Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

De ombro ao peito

Raio do ombro que não pára de me doer. Ele é emplatros, ben-u-ron 1000 a toda a hora e o sacana sempre a doer!

E o pior é conduzir. A cada mudança que tento meter, ou reclama o ombro, ou reclama a caixa. E o travão de mão? Não me dá jeitinho nenhum puxá-lo com a mão esquerda. Vai daí, dói!

Enquanto me encolho a cada nova guinada, penso se não será melhor meter uns diazinhos de molho. Para ver se isto acalma. Não vem nada a calhar, mas porra... isto dói-me c'umó caraças!

Muitas das coisas que faço aqui, posso fazer em casa. E uns dias sem conduzir, íam na certa ajudar a por o ombro no sítio. Vou pensar no assunto.

Ah... e o cheirinho do emplastro. Pastilha Gorila de menta. Juro! É que é tal e qual.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Com jeitinho

Já o convenci a gastar 16 mil em segurança. Agora vão mais 20 mil em publicidade. Vai ter de ser com muito jeitinho.
Por isso o vestido, o rimel e o batôn novo. Não que seja o mais importante. Mas nunca vi nenhuma gaja mal enjorcada a convencer um inglês a gastar 20 mil Euros. Ok... em pensamentos mais sórdidos, e estando o inglês bem bebido, é possível.
Agora, se lhe vou apresentar um plano de marketing, todo catita, com empresas todas xpto, animações supimpas e mais trinta por uma linha, convém que esteja bem arranjadinha. Composta, para condizer com o pacote, não?
Ou seja, já que vai ter que os gastar, ou menos que os gaste contente e animado. Nunca se sabe se para o mês que vem lhe estou a pedir mais 30 mil para outra coisa qualquer. Vou-lhe ao bolso, mas quero-o sempre satisfeito!
E diz o meu chefe que ele está satisfeito com a nossa empresa porque eu o cativei. Pudera! Há lá gaja mais simpática, solícita e profissional que eu? É só quando quero, eu sei... mas o tipo é um big fish e esses não andam por aí todos os dias a dar sopa! Quero-o feliz e contente, a gastar massa com o quero fazer. E é tão giro gastar o dinheiro dos outros!

Está cientificamente provado

Que quanto mais uma gaja nos olha com raiva, mais giras estamos. Se não está provado cientificamente, deveria estar! É limpinho como água.


Se tenho dúvidas que a farpela me assenta bem, basta cruzar-me com duas ou três mais afoitas, daquelas que olham de cima a baixo e rangem os dentes, deixando um bocadinho de espuma no canto da boca, tal é o ódio.


Aprendi isto há uns anos. Num dia de almoço de Natal da empresa, com os bigs todos, cheguei cedo ao escritório, bem vestida, bem maquilhada, cheirosa e com bom ar. Quando uma das engenheiras chegou, já perto das 11h, toda amarrotada e com ar de quem tinha saído de uma luta na lama... olhou-me de cima a baixo e saíu-se com um irritado "Não estavas a juntar dinheiro para casar?" como comentário rasca à minha roupa nova.


A partir daí, entendi que por muito que eu tenha bom ar e seja profiossional, não tenho "amigas" no meu local de trabalho. Ninguém me vai dizer que o bronze está altamente, que o vestido me caí bem ou que o corte de cabelo está divino. Ah... a não ser que sejam gajas tão ou mais giras que eu, donas de uma auto-estima inabalável e, acima de tudo, muito bem resolvidas.


Tudo isto para dizer que hoje estou de arrasar! E os olhares logo, na sede, vão ser tipo setas. Sim, o vestido fica-me lindamente. Realça o meu tom de pele. Talvez o único a dizê-lo seja o John. Mas os olhares delas apenas irão comprová-lo. De cima a baixo, com os olhos semi-fechados, de esguelha... e até a espuma no cantinho da boca vão ter. Ninguém vai dizê-lo. Mas eu sei-o. Está cientificamente provado!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

À carga!!!

Estou imparável! Já mandei mails para o Santana, para o Portas e para o Louçã. Ah... e para o Ruben também. Alguém me há-de ouvir, nem que lhes inunde as caixas com correio. Estou cansada de dançar conforme a música! Estou farta de pagar 350€/mês por uma casa que não tenho (e isto já há mais de 2 anos e meio!)...
Vai daí e como os vizinhos devem andar cansados, a vegetar e à espera que a solução caía do céu, fiz-me à estrada, solitária, mas determinada! Não quero saber se o Costa se chateia! Se o Salgado se indispõe! Quero mais é que eles se vão lixar todos, se não me resolvem o caldinho!
E independentemente da cor, seja vermelho, rosa, laranja ou azul, o querido que resolver este filme, para mim será um herói! E voto nele. Certinho e direitinho. Eu que tenha a porra da escritura marcada e a ver se não voto!
Agora, só me calam quando eu estiver instalada no meu terraço, a gozar o vistaço que a minha casa tem! Ah, pois é! Aguentem-se, que eu vou à carga!

Levanta a cabeça, pá!

Sim, que isto de olhar para o chão, não está com nada!

Porque é que o raio do gato à porta do McDonlad's tinha de ser amarelo? E eu tinha de olhar para ele? O sacana olhou para mim, altivo, como quem me diz "Olha lá para minha coleira!"... E eu, que sou bem mandada e gosto de obedecer a gatos, lá olhei. Bem feita. O filha da p*** do gato tinha uma chapa com o nome gravado, em letras garrafais "HÉLDER". Pois.
E lá andou, a passear-se por perto, com uma confiança que não é normal os gatos darem a desconhecidos... e assim ficou grande parte do nosso almoço. Até que a menina do Mc lhe consegui ver o verso da chapinha e sacar o nº de telefone do dono, que rapidamente apareceu para levar o Hélder para casa.
Depois, lembro do que ele me diz "As coisas boas! Pensa nas coisas boas!". E faço por isso. Já que me estão sempre a lembrar que são tantas... Esqueço o Hélder perdido, a dor no ombro, a falta que me faz o meu pai, a minha casa que tarda, e os desgostos acumulados. E lembro-me que o Hélder encontrou dono, o ombro há-de sarar, o meu pai está sempre comigo e a casa está quase aí a rebentar!
E a Raquel quis furar as orelhas e eu fiz-lhe a vontade. Ficou tão feliz. E tão linda, com uma margarida pequenina em cada orelha!
A somar, tenho dois sobrinhos lindos. Um irmão e uma cunhada que se divertem a infernizar-me o juízo, e uma mãe me que atura e apara os golpes todos.
Mais do que isso, só me falta mesmo levantar a cabeça.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mexer na ferida

