Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Turminha do Apert'ó Laço

Voltei a passar a ponte. Desta vez com medo, pois anda aí um senhor que diz que os terroristas gostam de pontes. E também com alguma dose de curiosidade, pois outro senhor disse que aquilo, lá do outro lado, é um deserto. Como deserto só conheço o do Sahara, e gosto de fazer comparações... tipo, maior, mais giro, mais ou menos areia, quantidade de camelos, estava em pulgas.

Logo ao inicio da viagem uma coisa estranha: gente, carros.... trânsito. Depois, prédios e mais gente. De duas, passámos a três e nova surpresa... um centro comercial! E dos grandes... logo ali à saída da ponte.

Já éramos cinco, divididos em dois carros e entrámos no deserto profundo, à maluca mesmo. Levei água, para o caso do calor apertar. À custa de conversas sobre caramelos com e sem pinhão (nem vale a pena desenvolver) ia causando um acidente na auto-estrada (pasmem-se: há auto-estradas no deserto). E deu-me a entender que este sábado, tudo o que é tuga de respeito resolveu ir visitar uma praia deserta para os lados de Sesimbra... tal era o trânsito para essa zona.

Por fim chegámos a Vila Nogueira de Azeitão, à mansão da Supêtia.

Já bem avançado ía o almoço quando alguém (creio que foi a Xunana, mas não gosto de levantar falsas suspeitas) se referiu a nós como “A Turminha do Apert’ó Laço”. Logo aí ficou escolhido o titulo deste post e passo portanto a apresentar a “Turminha”:

Supêtia – anfitriã benzoca, da linha, um portento de tão queque;
Chef – parceiro da anfitriã, responsável por fazer as iguarias com que a Turminha se baba;
Xunana – outra benzoca, divertida nas horas (ou não usasse dois swatchs... sempre!!);
Xunano – par da Xunana, soooooonso, daqueles que parece que não parte um prato;
Patinhas de Urso – tipo suspenso em arames, ferros e placas de tantos acidentes de mota (e não só) que teve;
Partenaire – companheira do Patinhas de Urso (como é que ela o atura?!?);
Tété – também conhecida por “Mulher Palhaço”;
A outra – já arredada do convívio com a minha pessoa há 15 dias (como sobreviveste?);
Eu – apresentações para quê?!:
Pirralhos – a minha, os dois da Supêtia e mais a da Tété.

Casa cheia... ena, ena.

Comida: arroz de pato e uma coisa que não provei, mas quem provou, lambeu os beiços – feijão com salsichas de pato... ou seriam salsichas de pato com feijão? Não interessa... além disso, as entradas, sempre do melhor.

E os brigadeiros da Xunana?? Ui, ui… para a próxima foi exigida (quase sob coação) a duplicação da dose. Haja malta dependente de chocolate, porra!

Também não esquecer as cerejas da Tété… Muito boas. Não trás o marido, leva cerejas. É preciso é levar alguma coisa.

Desta vez, o Chef teve ajuda à sua altura. O nosso Patinhas de Urso levou caracóis e esmerou-se na sua preparação. Viram-se os verdadeiros amantes do bicho: eu e a outra. Não houve pai para nós, de tanto caracol que comemos.

Xunana esteve no seu melhor, ao olhar arrepiada para a panela,“Aí… eles estão vivos?!?
Resposta pronta: “Ainda pensei em matá-los um a um, com um tiro no meio dos olhos, que dizes?
Coitadita da Xunana. Nunca mais será a mesma, depois de comprovar que o seu grupo de amigos não passa de um bando de assassinos sanguinários que fervem caracóis vivos, sem dó nem piedade.

A meio do almoço tornou-se necessária a rápida reposição de cervejas e de pão...
E qual não foi o nosso espanto, quando descobrimos, em pelo deserto... um Intermarché. E mais, cheio de gente!!! Nada como o deserto para nos surpreender. Devidamente abastecidas, eu, a Tété e a outra ainda conseguimos encontrar um café (aberto e com gente... verdade seja dita, era o que mais havia) e voltámos à vila para comprar tabaco e gelados para os miúdos (o tabaco era para elas, os putos ainda não fumam).
Vêm o que é o progresso? Ainda na 5ª feira o tal senhor dizia que aquilo era um deserto, e no sábado já os tugas tinham auto-estrada, supermercados, cafés, casas com piscina... e depois ainda dizem que estamos na cauda da Europa. Parece impossível!

Como sempre, fui a que mais porradinha levou. Às queixas da outra que estava com medo de apanhar, a Xunana contrapôs, “A Flora está muito pior, não te queixes.

Lá mais para o fim o Chef lembrou-se de se chegar ao pé da piscina e teve de pular a cerca. Um falhanço de pé ia-o pondo com a voz fininha (não me batam agora, que não fui eu que disse… eu só reporto!)

