há mais de 2 anos e meio!)...
Vai daí e como os vizinhos devem andar cansados, a vegetar e à espera que a solução caía do céu, fiz-me à estrada, solitária, mas determinada! Não quero saber se o Costa se chateia! Se o Salgado se indispõe! Quero mais é que eles se vão lixar todos, se não me resolvem o caldinho!
E independentemente da cor, seja vermelho, rosa, laranja ou azul, o querido que resolver este filme, para mim será um herói! E voto nele. Certinho e direitinho. Eu que tenha a porra da escritura marcada e a ver se não voto!
Agora, só me calam quando eu estiver instalada no meu terraço, a gozar o vistaço que a minha casa tem! Ah, pois é! Aguentem-se, que eu vou à carga!

Levanta a cabeça, pá!

Sim, que isto de olhar para o chão, não está com nada!

Porque é que o raio do gato à porta do McDonlad's tinha de ser amarelo? E eu tinha de olhar para ele? O sacana olhou para mim, altivo, como quem me diz "Olha lá para minha coleira!"... E eu, que sou bem mandada e gosto de obedecer a gatos, lá olhei. Bem feita. O filha da p*** do gato tinha uma chapa com o nome gravado, em letras garrafais "HÉLDER". Pois.
E lá andou, a passear-se por perto, com uma confiança que não é normal os gatos darem a desconhecidos... e assim ficou grande parte do nosso almoço. Até que a menina do Mc lhe consegui ver o verso da chapinha e sacar o nº de telefone do dono, que rapidamente apareceu para levar o Hélder para casa.
Depois, lembro do que ele me diz "As coisas boas! Pensa nas coisas boas!". E faço por isso. Já que me estão sempre a lembrar que são tantas... Esqueço o Hélder perdido, a dor no ombro, a falta que me faz o meu pai, a minha casa que tarda, e os desgostos acumulados. E lembro-me que o Hélder encontrou dono, o ombro há-de sarar, o meu pai está sempre comigo e a casa está quase aí a rebentar!
E a Raquel quis furar as orelhas e eu fiz-lhe a vontade. Ficou tão feliz. E tão linda, com uma margarida pequenina em cada orelha!
A somar, tenho dois sobrinhos lindos. Um irmão e uma cunhada que se divertem a infernizar-me o juízo, e uma mãe me que atura e apara os golpes todos.
Mais do que isso, só me falta mesmo levantar a cabeça.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mexer na ferida

Passados 7 anos é preciso levantar tudo. Abrir caixão, lavar ossos e tratar de os meter noutro sítio. Que coisa mais macabra e sádica! Mas é assim mesmo.
Ainda fiz o coveiro remexer tudo, à procura do alfinete do Belenenses que ele levava na lapela... Mas qual quê. O casaco, desfeito. Nem consegui perceber onde estava a lapela, quanto mais o alfinete. A gravata estava intacta. Era muito bonita aquela gravata. E ainda lá meti as mãos, mesmo com os protestos da minha Mãe e da minha cunhada. Qual é o mal? Já não se pega nada...
Deu trabalho enfiar a ossadada junto com a do meu irmão. Estavamos a ver que os fémures não cabiam (o meu pai tinha mais de 1,80m). Mas com jeitinho, lá coube tudo. O coveiro era um querido, sempre a perguntar à minha Mãe se era assim que queria. Tudo muito bem arrumadinho. E lá ficaram, pai e filho juntos.
Acho que não tem jeito nenhum esta coisa de levantar campas. Andarem com ossos de um lado para o outro, e tira e põe, e lava e seca, e vai à estufa para secar mais um bocadinho... irra, que tormento. Tudo isto enquanto a família ou espera, ou assiste. E tudo se revive, tudo vem de novo à tona.
Não foi fácil. Mas achei que iria ser mais difícil, confesso. E lembro-me do sorriso, que me dizem para ter mais vezes. E da Té ontem "Ele ía gostar de te ver é bem disposta!".

Os mortos devem estar é sossegados e em paz. Os meus agora estão. Nunca mais lhes mexem. Falta só mudar a lápide, que agora em vez de um, ficam lá dois. Depois disso, estarão tranquilos. E eu também. Bem mais tranquila.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Páia com a Tia Flóla

Esta nina é uma riqueza! Fomos para a praia no Domingo e foi fartar de rir com ela. Á beirinha, de baldes e pás em punho, pediu-me água e e eu toca de lhe encher o balde. E aí vai ela de boca aberta, lançada ao balde! A naba fui eu, certo?

