Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Out of Office

Vêm aí as últimas férias do ano. Depois disto só mesmo os feriados me hão-de valer...

Estes dias vão servir para acumular forças para o que aí vem. Só posso adivinhar que não vai ser bonito.

Não gosto de clichés e frases feitas, mas só me apetece dizer coisas como "isto contado, ninguém acredita" e "a gente pensa que isto só acontece aos outros".

Protecção. Preciso de proteger os meus. Não vai ser fácil, não vai ser "canja", mas vai resolver-se. Eu sei que vai. Tenho uma convicção brutal de que assim será, porque é assim que tem de ser.

Não tenho só a razão do meu lado. Tenho TUDO.

Até para a semana.

Ahh... a foto? É o Cascóis! Quem é ele? Devem ter muito a ver com isso, devem!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O 1º presente

Quem me conhece sabe que sou gulosa. Não por doces e bolos. Gulosa por coisas boas, petiscos e entreténs de boca. De castanhas piladas herdei o gosto do meu pai. Há quem diga que é como comer madeira, mas gostos não se discutem, ponto.

O giro de se comer castanhas piladas é a surpresa. Normalmente são todas duras e é preciso deixá-las amolecer na boca, como se de um caramelo se tratasse. Mas no meio, de vez em quando, lá aparece uma molinha, que se pode trincar logo.

Lembro-me de ser miúda e a minha mãe as comprar numa lojinha que vendia café e frutos secos ao quilo. O cheiro daquela casa era uma coisa indescritível. Os vários lotes de café, ainda em grão, em sacos de sarapilheira, misturavam-se com figos secos, amêndoas torradas, pinhões, avelãs e nozes, chocolate em pó. Mesmo não indo lá há anos, não preciso de me esforçar muito para recordar aquele cheiro característico.

Este fim-de-semana, entre passeios por belas aldeias, mostraram-me uma loja deliciosa. No meio de artesanato fantástico, pinturas e bordados de encher o olho, demorámos um bocadinho mais nas prateleiras dos bebíveis e comestíveis.

Poejo, alecrim, licor de pinho, patê de javali e a alegre descoberta de castanhas piladas. Tão alegre que deixou escapar um sincero “Gosto tanto disto. Há que tempos que não como!”. Muito bem embaladas, numa caixinha de papelão, onde até receitas havia. Um mimo, produzido por "Obras do Caratão".
A simpatia da dona da loja era tal que até cafézinho nos foi oferecido. Vimos tudo e mais alguma coisa, fiz perguntas que prontamente me foram respondidas e fiquei a saber mais umas coisas...

Não saí da loja sem pegar em (quase) todos os porta-chaves e bonecos de feltro que lá havia. Todos mentalmente fotografados para posterior recriação. Todos tão bonitos e tão caros me levaram a pensar que um dia me posso dedicar exclusivamente ao assunto e conseguir sobreviver com isso.
Ahh... O presente? Castanhas piladas! What else?

(Sym) pathetic…

Sabem de onde saquei? Sabem? Daqui!

Os “sic” a seguir às gaffes do Sr. Sousa são sublimes. Alta diplomacia que significa alguma coisa do tipo “foi ele que disse, não fomos nós, ok?"

PRIME MINISTER SÓCRATES: Thank you, Mr. President. It was a very sympathetic conversation with you. And thank you for the invitation and the opportunity to present to you what are the priorities for Europe in the months ahead. In particular, we had the opportunity to discuss the transatlantic relation, and importance to Europe on the relation with the United States. As a matter of fact, I don't see any strategic question for the world that don't demand, require the most -- better relations with Europe and United States.
And thank you also for the opportunity to discuss some of our more delicate matters in the international agenda, mainly the question of Kosovo and the Middle West [sic] problem. I had the opportunity to tell the President how Europe can see with good (inaudible) the declaration on Middle East of President Bush, the nomination of Tony Blair. And we are feeling that the peace process is moving, and it's very good for Middle East, of course, for Europe, and for the world.
Also our discussions about Kosovo show that the cooperation between Europe and the United States is very important for safety and for stability in the world. And I guaranteed to the President that the first priority I have in my mind regarding Kosovo is keep Europe united. And we will do my [sic] best in order to face the delicate problem, but important for Europe in order to show a strong and united Europe.

Well, thank you very much.
No comments!

Comunicação da Gerência

A gerência deste estabelecimento vem por este meio informar quem, por lapso ou alguma outra motivação altamente justificada, tenha visitado aqui o tasco durante o passado fim-de-semana:
- A presença do vídeo Fountains of Bellagio - Andrea Bocelli foi abusivamente originada pela Sra. D. Minha Mãe!
- Tal facto é reconhecido como um dado colateral, que advém da condição de partilha em que o computador lá de casa é utilizado.
Pelo acontecido, a gerência pede desculpas, mas aproveita para se descartar de qualquer prejuízo que tal abuso possa ter provocado nos visitantes deste espaço.
Voltem sempre!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

"Num goto dito"

Tenho pavor de trovoada desde miúda.
Mas tenho de admitir que a foto do mano está fantástica.
Tirada ontem às 23h00.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sorrisos

A princesa ontem esticou-se.

Depois da palmada, do ralhete e do sermão a puxar ao sentimento, fez um berreiro como se a estivessem a torturar sem dó nem piedade...

Mandei-a para a cama e ela ainda me apareceu com um sorriso malandro, a dizer que me queria dar um beijo. Respondi que estava triste por ela não estar arrependida do que tinha feito. Com um ar insolente e sacana, confirmou que não estava arrependida.

Passado um bocado, chamou-me ao quarto. "Se não me deres um sorriso, não vou dormir bem!".

Voltei a explicar-lhe o que tinha feito de errado e ela lá entendeu. Rematou com um "Vou tentar portar-me bem". Que é bem mais honesto do que um "Eu vou portar-me bem".

Hoje acordou bem disposta. A sair da casa de banho, numa manobra à contorcionista, dizia-me "Óh mãe, a minha perna 'torçou-se'...". Ri-me."Torceu-se, filhota, torceu-se".

Disse-lhe para se despachar, pois eu é que a ia levar à escola. No caminho, perguntei-lhe se ela gostava que a fosse levar e buscar mais vezes. Só não a levo porque ela teria de se levantar mais cedo. E parece-me despropositado deixá-la na escola até às 18h30, se a minha mãe a pode ir buscar duas horas mais cedo.

Disse-me que sim, e que até não se importava de ficar lá até mais tarde. A Maria também fica e assim eu posso ir buscá-la.

"De manhã eu sei porque é que não podes"... Ah sabes? Porquê? "Porque te atrasas e o teu chefe ralha!"... Pois.

A certa altura perguntou-me "O teu chefe é mesmo mau?". Tive vontade de lhe responder que sim. Mas para não a assustar disse-lhe só "Não filha, até nem é mau rapaz. Tem é dias!"

Para a semana vamos passar uns dias só as duas e já lhe disse que a vou poder ir buscar à escola. Coisas simples, boas. Mas que de tão simples e boas, me fazem pensar "é mesmo isto!"

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Excuse me?!

Eu levo na cabeça porque estou na net… a trabalhar.

Se me rio, é porque me rio.
Se pego no telemóvel, oiço logo a pérola... “Olha para ela a fechar negócios por sms!”.
Se tenho um ar feliz, logo me exclamam... “Isso é que é trocar e-mails com o namorado!

