Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Daqui a um mês


É para aqui que eu e as minhas Marias vamos passar férias este ano.
Já estou em contagem decrescente! E não vale a pena perguntarem "Onde é?" que eu não me descoso. Elas não sabem e é surpresa!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Olhando para estas fotos consigo imaginar...


As caracoladas, as velas, os amigos todos, ao molho, ou um de cada vez...



As muitas, muitas, muitas, MUITAS fotografias nas paredes!


Os pequenos almoços, os lanches, os petiscos para os amigos.



A cama branca com outra cama de gavetão, para as amigas e para a Avó,
a colcha às riscas, a letra R pintada na parede, os peluches e as fotografias.



A minha cama com a cabeceira em ferro forjado, preto.


Eu sonho acordada com isto. O meu canto, o meu refúgio, o meu porto de abrigo.
Está quase. Está quase, quase!

Necessidades

Eu sei que vou parecer o meu Paizinho a falar, mas é por causa de gente desta que este país de merda não anda.
A senhora quer fazer xixi. E a casa de banho está fechada para limpeza. Na limpeza são usados desinfectantes, certo? Não entra ninguém durante a limpeza, certo? Certo!
Ora a senhora, como está muito à rasquinha, como a própria disse, não entende que não a deixem ir fazer xixi. Querem que eu faça pelas pernas abaixo, é? Eu? Eu quero é que você me desampare a loja, sua bestinha!
Óh minha gradecíssima labrega, mijasses em casa... a sério que me apeteceu! Mas não. Vai lá. Se estragares o fato de treino ou o ténes da feira, problema teu. Se escorregares no chão molhado e bateres com a tromba no mosaico, ainda pagas o arranjo.

Queres o livro? Pega, escreve para aí, lambisgóia de um raio!

"Ai... olhe, enganei-me!" E novidades? Hum? Outra coisa não seria de esperar. Escreve na outra folha, estuporada.

Conclusão. Eu agora é que tenho de mandar esta merda para a ASAE. Com sorte aparecem daqui a um ano, a perguntar o que se passou (foi o que aconteceu da última vez...).
Ah... o que ela escreveu - com erros, óbvio! Que estava muita aflita e que na administração lhe disseram para esperar, porque estava em limpeza. E que a senhora da limpeza estava a limpar o chão e não as sanitas. E fez bolinhas em vez de pintas nos "is".

Olhem, vão cagar e mijar para o raio que vos parta, sim?

O primo pediu para divulgar


TERTÚLIAS DA PONTE
"Já não há Homens como antigamente"
Convidado: José Calvet

Quinta-feira , 4 de Junho, às 21h30.
Com participação de
Paulo Castro Seixas - Doutorado em Antropologia
Sónia Fernandes - Antropóloga - Cooperante, Escola de Voluntariado
Rui Torres - Doutorado em Literatura
Maria Amélia Lopes - Professora de Português do Ensino Secundário
na Garagem da Central do Freixo*
A entrada é livre!

* Rua do Freixo, nº1071 Porto
NOTA: Adorava ir, mas é no Porto, carago!

Ideias soltas

Comprei um par de cortinas para o meu quarto por 0,99€. Cada uma. Em organza rosa, com bordados de cornucópias e fitinhas para enrolar. São tão giras. E o facto de terem sido uma pechincha ainda as faz mais bonitas.

Apetece-me ir arranjar as mãos à Carina. Porque me faz bem ao ego. Porque a Carina me conta as últimas fofoquices, enquanto recebe sms do namorado e porque eu mereço.
Dói-me o nariz como o raio. Sacana da sinusite que não me larga. E não há drogas que a acalmem. É a bomba à noite, o soro de manhã e mais o comprimidinho minúsculo de SOS. Raios, raios, raios!
Ainda bem que para a semana tenho 2 dias inteirinhos de férias! E este fim de semana começam as jornadas dos aniversários de Verão. Ao ar livre como se quer. Até ao final do mês tenho festas todos os sábados. Haja guito para tanta prenda e estômago para tanto croquete.
Vale-me a minha pequena, que me diz que fico bem de calções, à entrada do ginásio. Que me ficam melhor a mim do que a ela. Que ela "aqui nesta parte" (enquanto aponta para as coxas) é um bocadinho gorda! Raio da miúda é gira que se farta.
E ontem pôs pasta de dentes no cabelo, porque estava chateada com a Avó. Porque a Avó falou com ela e por isso ela se magoou. E a pasta que não saía hoje de manhã. E a birra que não passava. Até que a Avó lhe deu a volta e lhe disse que ela é que ficava a perder se não fizessem as pazes. Ao que ela se saiu com "E tu também ficas, Avó!".
Vou ali ao excel e já venho. Se eu não voltar depressa, vão à minha procura, que devo ter ficada entalada nalguma coluna que não abre, ou nalguma fórmula que dá erro. Não me deixem lá, ok?!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Agora... estou melhor, sim.

Estou muito melhor agora! Depois de uma tarde cheia de calor, com uma ventoinha que só me bufa para os pés e o excel a fritar-me os neurónios... a sacana da Cláu mandou-nos correr à volta do ginásio.

Tendo o ginásio piscina, é coisa para ser grande, portanto uma volta é, digamos, uma coisa puxadita. Pelo menos para mim, que tenho o nariz constantemente tapado, por causa da sinusite, e uma resistência física um tanto ao quanto... hum, digamos... fraquinha.
Não quis fazer má figura, esbaforei-me toda e lá dei uma volta. No final, a transpirar que nem uma égua, não respirava... arfava ruidosamente.
Depois disso, e coisa que já se tinha manifestado pela tarde, deu-me uma crise existencial tamanha, e dei por mim pelas ruas da amargura. Nada como uma boa amiga para nos pôr juízo na mona. E siga.
Mais tarde, baixei à terra, cuspi o que tinha para dizer e meti mais uns fantasmas na caixa. Deus me livre e guarde se a caixa se abre um dia destes, e saem de lá todos disparados para me atormentar a existência.
Resumindo, sinto-me como que saída de uma tragicomédia romântica. Daquelas que dá para rir e chorar ao mesmo tempo, enquanto se come pipocas e se limpa o ranho ao punho da camisa.
Fazer o quê? Quem me atura, atura-me. Quem me quer ver pelas costas, vê-me pelas costas. Nada a fazer mesmo. Não sou uma resignada, mas há coisas com as quais tenho mesmo de me resignar. Sim, estou muito melhor agora.

Parou-se-me o cérebro!

Eu às vezes faço destas. O que vale é que é só às vezes.