Passados 7 anos é preciso levantar tudo. Abrir caixão, lavar ossos e tratar de os meter noutro sítio. Que coisa mais macabra e sádica! Mas é assim mesmo.
Ainda fiz o coveiro remexer tudo, à procura do alfinete do Belenenses que ele levava na lapela... Mas qual quê. O casaco, desfeito. Nem consegui perceber onde estava a lapela, quanto mais o alfinete. A gravata estava intacta. Era muito bonita aquela gravata. E ainda lá meti as mãos, mesmo com os protestos da minha Mãe e da minha cunhada. Qual é o mal? Já não se pega nada...
Deu trabalho enfiar a ossadada junto com a do meu irmão. Estavamos a ver que os fémures não cabiam (o meu pai tinha mais de 1,80m). Mas com jeitinho, lá coube tudo. O coveiro era um querido, sempre a perguntar à minha Mãe se era assim que queria. Tudo muito bem arrumadinho. E lá ficaram, pai e filho juntos.
Acho que não tem jeito nenhum esta coisa de levantar campas. Andarem com ossos de um lado para o outro, e tira e põe, e lava e seca, e vai à estufa para secar mais um bocadinho... irra, que tormento. Tudo isto enquanto a família ou espera, ou assiste. E tudo se revive, tudo vem de novo à tona.
Não foi fácil. Mas achei que iria ser mais difícil, confesso. E lembro-me do sorriso, que me dizem para ter mais vezes. E da Té ontem "Ele ía gostar de te ver é bem disposta!".

Os mortos devem estar é sossegados e em paz. Os meus agora estão. Nunca mais lhes mexem. Falta só mudar a lápide, que agora em vez de um, ficam lá dois. Depois disso, estarão tranquilos. E eu também. Bem mais tranquila.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Páia com a Tia Flóla

Esta nina é uma riqueza! Fomos para a praia no Domingo e foi fartar de rir com ela. Á beirinha, de baldes e pás em punho, pediu-me água e e eu toca de lhe encher o balde. E aí vai ela de boca aberta, lançada ao balde! A naba fui eu, certo?

Olhava para mim cheia de ternura e dizia "Tia Flóla!" e eu respondia "Sim, meu amor?" e ela continuava a olhar para mim e a rir-se. Era só para confirmar que era eu! E fazia o mesmo com a "Raquéli".

Faz 2 anos no dia 2 de Setembro. Diz Mummy em vez de Mamã. Diz chibáááá, que ninguém faz a mais pálida ideia do que seja. Se ralham com ela, arma o burro, olha de lado e sai-se com um "Bolas!" agastado ou então um "Deixa a miúda!". E quando lhe perguntam o que é que a mãe é, pespega-nos com um "estaodináia"! Agora tem brincos e não se cala "Óia binco! Nã dói!". De babar.
A mãe, a minha Élita do coração, é das coisas mais pirosas, babadas e peneirentas com esta princesa. Pudera! Tem razões de sobra. E só ela sabe o que passou para a ter. Antes e depois.

E eu... eu sou só uma tia orgulhosa e lamechas com esta pirralhita.

terça-feira, 21 de julho de 2009

& Baldrocas

Pareço mais uma Maria Tola que uma Maria Feliz. A 26 de Janeiro, isto. E agora, toca lá de trocar outra vez, porque afinal quem anda mais és tu (eu)!
Bom, do mal o menos, mais um mês e tenho um carro novinho em folha. Digo eu... que eles estão na fase de ver preços e, da maneira como as coisas andam, ainda me calha mas é uma lambreta.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Anda cá, que tenho uma coisa para ti"

A gente quando ouve isto, acha sempre que é alguma coisa de bom.
Enganei-me!
380 máscaras?! Ensandeceu tudo enquanto eu estive fora? O que é que eu perdi?!
Para já, escondi-as! É que anda por aqui muita gente e se se aprecebem que eu tenho 380 máscaras no meu escritório de 4m por 4m... entra tudo em paranóia.
Será que isto tem saída no mercado negro?

O regresso

Do trabalho, até posso dizer que sentia saudades. Tenho imensas coisas novas para fazer, algumas bem interessantes. Agora, do que eu não tinha saudades nenhumas era da gentinha triste.
Chega uma tipa toda morenaça, bem disposta, com um sorriso de orelha a orelha e no meio de 20 infelizes, só duas alminhas é que me perguntam como correram as férias?! Eu bem as vi a mirar o vestido e o bronze, e a olhar de esguelha para o meu relógio novo. Gajas!
Custava perguntar "Então as férias foram boas?"... Hum? Mesmo que não fosse por curiosidade, por educação? Que ar de enfado e tristeza. Cada vez me conveço mais que incomodo muita gente.
E diz-me um amigo quando me queixo: "Faz uma cara linda e feliz!". Foi o que eu fiz. Se calhar o mal é esse. Se entrasse de olheiras até ao umbigo, mal enjorcada e pálida, ficariam mais felizes? Talvez... porque assim pareceria-me mais com eles. Que pobreza de espírito.
Depois de sair de lá, fiquei neura durante uns minutos. Segui para o meu buraco (como eu chamo ao meu escritório) pus a música bem alto, fiz uns telefonemas e passou-me. Não há paciência para infelizes. Daqueles que o são só porque sim.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As férias! Ai, as FÉRIAS!!!!

Bom... apesar do humor de cão, cá vão as novidades. Humor de cão, porquê? Ora... porque se acabaram as férias (FANTÁSTICAS, aliás) porque vou trabalhar 2ª feira e porque devo ser das poucas pessoas que consegue queimar o... couro cabeludo. Bem, queimar não, escalpar mesmo! Tenho-o ás risquinhas. Mas já lá vamos.
Comecemos pelo início.
Barcelona. Passados 12 anos. Muito bom. Calcorreámos o que foi possível. Metro para cima, metro para baixo. Mas consegui levá-las onde queria: Sagrada Família, Parc Güel, Ramblas e... Ciudad Condal.
Valeu a pena. Foi um dia grande, enorme.

Almoçámos às 3h da tarde, à espanhola, no Ciudad Condal. Dizem que é o nome antigo da cidade.

"Los mejores montaditos y cervezas de la ciudad"

E vieram os montaditos de solomillo, de jámon, de tortilha de batata, de bacalhau... e as claras (tipo panachés) e os gordos (azeitonas verdes... das gordas) e as bravas (batatas coradas) e muito pão com tomate. E, obviamente, repetimos! Mas não conseguimos ir às sobremesas. Mas lembro-me que o creme catalã (tipo o nosso leite creme) era divino e haviam uns profiteroles de babar. É sempre um motivo para ir lá outra vez!

Engraçado... este restaurante abriu no ano em que lá estive pela primeira vez, 1997. E diz a minha Mãe " Como é que te lembravas do nome da rua?" Não lembrava! Mas sabia onde ficava e nada como a net para ajudar.

Depois, Platja d'Aro revelou-se melhor que a encomenda. O hotel era muito agradável, apesar de parecer uma estância familiar. Mães e pais rodeados de filhotes. E mais nada! Tudo casado e pais de filhos.

Piscina enorme. Descer umas escadas e... praia fantástica, com uma água do mais transparente que pode haver. Só achei um senão: a areia. Não era areia. Eram pedrinhas pequeninas que faziam doer os pézitos e não me deixaram caminhar à beira mar. Todas as belas têm um senão, certo? Nada de muito mau.

Animação q.b. para os mais novos. A pequena fartou-se de cantar e dançar. E mais uns entreténs para os graúdos, sendo que o espectáculo de flamenco na última noite foi do melhor.

A comida era boa, o quarto agradável. Cama óptima, apesar da Raquel pontapear quem estivesse num raio de 2 metros. E abençoados tampões de silicone que comprei na farmácia. É que há alguém na família que ressona. Só um bocadinho.

Voltando ao início. A pequena quis trancinhas. E a mãe da pequena também quis. A pequena andava de chapéu o tempo todo. A mãe da pequena, não. A pequena não quer tirar as tranças. A mãe da pequena tirou-as, porque achava que eram as tranças que estavam a fazer comichão. Mas não.

A cominhão vem do escaldão que a mãe da pequena (eu, porra!) apanhou no cocuruto! Moral da história: tenho o couro cabeludo às riscas. E a incomodar-me que é uma coisa estúpida.
Ainda pensei em after sun, mas prezo o (pouco) cabelo que tenho. Vai daí, fui ao frasco do pó talco e estou grilhasalha. Mas com menos cócegas.

Férias muito boas. Muito boas, mesmo!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Chegou!

O meu livro! Enorme, com gralhas (como eu). Lindo de morrer! Um orgulho. E já sei de quem o comprou:-)

E como acho que ando numa boa maré... uma dica: Prémio Literário Fnac/Teorema 2009. Quem não arrisca...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Soube a pato!

De vez em quando, costumo dizer para mim mesma que devo ser boa rapariguinha. Ou não me caíriam no colo estas coisas...
Ao telefone:
:: Tudo bem?
Não. Estou com um braço ao peito!
:: Hum... então se calhar não queres aquilo que tenho para ti...
Nunca se sabe. What?
:: Bilhetes para a Kylie Minogue, logo, no Pavilhão Atlântico!
Ena, ena... eu só tenho um braço ao peito e com tanta droga, já nem me dói!!!
E lá fomos. Será que alguém faz ideia do género de fãs que a moça tem?! Bom, eu não fazia! Parece que a menina é um autêntico icone da malta que a adora! Divertimo-nos imenso com o espectáculo no palco (e fora dele!!!).
E acabo de ler no jornal que o Ronaldo também lá esteve... Fã, fã, ele é do Ricky Martin, mas há falta de outra coisa, lá foi. Pois. Eu também não sou doidinha pela Kylie, mas assim.... até soube muito bem!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quieta? Eu?!

Grande porra!! Ah não... o nome da coisa é "tendinite biciptal".

E pergunto eu ao senhor doutor:

- Vou ter de imobilizar o braço?

Depende. Consegue ficar quieta?

Ora... vê-se mesmo que é homem. E que não me conhece!

Posto isto, vou ali amarrar o bracinho direito ao corpo, para ver se não estrago o resto das férias.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Inho

Para acalmar o meu estômago e como as opções não são muitas, hoje fui por um almoço leve. Uma sandes de carne assada e uma sopinha de agrião.

Até estava de comer um frago no churrasco, mas há coisas que, mesmo que o estômago aguente, a alma já não tem paciência. É que sempre que peço um menu Cascais, o tipo dispara:

- Perninha ou peitinho?

Perna.

- E o acompanhamentozinho?

Por mais rápida que eu tente ser... ele avança sempre:

- Batatinha, arrozinho e saladinha?

Arroz e salada, por favor.

- Xiiiii... acabou o tomatinho, vai ter de ser só alfacezinha, 'tá?

Tá.

- E a bebidnha?

Água.

- Natural ou geladinha?

Natural.

- Vai querer pãozinho? E uma sobremesazinha?

Não.

- A saladinha está sem salzinho. Aqui tem o seu talherzinho.


... Deus me livre e guarde de tanto diminutivo! Safa!

Dia de andar

Hoje devia ser dia. Mas acho (tenho quase a certeza) de que não vai ser.

Devia ser dia de levantar a cabeça. Dia de andar em vez de gatinhar. Dia de me levantar, virar a cara para a frente e seguir o meu caminho.

Não sei bem porquê, acordei com a sensação de que nada disso vai acontecer. Tenho de me mentalizar de que o vou ter de fazer sozinha. Por mim. Só eu. Disseste que ajudavas, mas há muito que deveria saber que não posso mais contar contigo. Para nada. Quanto mais me dizes que é para tudo, mais eu sei que será para nada.

Depois de tantos meses a apanhar cacos, a colá-los com saliva e a tentar disfarçar o negro, não sei mais se me consigo manter fiél. Ao que fui e ao que senti.

Sinto demasiada falta das minhas gargalhadas, das minhas piadas secas e do meu ar descontraído e bem disposto. Demasiada falta de mim. Do que eu era antes de me teres partido o que te dei.

Não devia ter sido assim. Não foi assim que eu escrevi. Tive de apagar muita coisa, reescrever muitas páginas da minha história. Simplesmente porque o que era um dia, deixou de o ser no dia seguinte.

Sei que sou maior que tudo isto. Sei que mereço mais do que me ficou reservado por um dia cruel. Sei que não és melhor do que eu. Sei que és apenas e só tão humano quanto eu. Cheio de defeitos e erros, apenas diferentes dos meus.

Não devias tê-lo dito, se não pretendias fazê-lo. Sei que agora só eu me posso ajudar.

Ai o caracol!

A dois dias de iniciar as férias, estou, como se diz na gíria "toda fanadinha"!

Já não me bastava a meretriz da sinusite, os abusos do fim-de-semana estão a pesar-me e estou... como dizê-lo... abalada? Estragada? Hum... de ressaca talvez seja o melhor termo.
Mas também... que dizer aos arraiais de 6ª? Aos caracóis e panachés, sardinhas e chouriço assado? E mais carapaus, sardinhas e outros tantos panachés no sabádo? E mais a punh... salada, salada de bacalhau (se a Mummy diz que é salada, não sou eu que vou dizer que é punheta, ok?) no Domingo? Acabámos de almoçar quase às 4h da tarde e às 6h já andava outra vez nos caracóis... Pois! Era meia-noite e o meu estômago ainda reclamava, depois de duas águas das pedras.
E hoje... o raio da sinusite! Parece que levei nas trombas.
Melhores dias virão... mas não me falem em carácóis tão cedo, ok? Lá para a tarde já fico bem, e amanhã já vamos outra vez!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ainda o livro

Os amigos reclamam que não foram avisados. Óh amores, nem vocês, nem eu!
Fiz tudo num dia. 1,2,3... já está. E assim que ficou terminado, foram todos notificados por email.

Agora... parem de me pedir o pdf do livro! É que senão, não vendo nenhum, porra.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Já está à venda!


Isto sim, é inacreditável!
O meu livro.
A minha percentagem não é grande, mas é meu! E está publicado. Nem acredito.
Vá malta. 'Bora lá comprar, ok?
Agradecida.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

E dizem eles

Cortei o cabelo curto:

:: Aliás, tu podes rapar a pente zero que não te belisca a beleza.

:: Cute & wild.

E ainda não me viram!

Fotos? Uma tarde destas, se não chover...

Di-vi-sões


Porque é que a malta não se aguenta casada? Porque é que não há quem consiga manter um casamento?

De toda a gente que conheço, apenas 4 casais mantêm um casamento aparentemente saudável. Como é que caduca um projecto assim? Como é que se desiste de uma família? Como é que se afunda tudo e siga a banda? Como é que se dividem Natais, aniversários, férias e fins-de-semana? Mais a divisão de despesas, as pensões e as facturas do pediatra? Quem compra a touca para a piscina? Quem paga o baptizado? Quem escolhe os padrinhos?

Só hoje soube de mais dois divórcios. Logo de manhã, assim de rajada! Porquê? Acabou-se o amor? Ou terá acabado a pouca paciência? Ou o egoísmo será maior que o companheirismo e a vontade de dar passeios ao Domingo? Quem sou eu para os julgar? Logo eu que nunca casei...

Todos queremos o que não temos. Eu que nunca casei, gostava de o fazer. Saber como é. Ter mais crianças, ter uma sogra (boa ou má, não interessa, gostava de ter uma!), um marido no sofá, uma companhia que me aquecesse os pés no Inverno e me levasse de férias no Verão.

Os casados querem ser solteiros. Ser livres, não dar satisfações, não dividir responsabilidades, nem dores de cabeça... Não aturar a mesma pessoa durante anos, não aturar a família dela, nem as manias e os defeitos. Mas porra, é preciso fazer com um ordenado o que se fazia com dois! É só fazer as contas e o resultado dever ser um cinto muito mais apertado...

E no meio de tudo isso, há filhos, dos dois. Elos que vão manter para sempre. Que de um dia para o outro, tomam consciência que os pais já não são namorados. Na melhor das hipóteses serão amigos. Na pior, inimigos que os usam como armas de arremesso...

Penso nos filhos de amores findos que conheço. Um xi muito, muito grande para eles: Margarida e Tomás, Alexandre e Miguel, Bernardo e Filipa, Diogo, Beatriz, Rafael, Leonor e Gonçalo, Madalena, Joana e Catarina, Maria, Afonso, João Maria, Miguel, Diogo e Cátia, Tomás. E estou triste.

domingo, 21 de junho de 2009

Good Sunday

Dia fantástico prestes a terminar.

Levantámos cedinho e chegámos à praia antes das 9h. No meio metro quadrado que me calhou, ainda houve um que teve a lata de refilar com o meu abrigo cor de laranja. "Estas cenas deviam ficar lá atrás!" saiu-lhe enquanto eu montava o abrigo.

Esteve quase a sair-me um "E os inergúmenos deviam ficar em casa!" mas eu ao Domingo, por norma, sou uma tipinha zen. Nada me tira do sério. É impressionante. Nem pareço eu!
E lá me mantive, no meu meio metro quadrado. De chapéu de sol, abrigo, três toalhas, uma data de brinquedos, geleira e saco de palha. O tal tipo, como Deus é grande e não dorme, levou com uma família típica, daquelas com 3 crianças altamente problemáticas (que por muito que se grite atiram sempre areia a alguém) geleiras enormes, 4 chapéus de sol descomunais e uma tipa gorda de voz estridente. Claro, bem em cima dele!
Depois... um banhinho de água doce e os caracóis no sítio do costume. Acabámos a tarde na feirinha de artesanato, nos jardins de Belém. Como o calor era muito, uma água fresquinha nos Pastéis e dois dos ditos para manter o meu peso.
E pronto. Foi um domingo supimpa.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Coisinhas

:: Na 4ª feira lesionei-me na aeróbica. No pé direito. E doeu, porra! A culpa foi da Cláu, que teve a brilhante ideia de fazermos o esquema com perneiras de kilo em cada perna. Ao chutar com o pé direito ouvi o tendão a dizer que aquilo não era boa ideia. E queixou-se! Mas já estou melhor. Passei a noite com gelo e a coisa agora está compostinha.

:: Ainda no mesmo dia, descubro que uma obra que devia estar pronta na próxima 2ª feira, vai atrasar porque o sacana do engenheiro se enganou a indicar o cano onde ligavam a água. E em vez de ligarem na canalização normal, ligaram no cano das bocas de incêndio. Para ajudar à festa, o cano certo está na outra ponta. Porreiro, pá!

:: Também na 4ª feira (foi um bom dia) constatei que um dos meus meninos se está a afundar. É o que dá construir em cima de lixeiras. O terreno cedeu e os alicerces estão literalmente a afundar-se. Consequência: buracos de um piso para outro, vidros a partir, juntas de dilatação com 4 de dedos de largura... enfim! O que vale é que o dono daquilo é uma pessoa bastante pragmática e saiu-se com uma solução fantástica: vamos processar os advogados que o aconselharam a comprar o imóvel.

:: Hoje chego ao escritório e a chave nada. Como o trinco é junto ao chão, estive uns bons 10 minutos de rabo para ao ar, até o segurança me vir dizer que a porta estava avariada. Acho que o tipo esteve a gozar o prato um bocadinho e depois é que me veio avisar! Maravilha. Não posso entrar no gabinete. Toca de chamar a manutenção e toca de cerrar as trancas. Contas feitas, uma hora de trabalho perdida.

Ainda bem que é 6ª feira!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Maio 1971 /Maio 2009

Parece incrível, mas é verdade. Eu conhecia um casal que viajava no fatídico voo da Air France.

Romel, dentista, brasileiro, de 38 (feitos no dia do acidente - viajava para comemorar o aniversário em família, no Rio de Janeiro) e a sua mulher Isis, seguiam no voo ...

Ele era primo de uma grande amiga minha e quando ela me contou, fiquei triste por ela, lembrava-me do nome dele, mas disse-lhe que nunca o tinha conhecido.
Ela corrigiu-me: conhecemo-nos no casamento dela, há coisa de dois anos no Luxembrurgo. Ficaram na minha mesa no copo d'água e conversámos um bocado. Lembro-me bem, eles eram uns queridos. Na altura, eles ainda não eram casados, mas eram um daqueles casais que dá gosto olhar. Jovens, lindos, divertidos, educados, bem sucedidos, com um brilho nos olhos de quem tem a vida toda pela frente.

Afinal não tinham. E é uma pena. O livro de condolências que criaram na net já tem 101 entradas. São duas vidas (entre todas as outras) que ficaram a menos de meio... e com tudo para serem repletas de sucessos.

É por isto que eu choro...

A empresa de limpeza que trabalha aqui no charco, deu rádios às chefes de equipa. Parece que os ditos eram tão bons, que apanhavam a frequência de uma escola de condução que faz exercícios aqui à volta.

A cena só se descobriu quando o segurança na Central de Controlo deu por uma das encarregadas a andar desenfreadamente tipo marionete. Segundo apurámos, a dita moça ouvia no rádio... "Ande para a frente... siga pela direita. Pare. Estacione. Agora arranque devagar. Faça inversão de marcha. "
Tipo burro com uma cenoura à frente, o raio da moça cumpria aquilo que ouvia no rádio, sem por em questão que a sua função era limpar e não conduzir um carrinho de limpeza.

Ainda me perguntam porque é que eu perco a paciência... Ora, fónix! Estou rodeada de cromanhons.

Granda pinta!


Hoje foi uma joaninha. Dizem que dá sorte. Apareceu-me na porta do carro, quando ía a sair.
Peguei-lhe para contar as pintas, pois dizem que quanto mais pintas, mais sorte. Eram 6. Depois a bicha ficou a olhar para mim e não havia meio de ir à sua vida.

Acho que é na Holanda que dizem que quando uma joaninha passeia pela mão de uma solteira, lhe está a tirar as medidas para as luvas, para o casamento. Como está não passeou, ficou estática na minha mão, das duas uma, ou não levo luvas, ou não me caso.
Já que estava difícil a bicha largar-me, pousei-a no tejadilho do carro, com cuidadinho. Ando muito chegada aos bichos. O que é bom. Comparados com alguns seres que por aí andam, são de muito mais confiança, os bicharocos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

13 minutos

Foi o tempo que a minha nina demorou a adormecer hoje.

Um mimo ao colo, depois mimo a que ela chama "mimo de conversa" em que o tema foi a piscina e para quando lá vamos (Julho para ela é muito longe).

Depois mais um beijo e uma história.

Queres que cante?

"Sim."

E saem do meu amplo repertório, o saudoso Vitinho, o mais que velho João Pestana, os Patinhos reinventados em canção para dormir e...

"Canta a da pulga."

Hã? Pulga? Qual pulga? O Atirei o pau ao gato?

"Não! Aquela que está sentada e morde-lhe o pé!"

Ou seja, a segunda parte do "Atirei o pau ao gato" (mas não lhe digam, porque ela acha que é a da pulga, ok?).

Mais um ajeite de almofada e um "não me tapes agora, que está calor. Só quando eu estiver a dormir".

E por fim, vejo-a serenar e adormecer tal e qual como eu: barriga para baixo, uma perna esticada e a outra flectida. Foram os melhores 13 minutos do dia.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Lá terá de ser

Amanhã é dia de me fecharem numa sala com mais uns 10 do mesmo cargo e os bigs todos. Insistem em fazer isto de 3 em 3 meses. Da última aprendi umas coisas bem interessantes... vamos ver desta.

Até 4ª feira, portanto.

Olha o bicharoco!

Começámos o dia com um destes. A correr pela rua acima, numa bisga desmensurada! Lindo. De um castanho vivo, quase vermelho. É engraçado ver um bicho destes em plena cidade. Faz-me gostar ainda mais do sítio onde vivo.

Quanto ao significado do bicho... muito haveria para dizer!


Foto: environment to all, no flickr



No Xamanismo o esquilo significa preparação, planeamento, adaptabilidade e conservação. O esquilo nos ensina a planear e a prepararmo-nos para o futuro. Não use todas as suas reservas. Devemos sempre guardar alguma coisa para nos servir em tempos ruins. Prepare-se também para as mudanças periódicas. Entretanto, se você estiver acumulando coisas, livre-se delas. Faça um inventário. Procure saber onde você está gastando. Pode ser uma boa hora para se afastar um pouco de todos.
O esquilo não só nos ajuda a nos livrarmos de objectos físicos desnecessários como também de crenças negativas que minam a nossa confiança no amor e abundância.