Ao que eu, prontamente, respondo com o ar mais sério do mundo... “Não só, mas também!

E depois de três dias a levar bocas e a ficar de saco cheio destes sacanas (para não lhes chamar filhos da p*** que as senhoras suas mães não têm culpa...) agora levo com um de cada lado, a fazer comentários... à bolsa!
Subiu,
Já viste?
Desceu
Estiveste bem...
Já te safaste.

Pois, são 17h30 e a malta devia estar a trabalhar, não é?
Os exemplos vêm de cima e rebéubéu pardais ao ninho...

Sabem do que estou a precisar rapidamente? Mudar de emprego! Essa é que é essa.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

I'll follow you

Psst! Anda cá!
Sim, tu... chega aqui para eu te dizer uma coisa.

É para ti, mas não digas a ninguém! É segredo:)

Estás tramado: amo-te pá!

Há tardes assim!

Eu até costumo gabar-me que tenho um grande poder de enciaxe.

Mas isto hoje não está a funcionar.

Assim, devido à falta de reconhecimento, à desmotivação ascendente e ao facto de me considerar muito bem educada e não ter feito isto pessoalmente...

"Oh Mr. Stress... VAI BARDAMERDA"! E já agora... faz-me um favor: leva o adjunto e a outra contigo!

Ufffa, desabafei. Soube bem!

Home

Dúvidas, se as houvesse, seria apenas "qual o caminho mais rápido?!"

Acordei com esta música e o refrão não me sai... I WANNA GO HOME!

Another summer day
Has come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home
Mmmmmmmm

Maybe surrounded by a million people
I still feel all alone
I just wanna go home
Oh, I miss you, you know

And I’ve been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two “I’m fine baby, how are you?”
Well I would send them but I know that it’s just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another aeroplane
Another sunny place
I’m lucky I know
But I wanna go home
Mmmm, I’ve got to go home

Let me go home
I’m just too far from where you are
I wanna come home
And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right

And I know just why you could not
Come along with me
'Cause this was not your dream
But you always believed in me

Another winter day has come
And gone away
In even Paris and Rome
And I wanna go home
Let me go home

And I’m surrounded by a million people
I still feel all alone
Oh, let me go home
Oh, I miss you, you know
Let me go home

I’ve had my run
Baby, I’m done
I gotta go home
Let me go home
It will all be all right
I’ll be home tonight
I’m coming back home

Home - Michal Buble

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

É 2ª feira...

E diz o Mr. Stress, com ar de mau:

Oh pá, larga a net e trabalha!

Eu: Ouve lá... Eu estou na net... a fazer as pesquisas que me pediste na semana passada!!!

Mr. Stress: Ah... Estás a fazer o que te pedi?

Eu: Sim! (qual é o espanto, porra?)

Mr. Stress (visivelmente mais calmo): Ah... ok!


E depois ainda dizem que eu que tenho mau feitio e tal e coisa, e coisa e tal... Se há gajos stressados, este está no topo da lista.

O meu fim-de-semana? Foi muito bom, mesmo! Obrigada por perguntarem.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Vou escrever sobre o tempo...

Apetece-me escrever apenas e só sobre uma coisa. O que me faz feliz. O arrepio na espinha, o bater desenfreado desta coisa a que chamam coração.

O abraço apertado, o olhar doce, as conversas, os planos, os sonhos, as certezas. Dúvidas? Nenhuma.

A vontade de pôr por escrito, uma a uma, as coisas que gosto em ti. Para saberes que são todas. Tenho vontade de te dizer que me faz falta aquela tua expressão. Aquela que te disse, lembras-te?

Mas depois penso que é melhor não. Que não devo escrever sobre aquilo que só eu e tu sabemos. Que ninguém tem nada a ver com isso, que são coisas só nossas e que devemos guardá-las só para nós.

Então é melhor escrever sobre o tempo, essa confusão instável que, nos últimos dias, tem mudado de meia em hora, em contraposição ao nosso estado que se mantém fiel e cresce a cada segundo que passa.

O tempo. A trovoada, a chuva, o cheiro a terra molhada… assuntos corriqueiros que me ocupam a mente e me resguardam, para que não conte a toda a gente o quanto te amo.

Está decidido, não vou escrever sobre o que me faz feliz.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Eu só queria ver o CSI...

Foi na semana passada. Eu sabia que era por aqueles dias, mas já nem me lembrava.
Uma tarde cheguei a casa e lá estava. Há quase dois anos que não tinha este luxo… Esporadicamente, em casa de uma amiga ou do mano, lá ia dando uma espreitadela. Mas nada como ter o comando da situação.

À revelia da miúda (acabou-se o Panda!) depois do jantar comido, tomei conta do sofá e exigi silêncio. Dois episódios seguidos de CSI. Há que tempos que não via um (com os horários a que passam…) quanto mais dois! Tablete de chocolate estrategicamente acessível… É agora!

Ainda não tinha acabado o genérico e o já meu telemóvel tocava… Que raios! Pois, tenho mesmo de atender… Amigas do peito atendem-se SEMPRE. Nem demorou muito. Contou as novidades, desabafou um bocadinho… e desligou porque tinha outra chamada.

Pronto. Agora não tem erro…
Até que o telefone toca de novo. Outra amiga. Daquelas que não se ignora. Para saber se a outra amiga tinha ligado, para contar as novidades, para fazer considerações sobre os últimos desenvolvimentos (dela, meus e das amigas em comum)…

Entre um telefonema e outro, perdi o fio à meada… É obvio que a criminosa era a loira (é sempre) mas a morena também não era boa rés.

Só passados dois dias, consegui ver convenientemente um episódio. E entenda-se que o “convenientemente” inclui balões a passar à frente da televisão, três cágados frenéticos que não param quietos no aquário e me distraem e claro, uma mãe agastada, que com cara de poucos amigos me pergunta “Posso falar?!”… ansiosa por me contar a última novidade que a amiga conseguiu por no blog (Gifs? Eu lá sei o que são gifs!!!!).

Reconheço… a geração da minha mãe vai muito à frente da minha, no que diz respeito a tunnig para blogs.

E sinceramente, já nem ligo nenhuma à televisão… Nem com Meo, nem sem Meo. Qualquer dia deixo de vir à net… Modernices!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

6 gelados depois

Porque corremos? Pelos nossos, pela carreira, pelo crédito da casa, pelas férias de 2006 ainda por pagar…

Pelas roupas de marca, pelo carro do ano, pelo telemóvel topo de gama…

Pelo fim-de-semana em Praga, pelo cruzeiro no Nilo…

Coisas importantes: parecer mais do que ser, ostentar mais do que ter, ser visto mais do que ver.

Sem falsos pudores (sim, porque o fim-de-semana em Praga até eu gostava) há coisas simples que sabem tão bem!

Como sorrisos sinceros e gargalhadas espontâneas. Cornetos de chocolate que teimam em ter coisinhas” em cima. “Oh mãe, come lá esta parte que eu não gosto”… E depois “o que eu gosto mesmo é isto (apontando para o cone)” e lá se faz mais um sacrifício… E a mim, fica-me sempre a dúvida de porque é que o Corneto de morango tem mais chocolate que morango...