Em conversa com um cliente do ramo dos trapos, já na fase de deitar paleio fora, diz-me ele com ar grave "Sabe, doutora... não foi neste ramo que eu fiz dinheiro! Você não sabe, mas eu vou-lhe dizer."
Como até simpatizo com o tipo, fiquei curiosa, até porque outros ramos podem significar, potencialmente, novos negócios para a empresa. Como devo ter feito um ar de conivência, ele continuou.
"Há 20 anos atrás, fui eu e um sócio meu que introduzimos o negócio das sexshops em Portugal".
Ah foi? - respondi interessada.
"Sim, temos 9 lojas espalhadas por todo o país, inclusivé uma em Carnaxide."
E eu, que me deve ter parado o cérebro, saí-me toda lampeira "A Rapidinha é sua?!"
...
Depois de um silêncio constrangedor e de eu me ter apercebido do que tinha acabado de dizer, o senhor lá avançou com a naturalidade possível..."A doutora conhece? Bem me parecia que já a tinha visto lá!"
Porra, merda, calhau com dois olhos que não sabe ficar calada! Devo ter ficado de todas as cores, à procura de um buraco, uma fresta, um caixote de lixo, whatever, para me enfiar! Boca de trapo!

Qual é a coisa, qual é ela...

Que me faz sentir uma perfeita anormal?
Mapas de excel, é o que é! Daqueles com muitas folhas, fórmulas tipo "if" e "vlookup", com links para outros documentos, carradas de comentários e colunas para abrir e fechar.
E o meu chefe a rir-se que nem um pateta, ao telefone "Engataste esta treta toda outra vez! Eu já não te disse para não acrescentares colunas, nem mexeres nas fórmulas?!?!!"
É que me sinto tão burra, mas tão burrinha, que até tenho urticária! E troco os olhos todos, tenho tonturas, suores frios e suspiro como se não houvesse amanhã! Será que isto pode ser considerado doença profissional?
Das duas uma... ou me mandam para um curso asap, ou vou passar a vida a ter enjoos cada vez que chega a dia 5 de cada mês!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Caracolada com vista

Sinto-me com dois empregos. Num, recebo para trabalhar. No outro, trabalho, pago e não bufo. Ora sonho com o presidente da cidade (que por sinal, nem faz o meu género) ou ando perdida entre jornalistas, advogados, mails, cartas e telefonemas.

Roubo tempo a quem me paga. Dou tempo a quem pago. Espero. E espero alcançar! Não tardo a ter terraço. Para a sardinhada e para o caracol! E mais a árvore da borracha, as sardinheiras, a roseira e as ervas aromáticas.
E a espreguiçadeira. Ai, a boa da espreguiçadeira! Quero o meu terraço. E vou tê-lo! Macacos me mordam se não vou tê-lo. Nem que morda o Costa todo. Mas hei-de tê-lo. E já faltou mais.

Dia da minha criança

É todos os dias. Todos os dias a mimo, encho de beijos e aperto. E ela ainda não reclama. Por isso aproveito! Depois das prendas adiantadas no Domingo, um pagagaio (o qual me acertou na tola!) e um conjunto de mergulho, ontem foi dia de festa na escola, sem aulas.

Mais tarde, em casa, as prendas do pai, que continua fora. E mais um telefonema de longe para matar as saudades e mandar muitos beijinhos.
Melhor que criar uma criança, é ter a certeza que se está a criar uma criança feliz. De quem toda a gente gosta, desde o professor de natação, à senhora do café, passando pela vizinha e pela avó da colega. E que tem um sorriso fácil, um brilho no olho que me aquece, um beijo e um abraço que me enchem.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Rescaldo

Eu FUI! E senti-me com 15, 16 anos. Fiquei rouca, surda e deitei-me já passava da 3h da matina!
Fantástico. O sacana do Rick Astley com uma disposição impar! A dada altura, com a sua imagem no ecran gigante saiu-se com um "Oh... I'm so fat!!!" e depois, encolhendo os ombros "For God sake, I'm 43... what the hell do you want?"
Cantou, encantou, e eu senti-me super, hiper, mega, feliz! Com a Sandrinha já a passar da hora de fazer ó-ó e cheia de saudades do seu petiz! Mas também se divertiu à grande. Conversámos, pusemos a converseta em dia e sentimo-nos as "máiores"!

Tirando a pisadela que levei no mindinho do pé esquerdo, tudo maravilhoso!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu vou!


E em muito boa companhia.
Para mim, o mais esperado é o Rick Astley. Sei que vou cantar bem alto "Never gonna give up, never gonna let you down, never gonna turn aroooooound and desert you".

Eu tinha 11 anos quando este single foi o mais vendido em Inglaterra. Não me esqueço desse Verão fantástico. Para ser completo, só vão faltar mesmo as Bananarama!

O que não tenho

Já dizia o Hannibal que cobiçamos o que vemos todos os dias. Por norma, não sou invejosa, mas acho que com a idade, sou cada vez mais uma inconformada com o que não tenho.

Quero aquilo que não tenho. Desejo arduamente conseguir o que me falta. E quanto mais corro atrás, mais me foge o que mais quero. Há quem diga que preciso parar. Dar tempo ao tempo. Parar de correr. Mas não consigo. Sou levada com a corrente, corro e já nem sei por onde ando.
Se me perco, quem me acha?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O planeta em que eu vivo

Deve ser a Lua! Eu, que não leio revistas cor-de-rosa (a não ser na sala de espera do dentista) que não vejo novelas (de espécie alguma) que não vejo os programas da Fátima, da Júlia, ou sequer do Manuel Luís, capacitei-me hoje, que vivo num mundo à parte.


Na capa da Caras desta semana está o Tó agarrado à Merche. Ora, a Merche até eu sei quem é. E quem é o Tó? Ora aí é que está! O tal DJ qualquer coisa (pois, eu também não saio à noite...) é filho da senhora com nome de rainha francesa, que vai tomar café com a minha Mãe quase todos os dias. Criado aqui na praceta, tal como eu. E isto é um elo de ligação tão grande que, a haver casório, ainda é a minha filhota a levar as alianças!




Dizem as línguas viperinas aqui da rua que a dita já cá esteve, em casa da sogra. E que é uma moça tão simples, mas tão simples, que até se sentou à chinês no chão da sala.





Qualquer dia ainda dou por mim a cruzar-me com a garota. Eu não digo que a minha vida é uma festa?!




