Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

domingo, 22 de abril de 2007

Hocus Pocus

Estou com um problema grave de retórica.
É que depois de ganhar um 2º lugar num Concurso de Arte Cristã, não parece muito bem, estar para aqui com descrições pormenorizadas do jantar de ontem. Ou melhor, das conversas tidas no decorrer do jantar. Éramos seis já passados dos 30 e três pirralhos pequenos, em casa da Supêtia, em Vila Nogueira de Azeitão.

Só para parecer bem e não dar a ideia de que sou uma completa destrambelhada, e para não destoar (muito) do texto ali em baixo... Vou citar apenas alguns dos disparates mais softs e esquecer a parafrenália de barbaridades que foram ditas na noite de ontem. De notar que o tema central do jantar foi... como dizer isto de uma maneira “levezinha”? Aquilo que os passarinhos e as abelhinhas gostam tanto... A Primeira, está visto.

Nem vou explanar agora que travei conhecimento com o verdadeiro significado da expressão “queca mágica” (lá se foi o discernimento) ou a maneira como “abracadabra” ou “hocus pocus” atingiram uma relevância totalmente diferente para mim. E as fitas métricas, as colheres de sobremesa e as de café... ganharam um novo significado.

Adiante! Presentes: eu e a outra, Supêtia e Chef, Xunana e Xunano e os pirralhos (a minha e os dois da Supêtia).

Jantar fantabulástico. Parabéns ao Chef. Para terem uma ideia: entradas de queijo de ovelha com espinafres e mel, no forno e salada de queijo fresco com tomate; rolo de carne com azeitonas e bacon, batatas assadas e arroz de forno; e o super bolo de chocolate da Supêtia. Ah... não esquecendo as caipiras... inhas ou oskas, conforme os gostos.

Ainda antes do jantar (e este é sempre um dos inconvenientes de estar com gente que me conhece há muitos anos) começaram a arrear-me forte e feio... Ou porque não bebo, ou porque nunca fui ao Plateau. A este último facto a Xunana saiu-se com um incrédulo “Tu és um ET!”. Parece que vamos lá na próxima 6ª feira. Parece.

Mais tarde alguém se lembra de referir um documentário sobre a descoberta de que os porcos (penso que porcas incluídas) têm orgasmos de 30 minutos de duração. E a outra a dizer que na próxima vida quer ser porca.
Acho que foi quase em uníssono que se fez ouvir o protesto “PORCOS!!!”.
Em relação a isso, o Chef (entretido no fogão, mas interessado na conversa) rematou com o célebre ditado popular “Enquanto houver língua e dedos, não há que ter medos”.

No decorrer do jantar a coisa acalmou. O bom do Xunano deu um ar da sua graça ao referir-se à sua recente esposa como uma fada do lar. Mas explicou... é que ela “onde põe aos mãos, fada tudo!

Já as crianças dormiam quando passamos ao café e à abordagem sentimental do nosso passado. A outra confidenciou-nos que está convicta que o Homem da sua vida é do signo Capricórnio. Como amiga das horas difíceis, a Xunana concordou com um “Ya, já vem com cornos e tudo!”.

Muita coisa mais haveria para dizer, mas é mesmo melhor não. Até porque quando saímos de lá estava fresquinho (ou frescodasse, como disse o Chef). Sei que apanhei como gente grande. Mas a comida estava boa, que se f.... lixe.

Prepara-te Supêtia, vais ver evoluções... não me apanhas mais com essas quequices de dar só um beijo.
Concluíndo, em Vila Nogueira de Azeitão come-se bem, a malta diverte-se, fuma como o caraças e ri a bom rir... o resto não sei.


Sem comentários: