Novela (que podia ser mexicana) com um número infindável de episódios e protagonistas a mais, vendida em pacotes económicos aos países do leste europeu. Enredo muito intrincado, malfeitores qb, doses exageradas de sacanices, facadas nas costas e muitas figurantes com língua de porteira. A única coisa que vale a pena no meio desta salganhada toda?! A protagonista, que interpreta este argumento sem mudar uma vírgula... ou não fosse isto a sua vida.

domingo, 1 de abril de 2007

Foi quase todinha...

Ficava mal, não contar o jantarito de sábado... Então vamos lá.
Alentejano de um catano, atrasado como sempre. Tinha ido comprar uma garrafa de vinho.
Atravessámos a ponte já depois das 8h30 da noite (tenho passado muitas vezes a ponte, nestes últimos tempos)...
Bem recebidos, mesa posta, velinhas acesas.
Os camarões até nem eram assim tão “zitos”, a sangria estava muito boa (justificou o refundir da garrafita que o Luigi levou) o serviço Vista Alegre portou-se bem e o faqueiro Cutipol esteve nos seus melhores dias... Só falharam mesmo os guardanapos de pano. Mas em Santa Marta do Pinhal, não se pode exigir muito. E até eram dos melhorezinhos, folha dupla... talvez tripla.
Alguma parvoíce que eu disse ou fiz, fez o nosso Luigi confidenciar-nos “nós nunca daríamos certo”. Como se isso alguma vez estivesse em questão!
Mais tarde, na presença da bendita tarte, mudou de ideias e já dizia “pensado bem, até poderia resultar”.
Assunto de conversa nunca falta com esta gente, e os homens, sejam quantos forem, ficam sempre a perder. Eu e minha Élita, tão parecidas, tão iguais... no seu pique de tagarelice.
Bonito, bonito foi a constatação que eu passo mais tempo com Mr. Toni na net do que com a sua amantíssima esposa. E o bom do alentejano, sempre pronto para enterrar o próximo, relembra a tradução de “net”... rede! Portanto, todos constatamos que eu passo muito tempo com o senhor na rede. Então dito em brasileiro, foi de ir às lágrimas...
Mesmo com as meninas a ganhar aos pontos, ainda deu para o anfitrião, ofendido da parte da mãe nos tempos livres, nos contar detalhes do famoso processo Golden Whistle, no qual já foi chamado a prestar declarações. Pois, eu tenho amigos importantes, não é por bons motivos, mas que a malta é importante, disso não há duvida. Espero não ter a Judite à perna... acho que aquela treta está em segredo de justiça... Bom, seja como for ele não contou grande coisa, e nem sequer é meu amigo. Eu conheço é a mulher dele... e mal. Fomos colegas, em tempos... (eu sou do melhor a virar o bico ao prego).

Continuando, fomos desmoer até ao Ozi, um bar simpático, mesmo ao pé da porta. O dono tem uma pancada jeitosa, proporcional à elevada qualidade dos sumos de fruta. O de morango, uma especialidade. Ambiente simpático, embora com algum fumo. Conversa puxa conversa e falámos de tudo um pouco. Relações, net, filhos, net, sexo, net, trabalho, net... a páginas tantas sugeri irmos todos para casa agarrarmo-nos ao Messenger, para continuar a conversa... já que havia tanta rede no paleio.

Voltámos a casa. A Élita aterrou no sofá, e enroscadinha na sua manta viajou para os braços de Morfeu, deixando-me entregue a discussões filosóficas sobre o que querem os homens... com dois homens. Como case studies usámos vidas duplas, paixões repentinas, ilusões e desilusões, tudo para chegar à brilhante conclusão de que o que o comum mortal deseja é o melhor de dois mundos. Ou seja, a oficial que lhe trata da roupa, lhe alimenta o estômago e lhe cria os herdeiros, e a não oficial, que lhe alimenta o ego, satisfaz as fantasias e cria galhos na testa da oficial. Porque é que isto não resulta? Porque as gajas não colaboram... digo eu.

Ás 3 da matina ainda se comiam fatias de tarte como se não houvesse amanhã. Com cházinho.
Ainda desafiei o alentejano para me levar ao Lux, mas os sapatos dele teriam nos deixado à porta, pelo que preferimos não arriscar a humilhação. Os sapatos até eram giros, atenção. Tipo Timberland ou Caterpilar... (afinal eram Scorpion Bay) E ainda nos rimos à conta disso, pois o Luigi partilhou connosco uma má experiência com uns sapatos que comprou na Timberland. Então não é que os maganos lhe “faziam borrêgas pelos pés todos”?!?... De chorar a rir, o menino a dizer isto no auge do seu alentejanismo. E também diz coisas como “o mê carro”. Sublime.

Este sei que é daqueles jantares que se repetem. Sem a mínima sombra de dúvida!

Ah... e já me esquecia disto. O fantástico spot publicitário do Mr. Toni, nos seus áureos tempos de liceu, numa tal cadeira de Jornalismo "Champô Sópelo, não arde no olho, evita o piolho". (Ele ia ficar chateado se eu não o pusesse aqui...)

2 comentários:

Anónimo disse...

E???!!!

Eu tambem digo “o mê carro” !!!

Maria Feliz disse...

E???!!!
Eu adoro o "meu" alentejano, nada de confusões!
Gosto é de gozar com ele. E com o resto também.