Cinco anos! Passaram depressa ou nem por isso.
Falo tantas vezes contigo que se contasse a alguém, pensariam que sou louca.
Com frequência, quando aparentemente falo sozinha, estou a falar contigo. Conto-te os percalços, os tropeções, os avanços e as vitórias… à espera que me digas o que fazer a seguir! Disseram-me há uns meses que tentas dizer-me o que fazer, mas que eu não capto, não estou atenta! Malta ligada a esoterismos, vidas passadas e reencarnações.
Céptica e desconfiada como sempre fui, acho que se quisesses mesmo falar comigo conseguias. Se é que isso é possível.
Além da falta atroz que me fazes no global, em particular sinto falta da pessoa que tinha sempre uma resposta na ponta da língua. Para tudo. E quando não sabia, o que raramente acontecia, não descansava até descobrir.
Mas, hoje de manhã, dei por mim a sorrir… pensei: “Porra, se consegui passar 5 anos sem ti, sou capaz de tudo!” Não que sinta menos falta, que doa menos ou seja mais fácil. Simplesmente, aprendi a viver sem ti. Sem os teus conselhos, sem o teu amparo, sem as palmadinhas nas costas ou os sermões. Li num sitio qualquer que a vida é feita de “nãos” e que aquilo que somos é o que aprendemos com esses “nãos”.
Devagar, mais devagar do que seria suposto e a muito custo, tenho tomado consciência que nem tudo é como eu quero. O facto de me terem escarrapachado alguns NÃOS na tromba, tem ajudado.
Estou aqui, viva e de boa saúde: sobrevivi.
E logo pela manhã ouvi “Alive and kicking”… e é isso mesmo!
3 comentários:
Bonito...:)
***ac
Chorei ...
Lágrimas de anónimos não me comovem
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