Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Siga

Gostos, os meus, aqueles que nem vale a pena discutir:

:: Advérbios de modo
:: Torradas da fazenda (segredo de família) com sumo de laranja
:: Palavras grandes como otorrinolaringologista e supercalifragilisticexpialidocious (nunca consegui dizê-la…)
:: Cafunés, não há como os da minha avô (saudades) em tempos houve uns efémeros, mas bons
:: Dedos de bebé
:: Autocolantes
:: Frases profundas como “Vai buscar!”
:: Água à temperatura ambiente
:: Cheiro de relva acabada de cortar
:: Ganchos de cabelo com florzinhas
:: O auto-retrato do meu pai
:: O sofá da minha mãe
:: Saber letras de músicas na ponta da língua
:: Batidos de morango
:: Cartas manuscritas
:: Cor de laranja
:: Acordar e virar-me para o lado
:: Arroz de tamboril
:: O meu anel favorito, que era da minha mãe
:: Fotografias antigas a preto e branco, de familiares que não conheci
:: Dartacão
:: Champô com cheiro de frutos
:: Andar de mão dada com a minha filha
:: Gelatina de morango
:: Esfoliantes
:: Aeroportos, à chegada e à partida
:: O segundo em que se fecha os olhos antes de um beijo
:: Conjugar verbos no plural (“convenhamos” é, de longe, uma das minhas conjugações preferidas)
:: Duetos afinados (com o estupor do costume)
:: Crepes com açúcar e canela
:: A primeira vez (de tudo)
:: Aprender coisas novas, como o significado de neo-marxismo
:: Pés descalços, mãos abertas
:: Promessas cumpridas
:: Poesia que se entende e faz sentido (como a de Florbela Espanca)
:: Conversas profundas em busca de um sentido para acções inexplicáveis
:: Histórias difíceis com finais felizes
:: Pastéis de Belém com Coca-cola
:: Analogias e dicotomias
:: Diálogos começados com “Tenho uma coisa para te contar…”
:: A casa da Madalena e do Diogo
:: E-mails pessoais, grandes, com muito conteúdo, para ler com tempo


:: Respirar fundo, mesmo muito fundo e dizer “SIGA!”

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