Corações que se derretem como um Perna de Pau, à velocidade que se sorve um Super Max… ou com a ternura de um “Eu pedi um Epá para não sujar o vestido!”. E depois se esquece da indumentária e se atira a um Calipo de morango...

Coisas simples como jogos de apanhada, moches de putos, ausência de birras e nódoas de gelado. Pastéis de Belém (se dissermos “de nata” os empregados ofendem-se) com Coca-cola, chuva de relva, muitos colos e cavalitas (ai!). E no colo, cabe sempre mais um.

Não corro por coisas complicadas.

Desisto!

Há mesmo malta MUITO ESTRANHA!
Das últimas pesquisas feitas no Google, houve gente a chegar aqui com coisas como "mulheres maçãs topo homem corajoso", "badalhoquices" e... "placa frango bicicleta tabela periodica"(????). Isto para só falar nas melhorzinhas...
Vou-me deixar de fazer isto. Parece-me mais seguro. E já agora, abstenho-me de fazer comentários.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O que eu me divirto com isto

Sim, eu sei. É básico. Mas eu farto-me de rir com isto.

Mais uma vez, as pesquisas que a malta faz no Google e que as trás até aqui… Sem qualquer ordem, de preferência ou outra qualquer. Quem quiser que escolha a melhor.

} Colegiais sacanas vídeos – já por duas vezes tinham aqui chegado por buscas com “colegiais sacanas”. Desta vez incrementaram com os “vídeos” – São Paulo, Brasil

} Fazer malas viajar check list – devem haver sites muito melhores para aprender a fazer malas… - S. Salvador da Baía, Brasil

} Desenho de um espantalho – espero sinceramente que tenham procurado noutro lado. Aqui só tenho em fotografia. – Rio de Janeiro, Brasil

} Amo-te desenho – há gente que ama cada coisa! – Beja, Portugal

} Check list compras – haja malta a gostar de listas – Faro, Portugal

} Moldes bonecas de feltro – ainda bem que é de feltro… - desconhecido

} Sapo jeri – ai os bichos, os bichos – Minas Gerais, Brasil

} Devagar mas com confiança – quem procura acha, certo? – Porto, Portugal

} Orçamentos de piscinas – que tal consultar um especialista? – Santa Catarina, Brasil

} Sandálias Fly – consumistas! – Lisboa, Portugal

} Árvore laranjeira – muito esta malta gosta da natureza… - Lisboa, Portugal

} Azulejos para piscinas – eu mereço! Será que depois da pesquisa feita, o pessoal não percebe que isto não tem nada a ver com piscinas???? – Lisboa, Portugal

} Folha de orçamento – mas o que é que eu tenho a ver com isso? Sacana do Google, que só por eu uma vez ter referido uma dita folha, me reencaminha esta gente para aqui. – Goiás, Brasil

Crocodilos no quintal

Nunca fui fanática por bichos. Gosto, mas sem exageros. Tenho amigas que falam dos fiéis amigos como se de filhos se tratassem… Há a Jacinta, a Diana, o Vasco… E até há quem esteja a pensar fazer um blog dedicado às cadelas! Muito terá o Xunano para contar sobre a sua cadela epiléptica…

Já tive cães, gatos, periquitos. Lá por casa andam agora o Pirilinho (um peixe cor-de-laranja) e a Tuga (um cágado). A estes dois juntaram-se o Casco e o Curto, os cágados do meu sobrinho, que foram lá passar uma temporada enquanto o meu mano foi de férias para a Alemanha.

Uma noite destas, a fiscal dos cágados (vulgo minha mãe) deu por falta de um, que armado em macaco trepou a palmeira artificial do aquário e lançou-se para trás do aparador… Depois de o recolocar na água, a minha mãe decidiu desflorestar o oásis dos meninos e acabaram-se as palmeiras.

Entretanto, há dias falava com a Raquel sobre bichos. Além do caõzinho e do gatinho que ela passa a vida a pedir, naquele dia saiu-se com uma diferente.

Eu gostava era de ter um crocodilo e uma girafa!”… Humm… Complicado, não filhota? “Não mãe! Fazemos um lago e pomos lá o crocodilo.

Decidi não aprofundar muito a questão, senão ela ainda me saía com uma solução mirabolante para conseguirmos por a girafa no terraço.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Parece-me muito bem

JOSÉ

Significa "Deus acrescenta" e indica uma pessoa sensível, confiante e generosa, que sofre com os problemas alheios. É muito conciliador e conserva o auto-controle mesmo nas piores situações.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"Geek"? Eu?

Estranho... Como é que só com seis perguntas sobre pizzas, eles conseguem dizer tanta coisa sobre mim?
Cheira-me a marosca. Os tipos conhecem-me... de certezinha! Só não gostei do "geek"! Estão a chamar "geek" a quem, pá? Ai o catano...
Um aparte, o site é giríssimo, cheio de testes parvos para quem não tem mais nada que fazer. Não que seja o meu caso... Estou é sem vontade de fazer nada. É diferente.





What Your Pizza Reveals

Your appetite is pretty average. You don't go overboard - but you don't deprive yourself either.
You are a very picky pizza eater. Not any pizza will do. You fit in best in the Northeast part of the US.
You favor foods that are simple and high quality. You believe that showy ingredients only serve to cover up mediocre cooking techniques.
You are eclectic, stylish, and totally random with your choices.
You are definitely unique and artistically inclined. You should consider traveling to Prague.
The stereotype that best fits you is geek. You're the type most likely to order pizza to avoid leaving your computer.

Muito anos de vida

Eu achei que devia ter escrito alguma coisa ontem, sobre o teu aniversário. Mas depois pensei melhor e não escrevi.
Fiquei-me pelo singelo presente, a minha presença no jantar surpresa e a prometida foto do bolo no blog.

Cada palavra escrita é rigorosamente pensada e avaliada. Não vá eu descambar, apanhar-te em dia "não" e ficares mais um mês em black-out total.

Foi giro, foi divertido. Sobretudo a tua cara de surpreendida (disfarçaste bem amiga!)… O bolo, além de estar lindo, de chorar a rir, estava delicioso (ou não fosse de chocolate)

Aos teus 36 anos, à nossa amizade, à tua felicidade…E a mais 36.
Alinhas? 'Bute nisso!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

P'lo amor da Santa

Mais uma para a malta que me lê pensar "Lá está ela com a mania que é boa!" ou "Será que estas coisas lhe acontecem mesmo?"

Acontecem pois. Boa? Eu? Hum... Talvez!

Esta manhã, eu sossegadinha a beber o meu café e a comer um croquete, a folhear a VIP... e eis que um tipo (que não era o empregado) começa a levantar a loiça da mesa. Achei estranho, mas não perdi mais de 5 segundos com isso. Perguntou-me se o café que estava ao meu lado era meu, respondi que não e ele levantou essa chávena também.

E eis que o senhor pousa A Bola encima da mesa e pergunta-me com o ar mais descontraído do mundo "Não se importa que eu me sente aqui, pois não?"

Nem pensei duas vezes e confesso que nem olhei para o tipo direito. Até podia ser lindo de morrer, não sei. Pus o meu olhar gélido n.º 39 (aquele com requintes de malvadez) e disse "Vai-me desculpar, mas importo-me!".