Olhava para mim cheia de ternura e dizia "Tia Flóla!" e eu respondia "Sim, meu amor?" e ela continuava a olhar para mim e a rir-se. Era só para confirmar que era eu! E fazia o mesmo com a "Raquéli".

Faz 2 anos no dia 2 de Setembro. Diz Mummy em vez de Mamã. Diz chibáááá, que ninguém faz a mais pálida ideia do que seja. Se ralham com ela, arma o burro, olha de lado e sai-se com um "Bolas!" agastado ou então um "Deixa a miúda!". E quando lhe perguntam o que é que a mãe é, pespega-nos com um "estaodináia"! Agora tem brincos e não se cala "Óia binco! Nã dói!". De babar.
A mãe, a minha Élita do coração, é das coisas mais pirosas, babadas e peneirentas com esta princesa. Pudera! Tem razões de sobra. E só ela sabe o que passou para a ter. Antes e depois.

E eu... eu sou só uma tia orgulhosa e lamechas com esta pirralhita.

terça-feira, 21 de julho de 2009

& Baldrocas

Pareço mais uma Maria Tola que uma Maria Feliz. A 26 de Janeiro, isto. E agora, toca lá de trocar outra vez, porque afinal quem anda mais és tu (eu)!
Bom, do mal o menos, mais um mês e tenho um carro novinho em folha. Digo eu... que eles estão na fase de ver preços e, da maneira como as coisas andam, ainda me calha mas é uma lambreta.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Anda cá, que tenho uma coisa para ti"

A gente quando ouve isto, acha sempre que é alguma coisa de bom.
Enganei-me!
380 máscaras?! Ensandeceu tudo enquanto eu estive fora? O que é que eu perdi?!
Para já, escondi-as! É que anda por aqui muita gente e se se aprecebem que eu tenho 380 máscaras no meu escritório de 4m por 4m... entra tudo em paranóia.
Será que isto tem saída no mercado negro?

O regresso

Do trabalho, até posso dizer que sentia saudades. Tenho imensas coisas novas para fazer, algumas bem interessantes. Agora, do que eu não tinha saudades nenhumas era da gentinha triste.
Chega uma tipa toda morenaça, bem disposta, com um sorriso de orelha a orelha e no meio de 20 infelizes, só duas alminhas é que me perguntam como correram as férias?! Eu bem as vi a mirar o vestido e o bronze, e a olhar de esguelha para o meu relógio novo. Gajas!
Custava perguntar "Então as férias foram boas?"... Hum? Mesmo que não fosse por curiosidade, por educação? Que ar de enfado e tristeza. Cada vez me conveço mais que incomodo muita gente.
E diz-me um amigo quando me queixo: "Faz uma cara linda e feliz!". Foi o que eu fiz. Se calhar o mal é esse. Se entrasse de olheiras até ao umbigo, mal enjorcada e pálida, ficariam mais felizes? Talvez... porque assim pareceria-me mais com eles. Que pobreza de espírito.
Depois de sair de lá, fiquei neura durante uns minutos. Segui para o meu buraco (como eu chamo ao meu escritório) pus a música bem alto, fiz uns telefonemas e passou-me. Não há paciência para infelizes. Daqueles que o são só porque sim.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As férias! Ai, as FÉRIAS!!!!

Bom... apesar do humor de cão, cá vão as novidades. Humor de cão, porquê? Ora... porque se acabaram as férias (FANTÁSTICAS, aliás) porque vou trabalhar 2ª feira e porque devo ser das poucas pessoas que consegue queimar o... couro cabeludo. Bem, queimar não, escalpar mesmo! Tenho-o ás risquinhas. Mas já lá vamos.
Comecemos pelo início.
Barcelona. Passados 12 anos. Muito bom. Calcorreámos o que foi possível. Metro para cima, metro para baixo. Mas consegui levá-las onde queria: Sagrada Família, Parc Güel, Ramblas e... Ciudad Condal.
Valeu a pena. Foi um dia grande, enorme.

Almoçámos às 3h da tarde, à espanhola, no Ciudad Condal. Dizem que é o nome antigo da cidade.