É triste é chamarem louca à senhora, quando andou a contar às vizinhas que o filho namorava com a Merche e agora ir tudo à corrida ao quiosque comprar a Caras. São uns falsos! Hipócritas é o que é!!! Eu, que nunca fui à bola com ela, agora compreendo-a, coitada!

Here we go again

Em ano de eleições, pode ser que isto pegue como hino:-)
Hoje vamos voltar à carga, em sessão pública de Câmara. Não vamos cantar, mas vamos mandar a barraca abaixo. Ninguém nos pára!
E depois, quem sabe se o Melão não pega nisto e nasce o hit deste Verão? (lá estou eu a rimar sem querer...)
A letra é aqui da menina que, diga-se de passagem, estava inspirada. Deve ser do Sol!

SOS
Salvem Os Sorteados

Salvem!
Libertem-nos!...

Salvem os sorteados
Salvem os sorteados
Do Casalinho,
Os sorteados pela Câmara de Lisboa

Estamos sem ar, como um peixe num aquário
Sem um lugar para morar, como um sem abrigo
Ninguém nos vale, isto é um calvário
Não temos casa, vivemos num postigo

Não queremos favores, nem cunhas
Já passámos da idade para viver com a mãe e a tia
Andamos a pagar há 2 anos
E não vimos o fim a esta rebaldaria

Estamos fartos da União
E na cooperativa só há ingerentes
Queremos uma solução
e não vamos lá com paninhos quentes

Somos jovens e temos garra
Vamos à luta e já temos um grito:
"Ninguém nos cala, ninguém nos pára
Vamos massacrar o Costa e a Brito"

Salvem!
Salvem!
Libertem-nos!...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ventanias

E depois... fiquei triste. Porque não tenho tempo para nada. Porque mesmo para o que mais tenho vontade, tem de ser a correr. Porque o tempo me foge. Porque não consigo ser mais do que sou. Porque falho. Porque me iludo. Porque acho que devo, mas se calhar até não...
E o sol? Onde é que se meteu o raio do sol, que está um vento do carvalho?!

Luz

Hoje o sol bateu-me de frente. E enquanto o Elton perguntava o que fazer para que o amassem, senti-me quente. Por dentro. Já andava com falta de luz. O negro é coisa que me aflige e os dias escuros ensombram-me.
Sou daqueles bichos que precisam de luz. E como as plantas, as flores. Sem luz sinto-me fria. Escura.
Por isso, quando hoje o sol me bateu de frente, senti-me feliz. Às vezes, só às vezes... acho que sou tão simples de contentar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Verde, que te quero verde!!!!

Sempre ouvi dizer que quem quer as coisas bem feitas, não as manda fazer.

Hoje passei do ditado à acção. Onde eu pedi "verdes" estavam antúrios vermelhos e rosas cor-de-burro-quando-foge. Se o antúrio já é aquela flor que mesmo natural, parece artificial... o que dizer da artificial. A juntar às rosas... ui! O resultado foi do mais piroso que pode haver.
Primeiro, liguei ao fornecedor a informar que tinha antúrios e roseiras para abater na factura. Segundo, fui às compras!

Por fim, lá calcei umas luvas, pedi um escadote, alicate e arame e foi ver-me de rabo para o ar, no meio da leca a fazer um canteiro artificial E a ouvir bocas do tipo "Você tem jeitinho para isso!".

À parte disso, ainda "inventei" uma cerca para um jardim (que são caras cum'ó catano) fiz uma reunião difícil, mais meia dúzia de emails com mau feitio e agora estou em estágio para uma visita guiada com 12 bifes, amanhã à tarde.

Ainda bem que eu gosto do que faço. Se não gostasse, era uma infeliz de todo o tamanho!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Vida boa

Fim de semana muito bom, MESMO.

Cinema na 6ª à noite. O Tom Hanks continua um pão. Tirando o casal de teenagers atrás de nós, que devia estar com vontade de tudo, menos de cinema, foi muito bom. E foi um balde dos grande de pipocas doces. Muito doces.
No sábado, porque há que conhecer a concorrência e, gaja que é gaja, não resiste a uma pechincha, toca de ir ao Dolce Vita novo, com as minhas garotas. Ele era gente aos magotes, mas a coisa é tão enorme que parecia vazia! E foram t-shirts a 1€, malas a 4€, ténis a 5€ e mais umas coisinhas básicas para a sobrinha, para o sobrinho, para a mãe, para a filha, e óbvio, para mim.
No domingo, apesar dos tipos do tempo dizerem que chovia, esteve um dia fantástico e lá fomos comer marisco (muito, muito) para a Ericeira. Passeio do melhor, comidinha de chupar nos dedos e depois um gelado e uma sesta (tipo lontra, mesmo!).
Quero mais destes! É que uma pessoa habitua-se à boa vida e depois não quer outra coisa!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ai tanta droga, céus

O Avamys, do qual dou duas bombadelas em cada narina todas as noites, faz com que, de manhã, pareça um fumador com décadas de experiência, tal é a dose de catarro.

O Aerius dá uma moca do caraças. Por isso só devo tomar à noite e em caso de SOS. E SOS são todos os dias lindos, que amanhecem com um sol esplendoroso... e o meu nariz prestes a rebentar.

Já o Urispás não é para abusar, disseram o médico e a farmacêutica... mas nenhum me explicou porquê! A Ciprofloxacina é para tomar a caixa toda, 1 de 12 em 12 horas. A ver se mato o bicho.
Por fim, o Cymbalta (cujo nome me parece um lote chique da Delta) é para continuar. Sim, ele insiste que eu estou deprimida. E diz que o stress é necessário ao ser humano. É preciso é saber lidar com ele. Pois 'tá claro. Eu lido com caixas de Cymbalta e já é bom. O que vale é que eu só stresso com o trabalho.
Com tanta droga logo pela matina, sinto-me uma grande maluca. Eu, que nem fumo, enfardo-me em químicos que é uma coisa louca...

Santa ingenuidade

Pergunta do Trivial Júnior - "Qual é a ovelha mais famosa do mundo?"
Resposta pronta e muito convicta da minha Raquel - "A ovelha Choné!!!"

