Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As férias! Ai, as FÉRIAS!!!!

Bom... apesar do humor de cão, cá vão as novidades. Humor de cão, porquê? Ora... porque se acabaram as férias (FANTÁSTICAS, aliás) porque vou trabalhar 2ª feira e porque devo ser das poucas pessoas que consegue queimar o... couro cabeludo. Bem, queimar não, escalpar mesmo! Tenho-o ás risquinhas. Mas já lá vamos.
Comecemos pelo início.
Barcelona. Passados 12 anos. Muito bom. Calcorreámos o que foi possível. Metro para cima, metro para baixo. Mas consegui levá-las onde queria: Sagrada Família, Parc Güel, Ramblas e... Ciudad Condal.
Valeu a pena. Foi um dia grande, enorme.

Almoçámos às 3h da tarde, à espanhola, no Ciudad Condal. Dizem que é o nome antigo da cidade.

"Los mejores montaditos y cervezas de la ciudad"

E vieram os montaditos de solomillo, de jámon, de tortilha de batata, de bacalhau... e as claras (tipo panachés) e os gordos (azeitonas verdes... das gordas) e as bravas (batatas coradas) e muito pão com tomate. E, obviamente, repetimos! Mas não conseguimos ir às sobremesas. Mas lembro-me que o creme catalã (tipo o nosso leite creme) era divino e haviam uns profiteroles de babar. É sempre um motivo para ir lá outra vez!

Engraçado... este restaurante abriu no ano em que lá estive pela primeira vez, 1997. E diz a minha Mãe " Como é que te lembravas do nome da rua?" Não lembrava! Mas sabia onde ficava e nada como a net para ajudar.

Depois, Platja d'Aro revelou-se melhor que a encomenda. O hotel era muito agradável, apesar de parecer uma estância familiar. Mães e pais rodeados de filhotes. E mais nada! Tudo casado e pais de filhos.

Piscina enorme. Descer umas escadas e... praia fantástica, com uma água do mais transparente que pode haver. Só achei um senão: a areia. Não era areia. Eram pedrinhas pequeninas que faziam doer os pézitos e não me deixaram caminhar à beira mar. Todas as belas têm um senão, certo? Nada de muito mau.

Animação q.b. para os mais novos. A pequena fartou-se de cantar e dançar. E mais uns entreténs para os graúdos, sendo que o espectáculo de flamenco na última noite foi do melhor.

A comida era boa, o quarto agradável. Cama óptima, apesar da Raquel pontapear quem estivesse num raio de 2 metros. E abençoados tampões de silicone que comprei na farmácia. É que há alguém na família que ressona. Só um bocadinho.

Voltando ao início. A pequena quis trancinhas. E a mãe da pequena também quis. A pequena andava de chapéu o tempo todo. A mãe da pequena, não. A pequena não quer tirar as tranças. A mãe da pequena tirou-as, porque achava que eram as tranças que estavam a fazer comichão. Mas não.

A cominhão vem do escaldão que a mãe da pequena (eu, porra!) apanhou no cocuruto! Moral da história: tenho o couro cabeludo às riscas. E a incomodar-me que é uma coisa estúpida.
Ainda pensei em after sun, mas prezo o (pouco) cabelo que tenho. Vai daí, fui ao frasco do pó talco e estou grilhasalha. Mas com menos cócegas.

Férias muito boas. Muito boas, mesmo!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Chegou!

O meu livro! Enorme, com gralhas (como eu). Lindo de morrer! Um orgulho. E já sei de quem o comprou:-)

E como acho que ando numa boa maré... uma dica: Prémio Literário Fnac/Teorema 2009. Quem não arrisca...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Soube a pato!

De vez em quando, costumo dizer para mim mesma que devo ser boa rapariguinha. Ou não me caíriam no colo estas coisas...
Ao telefone:
:: Tudo bem?
Não. Estou com um braço ao peito!
:: Hum... então se calhar não queres aquilo que tenho para ti...
Nunca se sabe. What?
:: Bilhetes para a Kylie Minogue, logo, no Pavilhão Atlântico!
Ena, ena... eu só tenho um braço ao peito e com tanta droga, já nem me dói!!!
E lá fomos. Será que alguém faz ideia do género de fãs que a moça tem?! Bom, eu não fazia! Parece que a menina é um autêntico icone da malta que a adora! Divertimo-nos imenso com o espectáculo no palco (e fora dele!!!).
E acabo de ler no jornal que o Ronaldo também lá esteve... Fã, fã, ele é do Ricky Martin, mas há falta de outra coisa, lá foi. Pois. Eu também não sou doidinha pela Kylie, mas assim.... até soube muito bem!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quieta? Eu?!

Grande porra!! Ah não... o nome da coisa é "tendinite biciptal".

E pergunto eu ao senhor doutor:

- Vou ter de imobilizar o braço?

Depende. Consegue ficar quieta?

Ora... vê-se mesmo que é homem. E que não me conhece!

Posto isto, vou ali amarrar o bracinho direito ao corpo, para ver se não estrago o resto das férias.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Inho

Para acalmar o meu estômago e como as opções não são muitas, hoje fui por um almoço leve. Uma sandes de carne assada e uma sopinha de agrião.

Até estava de comer um frago no churrasco, mas há coisas que, mesmo que o estômago aguente, a alma já não tem paciência. É que sempre que peço um menu Cascais, o tipo dispara:

- Perninha ou peitinho?

Perna.

- E o acompanhamentozinho?

Por mais rápida que eu tente ser... ele avança sempre:

- Batatinha, arrozinho e saladinha?

Arroz e salada, por favor.

- Xiiiii... acabou o tomatinho, vai ter de ser só alfacezinha, 'tá?

Tá.

- E a bebidnha?

Água.

- Natural ou geladinha?

Natural.

- Vai querer pãozinho? E uma sobremesazinha?

Não.

- A saladinha está sem salzinho. Aqui tem o seu talherzinho.


... Deus me livre e guarde de tanto diminutivo! Safa!

Dia de andar

Hoje devia ser dia. Mas acho (tenho quase a certeza) de que não vai ser.

