Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 26 de março de 2007

A desagradável lesão oral que proíbe beijar...

Quentes, doloridos e repuxados. É assim que ficam os lábios infectados pelo Herpesvirus hominis, mais conhecido por herpes labial. Trata-se de pequenas lesões nos lábios ou à volta da boca, causadas por uma infecção viral. A lesão hérpica não surge necessariamente no momento da infecção, mas sim quando o vírus adormecido é reactivado. É então que surgem os sintomas.

As lesões são em geral precedidas por ardor e prurido nas áreas onde vêm a aparecer as vesículas que rompem, espontaneamente. Formam depois crostas e acabam por cicatrizar ao fim de uma semana.

Pior do que a comichão e o ardor são as bolhas que rebentam e formam uma superfície ulcerada nos lábios, deixando-os com um aspecto pouco estético. Quem sofre de herpes labial queixa-se de dificuldades em falar (eu falo na mesma) rir ou comer, especialmente na fase em que a boca está ferida e começa a ganhar uma crosta dura. Suspeita-se que a fadiga física e mental, o stress emocional e outras infecções, que possam deixar o organismo debilitado, sejam também factores desencadeantes da reactivação do vírus. Pois…

Há uns anos, tive uma reacção engraçada a um episódio extremamente doloroso de Herpes labial. Eu tinha quatro lesões ao mesmo tempo – duas em cima e duas em baixo, homogeneidade acima de tudo - que quase (eu disse “quase”) me impossibilitavam de falar. Uma menina do meu curso, queque, daquelas metida a benzoca, que andava sempre de sapatos de vela e camisas de 20 contos, tipo Benneton ou Sacoor (acho que ainda não havia Sacoor… ou se calhar até havia, eu é que nunca tinha ouvido falar) teve a ousadia de me dizer que aquilo tinha mau aspecto… e que eu não devia pôr creme durante o dia… só em casa, porque o creme piorava o aspecto.
Com o meu jeitinho amplamente reconhecido, disse-lhe que, se assim fosse, também ela não deveria ter posto gesso no braço (tinha-o partido há uns meses atrás) pois dava mau aspecto às camisas de marca que ela usava… Nada voltou a ser igual entre nós, garanto-vos.

Continuando…

Tratando-se de uma infecção viral, é obviamente contagiosa, sendo inicialmente transmitida por contacto directo com o portador crónico da infecção que tenha na altura lesões com partículas virais.

Enquanto algumas pessoas estão constantemente expostas ao vírus pelo contacto com o parceiro infectado sem nunca terem herpes labial, outras são mais susceptíveis ao contágio. A fase bolhosa, em que é libertado um líquido rico em vírus, é a mais perigosa para a transmissão. Já o período de cicatrização é o que apresenta menor probabilidade de contágio.

Para quem não teve o prazer de se cruzar comigo hoje, informo que estou na fase bolhosa. Vai um beijinho?

2 comentários:

Unknown disse...

Hoje não, obrigado!

Anónimo disse...

Sempre.

NullFame