Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

terça-feira, 27 de março de 2007

Tudo passa

Parece que está tudo bem, mas realmente não está.
Disfarças, contas piadas, levas as coisas numa boa. Tens a cabeça erguida e assim a vais manter. Mas no fundo, lá bem no fundo... tu sabes, eu sei.

Sentes a falta de tudo. Do cheiro, do toque, simplesmente da presença. Daquele olhar que mata, do som da voz que te arrepia, da mão quente que segura a tua.

Será que o desejo é revidar? Achincalhar e humilhar? Não... O desejo é entender. E saber em que dia, a que horas, vai deixar de doer.

Tiraram-te o tapete. Tiraram-te o sorriso. Tiraram-te a vontade. E o que fazes tu? Sorris, disfarças, contas piadas.

Hoje fui eu que te fiz rir. Mais coisas te farão rir amanhã. E sabes que por mais que te rias, por mais piadas que contes, quando choras... eu sei.

Porque o que sentes, já eu senti. O que choras, já eu chorei. Mas há tantos motivos para sorrir. Eu tenho os meus, tu tens os teus. Ambos válidos para nos fazer sorrir, mais do que chorar.

Mais tarde, quando vier o dia e a hora em que deixar de doer, irás rir genuinamente. Para um dia ou dois depois, começar tudo outra vez.

"Tudo passa, tudo morre... só o amor há-de ficar."

Tu sabes, eu sei.

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