Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Hoje!

Que estúpida tendência para olhar para trás…
E sentir falta do que não volta. E mesmo que volte, nunca será igual.

A falta que sinto dos amigos das horas más. Aqueles que me ouviram, que me deram conselhos… que mesmo quando eu estava do outro lado do Atlântico, se mantinham em contacto. Eu sei que eles estão lá… mas é longe como a porra. O meu Mar, a minha Dê (que conto rever em Setembro) e os meus Cachuchos.

A saudade das conversas até às quatro da matina, por vezes regadas a gargalhadas, outras tantas a lágrimas. Mas sempre, sempre de coração aberto.

Porque há coisas que nunca mais voltam, que se perdem para sempre. Umas mais importantes, outras nem tanto. Como o que me lembrei ontem que perdi: o berço, o vestido de baptizado e as cassetes com as ecografias da minha filha. Não sei se as vou recuperar.

Posso sempre pensar que tenho o melhor, tenho-a a ela. Mas perdi bocadinhos da história, e vai ficar mais difícil de a contar.

Saudade… que palavra tão dolorosamente grande.
Jericoacoara - Ceará - Brasil

Desta praia, onde um amigo um dia escreveu na areia “Rachel Welch” à volta da pequena… Onde um sapo entrou num restaurante por uma porta, e alguém procurou desesperadamente a porta dos fundos… Onde, à noite, o céu é estupidamente estrelado e numa barraca de praia se comem os melhores crepes do Mundo.

A minha avó, com quase 86 anos (e de quem também tenho muitas saudades) diz-me que na idade dela só se pode viver do passado. Vive de recordações, pensamentos, lembranças. Às vezes, diz que quase consegue ver a Raquel, há 4 anos atrás, na sala… onde deu os primeiros passos. Eu guardei os sapatos que ela tinha calçados a 12 de Setembro de 2003. Mas será que os tenho? Não sei.

Perdi umas quantas coisas pelo caminho. Mas não perdi as mais importantes.
E tenho de me habituar a olhar para hoje. Nem para ontem, nem para amanhã.
Hoje, porra!

8 comentários:

Anónimo disse...

Ora nem mais gaiata!

Nem ontem, nem amanha. Hoje!

(Alias, eu sempre te disse: um dia de cada vez!)

Beijos.

nf

Mad disse...

Alén, disso, como tu própria dizias aqui há uns tempos, vive hoje como se não houvesse amanhã.

Já viste o meu blog hoje? Então vai lá outra vez.

Bjs

Maria Feliz disse...

NF:
Um dia de cada vez!
Beijos

Mad do meu coração:
Amiga, tu não existes!!!
Estou para ver as reacções. Já nem os Santos Populares me vão valer, lol;)

Mais uma coisinha... se eu soubesse que não havia amanhã, estava aí!!!!

Beijos no sítio do costume

Anónimo disse...

Miga...
Carpe Diem...É o melhor! Do passado devemos tirar lições para o futuro, guardar lembranças dos momentos agradáveis que passámos e vivemos, a partir daí... é fechar a porta!Acabou (ainda bem, digo eu)! Vamos é aproveitar!

Bjs

PBM

Maria Feliz disse...

Querida PBM,

Bora aos Santos? Ou vamos ter patuscada este fim de semana?!
Beijos:)

TONY, Duque do Mucifal disse...

sabes, um dos meus melhores amigos vive em NATAL, BRASIL.
sei bem o significado das tuas palavras.
aproveito a ocasião para agradecer as tuas visitas ao meu blog. Até um dia destes!

Anónimo disse...

diz um velho poeta que o passado apenas serve para nos situarmos, e o presente para sermos felizes
joao

Maria Feliz disse...

Tony,
E eu aproveito para te agradecer as tuas vindas aqui.

João,
Boa frase! A ver se me lembro de a usar.