Parecia um canito acossado, com o rabo entre as pernas, com o café numa mão e A Bola debaixo do braço, enquanto se dirigia para a mesa à frente. Não foi por falta de mesas que ele me perguntou se podia sentar na minha.

Porque foi? Sei lá eu. Há malta muito estranha. Chamem-me antipática, malcriada (eu ainda pedi desculpa!) desconfiada, presunçosa… Whatever! Mas que raio é que um gajo pode querer, quando se quer sentar com uma tipa que não conhece de lado nenhum? Ainda para mais, numa de descontração e boa disposição tipo “isto é normalíssimo”! Só faltou dizer-me alguma coisa do género “vamos ser amigos?”.

Eu sei que as pessoas andam cada vez mais distantes, ninguém conversa com ninguém, não há tempo para nada. Anda tudo agarrado à net, os melhores amigos conhecem-se no Hi5 e há até, pasmem-se, quem conheça a sua alma gémea através de um blog.

Mas eu nunca gostei que se metessem comigo à descarada. À parte da festinha no ego, acho completamente despropositado. Ofensivo até.

Só retive um pormenor: casado. Engraçado, não?

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Palavra nova

Fernando Alvim escreveu e eu subscrevo.

O amote deveria ser escrito assim

Não percebo porque é que o amo-te se escreve desta forma: amo-te, quando deveria ser desta: amote. O amo-te não deveria ter hífen ou tracinho como se costuma dizer. O amote que eu falo, este, não deveria ter espaço para que nenhuma letra respirasse, para que ficassem ali as letras apertadinhas de forma a não caber mais nenhuma porque a verdade é que quando se ama alguém não cabe mais ninguém ali, porque não há espaço, porque as letras estão literalmente sufocadas por essa palavra que se deveria escrever apenas e só assim: Amote.

Nem mais. É isso mesmo. Eu que andava à procura de uma palavra nova...

Finalmente Setembro

E começou tão bem.

Tanto tempo à espera de Setembro e, de repente, o mês arrancou em força, repleto de coisas boas.

A Sara nasceu ontem, 2 de Setembro, às 9h23m, no Hospital Garcia da Horta, com 2,450 Kg. Segundo a mãe, nada suspeita e em quem eu confio plenamente, é linda, linda, linda.

Estou feliz. Muito feliz.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Azulejos & Piscinas

Não foi o sorriso, não foram os olhos. Não foi sequer a voz ou o toque da pele.

Foi muito mais que isso. Ele era construtor de piscinas, ela pintava azulejos.

Esbarraram-se numa esquina, em Abril, ambos tão absortos nos seus problemas que nem deram um pelo outro. Quando chocaram, os orçamentos das piscinas dele misturaram-se com os desenhos dos azulejos dela.

Nem se cumprimentaram. Nem pediram desculpas… andavam azedos com a vida e não tinham tempo a perder. Apanharam os papéis à pressa e seguiram, sem sequer se olharem devidamente.

Mais tarde, ela encontrou um papel que não era seu, no meio dos seus desenhos.

Era um texto estranho… parecia um projecto de vida, alinhado por itens a cumprir, como se fosse uma promessa a alguém. Entre outras coisas, o homem com quem tinha esbarrado naquela tarde, tinha escrito:

Prometo nunca te mentir, prometo fazer tudo para te fazer feliz para o resto das nossas vidas .
Queria que o compromisso ficasse escrito.


Não estava dirigido a ninguém, não tinha destinatário, não começava com “Minha querida…” Ele apenas pedia desculpa por escrever numa folha de orçamento e assinava o seu nome.

Ela arrepiou-se ao ler aquilo. Procurou no resto dos papéis se havia mais alguma coisa dele. Nada. Na folha de orçamento não havia nada que o identificasse, além do nome próprio. Não dormiu naquela noite…

Já ele, encontrou um desenho perdido no meio dos orçamentos. Um esboço de uma horta que ela sonhava um dia vir a ter… Ao lado do desenho haviam notas, com os nomes das coisas que queria plantar. E claro, um desenho tosco de um espantalho com uma tabuleta ao pescoço, onde se lia “Celdélio”.

Ele riu-se com o projecto. Era engraçado e dava a sensação de ter sido desenhado com muito cuidado. Pensou nela, mas não tinha retido nenhum pormenor. Mal tinha olhado para ela. Maldisse a hora em que não perdeu tempo a reparar nela. Não dormiu naquela noite…

Projectos de piscinas e pinturas de azulejos à parte, nos dias que se seguiram, nem um nem outro pararam de pensar no que tinha acontecido.

Ela guardou a folha de orçamento, muito direitinha, entre dois livros."Tudo o que ele sempre quis” de Anita Shreve e “Quero-te muito” de Pedro Strecht.
Ele, à homem, dobrou o desenho mais ou menos e enfiou-o na bolsa de fora da mochila com que andava todos os dias… Assim, tinha-o sempre por perto.

Os dias foram passando e a lembrança de um e de outro não esmorecia… Imaginavam-se, abraçavam almofadas e falavam sozinhos.

Até que em Agosto, já quase em Setembro, ela decidiu-se a pedir um orçamento para a piscina. Ele chegou numa manhã quente, cumprimentou-a educadamente e ela encaminhou-o ao jardim.
Nada despertou a atenção um do outro, tudo parecia normalíssimo, até que ele perguntou de que lado ela queria a piscina.

Ele caminhava à frente dela quando a ouviu dizer:

Deste. Naquele lado vou fazer uma horta, com um espantalho chamado Celdélio

Ele gelou. Virou-se para ela devagar e olhou-a olhos nos olhos. Ela retribui o olhar, sentiu um arrepio e foi como se o tivesse conhecido toda a vida.

Hoje vivem juntos numa aldeia algures por aí. Não chegaram a construir a piscina. Ela deixou de pintar azulejos e fez um Horto. Ele continua a construir piscinas. E o Celdélio guarda o amor deles melhor que a própria horta.

Deleite

Pensava eu que isto era uma empresa séria. Acabei de receber um forward de um e-mail de um alto quadro que se armou em esperta e usou daqueles tradutores de bolso da net…

A senhora até queria dar uma de moderna e mostrar que se esforça em falar português. Resultado?

Em vez de um e-mail profissional, em que uma colega estrangeira se apresenta e diz que terá gosto em trabalhar com ele, o Mr. Stress recebeu algo que mais parece um engate de casa de alterne:

"(...) Envio-o este mail para apresentar-me.
Sou deleitada de fazer mais amplo conhecimento com você. (...)"

Pois! Nada como o "deleite" para demonstrar o profissionalismo da malta.

E em vez de assinar como Directora de alguma coisa, despede-se como Directriz…

Ai, ai… ele há cada uma que contada ninguém acredita.

Impasse

Não me apetece. Ou melhor, apetecer até apetece… mas não nestes moldes. Apetece-me chamar os bois pelos nomes, deitar por terra as analogias que só poucos entendem e de uma vez por todas deixar cair os muros altos.

Escrever sem segundo sentido, sem censuras, consciente ou inconscientemente impostas, sem me preocupar se ofendo ou deixo de ofender, se há quem goste ou quem deteste.

A vontade é muita mas o espaço é, por todas as razões e mais alguma, impróprio. Por essas, e por outras, dei por mim há dias a escrever… em papel. Onde só leu quem tinha de ler.

