Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A ponte e eu, eu e a ponte

E o Cristo Rei de costas... Do tipo “nem quero ver!!!
Nada como um jantar na praia em pleno dia de semana. Esplanada, boa comida, companhia do melhor (recuso-me a ter más companhias!).
O ar parvo do empregado num “são só mesmo vocês as duas, né?!” quase lhe valia uma resposta a atirar para o desagradável... mas convenhamos, não ia ser o empregado a estragar-nos a noite.
Assunto? Relações! What else?
A nossa vida é feita de relações, encontros e desencontros... ou gestão de silêncios, como me disseram hoje.
Não fomos pelo caminho sério da coisa. Tem muito mais piada abardinar... ainda para mais quando na mesa ao lado, um tipo com ar estranho se sai com um “eu arrebento-te a boca toda!” (estranho é favor, mas também não vou perder muito tempo a explicar... do estilo tão parvo que tem ar de quem diz coisas como “já tirava a mão do bolso para te dar uma chapada!”)
Continuando o disparate... fiz o pedido em modo velocidade máxima e como é obvio o empregado baralhou-se todo. Com ar enfastiado, pergunto “Estou a ir depressa demais? É o costume...

Entre uma batata frita e um gole de sumo natural de maracujá (muito bom) tento defender, de uma forma séria, que uma relação a dois não se baseia em sexo e pagar contas a meias... mas a minha teoria cai por terra com um “já servia!”. Não podes vencê-los, junta-te a eles (o melhor é abardinar mesmo, falar a sério para quê?).
Afinal, passam pouco das 9h da noite, de uma terça-feira fantástica, estamos à beira mar. Falar a sério? Não vale a pena.

Depois do café andamos um bocadinho a pé. Constatamos, algo espantadas, que não há lua. Quer dizer, há com certeza, mas não está visível. A conversa continua, agora um pouco mais séria.
Conclusões? Que me lembre, nunca chegámos a nenhuma. A ideia base também nunca foi essa, acho eu. O fio condutor é mais partilhar vivências, aprender com os erros. Para convictamente admitirmos que não queremos nada incompleto. Seja o que for.

Para acabar a noite em beleza, mais um café no sítio do costume. Porque ela já está habituada e eu, sei lá, apetece-me.

Estou com um sorriso daqueles. Porquê? Nenhuma razão especial. Apenas estou. E sabe-me bem.

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