Devia ser dia de levantar a cabeça. Dia de andar em vez de gatinhar. Dia de me levantar, virar a cara para a frente e seguir o meu caminho.

Não sei bem porquê, acordei com a sensação de que nada disso vai acontecer. Tenho de me mentalizar de que o vou ter de fazer sozinha. Por mim. Só eu. Disseste que ajudavas, mas há muito que deveria saber que não posso mais contar contigo. Para nada. Quanto mais me dizes que é para tudo, mais eu sei que será para nada.

Depois de tantos meses a apanhar cacos, a colá-los com saliva e a tentar disfarçar o negro, não sei mais se me consigo manter fiél. Ao que fui e ao que senti.

Sinto demasiada falta das minhas gargalhadas, das minhas piadas secas e do meu ar descontraído e bem disposto. Demasiada falta de mim. Do que eu era antes de me teres partido o que te dei.

Não devia ter sido assim. Não foi assim que eu escrevi. Tive de apagar muita coisa, reescrever muitas páginas da minha história. Simplesmente porque o que era um dia, deixou de o ser no dia seguinte.

Sei que sou maior que tudo isto. Sei que mereço mais do que me ficou reservado por um dia cruel. Sei que não és melhor do que eu. Sei que és apenas e só tão humano quanto eu. Cheio de defeitos e erros, apenas diferentes dos meus.

Não devias tê-lo dito, se não pretendias fazê-lo. Sei que agora só eu me posso ajudar.

Ai o caracol!

A dois dias de iniciar as férias, estou, como se diz na gíria "toda fanadinha"!

Já não me bastava a meretriz da sinusite, os abusos do fim-de-semana estão a pesar-me e estou... como dizê-lo... abalada? Estragada? Hum... de ressaca talvez seja o melhor termo.
Mas também... que dizer aos arraiais de 6ª? Aos caracóis e panachés, sardinhas e chouriço assado? E mais carapaus, sardinhas e outros tantos panachés no sabádo? E mais a punh... salada, salada de bacalhau (se a Mummy diz que é salada, não sou eu que vou dizer que é punheta, ok?) no Domingo? Acabámos de almoçar quase às 4h da tarde e às 6h já andava outra vez nos caracóis... Pois! Era meia-noite e o meu estômago ainda reclamava, depois de duas águas das pedras.
E hoje... o raio da sinusite! Parece que levei nas trombas.
Melhores dias virão... mas não me falem em carácóis tão cedo, ok? Lá para a tarde já fico bem, e amanhã já vamos outra vez!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ainda o livro

Os amigos reclamam que não foram avisados. Óh amores, nem vocês, nem eu!
Fiz tudo num dia. 1,2,3... já está. E assim que ficou terminado, foram todos notificados por email.

Agora... parem de me pedir o pdf do livro! É que senão, não vendo nenhum, porra.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Já está à venda!


Isto sim, é inacreditável!
O meu livro.
A minha percentagem não é grande, mas é meu! E está publicado. Nem acredito.
Vá malta. 'Bora lá comprar, ok?
Agradecida.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

E dizem eles

Cortei o cabelo curto:

:: Aliás, tu podes rapar a pente zero que não te belisca a beleza.

:: Cute & wild.

E ainda não me viram!

Fotos? Uma tarde destas, se não chover...

Di-vi-sões


Porque é que a malta não se aguenta casada? Porque é que não há quem consiga manter um casamento?

De toda a gente que conheço, apenas 4 casais mantêm um casamento aparentemente saudável. Como é que caduca um projecto assim? Como é que se desiste de uma família? Como é que se afunda tudo e siga a banda? Como é que se dividem Natais, aniversários, férias e fins-de-semana? Mais a divisão de despesas, as pensões e as facturas do pediatra? Quem compra a touca para a piscina? Quem paga o baptizado? Quem escolhe os padrinhos?

Só hoje soube de mais dois divórcios. Logo de manhã, assim de rajada! Porquê? Acabou-se o amor? Ou terá acabado a pouca paciência? Ou o egoísmo será maior que o companheirismo e a vontade de dar passeios ao Domingo? Quem sou eu para os julgar? Logo eu que nunca casei...

Todos queremos o que não temos. Eu que nunca casei, gostava de o fazer. Saber como é. Ter mais crianças, ter uma sogra (boa ou má, não interessa, gostava de ter uma!), um marido no sofá, uma companhia que me aquecesse os pés no Inverno e me levasse de férias no Verão.

Os casados querem ser solteiros. Ser livres, não dar satisfações, não dividir responsabilidades, nem dores de cabeça... Não aturar a mesma pessoa durante anos, não aturar a família dela, nem as manias e os defeitos. Mas porra, é preciso fazer com um ordenado o que se fazia com dois! É só fazer as contas e o resultado dever ser um cinto muito mais apertado...

E no meio de tudo isso, há filhos, dos dois. Elos que vão manter para sempre. Que de um dia para o outro, tomam consciência que os pais já não são namorados. Na melhor das hipóteses serão amigos. Na pior, inimigos que os usam como armas de arremesso...

Penso nos filhos de amores findos que conheço. Um xi muito, muito grande para eles: Margarida e Tomás, Alexandre e Miguel, Bernardo e Filipa, Diogo, Beatriz, Rafael, Leonor e Gonçalo, Madalena, Joana e Catarina, Maria, Afonso, João Maria, Miguel, Diogo e Cátia, Tomás. E estou triste.

domingo, 21 de junho de 2009

Good Sunday

Dia fantástico prestes a terminar.

Levantámos cedinho e chegámos à praia antes das 9h. No meio metro quadrado que me calhou, ainda houve um que teve a lata de refilar com o meu abrigo cor de laranja. "Estas cenas deviam ficar lá atrás!" saiu-lhe enquanto eu montava o abrigo.