"Los mejores montaditos y cervezas de la ciudad"

E vieram os montaditos de solomillo, de jámon, de tortilha de batata, de bacalhau... e as claras (tipo panachés) e os gordos (azeitonas verdes... das gordas) e as bravas (batatas coradas) e muito pão com tomate. E, obviamente, repetimos! Mas não conseguimos ir às sobremesas. Mas lembro-me que o creme catalã (tipo o nosso leite creme) era divino e haviam uns profiteroles de babar. É sempre um motivo para ir lá outra vez!

Engraçado... este restaurante abriu no ano em que lá estive pela primeira vez, 1997. E diz a minha Mãe " Como é que te lembravas do nome da rua?" Não lembrava! Mas sabia onde ficava e nada como a net para ajudar.

Depois, Platja d'Aro revelou-se melhor que a encomenda. O hotel era muito agradável, apesar de parecer uma estância familiar. Mães e pais rodeados de filhotes. E mais nada! Tudo casado e pais de filhos.

Piscina enorme. Descer umas escadas e... praia fantástica, com uma água do mais transparente que pode haver. Só achei um senão: a areia. Não era areia. Eram pedrinhas pequeninas que faziam doer os pézitos e não me deixaram caminhar à beira mar. Todas as belas têm um senão, certo? Nada de muito mau.

Animação q.b. para os mais novos. A pequena fartou-se de cantar e dançar. E mais uns entreténs para os graúdos, sendo que o espectáculo de flamenco na última noite foi do melhor.

A comida era boa, o quarto agradável. Cama óptima, apesar da Raquel pontapear quem estivesse num raio de 2 metros. E abençoados tampões de silicone que comprei na farmácia. É que há alguém na família que ressona. Só um bocadinho.

Voltando ao início. A pequena quis trancinhas. E a mãe da pequena também quis. A pequena andava de chapéu o tempo todo. A mãe da pequena, não. A pequena não quer tirar as tranças. A mãe da pequena tirou-as, porque achava que eram as tranças que estavam a fazer comichão. Mas não.

A cominhão vem do escaldão que a mãe da pequena (eu, porra!) apanhou no cocuruto! Moral da história: tenho o couro cabeludo às riscas. E a incomodar-me que é uma coisa estúpida.
Ainda pensei em after sun, mas prezo o (pouco) cabelo que tenho. Vai daí, fui ao frasco do pó talco e estou grilhasalha. Mas com menos cócegas.

Férias muito boas. Muito boas, mesmo!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Chegou!

O meu livro! Enorme, com gralhas (como eu). Lindo de morrer! Um orgulho. E já sei de quem o comprou:-)

E como acho que ando numa boa maré... uma dica: Prémio Literário Fnac/Teorema 2009. Quem não arrisca...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Soube a pato!

De vez em quando, costumo dizer para mim mesma que devo ser boa rapariguinha. Ou não me caíriam no colo estas coisas...
Ao telefone:
:: Tudo bem?
Não. Estou com um braço ao peito!
:: Hum... então se calhar não queres aquilo que tenho para ti...
Nunca se sabe. What?
:: Bilhetes para a Kylie Minogue, logo, no Pavilhão Atlântico!
Ena, ena... eu só tenho um braço ao peito e com tanta droga, já nem me dói!!!
E lá fomos. Será que alguém faz ideia do género de fãs que a moça tem?! Bom, eu não fazia! Parece que a menina é um autêntico icone da malta que a adora! Divertimo-nos imenso com o espectáculo no palco (e fora dele!!!).
E acabo de ler no jornal que o Ronaldo também lá esteve... Fã, fã, ele é do Ricky Martin, mas há falta de outra coisa, lá foi. Pois. Eu também não sou doidinha pela Kylie, mas assim.... até soube muito bem!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quieta? Eu?!

Grande porra!! Ah não... o nome da coisa é "tendinite biciptal".

E pergunto eu ao senhor doutor:

- Vou ter de imobilizar o braço?

Depende. Consegue ficar quieta?

Ora... vê-se mesmo que é homem. E que não me conhece!

Posto isto, vou ali amarrar o bracinho direito ao corpo, para ver se não estrago o resto das férias.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Inho

Para acalmar o meu estômago e como as opções não são muitas, hoje fui por um almoço leve. Uma sandes de carne assada e uma sopinha de agrião.

Até estava de comer um frago no churrasco, mas há coisas que, mesmo que o estômago aguente, a alma já não tem paciência. É que sempre que peço um menu Cascais, o tipo dispara:

- Perninha ou peitinho?