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Confusão de géneros

A tabuleta a dizer ADMINISTRAÇÃO está tão perto, mas tão perto de mim, que quase seria o mesmo que estar colada na minha testa... O mesmo será dizer que tudo o que é louco me bate à porta. Ou pior, me entra pela porta a dentro.
O último foi surreal. Não fosse a minha vida, por si só, uma festa e tudo isto iria parecer saído de um filme cómico.
Então este veio reclamar que a sinalética da casa de banho dos homens estava errada. Que por baixo do símbolo dos homens estava escrito wc mulheres... em inglês. Women, dizia ele. E lá foi a desgaraçada da assistente acompanhar o senhor.
É que uma das regalias do estatuto de directora é fazer ouvidos de mercador a estas loucuras, olhar para a assistente e dizer, com um ar muito atarefado ,"Não te importas?".
Resumindo e concluíndo. O WC tem o C comido. E o Homens tem o H comido. Comido por comido, o que lá está, para quem vê mal e tem uma imaginação muito fértil (e pouco que fazer) é "W.. ...OMENS".
E claro que tendo o cliente sempre razão, agradeceu-se muito ao senhor ter reparado no erro e ele foi-se embora muito satisfeito consigo próprio.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Com licença, que eu sou Socorrista, 'tá?!

Pronto, pronto!! Não pode uma rapariga estar uma semaninha com a vida mais ocupada, que os fãs começam logo a perseguir-me!

Estou viva, bem de saúde, descansadinha e por sinal, feliz. Respirem lá de alívio, que a festa vai continuar.

Mas vá... eu explico. Bem sabem que nada me afasta do meu blog por muito tempo. Foram 3 dias de curso intensivo de Suporte Básico de Vida. Ou seja, aqui a menina, é desde a passada 6ª feira, socorrista, com o curso da Cruz Vermelha (nota final - 17 valores!!).
Depois de marrar e interiorizar todas as siglas, todos os conceitos e técnicas de estancar hemorragias, fazer talas e posições de segurança, estou habilitada a desengasgar qualquer um, fazer respiração boca-a-boca (aka insuflações) e compressões de reanimação... apenas levadas a cabo no pobre do Tó Zé (o boneco).
Ah... a festa da pequena foi do melhor, e agora estou a preparar duas semanas de trabalho intenso, a começar já amanhã com uma reunião lixada com o Dear John.
E o Dr. Fino, otorrinolaringolojista não me pôs fina. Apenas me disse, com um ar complacente, depois de mais uma dolorosa crise de sinusite, que não há muito mais a fazer. Qualquer coisa do tipo live with it e toma lá mais drogas. Ai... eu e as drogas, as drogas e eu!!!
Mas estou muito contente comigo própria, pois aprendi, a expensas da empresa, diversas e intrincadas formas de imobilizar um sujeito. Com talas. Apenas por suspeita de fractura. E se a socorrista sou eu, vai ser ver-me por aí, de talas debaixo do braço, a imobilizar gente a torto e a direito. Uma socorrista tem de socorrer, certo? E tenho de dar uso ao cartão!

domingo, 3 de maio de 2009

Não deixes para amanhã...

O que podias ter feito hoje!

Agora já não dá. Os passeios à Trafaria que adiei, os almoços a que não quis ir, pensando "vou no próximo"... Fazia-me imensa confusão vê-lo, estar com ele, desde que o meu Pai faleceu. Eles eram TÃO parecidos!! No aspecto físico, nos jeitos, na voz, nos gestos... Por isso evitava estar com ele.

E agora já não dá. O meu Tio Fanã faleceu hoje, com um ataque cardíaco. Ele que, sempre que me via, dizia com gosto "Olha a minha sobrinha linda!".
Consola-me o facto de saber que levou uma vida preenchida de prazeres. Apesar do 1º enfarte há mais de 20 anos, em que toda a gente dizia que os aparelhos do hospital estavam avariados - todos os electrocardiogramas o davam como morto e ele sãozinho ali ao lado - nunca deixou de beber o seu copito, fumar o seu cigarrinho e alambazar-se com os seus petiscos... Era famoso pelas patuscadas com os amigos, pelo garrafão de 5 lts para 3 e por conhecer os melhores sítios para comer.
Pesa-me o facto de ter perdido o último elo de ligação à família do meu Pai. E o facto de não ter estado com ele nos últimos tempos. Mas agora... já não dá.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gostei!

"Escreves soltinho. Como o arroz branco."

Descobrir as diferenças

Não sei se já alguém perdeu tempo a pensar nisto. Mas de há uns dias para cá, deu-me para dedicar bastante atenção a isto.

Amo a minha filha, a minha mãe, os meus sobrinhos lindos, a minha família e os meus amigos. E dizem que os amigos se escolhem, mas eu tenho sérias dúvidas.

Mas "adorar" é diferente. Sente-se diferente. É quase um idolotrar. Uma forma de paixão elevada ao cubo. Um querer muito porque tem de ser e tem muita força. Não é que não se ame. Mas é diferente.
É como o gostar. Só se gosta do que se quer. É possível amar sem gostar. Sei-o por experiência própria.
Gosto de chocolates, de praia, de ler, de crepes com açúcar e canela, de esfoliantes, de água das pedras com uma rodela de limão e acúcar, de viajar... E gosto porquê? Ora, porque quero. Porque me sabe bem!
É por isso que quando oiço "adoro-te" me arrepio até à espinha. Porque é diferente.

Há sempre uma primeira vez

Pela primeira vez há conversas decentes. Sim, são pelo messenger, mas não deixam de ser decentes. E mais, são sobre aquilo que realmente interessa.

Talvez a distância e a ausência lhe apertem e ele precise mesmo de falar a sério. Será que amadurecemos? Eu sim, ele... não creio. Continua com a idade mental de um teenager inconsciente. Continua a dizer barbaridades, coisas ofensivas no meio de uma conversa séria.

Mas pergunta por ela. Com vontade de esperar pela resposta. Com tempo para saber o que penso, o que acho. Para me dizer para ter cuidado com ela. Com preocupação de pai. Pai que muitas vezes não sabe ser.

Descartando 50% da conversa, em que continua a tentar picar-me (agora com bastante mais educação e ligeireza) é apenas uma conversa entre o pai e a mãe da mesma filha. E é bom. Acalma-me o espírito e serena-me a alma. Porque há sempre uma primeira vez em que a conversa é civilizada.

Update do post anterior

Quando se julga que só pode melhorar... piora!

O pai da minha filha enviou-me um fax. 1º ponto - já ninguém manda faxes.
Para mudar o tarifário do telemóvel. 2º ponto - era só o que me faltava!
Afinal, não era para mim, era para a namorada. 3º ponto - era MESMO só o que faltava!!

Agora, como sou uma menina muito optimista, estou à espera de receber um email dele. A pedir-me para digitalizar o fax e enviar para ela, porque ele onde está não tem scanner.

4º ponto - é o costume!

Como dizem as minhas amigas que o conhecem: "Tu não escarraste na cruz... Tu escarraste a cruz TODA!"