Não quero acabar com isto. Mas o objectivo inicial (era qual?!) ficou perdido nos mais de sete meses que entretanto passaram.
O facto de escrever para mim, como terapia, já nem é tão essencial. É um pouco como chegar ao fim da caixa dos comprimidos e perceber que o tratamento acabou. Não só pelo medicamento em si, mas pelo todo que se criou em volta. Pelas forças que se ganharam à custa de muita cabeçada, pelo constatar de que se sabe EXACTAMENTE o que se quer, pelo facto de tomar consciência de que “isto” não é uma prioridade…

E quando digo “isto”, refiro-me ao blog. Há já uns tempos que isto deixou de estar no top das minhas prioridades. É obvio que esse sentimento não se estende aos amigos que por aqui andam. Com os quais sempre tenho outras formas de contacto… Mas agora que escrevo sobre o assunto, chego realmente à conclusão que este tasco já viu melhores dias.

Não que eu esteja mal, longe disso. Só que não me apetece escarrapachar aqui tudo o que me vai na alma. Ainda não decidi o que vou fazer. Estou num impasse...
A solução está à vista... só falta tomar consciência dela e decidir-me.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Ease my troubles

Há coisas que são como as bombocas:
"Só há esta!... É p'ra mim!"

Está quase...

Tomamos consciência do que é importante com a idade. Este ano parece um torpedo. Não pára. E segue a uma velocidade alucinante.

No final do ano passado, para desejar aos meus amigos um bom ano novo, enviei uma sms em que, entre outras coisas, dizia “2007 é o meu ano!”. Ainda é cedo para fazer balanços, mas cada vez mais tenho a convicção que acertei na previsão.

A saúde que não falta, os amigos que persistem, o muito que ganhei, o pouco que perdi… e o tudo que aprendi.

Estamos quase em Setembro. E eu que ando à espera de Setembro há tanto tempo… agora, está quase aí.

domingo, 26 de agosto de 2007

Tudo em um

Ando preguiçosa e sem vontade de escrever. E sinceramente, com mais que fazer (desculpem lá qualquer coisinha). Vai daí, nada melhor que enfiar três dias num só.

Noite de 6ª feira: jantar fantástico no Bairro Alto, com companhia 5 estrelas. A animação da Ana e do Miguel, as histórias divertidas do Nuno e da Lili e o alto astral da Guida. A pedido da Ana, para não esquecer, uma frase que me anda a bater (“escreve lá no blog!”):

Apaixona-te pelas qualidades, ama pelos defeitos.


Sábado e Domingo: dias calminhos a visitar amigas e em festas de aniversário, onde a boa disposição foi mais que muita.

Fica a foto do presente, saído destas mãos, para a Nônô que fez 5 anos no passado dia 21.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Laranja Lima

Sempre gostei de flora. Condiz comigo. Já plantei umas quantas árvores, arbustos, plantas e plantinhas.

A última que plantei foi uma roseira, cujo primeiro botão floriu há dias. De um rosa lindo.
Numa casa onde morei há uns anos, plantei dálias, jarros, gladíolos, rosas, patas de cavalo, fetos e sebes. Sou daquelas que fala como as plantas e lhes faz festinhas (há gente para tudo). Também lá tinha buganvílias e hortenses. As buganvílias eram de um amarelo-torrado lindo e apesar de já lá estarem quando nos mudámos, eram das minhas preferidas.

Tudo isto para dizer que tenho uns quantos saquinhos de sementes, comprados há uns bons meses, há espera da mudança, para irem para o seu devido lugar. E mais a roseira que, mais dia menos dia, vai precisar de ser replantada.

Mas o que eu queria mesmo era uma árvore de fruto. Tipo um pé de laranja lima. Mas também pode ser uma laranjeira ou um limoeiro, ou até um pessegueiro.

O Meu de Laranja Lima é uma história deliciosa de um menino de cinco anos que conversava com a árvore do seu quintal.

Não, não quero voltar a ter cinco anos ou falar com árvores. O que eu quero mesmo é a árvore no quintal.

Já esteve mais longe.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Lista de mimos

Dá sempre jeito ter uma listinha destas à mão. Ainda para mais quando o(a) visado(a) responde à letra. Ai, o que eu gosto quando me dão luta...

Abecúla - pessoa desajeitada; aselha; pessoa pouco inteligente e/ou parva
Camafeu - pessoa muito feia
Estronço - de "estronçar" verbo transitivo que significa partir as couves em troços;
Estropício - dano; maldade; malefício; desperdício
Estuporado - mau; ruim; estragado; arruinado
Lontra - indivíduo preguiçoso (figurado)
Lorpa - imbecil; parvo; patego; grosseiro
Palhaço - pessoa que está sempre a brincar e/ou a dizer piadas nem sempre com muita graça; pessoa que não é possível levar a sério; pessoa que muda constantemente de opinião (figurado)
Palonço - aquele que é imbecil, parvo,
Papalvo - indivíduo que se deixa enganar facilmente; pacóvio; simplório
Pindérico - pelintra; miserável; mal vestido; piroso

Agora aquela que eu gostava mesmo de encontrar o significado era "Camúrcio"... Acho a palavra uma ternuna. Mas não gosto de dar mimos sem saber o que estou a dizer!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Férias de 80

Eu devia ter uns 8 anos. Como já fazíamos há uns tempos, as férias eram em Espanha, Ilha Canela.
Havia sempre família e amigos por perto. Éramos sempre uma carrada deles. Uma animação, portanto.

A meio das férias, era hábito irmos a Sevilha. O material escolar era quase sempre comprado no El Corte Inglês e eu adorava ter sempre coisas diferentes do resto da malta (a mania que sou boa começou cedo).

Ora levante lá o braço quem é que nunca foi assaltado em Sevilha, nos loucos anos 80. Só quem não pôs lá os pés, de certeza.

Foi isso mesmo que aconteceu. Com a inexistência de cartões Multibanco, o meu pai foi ao banco levantar dinheiro. Provavelmente fomos seguidos. Regressámos ao carro, para por compras ou fazer outra coisa qualquer. Com o porta bagagens aberto, o meu pai pousou a sua bolsa à tiracolo.

O que se passou a seguir parecia uma cena saída de um filme e lembro-me como se fossem flashes.

Um tipo passou a correr e agarrou na bolsa. O meu pai disparou atrás dele. Como miúda que era achei que ele o ia agarrar. Mas apareceu um tipo de mota na esquina, quando o meu pai estava quase a apanhá-lo e desapareceram os dois. Com a bolsa. Onde estavam os nossos bilhetes de identidade, passaportes e dinheiro para o resto das férias.

Durante as horas a seguir andámos pelo consulado e pela polícia a tentar remediar a coisa. Mesmo não tendo consciência das implicações todas do que tinha acontecido, lembro-me que me fartei de chorar. Tínhamos sido roubados e eu sabia que não éramos propriamente ricos.

Naquela altura, estando os meus pais mais ou menos abonados, todos os anos, eu e o meu irmão recebíamos um presente nas férias. A condição era ter passado de ano. Eu já tinha escolhido o meu presente. Havia começado a febre dos bebes chorões e eu queria um!

Essas compras ficavam sempre para o final das férias, por isso, quando fomos assaltados, eu ainda não tinha o meu chorão. E percebi logo que iria ser complicado.