Fonte: diccionário de símbolos

domingo, 14 de junho de 2009

Foi uma semana festeira

Dizem que ao Domingo se deve descansar. Mas eu tenho os reports para entregar até amanhã.

Depois de um levantamento precoce de tenda, duas festas de aniversário (uma delas em versão pic-nic) e uma ida ao oceanário... precisava mais de descanso do que excel.

Mas enfim. Haverá, com certeza, coisas muitos piores.


O convívio fez-me bem. As conversas aliviam sempre o peso. Se partilharmos a carga com alguém, ela fica mais leve.
Tenho novidades a chegar de todo o lado. A Mafalda nasce nos finais de Setembro ou princípio de Outubro.


No Luxemburgo, vai haver um bebé para o ano. Ainda não se sabe de que género, mas já vem a caminho.


E ainda tenho um baptizado este mês. Há que arranjar forças para isto tudo. E tenho o excel à minha espera. O que tem de ser, tem muita força!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Até as minhas noites são uma festa

Tenho andado com pesadelos quase todas as noites. E isto já dura há mais de uma semana. São daqueles tão nítidos que parecem reais e às vezes até tenho dificuldade em acordar.

Como sou fã do senhor que interpretou os sonhos, pesquisei e descobri que as 3 coisas com que mais ando a sonhar querem dizer isto:

:: Este tipo de sonho vem através de um recurso simbólico que pode indicar uma vontade louca, da pessoa que sonha, de se livrar de um(a) rival ou de um superior (chefe). Com você mesmo(a) - herança. Com os outros - contrariedades. Se escapar - vencerá obstáculos De qualquer tipo - significa que algo em sua vida está para mudar de forma brusca e repentina, em assuntos financeiros, amorosos e de saúde. Tenha cautela.

:: Problemas que terá que resolver, tendo que tomar decisões dentro de você, para buscar a sua felicidade.

:: De modo geral sonhar com isto indica problemas financeiros na família, amizades traiçoeiras, intrigas e prejuízos nas empresas novas. Procure não fazer negócios nos próximos dias.
Ah bom... fiquei muito mais descansada!

Golden Blog

O Ralha, que é um querido, diz que o meu blog é de Ouro. Ai, ai... se fosse só o blog! Mas ele tem desconto, que ainda é novinho e só chegou agora.

Parece que as regras são as seguintes:

» Mostrar o prémio no blog (já 'tá)
» Colocar o link do blog que me premiou (humm.... isto cheira-me a publicidade gratuita!) - Trips & Stuffs
» Atribuir o prémio a 8 blogs que eu goste (8??? Vou ter de puxar pela mona...)
» Informar os bloguistas que foram premiados (Irra, que trabalheira!)
» Colocar as regras no blog (ok, ok...)

E já agora... The Oscar goes to:


Agora, sejam uns queridos e vão lá avisar, sim? É que eu hoje trabalho...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

E não é que...

... apareceu?!? O meu anel da sorte!
Desaparecido desde Fevereiro. O anel que foi da minha mãe e que eu passo a vida a perder. E que passa a vida a reaparecer. Desta vez foi a Raquel que o encontrou. Entrou no carro, pôs o cinto e disse "Mamã, está ali um anel!".
Eu nem queria acreditar. Por detrás do travão de mão há um compartimento que nunca uso. Não dá jeito. Olhei e ali estava o meu anel! Tenho de mandar limpar o carro mais vezes. Sabe Deus o que posso vir a encontar.
Fiquei tão feliz que me ri imenso, dei-lhe um xi, imensas beijocas e prometi-lhe um gelado. "Gosto tanto de te ver assim, quando fazes esse barulho a rir." disse-me ela.
Este anel é mesmo especial. Já disse à Raquel que um dia vai ser dela. E depois da filha dela. Ela ficou feliz. E já o pus no polegar e no indicador esquerdos. É onde gosto de o usar. Ora num dedo, ora no outro.
Por esta, não estava mesmo nada a espera!

Água mole em pedra dura

É das coisas que mais preciso na vida. Sem ela, fico seca. Adoeço. E é tão simples.

Água. Muita água. Se não bebo, as areias do rins ficam por lá e as infecções visitam-me periodicamente. Portanto, é simples: água. Muita água.
Sem gelo, sem gás, sem açúcar, sem limão, sem sabor. Natural. Pura. Não vale a pena inventar. Eu preciso dela simples. Sem qualquer tipo de aditivo. Então... para quê complicar?!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sina

Sábado à tarde, no parque de estacionamento da Decathlon, depois de uma festa de aniversário. Uma cigana, nem nova nem velha, aproxima-se do carro e...

"Eu não vou ofendê-la, nem insultá-la, mas queria procurar-lhe uma coisa." Acho que a palavra foi mesmo "procurar-lhe". Tinha a pele enrugada, não dos anos, mas do sol. Falava curvada, numa posição servil, como se me implorasse para a deixar falar.

"Diga" disparei, a achar que ela me ía pedir um cigarro, já que trazia um isqueiro azul na mão.

"Você não tem tido sorte! Não tem mesmo. Mas é porque alguém que a inveja muito não deixa. Não se preocupe, pois tem um futuro lindo à sua frente. Sabe... devia ir pedir a alguém para lhe ler a sina. Nunca leu, pois não?"

"Não."

"Há uma coisa que lhe vai acontecer, para a qual você devia estar preparada."

"Eu prefiro não saber."

"Pronto, vá à sua vidinha em paz e não se preocupe.
Senti que ela me disse aquilo porque precisava de o dizer. Como se tivesse necessidade disso. Não me pediu absolutamente nada. Apenas disse aquilo e desapareceu. Se o que ela disse se encaixa no perfil de muitos? Talvez... Não sei. Apenas sei que ela o disse a mim.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Daqui a um mês


É para aqui que eu e as minhas Marias vamos passar férias este ano.
Já estou em contagem decrescente! E não vale a pena perguntarem "Onde é?" que eu não me descoso. Elas não sabem e é surpresa!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Olhando para estas fotos consigo imaginar...


As caracoladas, as velas, os amigos todos, ao molho, ou um de cada vez...



As muitas, muitas, muitas, MUITAS fotografias nas paredes!


Os pequenos almoços, os lanches, os petiscos para os amigos.



A cama branca com outra cama de gavetão, para as amigas e para a Avó,
a colcha às riscas, a letra R pintada na parede, os peluches e as fotografias.