Perna.

- E o acompanhamentozinho?

Por mais rápida que eu tente ser... ele avança sempre:

- Batatinha, arrozinho e saladinha?

Arroz e salada, por favor.

- Xiiiii... acabou o tomatinho, vai ter de ser só alfacezinha, 'tá?

Tá.

- E a bebidnha?

Água.

- Natural ou geladinha?

Natural.

- Vai querer pãozinho? E uma sobremesazinha?

Não.

- A saladinha está sem salzinho. Aqui tem o seu talherzinho.


... Deus me livre e guarde de tanto diminutivo! Safa!

Dia de andar

Hoje devia ser dia. Mas acho (tenho quase a certeza) de que não vai ser.

Devia ser dia de levantar a cabeça. Dia de andar em vez de gatinhar. Dia de me levantar, virar a cara para a frente e seguir o meu caminho.

Não sei bem porquê, acordei com a sensação de que nada disso vai acontecer. Tenho de me mentalizar de que o vou ter de fazer sozinha. Por mim. Só eu. Disseste que ajudavas, mas há muito que deveria saber que não posso mais contar contigo. Para nada. Quanto mais me dizes que é para tudo, mais eu sei que será para nada.

Depois de tantos meses a apanhar cacos, a colá-los com saliva e a tentar disfarçar o negro, não sei mais se me consigo manter fiél. Ao que fui e ao que senti.

Sinto demasiada falta das minhas gargalhadas, das minhas piadas secas e do meu ar descontraído e bem disposto. Demasiada falta de mim. Do que eu era antes de me teres partido o que te dei.

Não devia ter sido assim. Não foi assim que eu escrevi. Tive de apagar muita coisa, reescrever muitas páginas da minha história. Simplesmente porque o que era um dia, deixou de o ser no dia seguinte.

Sei que sou maior que tudo isto. Sei que mereço mais do que me ficou reservado por um dia cruel. Sei que não és melhor do que eu. Sei que és apenas e só tão humano quanto eu. Cheio de defeitos e erros, apenas diferentes dos meus.

Não devias tê-lo dito, se não pretendias fazê-lo. Sei que agora só eu me posso ajudar.

Ai o caracol!

A dois dias de iniciar as férias, estou, como se diz na gíria "toda fanadinha"!

Já não me bastava a meretriz da sinusite, os abusos do fim-de-semana estão a pesar-me e estou... como dizê-lo... abalada? Estragada? Hum... de ressaca talvez seja o melhor termo.
Mas também... que dizer aos arraiais de 6ª? Aos caracóis e panachés, sardinhas e chouriço assado? E mais carapaus, sardinhas e outros tantos panachés no sabádo? E mais a punh... salada, salada de bacalhau (se a Mummy diz que é salada, não sou eu que vou dizer que é punheta, ok?) no Domingo? Acabámos de almoçar quase às 4h da tarde e às 6h já andava outra vez nos caracóis... Pois! Era meia-noite e o meu estômago ainda reclamava, depois de duas águas das pedras.
E hoje... o raio da sinusite! Parece que levei nas trombas.
Melhores dias virão... mas não me falem em carácóis tão cedo, ok? Lá para a tarde já fico bem, e amanhã já vamos outra vez!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ainda o livro

Os amigos reclamam que não foram avisados. Óh amores, nem vocês, nem eu!
Fiz tudo num dia. 1,2,3... já está. E assim que ficou terminado, foram todos notificados por email.

Agora... parem de me pedir o pdf do livro! É que senão, não vendo nenhum, porra.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Já está à venda!


Isto sim, é inacreditável!
O meu livro.
A minha percentagem não é grande, mas é meu! E está publicado. Nem acredito.
Vá malta. 'Bora lá comprar, ok?
Agradecida.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

E dizem eles

Cortei o cabelo curto:

:: Aliás, tu podes rapar a pente zero que não te belisca a beleza.

:: Cute & wild.

E ainda não me viram!

Fotos? Uma tarde destas, se não chover...

Di-vi-sões


Porque é que a malta não se aguenta casada? Porque é que não há quem consiga manter um casamento?

De toda a gente que conheço, apenas 4 casais mantêm um casamento aparentemente saudável. Como é que caduca um projecto assim? Como é que se desiste de uma família? Como é que se afunda tudo e siga a banda? Como é que se dividem Natais, aniversários, férias e fins-de-semana? Mais a divisão de despesas, as pensões e as facturas do pediatra? Quem compra a touca para a piscina? Quem paga o baptizado? Quem escolhe os padrinhos?