O meu tio Fánã (qual é o tuga que não tem um Fánã na família?) que estava de férias connosco prontificou-se a emprestar dinheiro ao irmão (meu pai) até ao final das férias. Mas emprestado não é dado e o certo é que tínhamos levado um rombo ‘daqueles’ no orçamento.

Os meus pais explicaram-me, e eu entendi, que o meu presente iria ficar em suspenso até ao fim das férias. Apesar de me estar prometido, tinham de ter em conta outras despesas mais prioritárias, e só no fim saberiam se o dinheiro chegava!

Vivi o resto das férias na ansiedade de saber se ia ter o meu boneco ou não. Para agravar a coisa, a minha prima Luisinha, três anos mais velha que eu e um poço de altruísmo e bondade, já tinha o seu bebé chorão, novinho em folha. E fazia questão de me mostrá-lo a toda a hora, sempre com um recado transmitido à laia de ameaça, na sua vozinha de cana rachada irritante: “Não toques! Podes estragar!!”. Uma querida, portanto.

Finalmente, chegaram os últimos dias de férias. O meu pai transmitiu-me, de sorriso rasgado, que íamos comprar o meu boneco. Boa! Fiquei radiante.

Fomos os quatro para Ayamonte, em busca do boneco. Mas a febre foi tal, naquele ano, que não sobrou nenhum! Corremos as lojas todas e nada! O meu pai decidiu então fazer 70 quilómetros, até Huelva, para ver se encontrávamos o bendito chorão. Perante a convicção deles, fiz por aguentar o choro. Afinal, ninguém tinha culpa. A minha mãe já dizia que se não houvesse ali, comprávamos em Lisboa, que desse por onde desse, eu haveria de ter o boneco.

Ao chegar a Huelva, fomos percorrendo as ruas de carro, olhando para as montras das lojas. O silêncio era aflitivo. Até que a minha mãe disse “Está ali um!”. Saiu do carro e demorou o que pareceu uma eternidade. Já não me recordo se o meu pai também lá foi. O boneco da montra estava reservado e a dona da loja estava renitente em vendê-lo à minha mãe. A única forma de o trazerem foi comprarem a alcofa também.

Resumindo e concluindo, além do boneco, ganhei também a alcofa de palha. E os meu pais, aos meus olhos, ficaram um bocadinho mais heróis. Esta é apenas uma das histórias da minha infância feliz. Tenho muitas outras. Tantas ou mais, como as que espero a Raquel venha a ter.

Ah… é óbvio que esfreguei o boneco (e a respectiva alcofa) no nariz da minha adorada prima Luisinha. Não sem antes lhe ter dito “Não toques. Podes estragar!!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Quintas e Vilas

Conversa entre mim e uma colega, antes das 10h da manhã. Tenham presente que a loira sou eu, ok?

Loira: Falta aqui o ficheiro da Quinta do Conde.

Morena:
Não. Está aí.

Loira: Não… Já vi, não está.

Morena: Mas que coisa, vê melhor! Acabei de o ver.

Loira: (a pensar com os seus botões) Grande porra…Vê lá com calma… Ora Penafiel, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Rio Tinto, Santarém… Não!

Olha lá, não está mesmo…

Morena: (com cara de poucos amigos) ESTÁ!


Loira: Já a achar que provavelmente até está… abreviado ou alguma coisa do tipo e a minha loirice está a dificultar o processo. Com muita calma e concentração eis que o ficheiro "Vila do Conde" me salta a vista. Lá dentro, sossegadinho e muito bem arrumado, o documento que eu procurava de Quinta do Conde.

Olha lá (um bocadinho a medo) está em Vila do Conde...

Morena: Pois está.

Loira: ??????!!! E? Está errado, não?

Morena:Está lá ou não está? - Como quem grita "Eu tinha razão, óh minha parva!"

Devo ser eu que sou picuinhas!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Parceiro ideal

E diz a Ana V. :

Evolução

As revistas Cosmopolitan e Men's Health publicaram recentemente um estudo sobre Amor e Sexo, feito num universo de mais de 40 mil pessoas de todas as idades e dos seguintes países: Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, Holanda, E.U.A., Brasil, México, Filipinas, China, Ucrânia e Sérvia.

Uma longa lista de perguntas visou definir o(a) parceiro(a) ideal, tendo como base que se trata de parceiros para um relacionamento, e não de parceiros ocasionais e inconsequentes. As principais conclusões são agradavelmente surpreendentes, sobretudo se tivermos em conta a quantidade de latinos envolvidos no estudo:

1. Os homens preferem, claramente, as mulheres inteligentes às bonitas.
2. As mulheres preferem homens com sentido de humor a exemplares bons na cama.
3. Apesar disto, as mulheres querem e precisam mais de sexo do que os homens.
4. Todos os inquiridos (de ambos os sexos), querem sobretudo alguém que os faça sentir únicos.
5. Todos, ainda (de novo em ambos os sexos) procuram parceiros que cuidem da sua imagem, mas sem exageros.

Ou seja, parece que a aparência (aparentemente (!)) deixou mesmo de ser uma questão central, e a sua importância raramente ultrapassa as primeiras impressões. Longe vão os tempos em que as mulheres suspiravam por uma virilidade explícita e incontestável, feita de estereótipos ancestrais que envolviam o poder e as capacidades físicas. Mas também depressa se esgotou a novidade dos dúbios conceitos de metrosexualidade, surgidos recentemente. Por outro lado, a absoluta hegemonia da beleza também já passou à história, nas prioridades dos homens.

Resumindo, ninguém quer narcisos fúteis, gente centrada em si própria e alheia ao mundo que a rodeia. Ninguém já quer Barbies ou Kens. A humanidade sempre vai evoluindo, afinal de contas.
Devagar, mas vai.


Eu ando há que tempos a dizer que o meu príncipe encantado preferido é o Shrek... Não que o queira roubar à Fiona, que eles estão bem um para o outro e eu ainda me arriscava a um arraial de porrada com muita latada na tromba. Nada disso! Mas o estilo é, de-fi-ni-ti-va-men-te, esse.

A verdade

Uma boa amiga comentou comigo há dias que adorava esta letra. Independentemente do gostar, ou não, o facto é que ela anda há uns tempos a fazer-me alguma espécie.
Sem ligar muito à voz do senhor, à sonoridade ou até à qualidade da canção como tal, concentrei-me na letra.
É, realmente, qualquer coisa. De quê? Hum... não interessa!
A amiga lá sabe porque gosta dela. E hoje que regressa ao trabalho, deve estar necessitada de uma forcinha.
(diz) a verdade

se te perguntarem por nós,
sobre que coisa fazemos quando estamos juntos,
diz a verdade
que deslocamos os cometas sem querer,
as estrelas para desenhos e a lua garantindo o amor

diz a verdade
sobre a intervenção na cósmica escolha dos casais,
a obrigação de nos obedecer
não fosse o universo desentender quem somos
e favorecer a separação
ou, pior, o não nos havermos conhecido

in Paulo Praça - Disco de Cabeceira (2007)
Letra de Valter Hugo Mãe

sábado, 18 de agosto de 2007

Cozinhados

Cá em casa dizem que ando inspirada... A pequena saiu-se com um "fazes tudo maravilhoso".
Pois. Ficam as imagens das últimas produções, que incluem porta-chaves em feltro.







sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Connect the dots

Um discurso que mexeu comigo. Comecei por ver, mas achei melhor ler...

