Dobra-me em quatro… Põe-me junto dos chouriços, das favas e das sementes de sardinheira que vais tentar introduzir no Maranhão à socapa.
Aperta-me num cantinho onde saibas que chego lá. Tem cuidado, não atires com a mala depois de me pores lá dentro.
Aconchega os (poucos) abraços que te dei e lembra-te das nossas gargalhadas. Das caipirinhas no alpendre (as vossas, que eu sou fraca de álcool e uma chegava para a noite toda). Das confissões, das comezainas, dos passeios pelos tanques, da Raquel (que tu não viste, desnaturada) a comer bagas pretas e com sarro até à raiz dos cabelos…
Das compras loucas na cidade, daquele tuga Azevedo que te controlava os gastos, como se fosse o teu pai. Do Pinguinhos e da Francelina… Lembras-te? E da porta do quarto aberta?! E da fuga aos tropeções para minha casa? “Ai que alívio!!!” Lembras-te?
Seria disto que teríamos falado, se tivéssemos tido mais tempo.
E reza
… para que um ano passe depressa;
… para que o meu peteiro não se parta, enquanto vou juntando dinheiro para vos ir visitar (vender o esquentador não é opção: faz-me falta!);
… para que eu não ponha a foto do Cachucho no blog!
Vá… dobra-me lá. Arranja um cantinho e leva-me.
2 comentários:
A amizade é das melhores coisas da vida.
Faz-nos escrever coisas como isto:
"Leva-me. Dobra-me em quatro… Põe-me junto dos chouriços, das favas e das sementes de sardinheira que vais tentar introduzir no Maranhão à socapa."
Regressada e em forma.
Muito bem.
Beijos.
Este não é para comentar.
É para agradecer.
Um graaaaaaande beijo no sítio do costume.
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