Esteve quase a sair-me um "E os inergúmenos deviam ficar em casa!" mas eu ao Domingo, por norma, sou uma tipinha zen. Nada me tira do sério. É impressionante. Nem pareço eu!
E lá me mantive, no meu meio metro quadrado. De chapéu de sol, abrigo, três toalhas, uma data de brinquedos, geleira e saco de palha. O tal tipo, como Deus é grande e não dorme, levou com uma família típica, daquelas com 3 crianças altamente problemáticas (que por muito que se grite atiram sempre areia a alguém) geleiras enormes, 4 chapéus de sol descomunais e uma tipa gorda de voz estridente. Claro, bem em cima dele!
Depois... um banhinho de água doce e os caracóis no sítio do costume. Acabámos a tarde na feirinha de artesanato, nos jardins de Belém. Como o calor era muito, uma água fresquinha nos Pastéis e dois dos ditos para manter o meu peso.
E pronto. Foi um domingo supimpa.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Coisinhas

:: Na 4ª feira lesionei-me na aeróbica. No pé direito. E doeu, porra! A culpa foi da Cláu, que teve a brilhante ideia de fazermos o esquema com perneiras de kilo em cada perna. Ao chutar com o pé direito ouvi o tendão a dizer que aquilo não era boa ideia. E queixou-se! Mas já estou melhor. Passei a noite com gelo e a coisa agora está compostinha.

:: Ainda no mesmo dia, descubro que uma obra que devia estar pronta na próxima 2ª feira, vai atrasar porque o sacana do engenheiro se enganou a indicar o cano onde ligavam a água. E em vez de ligarem na canalização normal, ligaram no cano das bocas de incêndio. Para ajudar à festa, o cano certo está na outra ponta. Porreiro, pá!

:: Também na 4ª feira (foi um bom dia) constatei que um dos meus meninos se está a afundar. É o que dá construir em cima de lixeiras. O terreno cedeu e os alicerces estão literalmente a afundar-se. Consequência: buracos de um piso para outro, vidros a partir, juntas de dilatação com 4 de dedos de largura... enfim! O que vale é que o dono daquilo é uma pessoa bastante pragmática e saiu-se com uma solução fantástica: vamos processar os advogados que o aconselharam a comprar o imóvel.

:: Hoje chego ao escritório e a chave nada. Como o trinco é junto ao chão, estive uns bons 10 minutos de rabo para ao ar, até o segurança me vir dizer que a porta estava avariada. Acho que o tipo esteve a gozar o prato um bocadinho e depois é que me veio avisar! Maravilha. Não posso entrar no gabinete. Toca de chamar a manutenção e toca de cerrar as trancas. Contas feitas, uma hora de trabalho perdida.

Ainda bem que é 6ª feira!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Maio 1971 /Maio 2009

Parece incrível, mas é verdade. Eu conhecia um casal que viajava no fatídico voo da Air France.

Romel, dentista, brasileiro, de 38 (feitos no dia do acidente - viajava para comemorar o aniversário em família, no Rio de Janeiro) e a sua mulher Isis, seguiam no voo ...

Ele era primo de uma grande amiga minha e quando ela me contou, fiquei triste por ela, lembrava-me do nome dele, mas disse-lhe que nunca o tinha conhecido.
Ela corrigiu-me: conhecemo-nos no casamento dela, há coisa de dois anos no Luxembrurgo. Ficaram na minha mesa no copo d'água e conversámos um bocado. Lembro-me bem, eles eram uns queridos. Na altura, eles ainda não eram casados, mas eram um daqueles casais que dá gosto olhar. Jovens, lindos, divertidos, educados, bem sucedidos, com um brilho nos olhos de quem tem a vida toda pela frente.

Afinal não tinham. E é uma pena. O livro de condolências que criaram na net já tem 101 entradas. São duas vidas (entre todas as outras) que ficaram a menos de meio... e com tudo para serem repletas de sucessos.

É por isto que eu choro...

A empresa de limpeza que trabalha aqui no charco, deu rádios às chefes de equipa. Parece que os ditos eram tão bons, que apanhavam a frequência de uma escola de condução que faz exercícios aqui à volta.

A cena só se descobriu quando o segurança na Central de Controlo deu por uma das encarregadas a andar desenfreadamente tipo marionete. Segundo apurámos, a dita moça ouvia no rádio... "Ande para a frente... siga pela direita. Pare. Estacione. Agora arranque devagar. Faça inversão de marcha. "
Tipo burro com uma cenoura à frente, o raio da moça cumpria aquilo que ouvia no rádio, sem por em questão que a sua função era limpar e não conduzir um carrinho de limpeza.

Ainda me perguntam porque é que eu perco a paciência... Ora, fónix! Estou rodeada de cromanhons.

Granda pinta!


Hoje foi uma joaninha. Dizem que dá sorte. Apareceu-me na porta do carro, quando ía a sair.
Peguei-lhe para contar as pintas, pois dizem que quanto mais pintas, mais sorte. Eram 6. Depois a bicha ficou a olhar para mim e não havia meio de ir à sua vida.

Acho que é na Holanda que dizem que quando uma joaninha passeia pela mão de uma solteira, lhe está a tirar as medidas para as luvas, para o casamento. Como está não passeou, ficou estática na minha mão, das duas uma, ou não levo luvas, ou não me caso.
Já que estava difícil a bicha largar-me, pousei-a no tejadilho do carro, com cuidadinho. Ando muito chegada aos bichos. O que é bom. Comparados com alguns seres que por aí andam, são de muito mais confiança, os bicharocos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

13 minutos

Foi o tempo que a minha nina demorou a adormecer hoje.

Um mimo ao colo, depois mimo a que ela chama "mimo de conversa" em que o tema foi a piscina e para quando lá vamos (Julho para ela é muito longe).

Depois mais um beijo e uma história.

Queres que cante?

"Sim."

E saem do meu amplo repertório, o saudoso Vitinho, o mais que velho João Pestana, os Patinhos reinventados em canção para dormir e...

"Canta a da pulga."

Hã? Pulga? Qual pulga? O Atirei o pau ao gato?

"Não! Aquela que está sentada e morde-lhe o pé!"

Ou seja, a segunda parte do "Atirei o pau ao gato" (mas não lhe digam, porque ela acha que é a da pulga, ok?).

Mais um ajeite de almofada e um "não me tapes agora, que está calor. Só quando eu estiver a dormir".