Manhã difícil

Mas porque raio é que a minha Mummy linda tem um porta-chaves para as chaves do carro IGUALZINHO ao meu? E todas as chaves de carro são pretas, certo? Resultado... de vez em quando, lá eu me baralho e trago as dela. E como o carro nunca está ao pé da porta, toca de fazer a rua toda e ir buscar as minhas e devolver as dela.

Numa manhã já conturbada, eu, a gaiata, a mala do portátil, a mochila dela e a gincana para evitar as poias todas no passeio... à chegada à escola a princesa fez das boas. Quando eu ía para abrir a mala do carro, a boa da pequena lembrou-se de, ao mesmo tempo, carregar no botão de fecho central das portas. Resultado... encravou o fecho do porta bagagens. E como o carro é comercial, não havia outra maneira de tirar a mochila de lá...
E lá estive eu de roda daquilo uns bons dez minutos, a stressar e a maldizer a vidinha, enquanto a garota olhava para mim com ar de culpa.
Lá resolvi a questão, dei um raspanete na miúda e fiz-me à estrada. Com uma manhã destas, o remédio é respirar fundo, fazer figas e esperar pelo fim-de-semana grande.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Coisas simples

Um abraço sincero.
Alguém que grita o meu nome à janela e me faz sorrir.
Listas de compras no telemóvel.
Palavras como pequerrucha ou pascôncia.
Sotaque dali e não de outro sítio qualquer.
Um olhar que sorri.
Mensagens grandes.
Crianças pequenas.
A felicidade de alguém que barra o pão com Tulicreme.
Coisas simples, que me fazem sentir um pouco mais do que apenas contente.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Contente

Lista de convidados feita. Convites feitos e enviados por email. Faltam os outros, que tenho de imprimir logo, para a princesa levar para a escola.


Depois vai ser uma correria, para as prendas, para a decoração, para os comes e bebes e para a festa em si. A Raquel fica eufórica, delira e a gente baba com a alegria dela.


Já faz sete anos. SETE! A minha bijuca linda, parece que ainda ainda ontem nasceu. A minha coisa mais boa. Eu sei que é um lugar comum, que todas as mães à séria dizem isso, mas estou-me a borrifar: ela está a crescer tão depressa.

A minha faneca com 1 dia:-) Amo esta foto!

Mas linda. E esperta que nem um alho. Na 6ª feira, ao telefone, dizia-me, "Amanhã comemora-se a revolução dos cravos!" Ai sim, filha? "Quer dizer, umas pessoas comemoram, outras não!" Se para mim, já era uma coisa distante, para ela então vai parecer alguma coisa passada na idade média.

O tempo continua farrusco. Os dias estão maiores, o que é uma benção. E eu estou contente. Muito contente. Está quase, quase aí o anivesário da minha filhota! E eu estou uma lamechas...

Ai, ai... as 2as Feiras!

A minha assistente está ao telefone, em alta voz. Quando ouve "o número para o qual ligou não está atribuído" desliga.
E diz com um ar pensativo: "Ok. Tento mais daqui a um bocado. Pode ser que entretanto o atribuam!"

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Carnaval em Abril

Ando a falar com um tipo (estrictamente negócios) há uns meses. Troca de emails, telefonemas, muitas reuniões.

O tipo é um tanto ou quanto chato e complicado. Anda a fazer pela vida e eu vou dando resposta conforme posso. Já fechámos negócio e a coisa está a correr bem. Mas passámos alguns momentos tensos, com discussão feia pela meio.

Hoje, à hora do almoço, achei que estava a ver mal. O tipo veio cumprimentar-me... fardado de polícia. Eu devo ter feito uma cara tão abismada, que ele desculpou-se logo "Ah... não sabia, não?".

Eu, com o meu ar incrédulo, respondi "Olhe, a sério que achei que você estava mascarado!" É que não tem nada a ver com nada. Podia imaginar o tipo a fazer de tudo, mas não polícia. Estava longe.

Ele ainda se justificou mais um pouco. Que a sua vida profissional nada tem a ver com o negócio que fez comigo e que, normalmente as pessoas não gostam deles. E eu que andava a dizer que o tipo devia ter uma vidinha muito estranha, tal era o atraso nas reuniões de manhã e a voz de sono ao telefone...

A Sul, nada de novo...

Já a Norte, as coisas falam noutro tom.

Novidades, novidades? Também eu as queria. O crédito aprovado, a data da escritura, a chave da casa e o comando da garagem... Isso é que era. Mas da maneira como nos temos mexido, a coisa vai. Ou racha! E a esta altura do campeonato, ninguém quer que rache.
Vai daí, a reunião de 4ª Feira correu lindamente, aguarda-se mais uma noutro organismo competente e com poder de decisão. As notícias com o meu nome, acerca da minha intervenção na Assembleia Municipal, circulam pela net. A seguir sai na Visão. Somos tão organizadinhos!
Tudo a andar, mas (ainda) sem fim à vista. Agora é tempo de preparar os convites para a festa de anos da Raquel. A 10 de Maio, 7 anos. Está uma princesa. Este ano, o tema são os Simpsons. Como sempre, foi ela que escolheu.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Televisão a mais?

No diário do Tiago, de 9 anos, a mãe leu:

"Amanhã tenho de pôr Rexona for men".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O meu 2º emprego!

Agora deu-me para sonhar com o Sr. Costa (aka presidente da cidade). Haverá, com toda a certeza, coisas piores... mas isto já é muito mau.

Ontem, às 15h em ponto, lá estavamos todos. O meu nome no placard e a presidente (que eu achei que era uma tiazorra pedante, mas é uma querida) a mandar calar os senhores deputados que eu ía falar... Um must! Só faltou a claque, muito afinada, a gritar aos pulos "e quem não salta é cooperante!!". Ficaram-se pelo discreto, mas fiel, apoio moral.

Pela primeira vez na vida, sinto que tenho políticos a trabalhar para mim. Que reconhecem que temos razão. Que reconhecem que são responsáveis. Acho triste só aos 33 anos entender a razão de pagar impostos. Mas ao menos entendi-a e vejo-a a funcionar! Nunca gostei da classe. Nunca pensei que me dissessem coisas como "estamos cá para isso!", "tem toda a razão" e "nós também assinámos, portanto vamos resolver!".
E o mais notável é que se mexem. Fazem barulho, dão dicas, sugestões e palmadinhas nas costas. Só visto.
Sim, eu sei que é ano de fazer cruzes atrás do biombo... Mas é bom esquecer essa parte e ter a ilusão de que tudo isto funciona! É muito bom!
Mais uma reunião hoje às 15h. Com gente com poder de decisão. Ah... assim, sim! Directores Municipais é outra loiça. Nada como aparecer na televisão e chamar os bois pelos nomes!

domingo, 19 de abril de 2009

Eu sei, eu sei...