Só hoje soube de mais dois divórcios. Logo de manhã, assim de rajada! Porquê? Acabou-se o amor? Ou terá acabado a pouca paciência? Ou o egoísmo será maior que o companheirismo e a vontade de dar passeios ao Domingo? Quem sou eu para os julgar? Logo eu que nunca casei...

Todos queremos o que não temos. Eu que nunca casei, gostava de o fazer. Saber como é. Ter mais crianças, ter uma sogra (boa ou má, não interessa, gostava de ter uma!), um marido no sofá, uma companhia que me aquecesse os pés no Inverno e me levasse de férias no Verão.

Os casados querem ser solteiros. Ser livres, não dar satisfações, não dividir responsabilidades, nem dores de cabeça... Não aturar a mesma pessoa durante anos, não aturar a família dela, nem as manias e os defeitos. Mas porra, é preciso fazer com um ordenado o que se fazia com dois! É só fazer as contas e o resultado dever ser um cinto muito mais apertado...

E no meio de tudo isso, há filhos, dos dois. Elos que vão manter para sempre. Que de um dia para o outro, tomam consciência que os pais já não são namorados. Na melhor das hipóteses serão amigos. Na pior, inimigos que os usam como armas de arremesso...

Penso nos filhos de amores findos que conheço. Um xi muito, muito grande para eles: Margarida e Tomás, Alexandre e Miguel, Bernardo e Filipa, Diogo, Beatriz, Rafael, Leonor e Gonçalo, Madalena, Joana e Catarina, Maria, Afonso, João Maria, Miguel, Diogo e Cátia, Tomás. E estou triste.

domingo, 21 de junho de 2009

Good Sunday

Dia fantástico prestes a terminar.

Levantámos cedinho e chegámos à praia antes das 9h. No meio metro quadrado que me calhou, ainda houve um que teve a lata de refilar com o meu abrigo cor de laranja. "Estas cenas deviam ficar lá atrás!" saiu-lhe enquanto eu montava o abrigo.

Esteve quase a sair-me um "E os inergúmenos deviam ficar em casa!" mas eu ao Domingo, por norma, sou uma tipinha zen. Nada me tira do sério. É impressionante. Nem pareço eu!
E lá me mantive, no meu meio metro quadrado. De chapéu de sol, abrigo, três toalhas, uma data de brinquedos, geleira e saco de palha. O tal tipo, como Deus é grande e não dorme, levou com uma família típica, daquelas com 3 crianças altamente problemáticas (que por muito que se grite atiram sempre areia a alguém) geleiras enormes, 4 chapéus de sol descomunais e uma tipa gorda de voz estridente. Claro, bem em cima dele!
Depois... um banhinho de água doce e os caracóis no sítio do costume. Acabámos a tarde na feirinha de artesanato, nos jardins de Belém. Como o calor era muito, uma água fresquinha nos Pastéis e dois dos ditos para manter o meu peso.
E pronto. Foi um domingo supimpa.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Coisinhas

:: Na 4ª feira lesionei-me na aeróbica. No pé direito. E doeu, porra! A culpa foi da Cláu, que teve a brilhante ideia de fazermos o esquema com perneiras de kilo em cada perna. Ao chutar com o pé direito ouvi o tendão a dizer que aquilo não era boa ideia. E queixou-se! Mas já estou melhor. Passei a noite com gelo e a coisa agora está compostinha.

:: Ainda no mesmo dia, descubro que uma obra que devia estar pronta na próxima 2ª feira, vai atrasar porque o sacana do engenheiro se enganou a indicar o cano onde ligavam a água. E em vez de ligarem na canalização normal, ligaram no cano das bocas de incêndio. Para ajudar à festa, o cano certo está na outra ponta. Porreiro, pá!

:: Também na 4ª feira (foi um bom dia) constatei que um dos meus meninos se está a afundar. É o que dá construir em cima de lixeiras. O terreno cedeu e os alicerces estão literalmente a afundar-se. Consequência: buracos de um piso para outro, vidros a partir, juntas de dilatação com 4 de dedos de largura... enfim! O que vale é que o dono daquilo é uma pessoa bastante pragmática e saiu-se com uma solução fantástica: vamos processar os advogados que o aconselharam a comprar o imóvel.

