Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

sexta-feira, 16 de março de 2007

O Mar voltou!

E lembrei-me daquela frase fantástica, usada há uns bons anos pelo Instituto de Socorros a Náufragos... “Há mar e mar, há ir e voltar

É bom constatar que nem mesmo as distâncias, as vidas a mil, os supostos desentendimentos criados por terceiros, não quebram as verdadeiras amizades.
Sim, porque eu sei que tenho ali um amigo.
Que um dia fez 400 km por amizade. De Lisboa a Viana do Castelo, porque eu precisava de companhia. E regressou de comboio/trem. Que me disse centenas de vezes “ahhhhh biiiiiixa!” e mais de um bilião “abre o olho, menina”.
Que era o meu GPS pessoal em Fortaleza City, sempre disponível para me guiar por telemóvel/celular. Que me fazia companhia, me escutava, me aconselhava e me levava para praia. Que me levou aos melhores restaurantes da cidade, ao mercadinho japonês, do outro lado do mundo e me disse muitas vezes “larga de ser besta”.
Que me convidou para uma passagem de ano supimpa, (há quantos anos foi? 3, 4?) em que finalmente quebrei um paradigma e comi tender com fios de ovos… E entrei com ele na piscina às 3h da manhã.
Que me deu a conhecer Guaramiranga, onde o conceito “faz frio” pode ser demasiado subjectivo: eu tinha um calor danano, ele achava que fazia um friozinho! E onde descobrimos um restaurante “português” com bolinhos de bacalhau, chouriço e pastéis de nata… embora os bolinhos não tivessem bacalhau, o chouriço fosse calabresa e os pastéis de nata, enfim!
Que me convidou para entrar na sua casa, onde me mostrou os bambus que comprara para a sala (que é feito dos bambus, Mar?).
Que tinha um cão estranho, pequenino e nervoso, de seu nome Ingu, que adorava as pernas da Dê. Que é feito do Ingu? Ficou com a Dê?
Que almoçava comigo e pedia o suco de abacaxi sem hortelã, porque sabia que eu não gosto de hortelã. Que me ajudava com a Raquel, e às vezes desajudava.
Que me explicou a diferença entre “logo” e “agora” e deu uma confusão danada.
Que trata a minha mãe por “A velha” e a última vez que cá esteve deixou dois pares de sapatos, tamanho 44, porque, com tanta coisa que comprou, não havia mais espaço na mala.
Que faz um risoto ma-ra-vi-lho-so.

Que é um grande amigo… de 1,90 m de altura, cabelo claro, olho azul esverdeado… lindo. Uma jóia rara… bem mais rara do que aquelas com que ele trabalha.
Vem “logo”… que ainda não está muito quente por aqui, mas os dias já estão fantásticos.
Beijo grande amigão!

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