Pés no chão

Ando cansada. Ontem foram mais 300 Km e hoje de manhã fiz um peão perfeito com o carro. Tão perfeito que não bati em ninguém, nem ninguém me bateu. Gostava de saber quem foi o excelentíssimo que inventou chuva, carris e travões a fundo, tudo ao mesmo tempo. Foi manteiga. Posso dizer que tive um início de dia radical (e os meninos que se atreverem, sequer, a pensar "ai, é mesmo gaja" estão feitos comigo, ok?)

O meu problema ("este", os outros discutimos noutro dia) não são, nunca foram, nunca serão… os pés. O problema é a cabeça… mas tenho aqui uma dúvida periclitante… Com que órgão do corpo é que se sonha? Se é que existe algum especifico para isso…

Com o que é que sonhei agora? O costume… coisas estranhas. Sinceramente, tão confusas que nem me lembro.

Acordada, pergunto-me muitas vezes o que quero (como se não estivesse fartinha de o saber). E a resposta anda perto de uma mistura louca entre uma vida de casado e uma jura.

Não, não gostava de ser homem e correr nu no meio do mato. Nem muito menos gostava de ser um blog. Não é bem isso. É mais um cocktail de coisas boas que neste momento sinto falta e não tenho. Coisas de que preciso. Ou tenho a ilusão de que preciso.

Afinal, com que parte do corpo é que se sonha? Com os pés não é de certeza.