E por fim, vejo-a serenar e adormecer tal e qual como eu: barriga para baixo, uma perna esticada e a outra flectida. Foram os melhores 13 minutos do dia.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Lá terá de ser

Amanhã é dia de me fecharem numa sala com mais uns 10 do mesmo cargo e os bigs todos. Insistem em fazer isto de 3 em 3 meses. Da última aprendi umas coisas bem interessantes... vamos ver desta.

Até 4ª feira, portanto.

Olha o bicharoco!

Começámos o dia com um destes. A correr pela rua acima, numa bisga desmensurada! Lindo. De um castanho vivo, quase vermelho. É engraçado ver um bicho destes em plena cidade. Faz-me gostar ainda mais do sítio onde vivo.

Quanto ao significado do bicho... muito haveria para dizer!


Foto: environment to all, no flickr



No Xamanismo o esquilo significa preparação, planeamento, adaptabilidade e conservação. O esquilo nos ensina a planear e a prepararmo-nos para o futuro. Não use todas as suas reservas. Devemos sempre guardar alguma coisa para nos servir em tempos ruins. Prepare-se também para as mudanças periódicas. Entretanto, se você estiver acumulando coisas, livre-se delas. Faça um inventário. Procure saber onde você está gastando. Pode ser uma boa hora para se afastar um pouco de todos.
O esquilo não só nos ajuda a nos livrarmos de objectos físicos desnecessários como também de crenças negativas que minam a nossa confiança no amor e abundância.

Fonte: diccionário de símbolos

domingo, 14 de junho de 2009

Foi uma semana festeira

Dizem que ao Domingo se deve descansar. Mas eu tenho os reports para entregar até amanhã.

Depois de um levantamento precoce de tenda, duas festas de aniversário (uma delas em versão pic-nic) e uma ida ao oceanário... precisava mais de descanso do que excel.

Mas enfim. Haverá, com certeza, coisas muitos piores.


O convívio fez-me bem. As conversas aliviam sempre o peso. Se partilharmos a carga com alguém, ela fica mais leve.
Tenho novidades a chegar de todo o lado. A Mafalda nasce nos finais de Setembro ou princípio de Outubro.


No Luxemburgo, vai haver um bebé para o ano. Ainda não se sabe de que género, mas já vem a caminho.


E ainda tenho um baptizado este mês. Há que arranjar forças para isto tudo. E tenho o excel à minha espera. O que tem de ser, tem muita força!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Até as minhas noites são uma festa

Tenho andado com pesadelos quase todas as noites. E isto já dura há mais de uma semana. São daqueles tão nítidos que parecem reais e às vezes até tenho dificuldade em acordar.

Como sou fã do senhor que interpretou os sonhos, pesquisei e descobri que as 3 coisas com que mais ando a sonhar querem dizer isto:

:: Este tipo de sonho vem através de um recurso simbólico que pode indicar uma vontade louca, da pessoa que sonha, de se livrar de um(a) rival ou de um superior (chefe). Com você mesmo(a) - herança. Com os outros - contrariedades. Se escapar - vencerá obstáculos De qualquer tipo - significa que algo em sua vida está para mudar de forma brusca e repentina, em assuntos financeiros, amorosos e de saúde. Tenha cautela.

:: Problemas que terá que resolver, tendo que tomar decisões dentro de você, para buscar a sua felicidade.

:: De modo geral sonhar com isto indica problemas financeiros na família, amizades traiçoeiras, intrigas e prejuízos nas empresas novas. Procure não fazer negócios nos próximos dias.
Ah bom... fiquei muito mais descansada!

Golden Blog

O Ralha, que é um querido, diz que o meu blog é de Ouro. Ai, ai... se fosse só o blog! Mas ele tem desconto, que ainda é novinho e só chegou agora.

Parece que as regras são as seguintes:

» Mostrar o prémio no blog (já 'tá)
» Colocar o link do blog que me premiou (humm.... isto cheira-me a publicidade gratuita!) - Trips & Stuffs
» Atribuir o prémio a 8 blogs que eu goste (8??? Vou ter de puxar pela mona...)
» Informar os bloguistas que foram premiados (Irra, que trabalheira!)
» Colocar as regras no blog (ok, ok...)

E já agora... The Oscar goes to:


Agora, sejam uns queridos e vão lá avisar, sim? É que eu hoje trabalho...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

E não é que...

... apareceu?!? O meu anel da sorte!
Desaparecido desde Fevereiro. O anel que foi da minha mãe e que eu passo a vida a perder. E que passa a vida a reaparecer. Desta vez foi a Raquel que o encontrou. Entrou no carro, pôs o cinto e disse "Mamã, está ali um anel!".
Eu nem queria acreditar. Por detrás do travão de mão há um compartimento que nunca uso. Não dá jeito. Olhei e ali estava o meu anel! Tenho de mandar limpar o carro mais vezes. Sabe Deus o que posso vir a encontar.
Fiquei tão feliz que me ri imenso, dei-lhe um xi, imensas beijocas e prometi-lhe um gelado. "Gosto tanto de te ver assim, quando fazes esse barulho a rir." disse-me ela.
Este anel é mesmo especial. Já disse à Raquel que um dia vai ser dela. E depois da filha dela. Ela ficou feliz. E já o pus no polegar e no indicador esquerdos. É onde gosto de o usar. Ora num dedo, ora no outro.
Por esta, não estava mesmo nada a espera!

Água mole em pedra dura

É das coisas que mais preciso na vida. Sem ela, fico seca. Adoeço. E é tão simples.

Água. Muita água. Se não bebo, as areias do rins ficam por lá e as infecções visitam-me periodicamente. Portanto, é simples: água. Muita água.
Sem gelo, sem gás, sem açúcar, sem limão, sem sabor. Natural. Pura. Não vale a pena inventar. Eu preciso dela simples. Sem qualquer tipo de aditivo. Então... para quê complicar?!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sina

Sábado à tarde, no parque de estacionamento da Decathlon, depois de uma festa de aniversário. Uma cigana, nem nova nem velha, aproxima-se do carro e...

"Eu não vou ofendê-la, nem insultá-la, mas queria procurar-lhe uma coisa." Acho que a palavra foi mesmo "procurar-lhe". Tinha a pele enrugada, não dos anos, mas do sol. Falava curvada, numa posição servil, como se me implorasse para a deixar falar.