Fui eu que perguntei!

:: O pai da miúda chora na internet quando a vê na câmera... Eu mereço! E vai daí, chora a miúda, lacrimeja a avó e eu fico com vontade de esquecer que a internet existe.

:: O tempo continua uma bela merda!

:: O buraco enorme é para aí de 400.000,00 €...

:: Na próxima 3ª feira vou falar em público, perante gente (supostamente) importante, jornalistas e afins. Não que tenha medo. Mas enervo-me, porra!
Agora... agora vou ficar caladinha e não pedir mais nada, que Deus Nosso Senhor já me deu com que me entreter. Quem me manda perguntar, hum?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

What's next?

O buraco está cada vez maior. De tal forma que se caio lá dentro, corro sérios riscos de me perder. Estou a dar em doida...
Hoje soube que o tecto da escola amarela está em perigo de cair... em cima da cabeça das crianças!
E a escola o que faz? Aguarda!
Parece que alguém disse que se parar de chover, não há problema. Mas que se continua a chover assim, o mais certo é vir tudo abaixo. Ah... E ninguém faz nada! Melhor, fazem... no máximo acendem velinhas ao S. Pedro!

Na escola encontrei uma mãe que também tem uma história de vida sui generis (para não dizer mais) e perguntei-lhe "Vamos fundar um clube?". Ela concordou prontamente, mas não gostei do nome que ela nos deu. Ao invés de "Clube das desgraçadinhas" perfiro "What's next?".

E sim, eu sei que perguntar "o que mais me irá acontecer" atrai desgraças... mas porra.... MAIS o quê??!!! Ok, ok... já me calei.

Vou-me fingir de morta um bocadinho. Já venho.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Até a valvulina lhe foge

Bateria nova, faróis trocados, amortecedores reparados, mais uma fuga de valvulina (?) por um sítio estranho (resolvida) e um braço de motor substituído...
O senhor da oficina ainda me quis explicar o que era valvulina, onde ficava o braço e como tinha sido colocado, mas eu fiz o meu olhar 36 e disse-lhe de mão levantada: "Esqueça!".
E diz o meu colega que me entregou o carro "impecável". 'Tá visto: o problema deve ser mesmo meu...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A vingança

Serve-se fria! E como até calha bem porque está um fresquinho que não se aguenta, hoje é dia.

Já por diversas vezes cheguei aqui e... empaquei! Não digo mal de A, porque B lê e vai-lhe contar. Não desabafo as minhas mágoas com C, porque ele até julga que eu não sei, mas continua a vir cá religiosamente. Porra, que já nem mal dos futuros vizinhos posso dizer, porque já todos sabem deste tasco.

É a chamada censura camuflada. Sinto-me oprimida, sem na realidade o ser. A minha consciência (sim, ainda a vou tendo) não me permite escrever (certas) barbaridades susceptíveis de ofender aqueles que é suposto nem me lerem. Pois!

Sabem que mais? Vou-me pirar! Vou abrir uma sucursal noutro lado e ficar-me a rir, porque ninguém sabe onde fica. Desabafar tudo, dizer mal deste mundo, do outro e do que há-de vir. De todos e mais alguns. O que me vai na alma, na cabeça, na ponta da língua...
Sim, eu sou má! E depois?
Ao fundo... com um pouco de esforço, conseguirão ouvir a minha gargalhada perfeita!

O costume

Já nem me queixo do tempo. É suposto que esteja assim. Parece que um dos únicos ditados populares, relativos à meterologia, que continua a fazer sentido é o de Abril...

Eu já sabia que íam ser dias lixados. Agora até aos Domingos tenho Assembleias Gerais. Ainda não tenho casa, mas reuniões de condóminos é o que não falta...

À parte do trabalho, das dúzias de emails para ler sobre assuntos pessoais importantes, dos jantares de aniversário a começar amanhã e a pararem lá para Dezembro, ando com uma crise de sinusite que parecem duas. Na segunda feira a minha Mãe foi dar comigo sentada na casa de banho, de boca aberta e com dois maços de algodão nos olhos (embebidos em água gelada). Além de não conseguir respirar pelo nariz, parecia que tinha levado uns quantos murros na tromba. Mal conseguia abrir os olhos e as dores na zona do nariz eram pouco simpáticas. Tinha o ar de um tamboril com vários dias de frigorífico.

Enfim... o carro voltou à oficina, mas isso não é novidade. Parece que o barulho que eu andava a ouvir tem a ver com um apoio do motor. E acho que os amortecedores também se queixaram. Havia ainda a luz de airbag acessa e um médio fundido. E o isqueiro que não funciona e o custar a pegar de manhã. Troquei de carro há uns meses, mas ninguém diria. Há coisas que nunca mudam!

Espero que o tempo melhore. É que para a semana vou aparecer outra vez nos media e gostava de estar com melhor ar. Ao menos que continuem a telefonar-me para dizer "Estás mais gorda!". Antes isso do que me dizerem "Eh pá, tinhas a cara tão inchada! Quem é que te bateu??".
E novidades, quem tem? É que, por aqui, não tem mudado grande coisa! O gato continua louco, o peixe continua com taquicardia, a filha continua linda, a Mãe (a minha) continua com uma paciência fantástica e eu... eu, é o costume!

domingo, 12 de abril de 2009

Don't panic!

Não me posso queixar. Não me devo queixar. Depois de ter literalmente engolido uma das minhas frases preferidas - "Pimenta no cu dos outros para mim é refresco!" - baixei os olhos, de vergonha, e dei graças pela sorte que tenho.

Tive uma semana fértil em jantares, lanches, almoços e mais jantares. Tenho mesmo de reconhecer que, apesar de tudo, tenho amigas fantásticas. Disponíveis e com paciência para me aturar.

Além disso, tudo está bem à minha volta. A família está toda fina e vamos entrar em época festiva (começam os aniversários e agora isto só pára depois do Natal...). Pronto, ok... o mano venho ligou para dizer que eu estava mais gorda na televisão. Claro, a televisão engorda toda a gente! Quem não viu, vá ver. Uma bela reportagem sobre o assunto. "Qual assunto?" Ai gente... que falta de atenção!

Agora, depois de um fim-de-semana calmo e sereno (que muitos nem sabem ou não se lembram o que significa) preparo-me novamente para a luta.