A minha cama com a cabeceira em ferro forjado, preto.


Eu sonho acordada com isto. O meu canto, o meu refúgio, o meu porto de abrigo.
Está quase. Está quase, quase!

Necessidades

Eu sei que vou parecer o meu Paizinho a falar, mas é por causa de gente desta que este país de merda não anda.
A senhora quer fazer xixi. E a casa de banho está fechada para limpeza. Na limpeza são usados desinfectantes, certo? Não entra ninguém durante a limpeza, certo? Certo!
Ora a senhora, como está muito à rasquinha, como a própria disse, não entende que não a deixem ir fazer xixi. Querem que eu faça pelas pernas abaixo, é? Eu? Eu quero é que você me desampare a loja, sua bestinha!
Óh minha gradecíssima labrega, mijasses em casa... a sério que me apeteceu! Mas não. Vai lá. Se estragares o fato de treino ou o ténes da feira, problema teu. Se escorregares no chão molhado e bateres com a tromba no mosaico, ainda pagas o arranjo.

Queres o livro? Pega, escreve para aí, lambisgóia de um raio!

"Ai... olhe, enganei-me!" E novidades? Hum? Outra coisa não seria de esperar. Escreve na outra folha, estuporada.

Conclusão. Eu agora é que tenho de mandar esta merda para a ASAE. Com sorte aparecem daqui a um ano, a perguntar o que se passou (foi o que aconteceu da última vez...).
Ah... o que ela escreveu - com erros, óbvio! Que estava muita aflita e que na administração lhe disseram para esperar, porque estava em limpeza. E que a senhora da limpeza estava a limpar o chão e não as sanitas. E fez bolinhas em vez de pintas nos "is".

Olhem, vão cagar e mijar para o raio que vos parta, sim?

O primo pediu para divulgar


TERTÚLIAS DA PONTE
"Já não há Homens como antigamente"
Convidado: José Calvet

Quinta-feira , 4 de Junho, às 21h30.
Com participação de
Paulo Castro Seixas - Doutorado em Antropologia
Sónia Fernandes - Antropóloga - Cooperante, Escola de Voluntariado
Rui Torres - Doutorado em Literatura
Maria Amélia Lopes - Professora de Português do Ensino Secundário
na Garagem da Central do Freixo*
A entrada é livre!

* Rua do Freixo, nº1071 Porto
NOTA: Adorava ir, mas é no Porto, carago!

Ideias soltas

Comprei um par de cortinas para o meu quarto por 0,99€. Cada uma. Em organza rosa, com bordados de cornucópias e fitinhas para enrolar. São tão giras. E o facto de terem sido uma pechincha ainda as faz mais bonitas.

Apetece-me ir arranjar as mãos à Carina. Porque me faz bem ao ego. Porque a Carina me conta as últimas fofoquices, enquanto recebe sms do namorado e porque eu mereço.
Dói-me o nariz como o raio. Sacana da sinusite que não me larga. E não há drogas que a acalmem. É a bomba à noite, o soro de manhã e mais o comprimidinho minúsculo de SOS. Raios, raios, raios!
Ainda bem que para a semana tenho 2 dias inteirinhos de férias! E este fim de semana começam as jornadas dos aniversários de Verão. Ao ar livre como se quer. Até ao final do mês tenho festas todos os sábados. Haja guito para tanta prenda e estômago para tanto croquete.
Vale-me a minha pequena, que me diz que fico bem de calções, à entrada do ginásio. Que me ficam melhor a mim do que a ela. Que ela "aqui nesta parte" (enquanto aponta para as coxas) é um bocadinho gorda! Raio da miúda é gira que se farta.
E ontem pôs pasta de dentes no cabelo, porque estava chateada com a Avó. Porque a Avó falou com ela e por isso ela se magoou. E a pasta que não saía hoje de manhã. E a birra que não passava. Até que a Avó lhe deu a volta e lhe disse que ela é que ficava a perder se não fizessem as pazes. Ao que ela se saiu com "E tu também ficas, Avó!".
Vou ali ao excel e já venho. Se eu não voltar depressa, vão à minha procura, que devo ter ficada entalada nalguma coluna que não abre, ou nalguma fórmula que dá erro. Não me deixem lá, ok?!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Agora... estou melhor, sim.

Estou muito melhor agora! Depois de uma tarde cheia de calor, com uma ventoinha que só me bufa para os pés e o excel a fritar-me os neurónios... a sacana da Cláu mandou-nos correr à volta do ginásio.

Tendo o ginásio piscina, é coisa para ser grande, portanto uma volta é, digamos, uma coisa puxadita. Pelo menos para mim, que tenho o nariz constantemente tapado, por causa da sinusite, e uma resistência física um tanto ao quanto... hum, digamos... fraquinha.
Não quis fazer má figura, esbaforei-me toda e lá dei uma volta. No final, a transpirar que nem uma égua, não respirava... arfava ruidosamente.
Depois disso, e coisa que já se tinha manifestado pela tarde, deu-me uma crise existencial tamanha, e dei por mim pelas ruas da amargura. Nada como uma boa amiga para nos pôr juízo na mona. E siga.
Mais tarde, baixei à terra, cuspi o que tinha para dizer e meti mais uns fantasmas na caixa. Deus me livre e guarde se a caixa se abre um dia destes, e saem de lá todos disparados para me atormentar a existência.
Resumindo, sinto-me como que saída de uma tragicomédia romântica. Daquelas que dá para rir e chorar ao mesmo tempo, enquanto se come pipocas e se limpa o ranho ao punho da camisa.
Fazer o quê? Quem me atura, atura-me. Quem me quer ver pelas costas, vê-me pelas costas. Nada a fazer mesmo. Não sou uma resignada, mas há coisas com as quais tenho mesmo de me resignar. Sim, estou muito melhor agora.

Parou-se-me o cérebro!

Eu às vezes faço destas. O que vale é que é só às vezes.