Este bocadinho é só uma amostra.

"Your time is limited, so don't waste it living someone else's life.
Don't be trapped by dogma — which is living with the results
of other people's thinking.
Don't let the noise of others' opinions drown out your own inner voice.
And most important, have the courage to follow your heart and intuition.
They somehow already know what you truly want to become.
Everything else is secondary."

Cada vez mais acredito que a vida é como um daqueles desenhos de pontinhos. É preciso uni-los, todos, para que o "desenho" faça sentido.

Verdade absoluta


Li num blog alheio e pensei "Olha... pois é!"

Todas as flores precisam de um pouco de estrume
para crescerem fortes.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O Rei está vivo

Conheço as letras, as músicas, os filmes. Posso não ser a fã n.º 1, mas sou fã. Estava ele quase no fim, quando eu nasci...

Pela voz do meu pai (que não sabia duas palavras de inglês) ouvi muitas das canções dele. Era deliciosa a maneira como ele dizia my blue suede shoes...

Ternurenta foi também, mais tarde, aquela que inventaram... de ter sido o Forest Gump a ensiná-lo a dançar. Por essas e por outras, amo esse filme.
Para poderem cantar à vontade:

Love me tender,
love me sweet,
never let me go.

You have made my life complete,
and I love you so.

Love me tender,
love me true,
all my dreams fulfilled.

For my darlin' I love you,
and I always will.

Love me tender,
love me long,
take me to your heart.

For it's there that I belong,
and we'll never part.

Love me tender,
love me dear,
tell me you are mine.

I'll be yours through all the years,
till the end of time.

30 anos

Boa imagem

Dizia eu… que gostava disto mais animado. Mania de cuspir para o ar!

Mr. Stress voltou um stress. Depois de duas semanas e mais uns dias de bronze, é vê-lo, logo no primeiro dia de trabalho, a estrebuchar, gesticular, corado que nem um pimentão.

Tudo porque uma colega nossa meteu a pata na poça e eu fui apanhada no meio. Por formação profissional, aprendi que o cliente tem sempre razão. Mesmo quando não tem. E há coisas que não se dizem em relações profissionais… “Você é uma besta” parece-me ser uma delas.

Não está em discussão o grau de bestialidade do senhor. Está em causa a maneira como “conseguimos” ser pouco profissionais e “descartar-nos” com a pouca amabilidade do cliente. Um sacudir a água do capote digno de registo.

Resumindo e concluindo, cabe-me a mim resolver a questão. Apanhada na curva, terei de dizer ao ofendido que ele afinal não é besta nenhuma, a minha colega é que estava um bocadinho alterada e não viu bem as coisas.

Tudo em nome da boa imagem da empresa e de um negócio em riscos de se perder.

Eu acho que já escrevi para aí em qualquer lado que gosto muito do que faço, não já? Pois… é mesmo isso.

Cartas de Amor...

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Agosto

Gosto mais quando há movimento. Quando os telefones tocam e o Sr. Stress fica um… stress. Parece que não se passa nada e está tudo em suspenso. Parece não, é mesmo.

Há pouco ligou-me um colega, que sabe que está meia empresa de férias e perguntava-me em tom de gozo “Aguentam-se?”… Respondi prontamente “Não pá… falta-nos um para sueca!

Aqui no meu open space, estamos três a engonhar. Literalmente.

Não se ouvem teclados, nem conversas ao telefone. Tirando eu, deve estar tudo na net. A ler as últimas ou a ver coisas decentes. Nada de vídeos no YouTube ou sites badalhocos, que isto é uma empresa séria e essas aventuras estão bloqueadas.

Mais uns dias e volta tudo ao normal. Mas assim até sabe bem vir férias. Custa menos. Digamos que é mais a gosto.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Voltei

Ao trabalho. Meio escritório de férias ajuda a lidar com o choque de ter de voltar ao batente.

Como diz uma amiga minha... "quem me dera ser caixa de supermercado no Brasil!"

Porquê?

Já repararam no ar de felicidade de uma caixa de supermercado no Brasil? Sempre de sorriso fácil.

E se alguém pergunta se tem alguma coisa que não encontra, a resposta é, invariavalemente "Ocê viu se tinha lá?"

"Vi. Não tem!"

E sem se mexerem, dizem convictas:"Então não tem!"

Eu sei que só ganham 15o€ por mês (as que ganham). Mas dinheiro não trás felicidade. Quanto muito, manda buscar.

Vou trabalhar... Que apesar dos três negócios que "borregaram" nas minhas férias, não posso responder "Então não tem!".

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

800 e alguns kms depois

Para começar, três esclarecimentos:

1. As “brincadeiras” lá em baixo, nos comentários ao texto “Estou no ir” caíram lindamente e não correram nada mal. Ou não tivesse deixado o tasco bem entregue, com a digníssima supervisão da Senhora minha Mãe, (aka AL, para quem ainda não entendeu).

2. Os problemas “logísticos” abaixo mencionados e que impediram o prolongamento da nossa estadia em terras algarvias, deveram-se única e exclusivamente a uma crise de identidade de um sofá cama. Passo a explicar: um estupor de um sofá que sempre toda a gente pensou tratar-se de um sofá cama, e que afinal não era mais do que um simples... sofá. O dito até tinha ar de sofá cama e enganou bem a malta até à altura em que o tentaram transformar em cama. Resistente até à última parecia afirmar: “Eu sou um SO-FÁ! Esqueçam lá isso.” E pronto, esquecemos.

3. Os 800 e muito quilómetros foram feitos na ida e na volta, mais o passeio a Espanha e o 'acrescento'. Por 'acrescento' entenda-se “alguém” que não viu a saída para Lisboa e só se apercebeu disso perto de Lagos. Podia justificar com a distracção da conversa com a pequena, do “come o bolo” e do “não entornes o leite”, ou com o “mãe, deixei cair a minha concha” e o apanhar da concha. Mas não vale a pena. Acho que teve a ver com a pouca vontade de vir embora (e a loirice, óbvio).
Convém esclarecer que as fofas que se aperceberam da demora para chegar a Lisboa, me apelidaram de “tola” e “parva”. Nada como insultos carinhosos de quem gosta de nós!

Nota: Estão dispensados os comentários ao ponto 3.

Agora vamos ao que interessa e a começar pelo início.

Cabanas

Acolhimento 6 estrelas superior, como é hábito nos CruzRamos!





A travessia da Ria Formosa a pé, com lodo até aos joelhos e três crianças a duvidar se aquilo seria mesmo divertido.

Parece que chegámos no dia certo, ou não fosse dia de churrasco na praia, dos Santamarotos. O que se traduz num grupo de mais de 50 pessoas, muita animação e claro, churrasco.



Só não gostei muito do estado do mar, que me valeu uma centrifugação como já não tinha memória. Enrolei-me à grande numa onda e a sensação não foi de todo agradável. Tal como a percentagem de areia dentro do biquini (que não foi baixa) o desarranjo do mesmo e o ar alucinado ao sair da água.

Do mal, o menos, a sangria estava fantástica (mesmo com a falta de açúcar). Apesar de ter entornado dois copos. Claro que ao quarto copo já toda gente estranhava e tive de explicar várias vezes que dois tinham sido desperdiçados na areia. Saímos da praia já tarde, com a ajuda do Montez para atravessar a Ria, entretanto cheia.