"Diga" disparei, a achar que ela me ía pedir um cigarro, já que trazia um isqueiro azul na mão.

"Você não tem tido sorte! Não tem mesmo. Mas é porque alguém que a inveja muito não deixa. Não se preocupe, pois tem um futuro lindo à sua frente. Sabe... devia ir pedir a alguém para lhe ler a sina. Nunca leu, pois não?"

"Não."

"Há uma coisa que lhe vai acontecer, para a qual você devia estar preparada."

"Eu prefiro não saber."

"Pronto, vá à sua vidinha em paz e não se preocupe.
Senti que ela me disse aquilo porque precisava de o dizer. Como se tivesse necessidade disso. Não me pediu absolutamente nada. Apenas disse aquilo e desapareceu. Se o que ela disse se encaixa no perfil de muitos? Talvez... Não sei. Apenas sei que ela o disse a mim.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Daqui a um mês


É para aqui que eu e as minhas Marias vamos passar férias este ano.
Já estou em contagem decrescente! E não vale a pena perguntarem "Onde é?" que eu não me descoso. Elas não sabem e é surpresa!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Olhando para estas fotos consigo imaginar...


As caracoladas, as velas, os amigos todos, ao molho, ou um de cada vez...



As muitas, muitas, muitas, MUITAS fotografias nas paredes!


Os pequenos almoços, os lanches, os petiscos para os amigos.



A cama branca com outra cama de gavetão, para as amigas e para a Avó,
a colcha às riscas, a letra R pintada na parede, os peluches e as fotografias.



A minha cama com a cabeceira em ferro forjado, preto.


Eu sonho acordada com isto. O meu canto, o meu refúgio, o meu porto de abrigo.
Está quase. Está quase, quase!

Necessidades

Eu sei que vou parecer o meu Paizinho a falar, mas é por causa de gente desta que este país de merda não anda.
A senhora quer fazer xixi. E a casa de banho está fechada para limpeza. Na limpeza são usados desinfectantes, certo? Não entra ninguém durante a limpeza, certo? Certo!
Ora a senhora, como está muito à rasquinha, como a própria disse, não entende que não a deixem ir fazer xixi. Querem que eu faça pelas pernas abaixo, é? Eu? Eu quero é que você me desampare a loja, sua bestinha!
Óh minha gradecíssima labrega, mijasses em casa... a sério que me apeteceu! Mas não. Vai lá. Se estragares o fato de treino ou o ténes da feira, problema teu. Se escorregares no chão molhado e bateres com a tromba no mosaico, ainda pagas o arranjo.

Queres o livro? Pega, escreve para aí, lambisgóia de um raio!

"Ai... olhe, enganei-me!" E novidades? Hum? Outra coisa não seria de esperar. Escreve na outra folha, estuporada.

Conclusão. Eu agora é que tenho de mandar esta merda para a ASAE. Com sorte aparecem daqui a um ano, a perguntar o que se passou (foi o que aconteceu da última vez...).
Ah... o que ela escreveu - com erros, óbvio! Que estava muita aflita e que na administração lhe disseram para esperar, porque estava em limpeza. E que a senhora da limpeza estava a limpar o chão e não as sanitas. E fez bolinhas em vez de pintas nos "is".

Olhem, vão cagar e mijar para o raio que vos parta, sim?

O primo pediu para divulgar


TERTÚLIAS DA PONTE
"Já não há Homens como antigamente"
Convidado: José Calvet

Quinta-feira , 4 de Junho, às 21h30.
Com participação de
Paulo Castro Seixas - Doutorado em Antropologia
Sónia Fernandes - Antropóloga - Cooperante, Escola de Voluntariado
Rui Torres - Doutorado em Literatura
Maria Amélia Lopes - Professora de Português do Ensino Secundário
na Garagem da Central do Freixo*
A entrada é livre!

* Rua do Freixo, nº1071 Porto
NOTA: Adorava ir, mas é no Porto, carago!

Ideias soltas

Comprei um par de cortinas para o meu quarto por 0,99€. Cada uma. Em organza rosa, com bordados de cornucópias e fitinhas para enrolar. São tão giras. E o facto de terem sido uma pechincha ainda as faz mais bonitas.

Apetece-me ir arranjar as mãos à Carina. Porque me faz bem ao ego. Porque a Carina me conta as últimas fofoquices, enquanto recebe sms do namorado e porque eu mereço.
Dói-me o nariz como o raio. Sacana da sinusite que não me larga. E não há drogas que a acalmem. É a bomba à noite, o soro de manhã e mais o comprimidinho minúsculo de SOS. Raios, raios, raios!
Ainda bem que para a semana tenho 2 dias inteirinhos de férias! E este fim de semana começam as jornadas dos aniversários de Verão. Ao ar livre como se quer. Até ao final do mês tenho festas todos os sábados. Haja guito para tanta prenda e estômago para tanto croquete.
Vale-me a minha pequena, que me diz que fico bem de calções, à entrada do ginásio. Que me ficam melhor a mim do que a ela. Que ela "aqui nesta parte" (enquanto aponta para as coxas) é um bocadinho gorda! Raio da miúda é gira que se farta.
E ontem pôs pasta de dentes no cabelo, porque estava chateada com a Avó. Porque a Avó falou com ela e por isso ela se magoou. E a pasta que não saía hoje de manhã. E a birra que não passava. Até que a Avó lhe deu a volta e lhe disse que ela é que ficava a perder se não fizessem as pazes. Ao que ela se saiu com "E tu também ficas, Avó!".
Vou ali ao excel e já venho. Se eu não voltar depressa, vão à minha procura, que devo ter ficada entalada nalguma coluna que não abre, ou nalguma fórmula que dá erro. Não me deixem lá, ok?!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Agora... estou melhor, sim.

Estou muito melhor agora! Depois de uma tarde cheia de calor, com uma ventoinha que só me bufa para os pés e o excel a fritar-me os neurónios... a sacana da Cláu mandou-nos correr à volta do ginásio.

