Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Posso dizer que te amo?

Há pessoas que fazem parte da nossa vida para todo o sempre.
Outras apenas passam por ela.
Surgem do nada e da mesma forma como entram, saem da nossa vida.
Umas deixam marca, outras nem tanto.
Todas elas, sem excepção, são importantes à sua maneira.

As que nos fazem ver que nem tudo é como queremos, as que apenas passam para nos ensinarem diferentes experiências ou modos de estar na vida, as que nos fazem felizes e as que nos fazem sofrer, as que nem entendemos porque é que entram na nossa vida... Com cada uma delas aprendemos algo, de bom ou de mau.

Porque hoje em dia andamos tão embrenhados nas nossas vidinhas, cada vez é mais difícil “conhecer” alguém. Ou melhor, toda a gente se conhece, mas no fundo, não se “conhece” quase ninguém.
Gosto de pensar que conheço bem os meus. Não só os da família, como os amigos. Aqueles fixes, mesmo fixes... dos bons. Que vêm de há muitos anos, com quem se partilhou muita coisa e com quem sei que posso contar.

E depois há os mais recentes, mais frágeis portanto. Mas com os quais se vão construindo amizades com outras bases, não menos sólidas. Apenas diferentes.

E como os dias são curtos para falar com a família e os amigos a toda a hora, vamos mantendo as ligações por e-mail, por sms, por hi5 e por Messenger. Da geração que conheceu o ZX Spectrum e dava murros no gravador para os jogos entrarem, que vibrava com o Festival da Canção e com os Jogos sem Fronteiras, passamos a alienados do toque e da conversa pessoal.

Somos os agarrados à net, viciados na sms... todos temos hi5 e Messenger e amuamos quando não há Internet. Contra mim falo, que não há dia que não me ligue a este mundo tão virtual. Mas assumo o meu vicio com toda a tranquilidade.

Mas voltando ao início... falamos tanto de sentimentos, mas toda a gente se cala quando deve falar do que sente.

Esta semana recebi um e-mail de uma pessoa muito especial. E no meio desse e-mail, curto e directo, com meia dúzia de informações corriqueiras, estava a palavra “Amo-te”.

Assim, simples e linda, como se de uma coisa banal se tratasse. Não é banal... mas depois dos 30 tenho constatado que digo muitas vezes esta palavra a pessoas especiais. Respondi-lhe à letra.

A ela, a ele... a todos os que são capazes de o dizer e de o escrever. Não que precisem de mo dizer. Mas assim, escrito... tem outro significado. Vocês sabem o que quero dizer. Hoje e para todo o sempre, vocês são especiais.

Amo-te... no singular, pois todos vocês são diferentes e importantes para mim, à vossa maneira tão especial.

Convém dizê-lo assim, abertamente. Para ficar registado e nunca esquecido. Amanhã é outro dia e posso não me lembrar ou não ter tempo de o dizer.

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