"Don't panic!" escreveu-me o John no seu último email. Quer em trabalho, quer em vida pessoal, tenho dias atarefados pela frente.
Nada mais me resta que arregaçar as mangas e pegar o bicho pelos cornos. Ou melhor, "os" bichos. São mais que um. Como baixar os braços é coisa que não existe no meu vocabulário, estou em estágio para me atirar a eles.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O orgulho da Mãe

É suposto esta coisa ser anti-choque, anti-líquidos, anti-quebra, fazer tostas-mistas, passar a ferro, enfim...

Mas há uma coisa que ele não é: anti-Raquel!!

Alguém sabe onde é que eu posso comprar uma tecla para o Magalhães da minha pequena?!

Imaginação infantil

Acabei de receber esta "pérola" por email. Vale o que vale. Mas partindo do princípio que é real, gostei especialmente dos velhos que não querem morrer e da barbie nazista...


As melhores frases dos piores alunos
:: O Convento dos Capuchos foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do monte.

:: A História divide-se em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje.
:: A Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos.
:: O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra.
:: O cérebro humano tem dois lados, um para vigiar o outro.

:: O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.

Pergunta: Em quantas partes se divide a cabeça?
Resposta: Depende da força da cacetada.

:: Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.

:: O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes.

:: Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.

:: O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não ouve mais nada.

:: O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.

:: Antes mesmo da guerra a Mercedes já fabricava Volkswagen

:: O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0.

:: Nos aviões, os passageiros da primeira classe sofrem menos acidentes que os da classe económica.
:: Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.

:: O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior, mas que está muito sozinho.

:: Na segunda guerra mundial toda a Europa foi vítima da barbie nasista.

:: Cada vez mais as pessoas querem conhecer a sua família através da árvore ginecológica.

:: O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho muito perigoso.

:: A Terra vira-se nela mesma, e esse difícil movimento chama-se arrotação.

:: Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.

:: Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.

:: Quando os egípcios viam a morte a chegar, disfarçavam-se de múmia.

:: Uma linha recta deixa de ser recta quando encontra uma curva.

:: O aço é um metal muito mais resistente do que a madeira.

:: O porco é assim chamado porque é nojento.

:: A fundação do Titanic serve para mostrar a agressividade dos ice-bergs.

:: Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.

:: A água tem uma cor inodora.

:: O telescópio é um tubo que nos permite ver televisão de muito longe.

:: O Marechal António Spínola é conhecido principalmente por estar no dicionário.

:: A idade da pedra começa com a invenção do Bronze.

:: O sul foi posto debaixo do norte por ser mais cómodo.

:: Os rios podem escolher desembocar no mar ou na montanha.

:: A luta greco-romana causou a guerra entre esses dois países.

:: Os escravos dos romanos eram fabricados em África, mas não eram de boa qualidade.

:: O tabaco é uma planta carnívora que se alimenta de pulmões.

:: Na Idade Média os tractores eram puxados por bois, pois não tinham gasolina.

:: A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.

:: Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus.

:: A trompa de Eustáquio é um instrumento musical de sopro, inventado pelo grande músico belga Eustáquio, de Bruxelas.

:: Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons.

:: A Biologia é o estudo da saúde. E para beneficiar a saúde é que foi inventado o biotónico.

:: As constelações servem para clareficar a noite.

:: Ao princípio os índios eram muito atrasados mas com o tempo foram-se sifilizando.

:: As aves teem na boca um dente chamado bico.

:: A Terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados do mundo.

:: A Latitude é um circo que passa por o Equador, dos zero aos 90º.

:: Caudal de um rio, é quando um rio vai andando e deixa um bocadinho para trás.

:: Princípio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água, sai completamente molhado.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Naaaaa... eu já nasci assim!

Há malta muito desocupada, credo! Mad, deves achar que eu estou para aqui sem fazer a ponta de um corno, à espera que me desafiem para qualquer coisa absolutamente fútil...

Não é bem. Mas é quase!

Os meus 7 segredos de beleza... Como seria um tanto ou quanto mete-nojo da minha parte dizer que não tenho nenhum, já nasci assim, linda e maravilhosa, aqui vai...


1. Tomar banho todos os dias. A pele gasta-se? Quero lá saber! Antes gasta que malcheirosa.

2. Para quem não sabe, não me conhece ou nunca pensou no assunto, eu tenho uma pele realmente ma-ra-vi-lho-sa. Não é seca, nem oleosa. Tem uma cor fantástica durante todo o ano. Não, eu não fico verde no Inverno. Além de um creme hidratante depois do banho, sou fanática por esfoliantes, mas não abuso. Duas a três vezes por mês adoro a sensação de areia a fazer-me cócegas! Há um gel de banho da Nivea que é viciante. Há falta desse, o do IKEA também é bonzinho.

3. Lavo a cara com um gel da Nivea. É a minha marca (de supermercado) favorita. Adoro o cheirinho suave e a relação qualidade/preço é fantástica. Longe vai o tempo em que a minha pele só via produtos issima da Guerlain ...





4. Cabelo. Os meus "três pêlos e meio" como lhes chama a Mad. Pouco, fino, fraco e sem volume. Não ajuda o facto de eu o lavar todos os dias, e já estou farta de mézinhas, como chá de ortigas e o diabo a quatro. É o meu cabelo, não me forniquem a paciência. Tenho a vantagem de não ter me depilar com ceras quentes, nem outras merdas que doem como o catano. Normalmente é aqui que todas as gajas (como a Mad) que têm de o fazer amiúde, me insultam de cabra, ou num dia de TPM, de put@ mesmo.


5. Como não é qualquer gajo/a que me mete as mãos no pêlo, tenho um cabeleireiro há mais de 10 anos que lava, corta, escadeia, arranja, faz madeixas... whatever. E, como eu tenho a mania que sou fina, vai lá a casa. É prático, barato e marco para quando quero. Por 30 € corta o cabelo à família toda.

6. Arranjo as mãos uma vez por mês, numa manicure. Os pés, de Inverno, vou arranjando eu mesma, com creme hidratante e esfoliante. No Verão, tenho uma senhora que vai a casa arranjá-los. O nosso gato faz uma festa, porque é das poucas vezes que tem oportunidade de beber água quente (do alguidar... de preferência, depois de eu ter mergulhado lá os pés!).

7. Diariamente: creme na cara (já uso anti-rugas) e nas mãos (é a parte da minha pele que seca mais facilmente).

Começo a achar que isto é capaz de ser informação a mais...