Tendo o ginásio piscina, é coisa para ser grande, portanto uma volta é, digamos, uma coisa puxadita. Pelo menos para mim, que tenho o nariz constantemente tapado, por causa da sinusite, e uma resistência física um tanto ao quanto... hum, digamos... fraquinha.
Não quis fazer má figura, esbaforei-me toda e lá dei uma volta. No final, a transpirar que nem uma égua, não respirava... arfava ruidosamente.
Depois disso, e coisa que já se tinha manifestado pela tarde, deu-me uma crise existencial tamanha, e dei por mim pelas ruas da amargura. Nada como uma boa amiga para nos pôr juízo na mona. E siga.
Mais tarde, baixei à terra, cuspi o que tinha para dizer e meti mais uns fantasmas na caixa. Deus me livre e guarde se a caixa se abre um dia destes, e saem de lá todos disparados para me atormentar a existência.
Resumindo, sinto-me como que saída de uma tragicomédia romântica. Daquelas que dá para rir e chorar ao mesmo tempo, enquanto se come pipocas e se limpa o ranho ao punho da camisa.
Fazer o quê? Quem me atura, atura-me. Quem me quer ver pelas costas, vê-me pelas costas. Nada a fazer mesmo. Não sou uma resignada, mas há coisas com as quais tenho mesmo de me resignar. Sim, estou muito melhor agora.

Parou-se-me o cérebro!

Eu às vezes faço destas. O que vale é que é só às vezes.

Em conversa com um cliente do ramo dos trapos, já na fase de deitar paleio fora, diz-me ele com ar grave "Sabe, doutora... não foi neste ramo que eu fiz dinheiro! Você não sabe, mas eu vou-lhe dizer."
Como até simpatizo com o tipo, fiquei curiosa, até porque outros ramos podem significar, potencialmente, novos negócios para a empresa. Como devo ter feito um ar de conivência, ele continuou.
"Há 20 anos atrás, fui eu e um sócio meu que introduzimos o negócio das sexshops em Portugal".
Ah foi? - respondi interessada.
"Sim, temos 9 lojas espalhadas por todo o país, inclusivé uma em Carnaxide."
E eu, que me deve ter parado o cérebro, saí-me toda lampeira "A Rapidinha é sua?!"
...
Depois de um silêncio constrangedor e de eu me ter apercebido do que tinha acabado de dizer, o senhor lá avançou com a naturalidade possível..."A doutora conhece? Bem me parecia que já a tinha visto lá!"
Porra, merda, calhau com dois olhos que não sabe ficar calada! Devo ter ficado de todas as cores, à procura de um buraco, uma fresta, um caixote de lixo, whatever, para me enfiar! Boca de trapo!

Qual é a coisa, qual é ela...

Que me faz sentir uma perfeita anormal?
Mapas de excel, é o que é! Daqueles com muitas folhas, fórmulas tipo "if" e "vlookup", com links para outros documentos, carradas de comentários e colunas para abrir e fechar.
E o meu chefe a rir-se que nem um pateta, ao telefone "Engataste esta treta toda outra vez! Eu já não te disse para não acrescentares colunas, nem mexeres nas fórmulas?!?!!"
É que me sinto tão burra, mas tão burrinha, que até tenho urticária! E troco os olhos todos, tenho tonturas, suores frios e suspiro como se não houvesse amanhã! Será que isto pode ser considerado doença profissional?
Das duas uma... ou me mandam para um curso asap, ou vou passar a vida a ter enjoos cada vez que chega a dia 5 de cada mês!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Caracolada com vista

Sinto-me com dois empregos. Num, recebo para trabalhar. No outro, trabalho, pago e não bufo. Ora sonho com o presidente da cidade (que por sinal, nem faz o meu género) ou ando perdida entre jornalistas, advogados, mails, cartas e telefonemas.

Roubo tempo a quem me paga. Dou tempo a quem pago. Espero. E espero alcançar! Não tardo a ter terraço. Para a sardinhada e para o caracol! E mais a árvore da borracha, as sardinheiras, a roseira e as ervas aromáticas.
E a espreguiçadeira. Ai, a boa da espreguiçadeira! Quero o meu terraço. E vou tê-lo! Macacos me mordam se não vou tê-lo. Nem que morda o Costa todo. Mas hei-de tê-lo. E já faltou mais.

Dia da minha criança

É todos os dias. Todos os dias a mimo, encho de beijos e aperto. E ela ainda não reclama. Por isso aproveito! Depois das prendas adiantadas no Domingo, um pagagaio (o qual me acertou na tola!) e um conjunto de mergulho, ontem foi dia de festa na escola, sem aulas.

Mais tarde, em casa, as prendas do pai, que continua fora. E mais um telefonema de longe para matar as saudades e mandar muitos beijinhos.
Melhor que criar uma criança, é ter a certeza que se está a criar uma criança feliz. De quem toda a gente gosta, desde o professor de natação, à senhora do café, passando pela vizinha e pela avó da colega. E que tem um sorriso fácil, um brilho no olho que me aquece, um beijo e um abraço que me enchem.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Rescaldo

Eu FUI! E senti-me com 15, 16 anos. Fiquei rouca, surda e deitei-me já passava da 3h da matina!
Fantástico. O sacana do Rick Astley com uma disposição impar! A dada altura, com a sua imagem no ecran gigante saiu-se com um "Oh... I'm so fat!!!" e depois, encolhendo os ombros "For God sake, I'm 43... what the hell do you want?"
Cantou, encantou, e eu senti-me super, hiper, mega, feliz! Com a Sandrinha já a passar da hora de fazer ó-ó e cheia de saudades do seu petiz! Mas também se divertiu à grande. Conversámos, pusemos a converseta em dia e sentimo-nos as "máiores"!

Tirando a pisadela que levei no mindinho do pé esquerdo, tudo maravilhoso!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu vou!


E em muito boa companhia.
Para mim, o mais esperado é o Rick Astley. Sei que vou cantar bem alto "Never gonna give up, never gonna let you down, never gonna turn aroooooound and desert you".

Eu tinha 11 anos quando este single foi o mais vendido em Inglaterra. Não me esqueço desse Verão fantástico. Para ser completo, só vão faltar mesmo as Bananarama!