Como estivemos até à última para decidir se íamos ou não ver o fogo de artifício na ponte 25 de Abril, saímos à pressa… Crianças, casacos… “Supêtia, o teu cachopo está descalço!!!”… “Bora, bora… são dez horas, já não vamos ver nada!!!

É mais do que óbvio que não vimos nada! Mesmo a acelerar pela auto-estrada (eu armada em carro-vassoura para não perder ninguém) passámos o tempo todo do fogo no meio do trânsito. Haviam camelos a mais. E metemos areia. O que valeu foi que a criançada adormeceu toda e nem deu pela falta do espectáculo.

Não sei porquê, ando a ouvir muitas vezes a frase “Parto-te a tromba toda!”. Eu que pensava que os meus amigos (!) eram pacíficos e não violentos. Desta vez até o meu carderninho de notas desapareceu e toda a gente andava com cara de caso. À saída, reapareceu miraculosamente nas mãos da minha menina e ninguém soube explicar como.

Cambada de medrosos! Estão com medo de quê? Eu sei os meus limites (quais?!).
Tenham juízo. Há coisas que eu nunca poria no blog…

15 comentários:

Anónimo disse...

Então e o maravilhoso Fogo de Artifício?????

Bjs Xunana

Anónimo disse...

Amiga está a perder qualidades ou foi de perderes o teu bloco?
Onde está a famosa pergunta: porquê, ele é bruto???

A Outra

Anónimo disse...

Fraquinho!!!!!!

A outra e a Xunana

Anónimo disse...

Alguém não gostou da expressão: mulher palhaço!!!!

a outra

Anónimo disse...

Acabei de receber 2 sacos de caramelos. Chega?!

a outra

Maria Feliz disse...

Meninas:
Eu estou mesmo a perder qualidades... basta ver o post acima!
A Tété que se aguente que quem disse a da "Mulher Palhaço" foi a própria (e eu não tenho culpa que ela se tivesse esquecido da fita adesiva!)
Importante: os caramelos são com ou sem pinhão? Se o gajo se esqueceu de mim, tá tramado com F!!!

Beijos a todas
(O que vocês gostam do meu blog!!! Não dá para acreditar!!!)

PS: Puxem por mim, puxem...

Anónimo disse...

Então, afinal quais são os limites??? E quem os pôs??? Eu garanto que não... a história da fita métrica, não é minha... Juro!!!

A Supêtia

Maria Feliz disse...

Supêtia:
Ai que eu estou que nem posso!!! A Supêtia no MEU blog! É hoje que eu tenho um piripaque!!!!

Querida, os limites estão em cima, nas ranhosas das suas amigas! Cambada de invejosas, é que é! O que elas queriam era ter um blog. Assim comó meu, supê giro e fashion e com comments de cair pa'trás de tanto rir!

Ai que eu estou que nem posso.
A menina é tão gira!!

Um beijo!

Old Sailor disse...

Bem... deixamos mesmo de ser anónimos, o almoços e jantares em Azeitão já são relatados na net e com detalhes e tudo...

PS: fl, para a proxima vou ver se não me esqueço do bloco de fitas metricas do IKEIA, assim sempre podes ir dando mais uso ao tal bloco de notas

O Chef

Maria Feliz disse...

Caro Paulo Amorim:
Eu não o conheço, portanto não lhe admito bocas foleiras de "fitas métricas do IKEIA", ok???

'Pera lá... Chef? És mesmo tu?!?
Foste-me simplesmente apresentado com "Este é o Paulo", não tenho culpa. (Ca ganda gaffe!). E olha que a foto não te faz justiça;)

Já agora... mim usar colheres de café e sobremesa, 'tá lembrado?

Beijos

Old Sailor disse...

pois isso eu lembro-me que a colher de sopa era grande de mais sobrava muita colher, não dava jeito para bitola :P

O Chef

Maria Feliz disse...

Ó Chef: (soa bem!)
Não queres contar mais nada não? Já não bastam as meninas a bater-me indecentemente?!

Mau, mau!:)

Anónimo disse...

Ai meninos mas que canseira...Anda para aqui uma supêtia perdida na net, para vos encontrar nestes preparos... Olhem sei lá... Podem contar muito mais, aliás podem contar TUDO... mas claro isso não seria fashion!! E nós... somos super fashion, tá a ver, não tá? Por isso deixem lá a supêtia ir navegar para outras águas distantes, quiçá índico, e portem-se bem!! 1 beijo

Maria Feliz disse...

Ai... é hoje! Tou histérica!!!
Supêtiaaaaaa, eu quero ir para o Índico consigo. Eu carrego as malas. Sou super in a carregar, juro!
Fui.

Old Sailor disse...

Olha mais uma Mobutu :$

O Chef