Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Encostem-se

Aos amigos, à família, ao amor... Conhecidos e desconhecidos. Inimigos? Acho que não tenho, mas se tiver... vá, aproveitem, encostem-se a mim!

A quem me abraça como se não houvesse amanhã; a quem me esfumaça para cima, com a bica do almoço; a quem me a atura as birras; às desavindas, aos ressabiados, aos amigos do peito e aos de há uns dias; a quem me serve o pequeno-almoço todos os dias e já me sabe os gostos (pena que a Isa não me lê!); a quem me conhece e a quem não faz corno de ideia de quem eu sou.
O Jorge Palma... neste clip, faz-me lembrar o meu pai. Com um ar de pintas, gingão... Não que o meu pai tivesse ar de bêbado e fumasse ganzas, atenção. É mesmo pelo ar bonacheirão e bon vivant que o senhor tem aqui. Acho que quem conheceu o meu pai, entende o que quero dizer.
A letra, para que fique registada... Não precisam de cantar (até porque há uns que desfinam cum’ó caraças!) Em vez disso, encostem-se a mim.

Encosta-te a mim
Jorge Palma

Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

4 comentários:

JOAO MARIA disse...

muito bonito flora
bjs dos jooes
quando aparecem?

Maria Feliz disse...

Joões,

Temos de combinar:)

Beijos

Mad disse...

"Não há mulheres pa ninguém
não há homens pa ninguém
não há fumos pa ninguém
não há nada pa ninguém
vamos imbora Manel
não há nada pa ninguém"

Até Camões deve ter escrito boas merdas na sua juventude...

Eu adoro Jorge Palma, mas ele melhorou muito com idade... e as desintoxicações.

Maria Feliz disse...

Mad no seu melhor. Ai que viperina que a menina é!!!

Ou estarias a falar das desintoxicações alimentares por causa de feijoadas de marisco e similares?! Hummm, "cheira" a outra coisa....
Beijos