O que não tenho

Já dizia o Hannibal que cobiçamos o que vemos todos os dias. Por norma, não sou invejosa, mas acho que com a idade, sou cada vez mais uma inconformada com o que não tenho.

Quero aquilo que não tenho. Desejo arduamente conseguir o que me falta. E quanto mais corro atrás, mais me foge o que mais quero. Há quem diga que preciso parar. Dar tempo ao tempo. Parar de correr. Mas não consigo. Sou levada com a corrente, corro e já nem sei por onde ando.
Se me perco, quem me acha?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O planeta em que eu vivo

Deve ser a Lua! Eu, que não leio revistas cor-de-rosa (a não ser na sala de espera do dentista) que não vejo novelas (de espécie alguma) que não vejo os programas da Fátima, da Júlia, ou sequer do Manuel Luís, capacitei-me hoje, que vivo num mundo à parte.


Na capa da Caras desta semana está o Tó agarrado à Merche. Ora, a Merche até eu sei quem é. E quem é o Tó? Ora aí é que está! O tal DJ qualquer coisa (pois, eu também não saio à noite...) é filho da senhora com nome de rainha francesa, que vai tomar café com a minha Mãe quase todos os dias. Criado aqui na praceta, tal como eu. E isto é um elo de ligação tão grande que, a haver casório, ainda é a minha filhota a levar as alianças!




Dizem as línguas viperinas aqui da rua que a dita já cá esteve, em casa da sogra. E que é uma moça tão simples, mas tão simples, que até se sentou à chinês no chão da sala.





Qualquer dia ainda dou por mim a cruzar-me com a garota. Eu não digo que a minha vida é uma festa?!




É triste é chamarem louca à senhora, quando andou a contar às vizinhas que o filho namorava com a Merche e agora ir tudo à corrida ao quiosque comprar a Caras. São uns falsos! Hipócritas é o que é!!! Eu, que nunca fui à bola com ela, agora compreendo-a, coitada!

Here we go again

Em ano de eleições, pode ser que isto pegue como hino:-)
Hoje vamos voltar à carga, em sessão pública de Câmara. Não vamos cantar, mas vamos mandar a barraca abaixo. Ninguém nos pára!
E depois, quem sabe se o Melão não pega nisto e nasce o hit deste Verão? (lá estou eu a rimar sem querer...)
A letra é aqui da menina que, diga-se de passagem, estava inspirada. Deve ser do Sol!

SOS
Salvem Os Sorteados

Salvem!
Libertem-nos!...

Salvem os sorteados
Salvem os sorteados
Do Casalinho,
Os sorteados pela Câmara de Lisboa

Estamos sem ar, como um peixe num aquário
Sem um lugar para morar, como um sem abrigo
Ninguém nos vale, isto é um calvário
Não temos casa, vivemos num postigo

Não queremos favores, nem cunhas
Já passámos da idade para viver com a mãe e a tia
Andamos a pagar há 2 anos
E não vimos o fim a esta rebaldaria

Estamos fartos da União
E na cooperativa só há ingerentes
Queremos uma solução
e não vamos lá com paninhos quentes

Somos jovens e temos garra
Vamos à luta e já temos um grito:
"Ninguém nos cala, ninguém nos pára
Vamos massacrar o Costa e a Brito"

Salvem!
Salvem!
Libertem-nos!...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ventanias

E depois... fiquei triste. Porque não tenho tempo para nada. Porque mesmo para o que mais tenho vontade, tem de ser a correr. Porque o tempo me foge. Porque não consigo ser mais do que sou. Porque falho. Porque me iludo. Porque acho que devo, mas se calhar até não...
E o sol? Onde é que se meteu o raio do sol, que está um vento do carvalho?!

Luz

Hoje o sol bateu-me de frente. E enquanto o Elton perguntava o que fazer para que o amassem, senti-me quente. Por dentro. Já andava com falta de luz. O negro é coisa que me aflige e os dias escuros ensombram-me.
Sou daqueles bichos que precisam de luz. E como as plantas, as flores. Sem luz sinto-me fria. Escura.
Por isso, quando hoje o sol me bateu de frente, senti-me feliz. Às vezes, só às vezes... acho que sou tão simples de contentar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Verde, que te quero verde!!!!

Sempre ouvi dizer que quem quer as coisas bem feitas, não as manda fazer.

Hoje passei do ditado à acção. Onde eu pedi "verdes" estavam antúrios vermelhos e rosas cor-de-burro-quando-foge. Se o antúrio já é aquela flor que mesmo natural, parece artificial... o que dizer da artificial. A juntar às rosas... ui! O resultado foi do mais piroso que pode haver.
Primeiro, liguei ao fornecedor a informar que tinha antúrios e roseiras para abater na factura. Segundo, fui às compras!

Por fim, lá calcei umas luvas, pedi um escadote, alicate e arame e foi ver-me de rabo para o ar, no meio da leca a fazer um canteiro artificial E a ouvir bocas do tipo "Você tem jeitinho para isso!".

À parte disso, ainda "inventei" uma cerca para um jardim (que são caras cum'ó catano) fiz uma reunião difícil, mais meia dúzia de emails com mau feitio e agora estou em estágio para uma visita guiada com 12 bifes, amanhã à tarde.

Ainda bem que eu gosto do que faço. Se não gostasse, era uma infeliz de todo o tamanho!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Vida boa

Fim de semana muito bom, MESMO.

Cinema na 6ª à noite. O Tom Hanks continua um pão. Tirando o casal de teenagers atrás de nós, que devia estar com vontade de tudo, menos de cinema, foi muito bom. E foi um balde dos grande de pipocas doces. Muito doces.
No sábado, porque há que conhecer a concorrência e, gaja que é gaja, não resiste a uma pechincha, toca de ir ao Dolce Vita novo, com as minhas garotas. Ele era gente aos magotes, mas a coisa é tão enorme que parecia vazia! E foram t-shirts a 1€, malas a 4€, ténis a 5€ e mais umas coisinhas básicas para a sobrinha, para o sobrinho, para a mãe, para a filha, e óbvio, para mim.
No domingo, apesar dos tipos do tempo dizerem que chovia, esteve um dia fantástico e lá fomos comer marisco (muito, muito) para a Ericeira. Passeio do melhor, comidinha de chupar nos dedos e depois um gelado e uma sesta (tipo lontra, mesmo!).
Quero mais destes! É que uma pessoa habitua-se à boa vida e depois não quer outra coisa!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ai tanta droga, céus

O Avamys, do qual dou duas bombadelas em cada narina todas as noites, faz com que, de manhã, pareça um fumador com décadas de experiência, tal é a dose de catarro.

