Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Geração FANTÁSTICA

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas com tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado, aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos e se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caiamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos e para a escola, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.
Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles? Parabéns!
Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de
ler acerca de nós. Isto meus amigos é surpreendentemente e medonho ... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios:
A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...chamam-se jovens. Nunca ouviram "We are the world" e "Uptown Girl" conhecem de Westlife e não de Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Bananarama ou Belinda Carlisle. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que Missão Impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1.. Entendes o que está escrito acima e sorris
2.. Precisas de dormir mais depois de uma noitada
3.. Os teus amigos estão casados ou a casar (mas principalmente a divorciarem-se!)
4.. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores
5.. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis
6.. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez)
7.. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos
8.. Vais mostrar esta mensagem a outros amigos porque achas que vão gostar.

SIM ESTAMOS A FICAR VELHO!!
(mas a idade é um estado de espírito, certo!?)

PS: Quem escreveu este texto (que eu não sei quem foi!) esqueceu-se de uma das melhores coisas da nossa infância: os programas de televisão!
Quem não se lembra como era importante o Euro Festival da Canção? Aquilo parecia quase Natal!!! E depois compravamos o vinil do single da canção que ganhava (ainda tenho uns quantos:))
E as séries, tipo Duarte & Cia., Zé Gato, Verão Azul ou Dempsey & Makepeace... e mais o Homem da Atlântida, a Super Mulher, o Dallas e A Casa na Pradaria. E os desenhos animados?!
Nunca mais vimos nada como o Dartacão, a Heidi, O Sport's Billy ou o Era uma vez... e o Calimero, o Bana e Flapi, e tantos outros!

3 comentários:

Anónimo disse...

É Sport-Billy...eu sei e tenho autoridade para corrigir porque tenho a colecção de calendários quase toda ainda devidamente organizada dentro daquelas capas plásticas com várias divisões...

Quanto ao texto não sei quem o escreveu mas já li uma coisa muito parecido pelo Nuno Markl.

E quem não se lembra dos primeiros sorteios do Totoloto? Eu andei convencido durante uns tempos que era uma questão de tempo até os meus pais serem ricos!:)
bj
ac

Anónimo disse...

Quero as minhas lagrimas de volta :( ... Em troca dou-te uma perola da nostalgia que revisito every now and then: http://www.misteriojuvenil.com/piratas_momentomagico.htm

NullFame

Anónimo disse...

e afinal onde está a razão ?
porque os miudos de agora são feitos pelos miudos de então...certo?
eu vejo por mim, fazia tudo o que todos faziam, vibrava só com a ideia de chegar a casa depois da escola para poder ir brincar ou jogar á bola. Mas no entanto agora tenho duas filhas e sou o oposto de tudo o que os meus pais fizeram comigo. Acho que brincar na rua é um perigo, não saber onde estão as miudas impensavel, não estar á porta da escola quando saem impossivel...
mas afinal o que nos aconteceu ???
realmente não sei, mas o facto é que histórias como as que a comunicação social nos bombardeia a toda a hora, com raptos, maus tratos e outros não ajudam em nada para que eu me sinta com vontade de não saber onde os pequenos estão em todos os momentos, será isso ??
eu penso que sim.