Em conversa com um cliente do ramo dos trapos, já na fase de deitar paleio fora, diz-me ele com ar grave "Sabe, doutora... não foi neste ramo que eu fiz dinheiro! Você não sabe, mas eu vou-lhe dizer."
Como até simpatizo com o tipo, fiquei curiosa, até porque outros ramos podem significar, potencialmente, novos negócios para a empresa. Como devo ter feito um ar de conivência, ele continuou.
"Há 20 anos atrás, fui eu e um sócio meu que introduzimos o negócio das sexshops em Portugal".
Ah foi? - respondi interessada.
"Sim, temos 9 lojas espalhadas por todo o país, inclusivé uma em Carnaxide."
E eu, que me deve ter parado o cérebro, saí-me toda lampeira "A Rapidinha é sua?!"
...
Depois de um silêncio constrangedor e de eu me ter apercebido do que tinha acabado de dizer, o senhor lá avançou com a naturalidade possível..."A doutora conhece? Bem me parecia que já a tinha visto lá!"
Porra, merda, calhau com dois olhos que não sabe ficar calada! Devo ter ficado de todas as cores, à procura de um buraco, uma fresta, um caixote de lixo, whatever, para me enfiar! Boca de trapo!

Qual é a coisa, qual é ela...

Que me faz sentir uma perfeita anormal?
Mapas de excel, é o que é! Daqueles com muitas folhas, fórmulas tipo "if" e "vlookup", com links para outros documentos, carradas de comentários e colunas para abrir e fechar.
E o meu chefe a rir-se que nem um pateta, ao telefone "Engataste esta treta toda outra vez! Eu já não te disse para não acrescentares colunas, nem mexeres nas fórmulas?!?!!"
É que me sinto tão burra, mas tão burrinha, que até tenho urticária! E troco os olhos todos, tenho tonturas, suores frios e suspiro como se não houvesse amanhã! Será que isto pode ser considerado doença profissional?
Das duas uma... ou me mandam para um curso asap, ou vou passar a vida a ter enjoos cada vez que chega a dia 5 de cada mês!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Caracolada com vista

Sinto-me com dois empregos. Num, recebo para trabalhar. No outro, trabalho, pago e não bufo. Ora sonho com o presidente da cidade (que por sinal, nem faz o meu género) ou ando perdida entre jornalistas, advogados, mails, cartas e telefonemas.

Roubo tempo a quem me paga. Dou tempo a quem pago. Espero. E espero alcançar! Não tardo a ter terraço. Para a sardinhada e para o caracol! E mais a árvore da borracha, as sardinheiras, a roseira e as ervas aromáticas.
E a espreguiçadeira. Ai, a boa da espreguiçadeira! Quero o meu terraço. E vou tê-lo! Macacos me mordam se não vou tê-lo. Nem que morda o Costa todo. Mas hei-de tê-lo. E já faltou mais.

Dia da minha criança

É todos os dias. Todos os dias a mimo, encho de beijos e aperto. E ela ainda não reclama. Por isso aproveito! Depois das prendas adiantadas no Domingo, um pagagaio (o qual me acertou na tola!) e um conjunto de mergulho, ontem foi dia de festa na escola, sem aulas.

Mais tarde, em casa, as prendas do pai, que continua fora. E mais um telefonema de longe para matar as saudades e mandar muitos beijinhos.
Melhor que criar uma criança, é ter a certeza que se está a criar uma criança feliz. De quem toda a gente gosta, desde o professor de natação, à senhora do café, passando pela vizinha e pela avó da colega. E que tem um sorriso fácil, um brilho no olho que me aquece, um beijo e um abraço que me enchem.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Rescaldo

Eu FUI! E senti-me com 15, 16 anos. Fiquei rouca, surda e deitei-me já passava da 3h da matina!
Fantástico. O sacana do Rick Astley com uma disposição impar! A dada altura, com a sua imagem no ecran gigante saiu-se com um "Oh... I'm so fat!!!" e depois, encolhendo os ombros "For God sake, I'm 43... what the hell do you want?"
Cantou, encantou, e eu senti-me super, hiper, mega, feliz! Com a Sandrinha já a passar da hora de fazer ó-ó e cheia de saudades do seu petiz! Mas também se divertiu à grande. Conversámos, pusemos a converseta em dia e sentimo-nos as "máiores"!

Tirando a pisadela que levei no mindinho do pé esquerdo, tudo maravilhoso!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu vou!


E em muito boa companhia.
Para mim, o mais esperado é o Rick Astley. Sei que vou cantar bem alto "Never gonna give up, never gonna let you down, never gonna turn aroooooound and desert you".

Eu tinha 11 anos quando este single foi o mais vendido em Inglaterra. Não me esqueço desse Verão fantástico. Para ser completo, só vão faltar mesmo as Bananarama!

O que não tenho

Já dizia o Hannibal que cobiçamos o que vemos todos os dias. Por norma, não sou invejosa, mas acho que com a idade, sou cada vez mais uma inconformada com o que não tenho.

Quero aquilo que não tenho. Desejo arduamente conseguir o que me falta. E quanto mais corro atrás, mais me foge o que mais quero. Há quem diga que preciso parar. Dar tempo ao tempo. Parar de correr. Mas não consigo. Sou levada com a corrente, corro e já nem sei por onde ando.
Se me perco, quem me acha?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O planeta em que eu vivo

Deve ser a Lua! Eu, que não leio revistas cor-de-rosa (a não ser na sala de espera do dentista) que não vejo novelas (de espécie alguma) que não vejo os programas da Fátima, da Júlia, ou sequer do Manuel Luís, capacitei-me hoje, que vivo num mundo à parte.


Na capa da Caras desta semana está o Tó agarrado à Merche. Ora, a Merche até eu sei quem é. E quem é o Tó? Ora aí é que está! O tal DJ qualquer coisa (pois, eu também não saio à noite...) é filho da senhora com nome de rainha francesa, que vai tomar café com a minha Mãe quase todos os dias. Criado aqui na praceta, tal como eu. E isto é um elo de ligação tão grande que, a haver casório, ainda é a minha filhota a levar as alianças!




Dizem as línguas viperinas aqui da rua que a dita já cá esteve, em casa da sogra. E que é uma moça tão simples, mas tão simples, que até se sentou à chinês no chão da sala.





Qualquer dia ainda dou por mim a cruzar-me com a garota. Eu não digo que a minha vida é uma festa?!




É triste é chamarem louca à senhora, quando andou a contar às vizinhas que o filho namorava com a Merche e agora ir tudo à corrida ao quiosque comprar a Caras. São uns falsos! Hipócritas é o que é!!! Eu, que nunca fui à bola com ela, agora compreendo-a, coitada!