Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Hoje de manhã

Ía morrendo. Bom, morrendo é certamente exagero, mas poderia ter-me magoado à séria. Foi por segundos.
Numa curva, um tipo despistou-se, bateu num carro estacionado, fazendo-o galgar o passeio e passou para a minha faixa. Eu estava dois ou três metros mais à frente, parada no semáforo. Como em todos os acidentes, tudo se passa demasiado rápido para que possamos sequer agir.
Quando olhei para trás e vi o estrago, o carro que anteriormente estava paralelo ao passeio, estava agora na perpendicular, em cima do passeio. O que lhe bateu, ficou ao lado, um pouco mais adiante, com a parte da frente na estrada. Precisamente no sítio onde eu estava, há uns míseros segundos atrás.
No instante em que me apercebi desse pequeno, mas crucial, pormenor, bem disse a minha sorte e segui tranquilamente o meu caminho. Sei que todos os dias me têm sido colocados à frente, como que sinais, incentivos que me fazem continuar. Porque parar é inconcebível, tenho de andar para a frente.
E eu sei que tenho uma sorte do caraças.

2 comentários:

João Paulo Cardoso disse...

Eu não me importava de levar com um Porsche em cima, mas isso sou eu que sonho morrer em grande estilo com direito a primeira página no "24 Horas"...

Beijos.

Mad disse...

Pois tens uma sorte do caraças: tens-me a mim como amiga.

Eh eh eh!