Um dia muito agradável, sem dúvida. A noite não foi menos. Muita conversa, animação e... pronto, confesso! Já passava da uma da manhã quando me desafiaram para ligar o portátil. Não resisti. Mas foi coisa de meia hora. Nada grave, portanto.

Ao segundo dia tivemos azar com o tempo. Muito vento. Depois das arrumações, ficámo-nos por umas voltinhas e umas compras. Coisa pouca. Até porque já me tinha estreado no dia anterior.

E à custa do "Miga, vamos comprar biquinis? Vamos, miga?" eu é que enfeirei e não a vi a comprar trapinho nenhum!


Comprei um vestido liiiiiindo que se farta e que me fica a matar (não podem dizer que não fica, porque eu não mostro, boa?).

Com muita pena nossa (e a presunção leva-me a afirmar que deles também) seguimos viagem um pouco mais para adiante.

Vila Nova de Cacela

Não fazia ideia que fosse tão perto. Mal entrámos no carro e já lá estávamos.

A nossa Sara está cada vez maior e Setembro está mais próximo que nunca. Já está tudo ansioso para a ver cá fora. A minha Élita está linda. E os primeiros sete meses passaram tão depressa... A Raquel adorou sentir a princesa a mexer-se e é amoroso ver Toni e Élita tão babados com esta gravidez.

Acabadinhas de chegar e prontas para partir novamente. Fomos todos passar a noite perto de Portimão, onde mais três simpáticos nos esperavam.

Não vou divulgar o nome do local, tal como prometi, pois é bom demais para estragar. Fiquem-se apenas com as fotos e com a minha garantia de que o sítio é EXTRAORDINÁRIO. Ideal para férias de absoluto descanso, sem nada que incomode, no meio de coisa nenhuma, com um bom gosto fantástico. A noite esteve fabulosa e vi um céu estrelado como há muito não me lembrava. E não faltou uma estrela cadente. Sim, pedi um desejo, mas não isso agora não interessa nada.





Dá para ver bem a avestruz, na foto da esquerda. Já o burro, fez-se de esquisito e não quis aparecer! Feitios. Havia também o Chaparro, um cão enoooorme preto, mas que nem chegava perto de nós. Tão pachorrento que passou o dia como se pode ver na foto: a dormir. Nem mostro as fotos das casas por dentro, que assim já dá para deixar muita água na boca.



O dia seguinte foi passado a gozar a piscina e a explorar o local. A boa da Anabela brindou-nos com umas deliciosas espetadas mistas, que os meninos fizeram a delicadeza de grelhar no carvão.





Entretanto, Raquel e Bruno entretiveram-se a brincar com “alfarrogas” (não valeu de muito explicar à minha criança que eram alfarrobas, por sinal, até mais fácil de dizer que a palavra que ela inventou).

É engraçado ver como aqueles dois se dão. O puto é um mimo. Não diz os erres no meio das palavras, o que faz com que seja uma delícia ouvi-lo. E ainda viu uma “bibelinha”. Melhor que essas, só a da minha princesa, que se saiu com um “estou ‘preciosa' para ir para piscina”... Por “preciosa”, entenda-se “ansiosa”!

Ou a da Élita agarrada à taça de gelatina com um “ninguém quer mais, pois não?”.

Já saímos de lá tarde, de novo a caminho de Vila Nova de Cacela.

Seguiram-se dois dias de praia, almoços de peixinho grelhado, sestas refasteladas e um jantar absolutamente fabuloso, no Restaurante Costa, em Fábrica.

As amêijoas estavam de comer e chorar por mais. Só foi pena a Élita não poder comer e ter passado o tempo todo a dizer coisas como “espero que tenham areia”, “isso devia ter era estricnina” e “vocês ainda vão apanhar uma intoxicação alimentar”. Mas estavam tão boas que eu e o Toni nem a ouvimos. A juntar a isso, um arroz de marisco comido com a Raquel a dormir ao meu colo, a Ria Formosa mesmo ali ao lado, e mais duas amigas encontradas por acaso e que fizeram companhia para o café.

Isla Canela

Ano que não vou lá, parece que não é ano. É um dos meus lugares favoritos. E já lá tinha estado em Abril.
O lugar em si nem tem nada de por aí além. Mas encerra muita coisa. Mais de duas décadas a caminhar para lá, muitas histórias e muito de mim e dos meus.

Aconteça o que acontecer, sei que vou voltar ali, sempre. Até a areia me parece diferente de outros sítios. O dia esteve fenomenal, passámos a manhã quase toda dentro de água, caminhámos à beira mar, cumprimentámos velhos amigos.

Almoçámos no Chiringuito da praia e a Raquel comeu o seu gelado favorito. Um que, além do gelado, trás um ovo de chocolate com brinde. Não admira que a Raquel nunca se esqueça de o pedir quando lá vamos.

À tarde fizemos como todo o bom tuga que vai a Espanha: enchemos o depósito do carro (ainda dá para poupar uns tustos) e fizemos compras. Por acaso, não comprei caramelos. Como eu também tenho petiscos preferidos, não viemos embora sem me sentar numa calle a comer um pulpo alimado, enquanto a pequena se deliciava com pão com manteiga e um sumo de laranja.

De novo regressadas a Vila Nova de Cacela, queimámos os últimos cartuchos. Mais praia, mais petiscos e a boa companhia de amigos queridos. Sem esquecer as bolas de Berlim na praia (agora sem creme, por causa da ASAE) e o tapete de algas que resolveu invadir a praia da Mantarrota.

Das birras da Raquel e dos meus sermões, ficou-me a resposta “Oh mãe, tu já sabes que tens uma filha assim, o que é que queres?!

Este texto devia estar cheio de smiles e lols! Não querendo abusar da redundância, ficam os adjectivos que melhor definiram estas férias: fabulosas, extraordinárias, divertidas, bem dispostas, fantásticas!

A todos que nos receberam, aturaram e mimaram, obrigada.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

1,2,3! Já cá estamos outra vez

E pronto... já voltámos. Era para demorar mais uns dias, mas problemas "logísticos" obrigaram a um regresso antes de tempo.
Mas correu tudo muito bem! Companhia fantástica, acolhimentos fabulosos, tempo a condizer. Agora vou só ali pousar as malas e já venho contar o resto. Bem... "parte" do resto. Ou o que me apetecer.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Gosto disto

E como as coisas boas devem ser partilhadas... aqui fica.

Gosto da música, da voz anasalada do Elvis, do seu ar pateta, da letra, do filme...

Estou no ir

É só um “até já”. Quase um “até amanhã” mais prolongado...

Umas férias não planeadas, dedicadas ao estudo profundo do conceito de “turismo de infiltração”, com o qual irei travar conhecimento pela primeira vez.

Malas feitas, depósito atestado. Amanhã de manhã é só fazer-me ao caminho com a pequena e depois... Bom, depois conto quando regressar.

Se calhar devia deixar um texto todo lamechas, a transmitir as saudades que vou ter do meu blog e dos meus comentadores todos... mas não me apetece. Até porque é só uma semana, não há necessidade de fazer cenas (ai, ai... espero que haja net no Algarve!).

“Vemo-nos” lá para dia 10, ou 11... ou quem sabe, 12 de Agosto.

Inté