Para finalizar, só mais uma coisinha - se tivesse continuado a viver no Brasil (infeliz, mas com muito boa vida) fazia um banho de lua todos os meses. É das coisas mais fantásticas que já fiz. A pele fica absolutamente linda - sedosa, brilhante... um mimo!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Gosto tanto

... quando falam de mim! :D

As sabrinas prateadas

Foi a Raquel que reparou nelas. As gémeas que alegremente pulavam na pista de dança do hotel, ao som do fantástico Tony, tinham sabrinas prateadas nos pés. Quando me chamou a atenção para elas, perguntei-lhe "Gostas, não é?". Respondeu-me "Sim. Lembras-te quem tinha umas assim?". Calei-me. "A Nônô, não te lembras?".

Sim, lembro-me. Mas não disse nada. Tento não pensar muito nisso. Mas de quando em vez, quando a minha pequena se lembra, ou quando algo me faz lembrar deles, dói.

Já senti falta de lugares, de momentos, de cheiros... de tanta coisa! Nunca tinha sentido saudades de crianças. De um sorriso, de uma gargalhada, de um brilho no olhar.

Ele abraçava-me com muita força, pela cintura. Quando eu me baixava para o beijar, dizia-me ao ouvido, como se fosse um segredo só nosso "Adoro-te!". Fazia beicinho quando nos despedíamos, escrevia-me cartas de amor, gemia quando não gostava da comida, pegava em bichos como quem colhe uma flor e para ele todos eram "tão fofinhos" (de um louva-a-deus a uma aranha, passando por todos os cães abandonados do Mundo, mais os ouriços caixeiros, as rãs e as salamandras).

Ela, mais arisca, fazia-se de difícil, para no fim se pendurar no meu pescoço e dizer com um ar de desafio "Já sabes que não te vou largar!". Cantava o hino da escola, mais a música do Zé e a do coelho Alberto a toda a hora. Muito menina, delirava com a minha caixinha de peças para bijuterias. Vaidosa q.b., uma senhora em ponto pequenino, uma autêntica princesa. Uma princesa com o apetite de um camionista, mas uma princesa. Nunca tinha visto nenhuma criança a devorar lasanha com tamanha satisfação. Nem a olhar tão ameaçadoramente para o meu prato, depois de ter acabado o dela!

Li-lhes histórias na cama, limpei-lhes os rabos e os narizes, mais o vomitado e o xixi na cama. Brinquei com eles, ralhei-lhes quando se esticavam (raramente) e mimei-os muito. Derreti-me toda quando se engaram e, em vez do meu nome, me chamaram "mamã".
Há dias a Raquel reclamou por nunca mais os ter visto. Disse-me que eles não deviam ter deixado de se ver por nossa causa. Não soube o que lhe responder. Ela tem razão, mas eu não sei o que fazer.
Não os posso ver. Não que não queira, mas porque não consigo. Imagino-os bem. Penso que se algo estivesse mal, alguma intervenção divina iria arranjar forma de eu saber. É uma justificação estúpida, eu sei. Mas tenho de pensar que é assim.
Não posso pegar no telefone e ligar-lhes, simplesmente. Porque me dói. É uma saudade que me dói. Não a toda a hora. Apenas quando vejo uma árvore e não distingo imediatamente se é uma oliveira ou um sobreiro. Quando vejo meloas. Quando oiço "Circo de Feras", que ele dizia convictamente "círculo". Quando vejo cães abandonados, quando vou ao IKEA, quando como lasanha, quando vejo uma rola, quando sonho com eles...
Não é a toda a hora. É só como naquela noite... quando a Raquel viu as sabrinas prateadas.

domingo, 5 de abril de 2009

Como duas quê?!!


Vá-se lá saber porquê (!) uma amiga (!) ofereceu-me a mim e a outra amiga este livro. Acabei de o ler ontem. Não é propriamente um candidato ao Nobel da literatura, mas lê-se bem.




Já no fim, há uma frase dita à protagonista pelo novo namorado, que a deixa deslumbrada. Qualquer coisa como "Pertencemos um ao outro como duas nádegas pertencem a um rabo". Não atinjo. A sério que não. Talvez porque nunca me disseram nada do género, não consigo mesmo ver onde está o sentido romântico da coisa...

A união faz a força!

As nossas reuniões parecem uma teoria da conspiração. A primeira foi nas Amoreiras, a segunda, hoje às 9h30 da manhã, nos Pastéis de Belém.
Depois de todas as novidades contadas, arregaçámos as mangas e delineámos a estratégia a seguir. Manter a comunicação social interessada, ganhar pontos com as vereações da oposição, encher caixas de email de quem nunca nos deu respostas até hoje. Ou seja, ir à luta com tudo o que temos, guardar alguns trunfos e fazer muito, imenso barulho.
Não queremos ser ingénuos ao ponto de acreditar em todos os que dizem que nos vão ajudar. Mas temos de aproveitar a onda e falar com toda a gente. Motivação não nos falta. Temos mais do que a razão do nosso lado. Somos jovens, tivémos a sorte de ganhar um concurso e esperámos tempo demais. Com o sangue na guelra, muita vontade de ver o assunto resolvido, estamos a atacar por todos os lados.
Esta semana será decisiva. Assim que souber a data das reportagens na SIC e na Visão, aviso.

sábado, 4 de abril de 2009

Acabou-se o que era doce

Férias com crianças são sempre... férias com crianças!

Ainda para mais com febres a meio da noite, intestinos perguiçosos, ataques de ciumeira, conflitos de personalidade, atacadores por atar, narizes para assoar, xaropes para a tosse, emplastros, dores de barriga, tosses cavernosas, dores de rins e de cabeça, xarope de maçãs reinetas...
Tirando isso, o tempo esteve quase perfeito, o local era muito bonito, calmo e agradável. Fiquei a conhecer os melhores restaurantes de peixe da zona (enfardei robalo, besugo, choupa, cavala, salmão, corvina, dourada...) babei com batatas cozidas com casca, servidas com azeite e oregãos, fartei-me de beber vinho, e comer amendoins com cerveja (!) na varanda, a ver o pôr do sol no mar.
Pelo meio, ainda fomos ao Zoomarine, demos um passeio lindo na praia dos Salgados, apanhámos burriés e lapas (que deram petiscos fantásticos). A Kel trouxe uma boa colecção de pedras e búzios e eu já tenho uma corzinha.
Foi fantástico para distrair do trabalho e da rotina. Para ter e dar muito mimo e rir com as tiradas fantásticas dos putos.
Agora vou ali para um canto mentalizar-me que na 2ª Feira tenho de ir trabalhar...