O Aerius dá uma moca do caraças. Por isso só devo tomar à noite e em caso de SOS. E SOS são todos os dias lindos, que amanhecem com um sol esplendoroso... e o meu nariz prestes a rebentar.

Já o Urispás não é para abusar, disseram o médico e a farmacêutica... mas nenhum me explicou porquê! A Ciprofloxacina é para tomar a caixa toda, 1 de 12 em 12 horas. A ver se mato o bicho.
Por fim, o Cymbalta (cujo nome me parece um lote chique da Delta) é para continuar. Sim, ele insiste que eu estou deprimida. E diz que o stress é necessário ao ser humano. É preciso é saber lidar com ele. Pois 'tá claro. Eu lido com caixas de Cymbalta e já é bom. O que vale é que eu só stresso com o trabalho.
Com tanta droga logo pela matina, sinto-me uma grande maluca. Eu, que nem fumo, enfardo-me em químicos que é uma coisa louca...

Santa ingenuidade

Pergunta do Trivial Júnior - "Qual é a ovelha mais famosa do mundo?"
Resposta pronta e muito convicta da minha Raquel - "A ovelha Choné!!!"

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Confusão de géneros

A tabuleta a dizer ADMINISTRAÇÃO está tão perto, mas tão perto de mim, que quase seria o mesmo que estar colada na minha testa... O mesmo será dizer que tudo o que é louco me bate à porta. Ou pior, me entra pela porta a dentro.
O último foi surreal. Não fosse a minha vida, por si só, uma festa e tudo isto iria parecer saído de um filme cómico.
Então este veio reclamar que a sinalética da casa de banho dos homens estava errada. Que por baixo do símbolo dos homens estava escrito wc mulheres... em inglês. Women, dizia ele. E lá foi a desgaraçada da assistente acompanhar o senhor.
É que uma das regalias do estatuto de directora é fazer ouvidos de mercador a estas loucuras, olhar para a assistente e dizer, com um ar muito atarefado ,"Não te importas?".
Resumindo e concluíndo. O WC tem o C comido. E o Homens tem o H comido. Comido por comido, o que lá está, para quem vê mal e tem uma imaginação muito fértil (e pouco que fazer) é "W.. ...OMENS".
E claro que tendo o cliente sempre razão, agradeceu-se muito ao senhor ter reparado no erro e ele foi-se embora muito satisfeito consigo próprio.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Com licença, que eu sou Socorrista, 'tá?!

Pronto, pronto!! Não pode uma rapariga estar uma semaninha com a vida mais ocupada, que os fãs começam logo a perseguir-me!

Estou viva, bem de saúde, descansadinha e por sinal, feliz. Respirem lá de alívio, que a festa vai continuar.

Mas vá... eu explico. Bem sabem que nada me afasta do meu blog por muito tempo. Foram 3 dias de curso intensivo de Suporte Básico de Vida. Ou seja, aqui a menina, é desde a passada 6ª feira, socorrista, com o curso da Cruz Vermelha (nota final - 17 valores!!).
Depois de marrar e interiorizar todas as siglas, todos os conceitos e técnicas de estancar hemorragias, fazer talas e posições de segurança, estou habilitada a desengasgar qualquer um, fazer respiração boca-a-boca (aka insuflações) e compressões de reanimação... apenas levadas a cabo no pobre do Tó Zé (o boneco).
Ah... a festa da pequena foi do melhor, e agora estou a preparar duas semanas de trabalho intenso, a começar já amanhã com uma reunião lixada com o Dear John.
E o Dr. Fino, otorrinolaringolojista não me pôs fina. Apenas me disse, com um ar complacente, depois de mais uma dolorosa crise de sinusite, que não há muito mais a fazer. Qualquer coisa do tipo live with it e toma lá mais drogas. Ai... eu e as drogas, as drogas e eu!!!
Mas estou muito contente comigo própria, pois aprendi, a expensas da empresa, diversas e intrincadas formas de imobilizar um sujeito. Com talas. Apenas por suspeita de fractura. E se a socorrista sou eu, vai ser ver-me por aí, de talas debaixo do braço, a imobilizar gente a torto e a direito. Uma socorrista tem de socorrer, certo? E tenho de dar uso ao cartão!

domingo, 3 de maio de 2009

Não deixes para amanhã...

O que podias ter feito hoje!

Agora já não dá. Os passeios à Trafaria que adiei, os almoços a que não quis ir, pensando "vou no próximo"... Fazia-me imensa confusão vê-lo, estar com ele, desde que o meu Pai faleceu. Eles eram TÃO parecidos!! No aspecto físico, nos jeitos, na voz, nos gestos... Por isso evitava estar com ele.

E agora já não dá. O meu Tio Fanã faleceu hoje, com um ataque cardíaco. Ele que, sempre que me via, dizia com gosto "Olha a minha sobrinha linda!".
Consola-me o facto de saber que levou uma vida preenchida de prazeres. Apesar do 1º enfarte há mais de 20 anos, em que toda a gente dizia que os aparelhos do hospital estavam avariados - todos os electrocardiogramas o davam como morto e ele sãozinho ali ao lado - nunca deixou de beber o seu copito, fumar o seu cigarrinho e alambazar-se com os seus petiscos... Era famoso pelas patuscadas com os amigos, pelo garrafão de 5 lts para 3 e por conhecer os melhores sítios para comer.
Pesa-me o facto de ter perdido o último elo de ligação à família do meu Pai. E o facto de não ter estado com ele nos últimos tempos. Mas agora... já não dá.