Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Canalhice

Todos sabemos lidar com canalhices. Uns melhor, outros pior… mal ou bem, lá vamos encaixando os coices que a vida nos reserva.

Criamos defesas, muros, capas. Aprendemos a ter jogo de cintura e desenvolvemos o chamado “poder de encaixe”. Porque somos adultos e temos de saber lidar com canalhices.
Quando alguém nos diz “não te quero ver NUNCA mais!” sabemos que, no fundo, até pode nem ser verdade. Dependendo de quem o disse, relevamos um pouco (ou muito) deixamos a poeira assentar e damos tempo ao tempo… Pode ser que lhe passe.
Talvez a pessoa tenha motivos para o dizer. Talvez tenhamos entendido mal e a questão não seja bem assim. Podemos reflectir sobre o assunto e tentar perceber as motivações que levam alguém a dizer isso… porque somos adultos e temos de saber lidar com canalhices.

Mas… e se isto é dito a uma criança? Dito por um “crescido” que é suposto protegê-la e fazê-la sentir-se a pessoa mais importante do mundo?

Passa a ser uma luta como a de David e Golias…

E nem é só pelo tamanho. Falta discernimento para entender, ainda não houve tempo para desenvolver o “poder de encaixe”, não há defesas que permitam que isto não magoe ou magoe menos.

Resta-nos o conforto da história: mesmo mais pequeno, David enfrentou Golias e ganhou.

4 comentários:

ana v. disse...

És uma grande mulher, Flora. Bonita por fora e por dentro, e já sábia (quando se é assim tão cedo, é porque a vida nos deu alguns pontapés...). E pelos vistos, a tua pequena mulher também vai ser bem grande. Parabéns.
Vê a coisa pelo lado positivo: os cães ladram e caravana passa. Sempre, não duvides.

Um beijo
Ana

Maria Feliz disse...

Ana,

Não é fácil responder a um comentário destes... Podia abusar da presunção e responder "É isso aí!", mas além de deselegante, seria demasiado subjectivo.
É sempre bom saber a imagem que têm de mim... seja ela boa ou má, verdeira ou não!

Principalmente as pessoas que me conhecem verdadeiramente (nem que seja por interposta pessoa, como é o caso).

Beijo grande

Maria Feliz disse...

*verdadeira

Mad disse...

Além de meia-leca, o filho-da-mãe não tem vergonha na cara MESMO! Não posso acreditar no que acabei de ler!