Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Pagar a conta

Ora vamos lá fechar este capítulo, virar a página da história e… seguir em frente.

Até porque há duas noites tive um sonho estranho contigo. Não te conhecia, mas dirigia-me a ti e perguntava alguma coisa... e tu esticavas o braço e indicavas-me o caminho. Seguir em frente!

Já estou a ver a tua cara… “Mas tu tens de escrever sobre tudo?” Não, mas sobre isto tenho mesmo que escrever!

Mais tarde ou mais cedo, não me livraria de conhecer o G, essa personagem tão sui generis. Outros houve que só mesmo tu para me fazer chegar a eles… E, convenhamos, todos eles foram peças dignas de registo.

Respiro fundo… lembro-me da força (talvez por isso me vesti de branco hoje de manhã... mas devia ser Verão! Esta música não é intemporal)

Não que eu não soubesse, mas contigo constatei que realmente há gostos para tudo e há coisas que realmente é inglório discutir. Como música alternativa (muito alternativa) e comida extremamente picante (super, hiper, mega picante). E que chá de coca é bom e não dá pedra nenhuma!

É sempre bom saber que é possível conversar com um homem durante 45 minutos e entender o que ele diz. O mesmo não se pode dizer em relação ao homem! Não por falta de inteligência, mas porque simplesmente a mulher não foi feita para ser compreendida…

Confesso, sou uma peste, desconcertante, impulsiva, com emoções que parecem montanhas e palavras que saem da minha boca antes que eu dê ordem ao cérebro para pensar sobre o assunto. E sim, se eu quiser posso dizer "SIM" e "NÃO" ao mesmo tempo. Pode haver é quem não o aceite.

Fui eu quem virou as páginas na pressa de chegar até nós

Há dias alguém se referiu a ti como “essa personagem bem real dos pesadelos de quem a conhece”… E eu que não tinha pesadelos há tanto tempo.

No alto da minha auto-estima, por estes dias em ascendência galopante, faço aqui uma jura a mim própria (escrito, tem realmente um peso brutal) NUNCA MAIS MUDAR UM CENTÍMETRO!

Contestatária, teimosa (na escala do casmurra) insistente, persistente, mais uma dúzia de adjectivos acabados em “ente” (todos negativos) e uma mão cheia de ingenuidade, que com esta idade ainda teima em acompanhar-me.
O próximo que me disser "gosto de ti" há-de levar pontapés na boca até mudar de ideias! (Estou obviamente a brincar... se há coisa que eu não sou é violenta!)
Mas quem quer, quer! Quem não quer, siga! Que a vida está difícil para todos. Mas um gajo engraçado a chamar-me “boa” atenua as dificuldades… Oh se atenua!

O corte de cabelo ajudou. Entre isso e o botox ou o silicone, acho que escolhi bem. Até porque para estes últimos não havia orçamento. Ainda bem que me cruzei com o G, que me fez o favor de arrancar dois cabelos que tinham ficado mal cortados. “Estavam espetados!!!” disse ele... E tunga, não foi de modos e arrancou-os a sangue frio. Doeu, mas há coisas que doem mais.

Eu sei que nada mais pode me ajudar

Revejo tudo o que se disse, tudo o que se fez… É f*d*d* ter boa memória!
Não está fácil e tenho a sensação que não vai ficar melhor nos próximos dias. Muito antes pelo contrário.
Não tenho medo de dizer o que sinto, nunca tive! Nem tenho vergonha de assumir, mesmo agora, que te adoro. Apesar de conseguires ser egoísta, malcriado, inconveniente, insensível… Mas tens coisas boas e eu tive o prazer de descobrir algumas!

Não posso fazer mais nada. Ainda dói, mas vai deixar de doer. Ainda gosto, mas vou deixar de gostar.
Resta-me apenas uma razão: um dia vou ser eu e um homem como eu, como tu não foste.

Lembrei-me agora de uma coisa… há umas semanas atrás comecei a fazer-te uma tela. Desenhei, entre outras coisas, uma borboleta e um rabanete, o símbolo do teu clube de futebol e um gato pouco fedorento… e à volta de tudo isso ia escrever os nomes das tuas bandas favoritas. Até que parei para pensar: “Se fosse ele a fazer-me uma tela, o que iria ele pôr?” E assustei-me quando percebi que a resposta seria “Nada! Não saberia o que lá pôr.” E parei de fazer de a tela.

Não vou pagar a conta em raiva! Vou antes pagá-la em orações sinceras ao meu Deus, todas as noites… para que te ilumine os passos, hoje e sempre.

Acabaste por não me levar ao Lux, mas pior, pior... o Audi! Porra, não durei até ao Audi!!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

"Quem é anónimo teu amigo é".... pensaste demasiado no AUDI!!!!!

Maria Feliz disse...

Deve ter sido! Tão bom ter amigos anónimos... por acaso não tens um Audi, não?