:: Hoje chego ao escritório e a chave nada. Como o trinco é junto ao chão, estive uns bons 10 minutos de rabo para ao ar, até o segurança me vir dizer que a porta estava avariada. Acho que o tipo esteve a gozar o prato um bocadinho e depois é que me veio avisar! Maravilha. Não posso entrar no gabinete. Toca de chamar a manutenção e toca de cerrar as trancas. Contas feitas, uma hora de trabalho perdida.

Ainda bem que é 6ª feira!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Maio 1971 /Maio 2009

Parece incrível, mas é verdade. Eu conhecia um casal que viajava no fatídico voo da Air France.

Romel, dentista, brasileiro, de 38 (feitos no dia do acidente - viajava para comemorar o aniversário em família, no Rio de Janeiro) e a sua mulher Isis, seguiam no voo ...

Ele era primo de uma grande amiga minha e quando ela me contou, fiquei triste por ela, lembrava-me do nome dele, mas disse-lhe que nunca o tinha conhecido.
Ela corrigiu-me: conhecemo-nos no casamento dela, há coisa de dois anos no Luxembrurgo. Ficaram na minha mesa no copo d'água e conversámos um bocado. Lembro-me bem, eles eram uns queridos. Na altura, eles ainda não eram casados, mas eram um daqueles casais que dá gosto olhar. Jovens, lindos, divertidos, educados, bem sucedidos, com um brilho nos olhos de quem tem a vida toda pela frente.

Afinal não tinham. E é uma pena. O livro de condolências que criaram na net já tem 101 entradas. São duas vidas (entre todas as outras) que ficaram a menos de meio... e com tudo para serem repletas de sucessos.

É por isto que eu choro...

A empresa de limpeza que trabalha aqui no charco, deu rádios às chefes de equipa. Parece que os ditos eram tão bons, que apanhavam a frequência de uma escola de condução que faz exercícios aqui à volta.

A cena só se descobriu quando o segurança na Central de Controlo deu por uma das encarregadas a andar desenfreadamente tipo marionete. Segundo apurámos, a dita moça ouvia no rádio... "Ande para a frente... siga pela direita. Pare. Estacione. Agora arranque devagar. Faça inversão de marcha. "
Tipo burro com uma cenoura à frente, o raio da moça cumpria aquilo que ouvia no rádio, sem por em questão que a sua função era limpar e não conduzir um carrinho de limpeza.

Ainda me perguntam porque é que eu perco a paciência... Ora, fónix! Estou rodeada de cromanhons.

Granda pinta!


Hoje foi uma joaninha. Dizem que dá sorte. Apareceu-me na porta do carro, quando ía a sair.
Peguei-lhe para contar as pintas, pois dizem que quanto mais pintas, mais sorte. Eram 6. Depois a bicha ficou a olhar para mim e não havia meio de ir à sua vida.

Acho que é na Holanda que dizem que quando uma joaninha passeia pela mão de uma solteira, lhe está a tirar as medidas para as luvas, para o casamento. Como está não passeou, ficou estática na minha mão, das duas uma, ou não levo luvas, ou não me caso.
Já que estava difícil a bicha largar-me, pousei-a no tejadilho do carro, com cuidadinho. Ando muito chegada aos bichos. O que é bom. Comparados com alguns seres que por aí andam, são de muito mais confiança, os bicharocos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

13 minutos

Foi o tempo que a minha nina demorou a adormecer hoje.

Um mimo ao colo, depois mimo a que ela chama "mimo de conversa" em que o tema foi a piscina e para quando lá vamos (Julho para ela é muito longe).

Depois mais um beijo e uma história.

Queres que cante?

"Sim."

E saem do meu amplo repertório, o saudoso Vitinho, o mais que velho João Pestana, os Patinhos reinventados em canção para dormir e...

"Canta a da pulga."

Hã? Pulga? Qual pulga? O Atirei o pau ao gato?

"Não! Aquela que está sentada e morde-lhe o pé!"

Ou seja, a segunda parte do "Atirei o pau ao gato" (mas não lhe digam, porque ela acha que é a da pulga, ok?).

Mais um ajeite de almofada e um "não me tapes agora, que está calor. Só quando eu estiver a dormir".

E por fim, vejo-a serenar e adormecer tal e qual como eu: barriga para baixo, uma perna esticada e a outra flectida. Foram os melhores 13 minutos do dia.